Até o capítulo 29, como já falamos, estaremos
nos lembrando de que a função de mostrar o reino unido era dar aos exilados um
ideal da unidade, principalmente em Davi, onde o cronista irá procurar
valorizar muito mais os sucessos do que os fracassos do rei; enfatizará
particularmente o apoio geral recebido por Davi e o seu interesse em construir
o templo.
Destarte, a divisão dessa primeira parte se
deu também em quatro: 1. Davi se torna rei – 9:35 a 10:14 – já vimos; 2. O
amplo apoio a Davi – 11:1 a 12:40 – já vimos; 3. Preparativos para o templo –
13:1 a 29:25 – começaremos a ver agora; e, 4. O fim do reinado de Davi – 29:26
a 30.
3. Preparativos para o templo – 13:1 a 29:25.
O cronista relatará o segundo elemento
essencial do reino considerado exemplar de Davi, ou seja, os seus preparativos repletos
de entusiasmo para a construção do templo.
Dividiremos esse relato em duas principais
partes: a. Davi leva a arca para Jerusalém – 13:1 a 16:43; b. Davi faz
preparativos para o templo – 17:1 a 29:25.
a. Davi leva a arca para Jerusalém – 13:1 a 16:43.
Nesta seção, o cronista relatará como Davi
conseguiu centralizar o culto em Jerusalém.
Uma comparação com II Sm 5 e 6 indicará que
o material em Samuel e Crônicas é organizado topicamente e não estritamente de
forma cronológica.
Também aqui dividiremos para melhor
compreensão a presente seção em três partes: (1) Davi fracassa na primeira
tentativa de transportar a arca – 13:1-14; (2) As bênçãos que distinguem Davi;
e, (3) Davi transporta a arca com sucesso – 15:1 a 16:43.
(1) Davi fracassa na primeira tentativa de transportar a arca – 13:1-14.
Por não ter sido manuseada de forma
correta, Davi fracassa em sua primeira tentativa de transferir a arca e seu
coração fica muito pesaroso.
O texto paralelo desta passagem se encontra
em II Sm 6:1-11, pelo que me valerei nas minhas reflexões do mesmo texto por
mim já visto ao qual reproduzo aqui e para maiores detalhes ver nota de rodapé[1] a
seguir:
Davi já estava se consolidando no governo de Israel e
as coisas passadas estavam ficando para trás. Ele tem procurado se preservar e
tem perseverado em seguir ao Senhor com todas as suas forças.
Ajuntou, de todos os escolhidos de Israel, trinta mil
homens para irem a Baalim de Judá com a intenção de levar dali a arca de Deus
pela qual se invoca o nome de Deus.
Ele a estava levando para a cidade onde seria a sede
de seu governo e também o lugar do templo, onde ele pretendia construir. No
entanto, a construção do templo somente foi executada por seu filho Salomão.
O escritor de II Samuel faz questão ao falar do Senhor
de chamá-lo de Deus cujo nome é invocado sendo o Senhor dos Exércitos que se
assenta entre os querubins.
Sempre que me lembro do verbo “invocar”, eu me lembro
dos outros verbos presentes em Romanos 10 e Deuteronômio 30, os quais são:
salvar, enviar, pregar, ouvir, crer.
Eles juntos formam o acróstico EPOCIS e Paulo fala
sobre a invocação de que serão salvos todos os que invocarem. No entanto, como
invocarão se não crerem e como crerão se não ouvirem e como ouvirão se não há
quem pregue e como pregarão se não forem enviados?
Assim, a salvação é um processo circular, sem fim, os
salvos são enviados, os enviados pregam, os que ouvem creem, os que creem,
invocam e os que invocam são finalmente salvos. Eu chamo isso de o processo da
salvação dos homens!
Até aqui tudo ia muito bem e Davi estava feliz porque
achava estar fazendo a coisa certa que deveria ter sido feita há muito tempo.
Davi estava certo no seu propósito, mas não estava
correto em sua atitude. Sua intenção era boa, mas a forma de levar a arca
estava errada e o preço disso sairá caro para todos.
A sensação que temos ao ler a palavra de Deus é de que
Deus é real! Parece brincadeira eu dizer isso, mas preciso chamar a sua atenção para o Senhor! Ele existe e tem
suas características próprias que fazem dele o ser que ele, Deus, é.
Em primeiro lugar, somente Deus é, mais ninguém. Por
isso que seu nome é EU SOU. Deus é soberano. Deus é sábio. Deus é bom. Deus é
amor. Deus é justiça. Nós somente temos, em parte, de Deus, por sua
comunicabilidade, mediante a sua graça, a sabedoria, a bondade, o amor, a
justiça.
Em todos nós, podem reparar, há o senso inato por
exemplo da justiça.
Quando examinamos uma situação e vemos desigualdade de
tratamento e condições, logo dizemos, isso não é justo. Essa sensação de
justiça é muito forte em nós. As maiores desculpas que damos para fugir de Deus
é o apelo de nossa consciência à justiça. Só que estamos falando de justiça com
a própria justiça, pois somente Deus é justo.
Como eu sei que por melhor que eu me esforce eu nunca
serei justo? Ora, não é por eu me comparar com a própria justiça? Como sei que
não sou justo, porque há um justo!
É isso, eu sei que não sou justo porque ao me comparar
com quem é justo, vejo que sou falho, pecador e que não consigo atingir o
padrão de justiça perfeita. E quem é o padrão? Deus é! Somente Deus é.
Poderíamos seguir o raciocínio e aplicá-lo às demais
coisas: bondade, amor, sabedoria, fidelidade, etc... Deus é. Ele é o padrão.
Ele, Deus, é.
Em segundo lugar, o Deus que é, o único que é, nos
deixou, ao nos criar, regras,
mandamentos, leis. Ao seguirmos suas instruções seremos sempre bem sucedidos,
mas ao querermos inventar coisas em desobediência a ele, nos daremos muito mal.
Aqui nessa história em que Davi queria trazer a Arca
do Senhor para Jerusalém havia uma regra e instruções a serem seguidas. Davi
estava no início de seu reinado e seu objetivo era restaurar o culto e
desenvolver a vida religiosa do povo, conforme Ex 25:10-16.
Não se podia mover a Arca de qualquer modo. Na
imaginação de Davi, homem segundo o coração de Deus, e do povo que tinha
consigo, cerca de 30 mil, o objetivo era retirar a Arca de Balaá de Judá (ela
estava na casa de Abinadabe há quase cem anos) e a levar para cima, para
Jerusalém.
A Arca de Deus era a representação, vs 2, sobre a qual
se invoca o nome, o nome do SENHOR dos Exércitos, que se assenta entre os
querubins. Ela representava ou tipificava a Jesus e a sua mediação. Davi então
usa carros novos. A intenção era boa, mas era a imitação do mundo. Foram os
Filisteus que colocaram a Arca em carros novos quando a quiseram devolver ao
povo de Israel.
A igreja não deve imitar os métodos do mundo nem
usá-los como ferramentas que poderão, ou não, dar certo.
Eu não creio que Deus se interessa por métodos, mas
quer homens obedientes que estejam dispostos a respeitá-lo, a crer que existe,
que ele é o único que é e que está disposto a trabalhar por aqueles que nele
esperam. “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu,
nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele
espera.” (Is 64:4).
Eu também não sou contra os métodos, técnicas,
táticas, planejamento, organização, direção e controles. Acho que Deus capacita
os homens e lhes dá dons para servi-lo mais e mais eficaz e eficientemente.
No entanto, o método tem de estar abaixo da
obediência. Primeiro, Deus, depois os métodos. Estando debaixo da obediência,
os métodos e técnicas serão abençoados. Exemplo de método empregado
corretamente: o conselho de Jetro a Moisés na administração do povo de Israel.
Todos os irmãos que estudam, trabalham, fazem
treinamentos e se aperfeiçoam em técnicas e métodos estão servindo o Reino de
Deus e a sua Justiça. Que isso fique bem claro.
O resultado daquele transporte feito imitando os
Filisteus trouxe uma tragédia. Havia uma pedra de tropeço e nela os bois
tropeçaram e, instintivamente, Uzá segurou a Arca, colocando a sua mão nela
para a proteger, mas Deus o feriu por irreverência.
Davi muito se entristeceu. Aquilo foi demais para ele.
Ele mesmo exclamou: como virá a mim a Arca do Senhor? No entanto, como era
homem segundo o coração de Deus, não ficou ali prostrado. Levantou-se,
ergueu-se, buscou ao Senhor.
A Arca então ficou provisoriamente na casa de
Obede-Edom (levita, da família de Corá, da Clã de Coate, autorizado, sim, para
cuidar da Arca da Aliança) e por causa da Arca foi ele muito abençoado.
Não vemos no texto de Crônicas a informação
do uso de 30 mil homens, mas que Davi tinha reunido todo Israel desde Sior do
Egito até à entrada de Hamate para trazer a arca de Deus, de Quiriate-Jearim.
I Cr 13:1 E Davi tomou conselho com os
capitães dos milhares,
e
das centenas, e com todos os líderes.
I
Cr 13:2 E disse Davi a toda a congregação de Israel:
Se
bem vos parece, e se isto vem do SENHOR nosso Deus,
enviemos
depressa mensageiros a todos os nossos
outros
irmãos em todas as terras de Israel,
e
aos sacerdotes, e aos levitas nas suas cidades e nos
seus
arrabaldes, para que se reúnam conosco;
I
Cr 13:3 E tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus;
porque
não a buscamos nos dias de Saul.
I
Cr 13:4 Então disse toda a congregação que se fizesse assim;
porque
este negócio pareceu reto aos olhos de todo o povo.
I
Cr 13:5 Convocou, pois, Davi a todo o Israel desde Sior do Egito
até
chegar a Hamate; para trazer
a
arca de Deus de Quiriate-Jearim.
I
Cr 13:6 E então Davi com todo o Israel subiu a Baalá
de
Quiriate-Jearim, que está em Judá, para fazer subir dali
a
arca de Deus, o SENHOR que habita entre os
querubins,
sobre a qual é invocado o seu nome.
I
Cr 13:7 E levaram a arca de Deus, da casa de Abinadabe,
sobre
um carro novo; e Uzá e Aió guiavam o carro.
I
Cr 13:8 E Davi e todo o Israel, alegraram-se perante Deus
com
todas as suas forças; com cânticos, e com harpas,
e
com saltérios, e com tamborins, e com címbalos,
e
com trombetas.
I
Cr 13:9 E, chegando à eira de Quidom,
estendeu
Uzá a sua mão, para segurar a arca,
porque
os bois tropeçavam.
I
Cr 13:10 Então se acendeu a ira do SENHOR contra Uzá,
e
o feriu, por ter estendido a sua mão à arca;
e
morreu ali perante Deus.
I
Cr 13:11 E Davi se encheu de tristeza porque o SENHOR
havia
aberto brecha em Uzá; pelo que chamou aquele lugar
Perez-Uzá,
até ao dia de hoje.
I
Cr 13:12 E aquele dia temeu Davi a Deus, dizendo:
Como
trarei a mim a arca de Deus?
I
Cr 13:13 Por isso Davi não trouxe a arca a si, à cidade de Davi;
porém
a fez levar à casa de Obede-Edom, o giteu.
I
Cr 13:14 Assim ficou a arca de Deus com a família de Obede-Edom,
três
meses em sua casa;
e
o SENHOR abençoou a casa de Obede-Edom,
e
tudo quanto tinha.
Era mesmo um grande momento para Davi por
isso que havia alegria, euforia, grande júbilo deste que tinha sido aprovado
como rei de Israel.
A centralidade do culto em Jerusalém não
lhe saia da cabeça e isso podia ele ver como era importante para a nação. Seus esforços
e desejo de transportar a arca estavam todos corretos, mas faltava alguns
detalhes e por isso que fracassou na sua primeira tentativa.
MINHAS RESOLUÇÕES são um marco, um lembrete para mim mesmo de que eu preciso estar atento a este limite. Se eu puder ultrapassar o que me propus, melhor ainda; se não, devo esforçar-me por ficar próximo. Dizem que se você planeja fazer uma viagem, você deve marcar o dia; se não, fica apenas no desejo e entra e sai ano e o sonho nunca se realiza, por isso que fiz este livro para mim. Minha intenção é lê-lo centenas de vezes até, quem sabe, Decorá-los. Confira o que diz Moisés à segunda geração dos israelitas antes de entrarem na Terra Prometida, em Dt 5:1 "E chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis, e guardá-los-eis, para os cumprir." Reparem: ouve e aprenderão; ouvindo e aprendendo, guardarão; ouvindo, aprendendo e guardando, praticarão. Ao fazer isso para mim, meu sonho tanto se realiza como também tem a possibilidade de se ampliar, principalmente ao ver que estou, de certa forma, contribuindo para que outras pessoas também possam acreditar nos seus sonhos impossíveis e assim possam seguir suas caminhadas até o fim. Dessa forma, eu creio e espero que este livro será de grande valia para àqueles que buscam a fé, mas não sabem o que fazer, pior ainda, nem sabem as vezes como viverem uma vida de fé em Deus que possa lhe satisfazer. Depois de ler este livro, minha oração é para que você siga seu próprio caminho acreditando que o Senhor cuida de tudo na sua vida e, depois, que também possa compartilhar conosco o que aprendeu e o que este livro mais falou contigo. A Deus toda a glória! Sempre! Para visualizar uma parte dessa obra antes de comprá-la, por favor acesse: http://issuu.com/danielbarreto4/docs/minhas_resolu____es3-issuu_23p-com_/0
ALGUNS TESTEMUNHOS ESPONTÂNEOS DE LEITORES:
Juliana Louzada, 7 de agosto às 21:29: Tio, sempre aprendo muito com suas sábias palavras! Seu livro "as minhas firmes resoluções" trouxe grandes respostas... É sensacional!
Edilene Alves, 5 de agosto: "Entendemos que somos pecadores e, portanto, o perdão tem de estar e ser liberado de contínuo em nossos corações como uma atitude positiva e adequada ao reino de Deus". Daniel Deusdete em As Minhas Firmes Resoluções. Se precisamos de perdão continuamente, então por que não dá-lo?
Gabriel Cristaldo, 31 de julho às 23:07 : Como eu amo essa família! Como ela é importante pra mim! O que seria de mim sem ela? É uma honra ter pais tão inteligentes e buscadores de Deus. Espero ser uma bênção pra eles assim como são pra mim. Agradeço a Deus por ser educado por eles nos caminhos do SENHOR e pelas broncas também, claro, que me fizeram crescer. Quando criança a gente se reunia na sala, sentavamos no cobertor e liamos as histórias da Bíblia, era tão divertido kkkkk que saudade. Fui ensinado sobre o perdão, o amor, o temor do SENHOR e eu gostei do esquema cara! Até hoje eu me amarro nos livros da Bíblia, graças a estes fortes guerreiros soldados! TESTADOS e APROVADOS por Deus. Espero agora que estes livros alcancem outras famílias também como a minha foi... Alcançada! Amo vocês! Grato
Juci Cristaldo, 31 de julho: Eu indico a leitura desse livro! (Segue um trecho) "12ª Resolução: Eu resolvo que não mais irei reclamar ou murmurar de quaisquer problemas que eu estiver enfrentando ... jogue as murmurações e reclamações de sua alma no lixo e não diante do seu próximo ou diante do teu Senhor que o sustenta até agora pela sua graça e misericórdia..." (p. 71, 73). Então vamos ser mais agradecidos a Deus pela vida, né gente! — com Daniel Deusdete.
Ledi Claire, 27 de julho: "Eu estou onde Deus quer que eu esteja. No dia que Deus quiser te tirar desse lugar, ninguém poderá impedi-lo. Há um propósito nisso e somente depois de concluí-lo é que eu poderei sair". Qdo vc lê um bom livro, sempre tem umas partes que chamam muito a sua atenção; e esta é uma frase que me fez refletir e meditar sobre várias circunstâncias da minha vida. Obrigada pelo grande presente que vc está me dando. Abraços...
Cristiane Queiroz, 18 de julho: Que lindo tio. O Sr. É ungido. Procurou uma maneira de levar a palavra de Deus aos seus leitores. Orgulho-me de ti. Farei o impossível para te ver autografando suas obras. �� parabéns.
Até o capítulo 29, estaremos nos lembrando
de que a função de mostrar o reino unido era dar aos exilados um ideal da
unidade, principalmente em Davi, onde o cronista irá procurar valorizar muito
mais os sucessos do que os fracassos do rei; enfatizará particularmente o apoio
geral recebido por Davi e o seu interesse em construir o templo.
Destarte, a divisão dessa primeira parte se
deu também em quatro: 1. Davi se torna rei – 9:35 a 10:14 – já vimos; 2. O
amplo apoio a Davi – 11:1 a 12:40 – terminaremos agora; 3. Preparativos para o
templo – 13:1 a 29:25; e, 4. O fim do reinado de Davi – 29:26 a 30.
2. O amplo apoio a Davi – 11:1 a 12:40 - continuação.
Nesses capítulos 11 e 12 – o capítulo 11 já
foi visto -, estaremos vendo um amplo apoio a Davi.
O conteúdo, como já vimos, foi organizado –
ver BEG - na forma de um quiasmo amplo (A B C D C' B' A'):
(A) A unção de Davi em Hebrom e
seu estabelecimento em Jerusalém (11:1-9) – já visto.
(B)
seu apoio militar em Hebrom (11:10-47) – já visto,
(C)
em Ziclague 12:1-7
(D)
na fortaleza no deserto (12:8-19)
(C')
em Ziclague, novamente (12:20-22) e
(B')
em Hebrom (12:23-37); e
(A') a unção de Davi em Hebrom
(12:38-40).
Tendo já vista as alíneas (A) e (B),
prosseguiremos com cada uma das alíneas
do quiasmo demonstrado pela BEG. Davi está conquistando apoio militar por onde
quer que ande:
(C) Apoio militar em Ziclague 12:1-7.
Davi também recebeu apoio em Ziclague – vs 20-22.
Quando Saul baniu Davi, vários dos próprios parentes de Saul se juntaram a Davi
em Ziclague.
Ele tinha consigo uns 600 homens valentes
que inclusive enfrentaram os amalequitas, mais de 2000 deles.
Quando Davi deixou no deserto 200 de seus
homens por estarem muito cansados e partiu com quatrocentos para enfrentarem os
seus inimigos, depois de quase 24 horas de combate acirrado no deserto, 400
foram os que sobraram deles e fugiram montados em camelos.
Do exército de Davi, nenhuma baixa e
pasmem: 400 homens lutaram contra eles e 400 fugiram, pois o restante foi morto
pelo exército de Davi.
A vitória foi tão grande e espetacular que
conseguiram muitos despojos a ponto de poderem
ajudar muitos povos pelos quais tinham passado e sido ajudados.
(D) Apoio militar na fortaleza no deserto (12:8-19).
Israelitas de várias partes se juntaram a
Davi em sua fortaleza no deserto (I Sm 22:3-5; 23:14,19; 24:1): gaditas – vs 8-15,
mais benjamitas e judaístas – vs 16-18 e manasseitas – vs 19.
Nesse deserto Saul buscava-o todos os dias,
porém Deus não o entregou nas suas mãos – II Sm 23:14.
(C') Apoio militar em Ziclague, novamente (12:20-22).
Davi torna a receber apoio militar em
Ziclague.
Ziclague tinha tudo para ser o maior
fracasso de todos os tempos na vida de Davi por causa do acontecido com eles
enquanto estavam em manobras militares com os filisteus.
No entanto, o caso que parecia perdido e o
fim de Davi, foi transformado em um grande momento de júbilo após terem
derrotado os amalequitas e terem voltado com os despojos deles.
(B') Apoio militar em Hebrom (12:23-37).
Davi encontrou mais homens que o apoiaram
em Hebrom. O cronista registra uma lista de representantes de cada tribo. Os números
elevados podem ser explicados de três maneiras (ver BEG):
1.O
termo hebraico traduzido como “mil” pode ser um termo técnico referindo-se a
unidades consideravelmente menores do que mil. Nesse caso, o vs 24 pode ser
lido como “filhos de Judá, que traziam escudo e lança, seis unidades com oitocentos
armados para a peleja”.
2.O
termo hebraico traduzido como “mil” pode ser corrigido de modo a significar “chefes”.
Nesse caso, o vs 24 pode ser lido como “seis chefes com oitocentos armados para
a peleja”.
3.A
possibilidade de uma hipérbole não pode ser inteiramente excluída.
(A') a unção de Davi em Hebrom (12:38-40).
Finalizando, dos versos 38 ao 40, o
cronista volta à narrativa das cerimônias que iniciaram essa seção – 11:1-3.
Ele encerra o seu relato sobre o amplo
apoio recebido por Davi com a observação como o povo de Hebrom, todo o resto de
Israel se mostrou “unanime” – vs 38 – na decisão de coroar Davi como seu rei.
Os inúmeros apoiadores de Davi comemoraram
o seu novo rei com alegria e festividades. O cronista apresenta esse acontecimento
como uma expressão de sua esperança de celebração jubilosa na comunidade
pós-exílio.
I Cr 12:1 Ora, estes são os que vieram a
Davi a Ziclague,
estando
ele ainda tolhido nos seus movimentos por causa de Saul,
filho
de Quis; e eram dos valentes que o ajudaram na guerra.
I
Cr 12:2 Eram archeiros, e usavam tanto da mão direita
como
da esquerda em atirar pedras com fundas e em disparar
flechas
com o arco; eram dos irmãos de Saul, benjamitas.
I
Cr 12:3 Aizer, o chefe, e Joás, filhos de Semaá, o Gibeátita;
Jeziel
e Pelete, filhos de Azmavete; Beraca e Jeú, o anatotita;
I
Cr 12:4 Ismaías, o gibeonita, valente entre os trinta,
e
chefe deles; Jeremias, Jaaziel, Joanã e Jozabade,
o
gederatita; I Cr 12:5 Eluzai, Jerimote, Bealias,
Semarias
e Sefatias, o harufita; I Cr 12:6 Elcana,
Issias,
Azarel, Joezer e Jasobeão, os coraítas;
I
Cr 12:7 e Joela e Zebadias, filhos de Jeroão de
Ged
or.
I
Cr 12:8 Dos gaditas se passaram para Davi,
ao
lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a
guerra,
que sabiam manejar escudo e lança;
seus
rostos eram como rostos de leões,
e eles eram tão ligeiros como
corças
sobre
os montes.
I
Cr 12:9 Ezer era o chefe, Obadias o segundo,
Eliabe
o terceiro, I Cr 12:10 Mismana o quarto,
Jeremias
o quinto, I Cr 12:11 Atai o sexto, Eliel o
sétimo,
I Cr 12:12 Joanã o oitavo, Elzabade o nono,
I
Cr 12:13 Jeremias o décimo, Macbanai o
undécimo.
I
Cr 12:14 Estes, dos filhos de Gade, foram os chefes do
exército;
o menor valia por cem, e o maior por mil.
I
Cr 12:15 Estes são os que passaram o Jordão no mês
primeiro,
quando ele transbordava por todas as suas
ribanceiras,
e puseram em fuga todos os dois vales
ao
oriente e ao ocidente.
I
Cr 12:16 Igualmente alguns dos filhos de Benjamim
e
de Judá vieram a Davi, ao lugar forte. I Cr 12:17 Davi
saiu-lhes
ao encontro e lhes disse:
Se
viestes a mim pacificamente para me ajudar,
o
meu coração se unirá convosco; porém se é para
me
entregar aos meus inimigos, sem que haja mal
nas
minhas mãos, o Deus de nossos pais
o
veja e o repreenda.
I
Cr 12:18 Então veio o espírito sobre Amasai,
chefe
dos trinta, que disse:
Nós
somos teus, ó Davi, e contigo estamos,
ó
filho de Jessé!
Paz,
paz contigo, e paz com quem te ajuda!
pois
que teu Deus te ajuda.
E
Davi os recebeu, e os fez chefes de tropas.
I
Cr 12:19 Também de Manassés alguns se passaram para Davi;
foi
quando ele veio com os filisteus para a batalha
contra
Saul; todavia não os ajudou, pois os chefes
dos
filisteus tendo feito conselho,
o
despediram, dizendo:
Com
perigo de nossas cabeças ele se passará para Saul,
seu
senhor:
I
Cr 12:20 Voltando ele, pois, a Ziclague,
passaram-se
para ele, de Manassés:
Adná, Jozabade, Jediael, Micael,
Jozabade,
Eliú
e Ziletai,
chefes
de milhares dos de Manassés.
I
Cr 12:21 E estes ajudaram a Davi contra a tropa de
saqueadores,
pois todos eles eram heróis valentes,
e
foram chefes no exército.
I
Cr 12:22 De dia em dia concorriam a Davi para o ajudar,
até
que se fez um grande exército,
como
o exército de Deus.
I Cr 12:23 Ora, estes são os números dos
chefes armados para a peleja,
que
vieram a Davi em Hebrom, para transferir a ele o reino de Saul,
conforme
a palavra do Senhor:
I Cr 12:24 dos filhos de Judá, que traziam
escudo e lança,
seis
mil e oitocentos, armados para a peleja;
I
Cr 12:25 dos filhos de Simeão, homens valentes para pelejar,
sete
mil e cem;
I
Cr 12:26 dos filhos de Levi quatro mil e seiscentos;
I
Cr 12:27 Jeoiada, que era o chefe da casa de Arão, e com ele três
mil
e setecentos; I Cr 12:28 e Zadoque, ainda jovem, homem
valente,
com vinte e dois príncipes da casa de seu pai;
I
Cr 12:29 dos filhos de Benjamim, irmãos de Saul,
três
mil, porque até então a maior parte deles
se
tinha conservado fiel à casa de Saul;
I
Cr 12:30 dos filhos de Efraim vinte mil e oitocentos homens valentes,
homens
de nome nas casas de seus pais;
I
Cr 12:31 da meia tribo de Manassés dezoito mil,
que
foram designados por nome para virem fazer Davi rei;
I
Cr 12:32 dos filhos de Issacar, duzentos de seus chefes,
entendidos
na ciência dos tempos para saberem o que Israel
devia
fazer, e todos os seus irmãos sob suas ordens;
I
Cr 12:33 de Zebulom, dos que podiam sair no exército,
cinqüenta
mil, ordenados para a peleja com todas as armas
de
guerra, como também destros para ordenarem
a
batalha, e não eram de coração dobre;
I
Cr 12:34 de Naftali, mil chefes, e com eles trinta e sete mil
com
escudo e lança;
I
Cr 12:35 dos danitas vinte e oito mil e seiscentos,
destros
para ordenarem a batalha;
I
Cr 12:36 de Aser, dos que podiam sair no exército
e
ordenar a batalha, quarenta mil;
I
Cr 12:37 da outra banda do Jordão, dos rubenitas e gaditas,
e
da meia tribo de Manassés,
com
toda sorte de instrumentos de guerra
para
pelejar, cento e vinte mil.
I
Cr 12:38 Todos estes, homens de guerra,
que
sabiam ordenar a batalha, vieram a Hebrom
com
inteireza de coração, para constituir Davi
rei
sobre todo o Israel;
e
também todo o resto de Israel estava de um só
coração
para constituir Davi rei.
I
Cr 12:39 E estiveram ali com Davi três dias,
comendo
e bebendo, pois seus irmãos lhes tinham
preparado
as provisões.
I
Cr 12:40 Também da vizinhança, e mesmo desde Issacar,
Zebulom
e Naftali, trouxeram sobre jumentos,
e
camelos, e mulos e bois,
pão,
provisões de farinha, pastas de figos
e
cachos de passas, vinho e azeite, bois
e
gado miúdo em abundância;
porque havia alegria em Israel.
Percebe-se no texto a alegria que o
cronista deixa transparecer com a ascensão abençoada de Davi como rei de Israel
e como ele conseguiu tantos adeptos e seguidores.
Vemos assim o cronista procurando valorizar
muito mais os sucessos do que os fracassos do rei e enfatizando particularmente
o apoio geral recebido por Davi.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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