Estamos no capítulo 9, no último capítulo
da Parte II e nossas reflexões se encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a
II CR 9:31.
B. O reinado de Salomão – II Cr
1:1 a 9:31.
Como já dissemos, estamos seguindo o
quiasmo encontrado nos primeiros nove capítulos deste início de II Crônicas.
Trata-se, como já falamos, de um quiasmo amplo (A B C D D' C' B' A’).
O padrão do reinado de Salomão é:
(A)
A grande sabedoria e riqueza de Salomão (1:1-17) – já vista.
(B) Assistência internacional (2:1-18) – já vista.
(C) A construção e os móveis e
utensílios do templo (3:1-5:1) – já vista.
(D) A dedicação do templo (5:2-7:10) – já vista.
(D') A resposta divina à dedicação (7:11-22) – já vista.
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16) – já
vista.
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21) – encerraremos
agora.
(A')
A grande sabedoria e riqueza (9:22-28) – também encerraremos agora.
O cronista encerra com um relato sucinto da
morte de Salomão (9:29-31) – será finalizado neste capítulo.
Esta parte “B”, que irá até o capítulo 9,
foi também dividido em nove partes, como o quiasmo acima, ao qual estamos já
seguindo.
No presente capítulo 9, encontraremos os
seguintes trechos paralelos em I Reis: A rainha Sabá visita a Salomão – vs 1 ao
12, texto paralelo em I Re 10:1 ao 13. As riquezas de Salomão – vs 13 ao 28,
texto paralelo em I Re 10:14 ao 29. A morte de Salomão – vs 29 ao 31, texto
paralelo em I Re 11:41 ao 43.
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21) – continuação
Aqui o cronista tem se voltado para o tema
do reconhecimento internacional recebido por Salomão. A passagem se concentra
em Hirão – vs. 8:17 e 18, já vistos – e na rainha de Sabá – 9:1-12. A passagem
também segue seu texto paralelo em I Re 9:26 até 10:13.
A rainha de Sabá – II Cr 9:1-13 e I Re 9:26 – 10:13.
O domínio de Salomão tinha se estendido até
ao Oriente e suas ações prejudicaram o comércio das caravanas Árabes. A rainha
de Sabá fez uma visita a Salomão, em parte para negociar um acordo comercial,
mas acabou se surpreendendo com suas aptidões e realizações.
Até Jesus Cristo, o Messias esperado, falou
da visita dela a Salomão. Lucas 11:31 A
rainha do Sul se levantará, no Juízo, com os homens desta geração e os
condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão.
E eis aqui está quem é maior do que Salomão.
Isso demonstra que sua viagem não teve a
motivação principal do acordo comercial, mas este com certeza acabou
acontecendo.
Essa visita da rainha de Sabá foi, como já
dissemos, mencionada por Cristo na qual, conta-se que ela saiu de sua terra
para ouvir o que Salomão falava e que ao encontrá-lo verificou que nem a metade
falaram sobre a sabedoria e sobre as palavras dele e ali estava ele, maior do
que Salomão.
Dentre os homens pecadores, filhos de Adão,
de fato, nunca houve, nem havia, nem haverá, conforme as Escrituras mesmo
dizem, homem mais sábio e poderoso do que Salomão.
Sua sabedoria excedia em tudo e em todos os
conhecimentos e níveis. Ele nem tinha buscado isso, antes queria tão
simplesmente ser justo para com o povo de Deus e fazer justiças.
Era esse desejo de justiça, tão somente, o
desejo de seu coração quando disse a Deus o que gostaria de receber diante da
pergunta de Deus: “Pede-me o que queres
que eu te dê” – I Re 3:5.
No entanto, Deus tanto se agradou de seu
pedido por justiça e ainda mais que não era para a sua própria glória, mas
buscando o bem geral da nação onde ele estava sendo posto como rei que Deus o
honrou e lhe deu muito mais do que ele queria e lhe deu sabedoria,
conhecimento e riquezas.
Assim, foi que a rainha de Sabá que veio do
Egito, desconfiada, mas ficou pasma diante do rei Salomão que em tudo excedia
as suas próprias expectativas e ela conversou com o rei e lhe fez perguntas e
ele respondeu a todas elas.
Ela se admirou da organização, das
construções, dos palácios, obras, objetos, riquezas, bens, servos e com ele fez
acordos comerciais e ainda deixou todo aquele ouro ali na terra de Israel, o
equivalente em toneladas a 4,5 Ton.
Saiu dali feliz e alegre por ter conhecido
alguém especial demais e voltou para sua terra levando um pouco do que
aprendera e, com certeza, um pouco da fé em Deus que lhe apareceu dando-lhe
todas essas coisas.
Enquanto Salomão foi honrado, nosso Senhor,
maior do que Salomão, foi totalmente desprezado em sua primeira vinda, mas
estamos aguardando o seu retorno, o qual se dará em breve, sendo que todo o
olho o verá.
(A') A grande sabedoria e riqueza
(9:22-28).
Sem dúvidas, esse reconhecimento internacional
e suas riquezas prefiguraram a esperança de Israel de alcançar prosperidade e
reconhecimento entre as nações no período pós-exílico.
Como dissemos, a rainha de Sabá tinha se
admirado da organização, das construções, dos palácios, obras, objetos,
riquezas, bens, servos e, por conta disso, com ele fez acordos comerciais e
ainda deixou todo aquele ouro ali na terra de Israel, o equivalente em
toneladas a 4,5 Ton. Realmente essa visita trouxe muitos benefícios para
Israel.
A movimentação de ouro anual no reinado de
Salomão chegava perto das 25 toneladas, ou seja, os 666 talentos de ouro.
Também outras materiais preciosos e madeiras e todo tipo de joias, brilhantes.
De fato, era um reinado próspero e rico, muito abastado também em mantimentos e
especiarias.
II Cr 9:1 E ouvindo a rainha de Sabá a
fama de Salomão,
veio
a Jerusalém, para prová-lo com questões difíceis,
com
um grande séquito, e com camelos
carregados
de especiarias;
ouro
em abundância e pedras preciosas;
e
foi a Salomão, e falou com ele de tudo
o
que tinha no seu coração.
II
Cr 9:2 E Salomão lhe respondeu a todas as suas questões;
e
não houve nada que não lhe pudesse esclarecer.
II
Cr 9:3 Vendo, pois, a rainha de Sabá a sabedoria de Salomão,
e
a casa que edificara; II Cr 9:4 E as iguarias da sua mesa,
o
assentar dos seus servos, o estar dos seus criados,
e
as vestes deles; e os seus copeiros e as vestes deles;
e
a sua subida pela qual ele chegava à casa do SENHOR,
ela
ficou como fora de si.
II
Cr 9:5 Então disse ao rei:
Era
verdade a palavra que ouvi na minha terra acerca
dos
teus feitos e da tua sabedoria.
II
Cr 9:6 Porém não cria naquelas palavras, até que vim,
e
meus olhos o viram, e eis que não me disseram
a
metade da grandeza da tua sabedoria;
sobrepujaste
a fama que ouvi.
II
Cr 9:7 Bem-aventurados os teus homens,
e
bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante
de
ti, e ouvem a tua sabedoria!
II
Cr 9:8 Bendito seja o SENHOR teu Deus, que se agradou de ti
para
te colocar no seu trono como rei para o SENHOR
teu
Deus; porque teu Deus ama a Israel,
para
estabelecê-lo perpetuamente;
por
isso te constituiu rei sobre eles para fazeres
juízo
e justiça.
II
Cr 9:9 E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro,
e
especiarias em grande abundância, e pedras preciosas;
e
nunca houve tais especiarias, quais a rainha de Sabá
deu
ao rei Salomão.
II
Cr 9:10 E também os servos de Hirão e os servos de Salomão,
que
de Ofir tinham trazido ouro, trouxeram madeira
de
algumins, e pedras preciosas.
II
Cr 9:11 E, da madeira de algumins, o rei fez balaústres,
para
a casa do SENHOR, e para a casa do rei,
como
também harpas e saltérios para os cantores,
quais
nunca dantes se viram na terra de Judá.
II
Cr 9:12 E o rei Salomão deu à rainha de Sabá
tudo
quanto ela desejou, e tudo quanto lhe pediu,
mais
do que ela mesma trouxera ao rei.
Assim
voltou e foi para a sua terra, ela e os seus servos.
II Cr 9:13 E o peso do ouro, que vinha
em um ano a Salomão,
era
de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro,
II
Cr 9:14 Afora o que os negociantes e mercadores traziam;
também
todos os reis da Arábia, e os governadores da mesma
terra
traziam a Salomão ouro e prata.
II
Cr 9:15 Também fez o rei Salomão
duzentos
paveses de ouro batido; para cada pavês destinou
seiscentos
siclos de ouro batido.
II
Cr 9:16 Como também trezentos escudos de ouro batido;
para
cada escudo destinou trezentos siclos de ouro;
e
Salomão os pôs na casa do bosque do Líbano.
II
Cr 9:17 Fez mais o rei um grande trono de marfim,
e
o revestiu de ouro puro.
II
Cr 9:18 E o trono tinha seis degraus, e um estrado de ouro,
que
eram ligados ao trono, e encostos de ambos os lados
no
lugar do assento; e dois leões
estavam
junto aos encostos.
II
Cr 9:19 E doze leões estavam ali de ambos os lados,
sobre
os seis degraus; outro tal não se fez em nenhum reino.
II
Cr 9:20 Também todas as taças do rei Salomão eram de ouro,
e
todos os vasos da casa do bosque do Líbano, de ouro puro;
a
prata reputava-se por nada nos dias de Salomão.
II
Cr 9:21 Porque, indo os navios do rei com os servos de Hirão,
a
Társis, voltavam os navios de Társis, uma vez em três anos,
e
traziam ouro e prata, marfim, bugios e pavões.
II
Cr 9:22 Assim excedeu o rei Salomão a todos os reis da terra,
em
riquezas e sabedoria.
II
Cr 9:23 E todos os reis da terra buscavam a presença de Salomão,
para
ouvirem a sabedoria que Deus tinha posto
no
seu coração.
II
Cr 9:24 E cada um trazia o seu presente, vasos de prata,
e
vasos de ouro, e roupas, armaduras, especiarias, cavalos
e
mulas; assim faziam de ano em ano.
II
Cr 9:25 Teve também Salomão quatro mil estrebarias
para
os cavalos de seus carros, e doze mil cavaleiros;
e
colocou-os nas cidades dos carros,
e
junto ao rei em Jerusalém.
II
Cr 9:26 E dominava sobre todos os reis, desde o rio até à terra
dos
filisteus, e até ao termo do Egito.
II
Cr 9:27 Também o rei fez que houvesse prata em Jerusalém
como
pedras, e cedros em tanta abundância
como
os sicômoros que há pelas campinas.
II
Cr 9:28 E do Egito e de todas aquelas terras traziam
cavalos
a Salomão.
II Cr 9:29 Os demais atos de Salomão, tanto
os primeiros como os últimos,
porventura
não estão escritos no livro das crônicas de Natã, o profeta,
e
na profecia de Aías, o silonita, e nas visões de Ido,
o
vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?
II
Cr 9:30 E reinou Salomão em Jerusalém quarenta anos
sobre
todo o Israel.
II
Cr 9:31 E dormiu Salomão com seus pais, e o sepultaram
na
cidade de Davi seu pai;
e
Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.
Relato sucinto da morte de Salomão (9:29-31).
Antes de finalizarmos essa Parte II, em II Crônicas, queremos ressaltar que o presente cronista, aqui, omitiu a profanação do culto por Salomão, conforme se vê em I Re 9:26 a 11:13. Depois do relato de como Salomão instituiu
o templo como único local aceitável para a adoração a Deus, o autor, em Reis,
de I Re 9:26 a 11:13, tinha se voltado para
um período da vida do rei durante o qual ele profanou o culto em Israel.
Conforme o autor de I Reis, essas
indicações já foram antes previamente preparadas pelo narrador bíblico – I Re 3:1-3;
7:8; 9:24-26 -, mas agora estava tratando diretamente do envolvimento de
Salomão com outras nações – I Re 9:26 a 10:29 - o que o levou a se casar com
várias mulheres estrangeiras que, tragicamente,
conduziram Salomão à idolatria – I Re 11:1-13.
Tudo isso foi omitido aqui nessa narrativa,
pois era desejo do cronista apresentar Salomão como um modelo para a comunidade
pós-exílio. O autor omite os problemas causados pelas esposas estrangeiras do
rei – I Re 11:1-40.
Ele
passa da glória do rei diretamente para o final do seu reinado, de maneira
semelhante àquela como deixou fora o pecado de Davi com Bate-Seba e os
problemas decorrentes ocorridos em seu reino.
Estamos no capítulo 8 e nossas reflexões se
encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a
II CR 9:31.
B. O reinado de Salomão – II Cr
1:1 a 9:31.
Como já dissemos, estamos seguindo o
quiasmo encontrado nos primeiros nove capítulos deste início de II Crônicas.
Trata-se, como já falamos, de um quiasmo amplo (A B C D D' C' B' A’).
O padrão do reinado de Salomão é:
(A)
A grande sabedoria e riqueza de Salomão (1:1-17) – já vista.
(B) Assistência internacional (2:1-18) – já vista.
(C) A construção e os móveis e
utensílios do templo (3:1-5:1) – concluiremos neste capítulo.
(D) A dedicação do templo (5:2-7:10) – estamos vendo
agora.
(D') A resposta divina à dedicação (7:11-22).
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16).
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21).
(A')
A grande sabedoria e riqueza (9:22-28).
O cronista encerra com um relato sucinto da
morte de Salomão (9:29-31).
Esta parte “B”, que irá até o capítulo 9,
foi também dividido em nove partes, como o quiasmo acima, ao qual estamos já
seguindo.
No presente capítulo 8, encontraremos
somente um trecho paralelo em I Reis: As demais atividades de Salomão – vs 1 ao
17, texto paralelo em I Re 9:10 ao 28.
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16).
Aqui o cronista relatará vários projetos de
construção e organização do templo, em paralelo com o material de 3:1 a 5:1 e
para isso, segue aproximadamente o texto de I Re 9:10-28.
Dá para se notar a sua preocupação em
mostrar ao povo do pós-exílio somente aspectos positivos e edificantes do
reinado de Salomão e isso, verdadeiramente, não é bom!
Aqueles que serviram a Salomão depois das
construções, num paralelo com 5:1-18, o narrador bíblico irá falar de 1. Hirão –
8:1-6; I Re 9:10-14 e, em seguida, de 2. Trabalhadores conscritos – 8: 7-16; I
Re 9:15-23.
1. Hirão – 8:1-6; I Re 9:10-14.
Depois dos vinte anos de construções, Hirão
que muito ajudou nessas obras, esperava da parte de Salomão uma melhor paga
para ele, mas Salomão lhe deu terras que não foram bem recebidas.
Hirão chegou a dar para as construções
cerca de quatro toneladas e meia de outro (120 talentos) e o pagamento que
recebeu de Salomão foi de vinte cidades da Galiléia que não o agradou.
Salomão havia dado essas cidades a Hirão, e
este, posteriormente, as devolveu (1 Rs 9.10-14). O autor omite esse detalhe a
fim de se concentrar nas benfeitorias realizadas por Salomão nesses lugares.
2. Trabalhadores
conscritos – 8: 7-16; I Re 9:15-23.
Ainda há mais detalhes sobre os
trabalhadores e as obras que realizaram depois da construção do templo.
Houve na época das construções o emprego de
mão de obra forçada tanto da parte dos egípcios como das terras que deveriam
ter sido eliminadas de Israel como os amorreus, heteus, perizeus, heveus, e
jebuseus. Salomão não se utilizou de trabalho escravo ou forçado da parte dos filhos
de Israel.
As obras de Salomão construídas no período
foram:
·A
Casa do Senhor.
·A
sua própria casa – seu palácio real.
·As
fortificações das cidades de Milo, Jerusalém – construção do muro -, Hazon,
Megido e Gezer.
Com isso ele estava se garantindo nas rotas
comerciais de forma que nada ali passava sem que ele tivesse controle e sem que
pudesse exercer fiscalizações e cobrar taxas e impostos.
O narrador bíblico menciona novamente a
mudança da filha de Faraó e as práticas de sacrifícios, exclusivamente, no
templo como seria feito doravante.
O livro de Reis também relata que Salomão
transferiu a sua esposa egípcia para outro lugar (1 Rs 9.24). O cronista aqui acrescenta
o detalhe referente à sua motivação.
Salomão tirou a sua esposa gentia da cidade
de Davi em consideração à arca e ao complexo constituído pelo templo e pelo
palácio.
Ao contrário dos autores dos livros de Reis
(1 Rs 11:1-13) e Neemias (Ne 13:26-27), o cronista não comenta de maneira
negativa os casamentos de Salomão com as mulheres estrangeiras.
Assim, ele, nas festas instituídas por Deus
– Festa dos Pães Asmos (incluindo a Páscoa), a Festa das Semanas e a Festa dos
Tabernáculos (Ex 23:14-17; 34:18-24; Lv 23:1-44; Dt 16:1-17) - sempre estava a
oferecer sacrifícios pacíficos e holocaustos ao Senhor.
Nos versos 12 e 13, podemos ver que
motivado pelo interesse do templo, o cronista fornece detalhes acerca do culto,
dos levitas e dos sacerdotes que vão além do material dos livros de Reis que
lhe serviram de fonte.
II Cr 8:1 E sucedeu, ao fim de vinte
anos,
nos
quais Salomão edificou a casa do SENHOR,
e
a sua própria casa,
II
Cr 8:2 Que Salomão edificou as cidades que Hirão lhe tinha dado;
e
fez habitar nelas os filhos de Israel.
II
Cr 8:3 Depois foi Salomão a Hamate-Zobá, e a tomou.
II
Cr 8:4 Também edificou a Tadmor no deserto,
e
todas as cidades de provisões, que edificou em Hamate.
II
Cr 8:5 Edificou também a alta Bete-Horom, e a baixa Bete-Horom;
cidades
fortes, com muros, portas e ferrolhos;
II
Cr 8:6 Como também a Baalate, e todas as cidades de provisões,
que Salomão tinha, e todas as
cidades dos carros
e
as cidades dos cavaleiros;
e
tudo quanto, conforme ao seu desejo,
Salomão
quis edificar em Jerusalém, e no Líbano,
e
em toda a terra do seu domínio.
II Cr 8:7 Quanto a todo o povo, que tinha
ficado dos heteus,
amorreus,
perizeus, heveus e jebuseus, que não eram de Israel,
II
Cr 8:8 Dos seus filhos, que ficaram depois deles na terra,
os
quais os filhos de Israel não destruíram,
Salomão
os fez tributários, até ao dia de hoje.
II
Cr 8:9 Porém, dos filhos de Israel, Salomão não fez servos
para
sua obra (mas eram homens de guerra, chefes dos seus
capitães,
e capitães dos seus carros e cavaleiros),
II
Cr 8:10 Destes, pois, eram os chefes dos oficiais
que
o rei Salomão tinha, duzentos e cinqüenta,
que
presidiam sobre o povo.
II Cr 8:11 E Salomão fez subir a filha
de Faraó da cidade de Davi
para
a casa que lhe tinha edificado; porque disse:
Minha
mulher não morará na casa de Davi, rei de Israel,
porquanto
santos são os lugares nos quais entrou
a
arca do SENHOR.
II Cr 8:12 Então Salomão ofereceu
holocaustos ao SENHOR,
sobre
o altar do SENHOR, que tinha edificado diante do pórtico,
II
Cr 8:13 E isto segundo a ordem de cada dia, fazendo ofertas
conforme
o mandamento de Moisés, nos sábados e nas luas
novas,
e nas solenidades, três vezes no ano;
na
festa dos pães ázimos,
na
festa das semanas,
e
na festa das tendas.
II Cr 8:14 Também, conforme à ordem de
Davi seu pai,
designou
as turmas dos sacerdotes para seus ministérios,
como
também as dos levitas acerca dos seus cargos,
para
louvarem e ministrarem diante dos sacerdotes,
segundo
o que estava ordenado para cada dia,
e
os porteiros pelas suas turmas a cada porta;
porque
assim tinha mandado Davi,
o
homem de Deus.
II
Cr 8:15 E não se desviaram do mandado do rei aos sacerdotes
e
levitas, em negócio nenhum, nem acerca dos tesouros.
II
Cr 8:16 Assim se preparou toda a obra de Salomão,
desde
o dia da fundação da casa do SENHOR, até se acabar;
e
assim se concluiu a casa do SENHOR.
II Cr 8:17 Então foi Salomão a
Eziom-Geber, e a Elote, à praia do mar,
na
terra de Edom.
II
Cr 8:18 E enviou-lhe Hirão, por meio de seus servos, navios,
e
servos práticos do mar, e foram com os servos de Salomão
a
Ofir, e tomaram de lá quatrocentos e cinqüenta
talentos
de ouro;
e
os trouxeram ao rei Salomão.
Veremos a partir de agora mais informações
sobre as relações internacionais de Salomão.
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21)
A partir do verso 17, veremos Israel se
envolvendo com várias relações comerciais internacionais que trouxeram bênçãos
econômicas para Israel e, desse modo, ficaram extremamente valiosas para a
nação, no entanto, por causa do envolvimento de Salomão com muitas mulheres
estrangeiras, isso acabou pervertendo o seu coração e este acabou profanando o culto
ao Senhor.
Estamos no capítulo 7 e nossas reflexões se
encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a
II CR 9:31.
B. O reinado de Salomão – II Cr
1:1 a 9:31.
Como já dissemos, estamos seguindo o
quiasmo encontrado nos primeiros nove capítulos deste início de II Crônicas.
Trata-se, como já falamos, de um quiasmo amplo (A B C D D' C' B' A’).
O padrão do reinado de Salomão é:
(A)
A grande sabedoria e riqueza de Salomão (1:1-17) – já vista.
(B) Assistência internacional (2:1-18) – já vista.
(C) A construção e os móveis e
utensílios do templo (3:1-5:1) – concluiremos neste capítulo.
(D) A dedicação do templo (5:2-7:10) – estamos vendo
agora.
(D') A resposta divina à dedicação (7:11-22).
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16).
(B') O reconhecimento internacional (8:1-9:21).
(A')
A grande sabedoria e riqueza (9:22-28).
O cronista encerra com um relato sucinto da
morte de Salomão (9:29-31).
Esta parte “B”, que irá até o capítulo 9,
foi também dividido em nove partes, como o quiasmo acima, ao qual estamos já
seguindo.
No presente capítulo 7, encontraremos os
seguintes trechos paralelos em I Reis: A conclusão da solenidade de Salomão –
vs 4 ao 10, texto paralelo em I Re 8:62 a0 66; A aliança do Senhor com Salomão –
vs 11 ao 22, texto paralelo de I Re 9:1 ao 9.
(D) A dedicação do templo
(5:2-7:10) - continuação.
Como já falamos, o texto da dedicação do
templo que vai de 5:2 até 7:10, parece seguir fielmente o relato da dedicação
do templo em I Re 8:1 ao 66 e nós, iremos dele nos valer em nossas reflexões,
com ligeiras adaptações ao presente estudo.
Salomão tinha acabado de orar e dos céus já
veio a resposta que a todos trouxe grande impacto, pois desceu fogo do céu,
consumiu o holocausto e os sacrifícios e a glória do Senhor – manifestação teofânica
por meio de nuvens, fumaça -, encheu todo o templo.
Todos viram essa manifestação sobrenatural
do poder de Deus vindo sobre aquele templo, naquele momento.
Podemos notar que em dois momentos
especiais essa nuvem e essa glória invadiram o ambiente de ministração, sendo
a primeira depois de a arca entrar no templo e ali ser colocada em seu devido
lugar – vs. 5:13 ao 14 – e, depois, no encerramento, depois da oração de
Salomão, dedicando o templo ao Senhor – vs. 7:1 ao 3.
Finalizando a solenidade, oferece Salomão
sacrifícios e finalmente consideram a Casa do Senhor consagrada. Depois de
todas as cerimônias de consagração devidas, ele realiza a Festa dos
Tabernáculos, por sete mais sete dias, ou seja 14 dias de festas ao Senhor.
No oitavo dia da festa (aqui deve ter sido no 15º, por causa da duplicidade), o grande dia da
festa, despediu o povo e o povo abençoou o rei e todos se foram alegres e de
coração contente por causa de todo o bem que o Senhor fizera a Davi, seu servo,
e a Israel, seu povo.
(D') A resposta divina à dedicação (7:11-22).
Estamos vendo a dedicação do templo onde
nessa ocasião do reinado de Salomão, marca o auge de suas realizações – o
início do culto no templo recém-construído.
A aliança do Senhor com
Salomão – I Cr 7:11-22; I Re 9:1-9.
Essa era a segunda vez que Deus tinha se
manifestado para Salomão, no entanto, teremos no futuro, uma queda terrível de
Salomão para a idolatria. Quem pode entender isso?
É por isso que Jesus Cristo disse para Tomé
que bem-aventurados são os que nada viram e mesmo assim permanecem fieis na fé,
na esperança e no amor.
Deus deu, conforme a BEG, uma resposta à
oração de Salomão prometendo bênçãos pela obediência, mas também advertiu acerca das calamidades decorrentes da desobediência.
Esses dois temas se referiam diretamente
aos primeiros leitores que haviam sofrido as consequências da transgressão
ostensiva da aliança por Israel.
Era preciso que mantivessem suas esperanças
voltadas para a fidelidade do seu Deus que havia santificado o templo por meio
de sua presença.
É verdade que o governo dos descendentes de
Davi sobre Israel dependia de sua fidelidade à Torá – 2:2-4; 8:25. No entanto,
mesmo que os filhos de Davi fossem exilados, sua dinastia não seria rejeitada –
II Sm 7:14-17.
Concluímos então que o templo era uma
bênção e um marco na história da vida de Israel como nação importante e fiel a
Deus, no entanto, jamais seria garantia de tratamentos privilegiados da parte
de Deus.
Toda garantia estaria vinculada à
obediência aos mandamentos e mandatos de Deus.
Os vários pedidos mencionados na oração de
Salomão – 6:14-42 – encontram suas respostas aqui em II Crônicas 7:13-15, especialmente
àqueles relevantes para o público pós-exílio do cronista.
No verso 14, há uma promessa especial de
Deus de forma condicional, muito utilizada por todos os que atualmente fazem
grandes campanhas de orações, principalmente para terem suas regiões –
vilarejos, cidades, estados, países – conquistadas para Deus.
Naquela situação, em especial, Deus
prometeu que a nação receberia alívio das dificuldades causadas pelo pecado se
o povo se voltasse para ele numa atitude de humildade e oração.
Dentro desse parâmetro geral, Deus manteve
a prerrogativa de abençoar a quem lhe aprouvesse. Essa promessa divina se
aplicava diretamente à situação pós-exílio.
O alívio das privações enfrentadas pela
comunidade restaurada viria somente se os exilados que haviam regressado
cumprissem essas condições.
Vários dos acontecimentos ocorridos no
reino dividido e reunificado trazem à memória os princípios dessa passagem (12:6-7,12;
13:14; 14:8-15; 18:31; 20:12,15; 30:18-20; 32:20; 33:12-13).
Ao estudarmos e meditarmos na Palavra de
Deus, encontraremos, em várias ocasiões nos livros de Crônicas – ver BEG -, os
conceitos dessa passagem –vs. 14 - aparecendo como fator decisivo para as
bênçãos e maldições divinas. São quatro atitudes que devem estar na mente dos
crentes, em todo tempo:
·Humilhar. Uma atitude de contrição e
dependência de Deus (12:6-7,12; 30:11; 33:12,19,23; 34:27; 36:12).
·Orar. Um pedindo de ajuda de Deus em
tempos de necessidade e também uma oportunidade de relacionamento com nosso
Criador (6:19,21,24,26,32,34,38; 30:18; 32:20,24; 33:13).
·Buscar. Também uma atitude de adoração
e busca a Deus com fidelidade e fervor (11:16; 15:4,15; 20:4; 1Cr 16:10-11). Veja
também o conceito relacionado (apesar de ser usado um termo hebraico diferente,
muitas vezes traduzido como "procurar", "recorrer",
"consultar", etc.) em 12:14; 14:4,7; 15:12; 16:12; 17:4; 18:4,7; 19:3;
20:3; 22:9; 25:15,20; 26:5; 30:19; 31:21; 34:3,21,26; 1Cr 1013-14; 13:3; 15:13;
16:11; 21:30; 22:19; 28:9.
·Converter.Outra atitude também que nos remete do pecado para a
obediência (6:24,26,37-38; 15:4; 24:19; 30:6,9; 36:13). Precisamos, por causa
de nossa natureza, todos os dias de nos lembrarmos de nossas origens a fim de
que nos convertamos para Deus.
II Cr 7:1 E
acabando Salomão de orar,
desceu
o fogo do céu, e consumiu o holocausto e os sacrifícios;
e
a glória do SENHOR encheu a casa.
II
Cr 7:2 E os sacerdotes não podiam entrar na casa do SENHOR,
porque
a glória do SENHOR tinha enchido
a
casa do SENHOR.
II
Cr 7:3 E todos os filhos de Israel vendo descer o fogo,
e
a glória do SENHOR sobre a casa,
encurvaram-se
com o rosto em terra
sobre
o pavimento,
e
adoraram e louvaram ao SENHOR, dizendo:
Porque
ele é bom,
porque
a sua benignidade dura para sempre.
II Cr 7:4 E o rei e todo o povo
ofereciam sacrifícios perante o SENHOR.
II
Cr 7:5 E o rei Salomão ofereceu sacrifícios de bois, vinte e dois mil,
e
de ovelhas, cento e vinte mil;
e
o rei e todo o povo consagraram a casa de Deus.
II
Cr 7:6 E os sacerdotes, serviam em seus ofícios;
como
também os levitas com os instrumentos musicais do
SENHOR,
que o rei Davi tinha feito, para louvarem
ao
SENHOR,
porque
a sua benignidade dura para sempre,
quando
Davi o louvava pelo ministério deles;
e
os sacerdotes tocavam as trombetas diante deles,
e
todo o Israel estava em pé.
II
Cr 7:7 E Salomão santificou o meio do átrio,
que
estava diante da casa do SENHOR;
porquanto
ali tinha ele oferecido os holocaustos e a
gordura
dos sacrifícios pacíficos;
porque
no altar de metal, que Salomão tinha feito,
não
podia caber o holocausto,
e
a oferta de alimentos, e a gordura.
II
Cr 7:8 E, assim, naquele mesmo tempo celebrou Salomão
a
festa por sete dias e todo o Israel com ele,
uma
grande congregação,
desde
a entrada de Hamate, até ao rio do Egito.
II
Cr 7:9 E no dia oitavo realizaram uma assembleia solene;
porque
sete dias celebraram a consagração do altar,
e
sete dias a festa.
II
Cr 7:10 E no dia vigésimo terceiro do sétimo mês,
despediu
o povo para as suas tendas, alegres e de bom ânimo,
pelo
bem que o SENHOR tinha feito a Davi,
e
a Salomão, e a seu povo Israel.
II
Cr 7:11 Assim Salomão acabou a casa do SENHOR, e a casa do rei,
e
tudo quanto Salomão intentou fazer na casa do SENHOR
e
na sua casa prosperamente o efetuou.
II Cr 7:12 E o SENHOR apareceu de noite
a Salomão, e disse-lhe:
Ouvi
a tua oração, e escolhi para mim este lugar
para
casa de sacrifício.
II
Cr 7:13 Se eu fechar os céus, e não houver chuva;
ou
se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra;
ou
se enviar a peste entre o meu povo;
II
Cr 7:14 E se o meu povo, que se chama pelo meu nome,
se
humilhar, e orar, e buscar a minha face
e
se converter dos seus maus caminhos,
então eu ouvirei dos céus,
e perdoarei os seus pecados,
e sararei a sua terra.
II
Cr 7:15 Agora estarão abertos os meus olhos
e
atentos os meus ouvidos à oração deste lugar.
II
Cr 7:16 Porque agora escolhi e santifiquei esta casa,
para
que o meu nome esteja nela perpetuamente;
e
nela estarão fixos os meus olhos
e
o meu coração todos os dias.
II Cr 7:17 E, quanto a ti,
se
andares diante de mim, como andou Davi teu pai,
e
fizeres conforme a tudo o que te ordenei,
e
guardares os meus estatutos e os meus juízos,
II
Cr 7:18 Também confirmarei o trono do teu reino,
conforme
a aliança que fiz com Davi,
teu
pai, dizendo:
Não
te faltará sucessor que domine em Israel.
II
Cr 7:19 Porém se vós vos desviardes,
e
deixardes os meus estatutos, e os meus mandamentos,
que
vos tenho proposto,
e
fordes, e servirdes a outros deuses, e vos prostrardes a eles,
II
Cr 7:20 Então os arrancarei da minha terra
que
lhes dei, e lançarei da minha presença
esta
casa que consagrei ao meu nome,
e
farei com que seja por provérbio
e
motejo entre todos os povos.
II
Cr 7:21 E desta casa, que é tão exaltada, qualquer que
passar
por ela se espantará e dirá:
Por
que fez o SENHOR assim com esta terra
e
com esta casa?
II
Cr 7:22 E dirão:
Porque
deixaram ao SENHOR Deus de seus pais,
que
os tirou da terra do Egito, e se deram a
outros
deuses, e se prostraram
a
eles, e os serviram;
por
isso ele trouxe sobre eles todo este mal.
Dos versos de 17 ao 22, é dito que Deus
confirmará o trono do seu reino para sempre. A promessa de uma dinastia
permanente para Davi era a base da esperança dos leitores pós-exílio da
restauração do trono davídico em sua época.
Conquanto a promessa à linhagem de Davi
fosse irrevogável, havia sempre a ameaça de castigo e exílio (I Cr 17:7-14; 28:9).
Eis
ai um segredo que todos deviam querer guardar e ensinar para seus amigos,
parentes... (“SE”... “ENTÃO”....):
Se
nós nos humilharmos, orarmos,
buscarmos e nos convertermos de nossos maus caminhos,
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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