quinta-feira, 14 de agosto de 2014
quinta-feira, agosto 14, 2014
Jamais Desista
Jó 35:1-16 - O TERCEIRO DISCURSO DE ELIÚ - ADVERTÊNCIAS A JÓ
Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A
42:6.
B. Os discursos de Eliú – 32:1 a
37:24.
Como já visto, essa seção “B. Os discursos
de Eliú – 32:1 a 37:24” foi subdividida em 5 partes: 1. Introdução aos seus
discursos – 32:1-5 – já vista. 2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33 – já
vista. 3. O segundo discurso – 34:1 – 37 – já vista. 4. O terceiro discurso –
35:1 – 16 – veremos agora. 5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24.
4. O terceiro discurso – 35:1 – 16.
Aqui Eliú procurará falar das
inconsistências de Jó. Ou seja, Jó lutando contra a justiça de Deus. Ele espera
ser justificado e está impaciente para entrar na presença de Deus, mas também
duvida que Deus seja justo.
O problema aqui em Jó seria a sua
ansiedade, pois estava ele correto no que pensava, mas por causa dessa impaciência
almejava encontrar-se com seu Deus entrando em sua presença e demonstrando para
ele que ele não estava errado.
Jó enfraquecido com sua situação duvidava
da justiça de Deus, por isso que estava ansioso e desejoso de entrar na
presença de Deus para provar-lhe sua justiça.
Era isso também fruto de uma mente voltada
ali, naquele caso, para as obras e não se baseava na fé. Elifaz, Bildade e
Zofar já tinham se apressado em emitir a sua opinião e isso tinha afetado, de
certa forma, a mente e o raciocínio de Jó.
Assim, Eliú adverte Jó no sentido de estar ir
longe demais. Um lamento sincero, que era o seu caso, deve ser equilibrado por
um compromisso de “esperar em Deus” – vs 14, com paciência e não ansiosamente.
Jó se queixou no cap. 23 alegando ser Deus
indiferente para com a sua situação e Eliú replica isso aconselhando Jó que nos
momentos de aflição, os justos não devem se esquecer das dádivas maravilhosas
que Deus tem dado aos seres humanos.
Eliú estava correto em seu raciocínio
relacionado à gratidão que muitas vezes falta em nossas vidas, principalmente
quando estamos sendo vítimas de circunstâncias inadministráveis.
É incrível como perdemos a capacidade de
ver que se restou em meio ao caos algo de bom, seja o que for, em nós, isso foi,
e é, devido à grande misericórdia e graça de Deus e não, devido a algo que
temos ou possuímos nos fazendo ser melhores do que o outro.
Há muitos versos bíblicos sobre a gratidão
e muitas histórias bíblicas que demonstram a gratidão.
A gratidão é uma atitude comportamental
presente em todo coração que teme a Deus e que se sente dependente dele, em
tudo. Calvino sobre a oração nos ensinava que oramos porque somos dependentes
de Deus. Essa dependência dele é que nos faz buscar a ele, confiar nele e ter
coração grato.
Quando percebemos que nossa vida está nas
mãos dele e dele dependemos para tudo, reconhecemos que dele recebemos tudo o
que precisamos para passar pelo que for e sairmos vencedores.
Eu vejo a gratidão como a confiança em
Deus. Ela deve ser em nós como uma roupa que usamos por baixo da roupa de
baixo. Ninguém sai nu de casa, antes primeiro se arruma todo diante do espelho
e primeiro começa a se vestir com as suas roupas íntimas.
Assim deve ser a nossa confiança em Deus.
Ela deve estar nos envolvendo e estar em nós em todo o tempo. Quando estamos
sem ela, sentimo-nos nus e vulneráveis diante das circunstâncias da vida que
temos de enfrentar.
Aquele que confia em Deus e sai de casa
protegido, a gratidão o acompanha por que ele reconhece que somente é forte na
força que Deus nos concede. Em nosso caso presente da vida de Jó, este, por
exemplo: perdeu tudo em um só dia, família, bens, patrimônio e, em outro dia,
sua saúde, ficando canceroso dos pés ao alto da cabeça. Quando seus amigos se
aproximaram dele, ele esperou deles consolo e conforto, mas os seus amigos
conselheiros o acusaram e criticaram ele dizendo que ele estava sofrendo por
causa do pecado na vida dele.
Era terrível a situação de Jó! Deus ficou
em silêncio total e não mandou nenhuma ajuda para ele, no entanto, vemos em Jó:
uma fé inabalável (confiança em Deus e reconhecimento de que Deus tem controle
de tudo e de todas as coisas), uma consciência imperturbável (ele, como
Sócrates não abriu mão de sua consciência, apesar das astúcias dos argumentos
de seus acusadores) e uma vida exemplar de oração em Deus (ele reconhecia que
tudo vinha de Deus, por isso se mantinha firme).
No final, Deus mesmo apareceu para ele e o
abençoou tão grandemente que recebeu de tudo o que perdeu o dobro do que tinha
antes. No entanto, Deus nunca lhe explicou nada! Sabe por quê? Não é para
entendermos... mas sim para confiarmos nele, em Deus.
Caro leitor, a gratidão não pode ser
buscada, mas é encontrada dentro de nossos corações quando nos sentimos amados,
protegidos e cuidados por Deus em tudo, mesmo que não entendamos o porquê de
muitas coisas.
Eliú ainda acusa Jó de compartilhar essa
insensatez enquanto se queixava contra Deus. Jó estaria tão dominado pela sua consciência
do sofrimento que negava as verdades nas quais sempre devemos crer e as quais
devemos afirmar.
Aqui realmente outro problema sério em Jó e
nas nossas vidas que passamos por situações semelhantes: a valorização de nossa
dor acima de qualquer coisa. Isso estava tornando Jó repreensivo diante de Eliú
que isso notou em seus argumentos e justificativas.
Jó 35:1 Respondeu mais Eliú, dizendo:
Jó
35:2 Tens por direito dizeres:
Maior
é a minha justiça do que a de Deus?
Jó
35:3 Porque disseste:
De
que me serviria?
Que
proveito tiraria mais do que do meu pecado?
Jó
35:4 Eu te darei resposta,
a
ti e aos teus amigos contigo.
Jó
35:5 Atenta para os céus, e vê; e contempla as mais altas nuvens,
que
são mais altas do que tu.
Jó
35:6 Se pecares, que efetuarás contra ele?
Se as tuas transgressões se multiplicarem, que
lhe farás?
Jó
35:7 Se fores justo, que lhe darás,
ou
que receberá ele da tua mão?
Jó
35:8 A tua impiedade faria mal a outro tal como tu;
e
a tua justiça aproveitaria ao filho do homem.
Jó
35:9 Por causa das muitas opressões os homens clamam
por
causa do braço dos grandes.
Jó
35:10 Porém ninguém diz:
Onde
está Deus que me criou,
que
dá salmos durante a noite;
Jó
35:11 Que nos ensina mais do que aos animais da terra
e
nos faz mais sábios do que as aves dos céus?
Jó
35:12 Clamam, porém ele não responde,
por
causa da arrogância dos maus.
Jó
35:13 Certo é que Deus não ouvirá a vaidade,
nem
atentará para ela o Todo-Poderoso.
Jó
35:14 E quanto ao que disseste, que o não verás,
juízo
há perante ele; por isso espera nele.
Jó
35:15 Mas agora, porque a sua ira ainda não se exerce,
nem
grandemente considera a arrogância,
Jó
35:16 Logo Jó em vão abre a sua boca,
e
sem ciência multiplica palavras.
Eliú corrige Jó em seus excessos por causa
de sua autocomiseração. Suas razões (as de Jó) estavam em grande perigo por
causa da valorização de sua dor e por causa de sua grande ansiedade em querer
estar na presença de Deus a fim de mostrar a ele que ele, Jó, estava certo e, óbvio,
Deus “errado”.
...
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
quarta-feira, agosto 13, 2014
Jamais Desista
Jó 34:1-37 - O SEGUNDO DISCURSO DE ELIÚ - A JUSTIÇA DIVINA
Segue nossa localização na leitura atual:
Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
B. Os discursos de Eliú – 32:1 a
37:24.

3. O segundo discurso – 34:1 – 37.
No seu segundo discurso, Eliú usa uma das
declarações de Jó – a sua afirmação de inocência. Jó tinha uma consciência imperturbável,
por isso que alegava inocência e não admitia de forma alguma que o que estava
sofrendo tinha ligações com sua vida diante de Deus.
Embora esteja ocupando apenas o capítulo
34, dividiremos ele em 4 partes. a. Chamado aos sábios – 34:1-4. b. Palavras
equivocadas de Jó – 34:5-9. c. A justiça divina – 34:10-30. d. Chamado ao
arrependimento – 34:31-37.
a. Chamado aos sábios – 34:1-4.
Com ousadia e fala que beira mesmo à arrogância,
Eliú desafia e chama os sábios para darem atenção à sua fala, ao seu discurso. Ele
compara a sua fala com a língua, pois como o paladar prova a comida antes de ingeri-la,
assim, o ouvido prova as palavras para saber se elas são boas ou não.
Eliú também parece-se incomodado com as
falas de Jó e com a incapacidade de seus três amigos de lhe darem uma resposta
adequada.
No verso 3, usando o plural, ele busca o
que é direito e o que é bom. A justiça e a bondade pertencem somente a Deus,
sendo portanto inegociáveis quaisquer dúvidas contra o ser divino.
O uso do plural majestático é para reforçar
a ideia de que a busca de sabedoria deve ser feita em associação com outros
sábios, permanecendo elusiva e impossível de ser compreendida plenamente – cap.
28.
b. Palavras equivocadas de Jó – 34:5-9.
Já começa dizendo que Jó está acusando Deus
por ter tirado o direito dele, estando ele certo, justo, diante do Senhor. Jó alega
sua inocência e a sustenta veementemente. Dizia ele na fala de Eliú: sou justo.
Ora, todos sabemos que Jó não se tinha por justo, o fato é que ele não se
sentia merecedor do que estava tendo de suportar.
De certa forma, Jó tem toda a razão. Somente
podemos perceber isso por que temos a visão de todo o livro de Jó e dos acontecimentos
de bastidores, que ninguém ali tem, exceto o narrador bíblico.
Por exemplo, se minha esposa está brava
comigo por uma razão óbvia, é também óbvio que uma vez tratado do assunto na
raiz do problema, a sua ira passará, bem, pelo menos deveria. Logo, sou responsável
por sua ira e sofro as consequências disso tudo. No entanto, como crentes na
soberania de Deus, entendemos que se ela está endurecida em seu coração e
portanto irada, isso Deus permitiu.
Duas verdades teológicas que defendo até a
morte: 1. Deus sempre será justo e perfeito, permitindo ou não permitindo
qualquer endurecimento. 2. Nós sempre seremos responsáveis por nossos atos
havendo ou não qualquer endurecimento de coração.
A ira contra Deus, nesse sentido é
insensatez. Se Jó tinha ira, ai sim, ele estava em grande erro, mas atribuir a
Deus a responsabilidade soberana e alegar a sua inocência, mostra para mim, Jó
como um grande homem de Deus e não digno de reprovação.
Nesses versos, Eliú está citando palavras de
Jó que não são difíceis de refutação – 12:4; 13:18; 27:2,6. Jó se sentia acusado
de mentiroso pelos seus conselheiros – 15:5 – e, por sua vez, também lhes
acusava do mesmo – 13:4.
O fato é que cada um aqui está buscando a
verdade dos fatos, mas conforme seus pressupostos, cada vez mais se
distanciavam dela, exceto Jó, que era o que mais próximo estava sempre da
verdade. Deus permanece em silêncio total e absoluto, como alguém que está a
dizer que ninguém precisa mais do que já tem.
c. A justiça divina – 34:10-30.
Fiel à sua raiva com Jó, diz a BEG, Eliú
defende a bondade e a justiça de Deus. Independentemente das circunstâncias de
Jó, concluir que Deus era injusto era uma resposta inadequada.
Deus não somente é bom e justo como afirma
Eliú, mas também soberano:
é
SOBERANO, ÚNICO SOBERANO (I Tm 6:15, Ap 6:10 - faz o que quer, quando quer, da
forma que quiser, com quem quiser);
é
SÁBIO (seus atos são feitos com sabedoria e guardam propósito, finalidade,
inteligência – Sl 104:24, Pv 3:19);
é
AMOROSO, JUSTO, BOM E MISERICORDIOSO (sua motivação maior em tudo o que faz é o
amor, seguidos de sua justiça, bondade e misericórdia);
Sendo assim:
·
Eu estou onde Deus quer que eu esteja. No
dia que Deus quiser te tirar desse lugar, ninguém poderá impedi-lo. Há um
propósito nisso e somente depois de concluí-lo é que eu poderei sair.
·
Eu sou o que Deus quer que eu seja.
Porque me lamentar? Deus me fez especial e somente eu poderei cumprir com êxito
aquilo que ele preparou para eu fazer.
·
Eu tenho o que Deus quer que eu tenha. Deus
pode tornar-me rico ou pobre em instantes, por isso, não me angustiarei
querendo ir além. Acalme-se, minha alma, que Deus está te dando e continuará a
te dar tudo o que você necessita:
nem mais para eu não me orgulhar e cair,
nem menos para eu não lamentar e murmurar e
também cair.
Não podemos negociar
de forma alguma com Deus, ou com quem quer que seja, esses atributos de Deus.
·
Deus é muito mais do que justo, ele é a própria
justiça!
·
Deus é muito mais do que bom, ele é amor!
·
Deus é muito mais do que soberano, ele é a
soberania.
Também, cada vez mais
me convenço de que o homem é cem por cento responsável por seus atos e por eles,
portanto, responderá quer por ação, quer por omissão, quer por palavras, quer
por pensamentos, quer por obras, que pela ausência delas – I Pe 4:5; Hb 4:13.
d. Chamado ao arrependimento – 34:31-37.
Eliú pede que Jó ajuste a sua visão, pois
está a falar sem conhecimento, sem sabedoria, com rebelião em seu coração e até
com desprezo.
Eliú sustenta que Jó não havia aceitado a
verdade de que Deus é justo e, por isso, óbvio, estaria sendo injusto para com
ele. O fato de Deus estar sendo duro demais com ele, e Jó tinha razão nisso,
não fazia de Jó acusador de que Deus era injusto.
Aqui também Eliú está sendo preconceituoso
para com Jó e querendo defender o que imagina ser sua crença em Deus. Eliú
tenta defender a Deus contra Jó, mas eu não vejo Jó atacar a Deus, antes
defender-se e se queixar de que suas dores estão sendo além do normal.
Diz-nos a BEG que o texto em hebraico
contém algumas dificuldades nos vs 31-33. Em geral, a admoestação é que Deus
nunca está sujeito aos homens.
Jó 34:1 Respondeu mais Eliú, dizendo:
Jó
34:2 Ouvi, vós, sábios, as minhas razões;
e
vós, entendidos, inclinai os ouvidos para mim.
Jó
34:3 Porque o ouvido prova as palavras,
como
o paladar experimenta a comida.
Jó
34:4 O que é direito escolhamos para nós;
e
conheçamos entre nós o que é bom.
Jó 34:5 Porque Jó disse:
Sou
justo, e Deus tirou o meu direito.
Jó
34:6 Apesar do meu direito sou considerado mentiroso;
a
minha ferida é incurável,
embora
eu esteja sem transgressão.
Jó
34:7 Que homem há como Jó,
que
bebe a zombaria como água?
Jó
34:8 E caminha em companhia dos que praticam a iniquidade,
e
anda com homens ímpios?
Jó
34:9 Porque disse:
De
nada aproveita ao homem o comprazer-se em Deus.
Jó 34:10 Portanto vós, homens de
entendimento, escutai-me:
Longe
de Deus esteja o praticar a maldade
e
do Todo-Poderoso o cometer a perversidade!
Jó
34:11 Porque, segundo a obra do homem, ele lhe paga;
e
faz a cada um segundo o seu caminho.
Jó
34:12 Também, na verdade, Deus não procede impiamente;
nem
o Todo-Poderoso perverte o juízo.
Jó
34:13 Quem lhe entregou o governo da terra?
E
quem fez todo o mundo?
Jó
34:14 Se ele pusesse o seu coração contra o homem,
e
recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego,
Jó 34:15 Toda a
carne juntamente expiraria,
e
o homem voltaria para o pó.
Jó
34:16 Se, pois, há em ti entendimento, ouve isto;
inclina
os ouvidos ao som da minha palavra.
Jó
34:17 Porventura o que odiasse o direito se firmaria?
E
tu condenarias aquele que é justo e poderoso?
Jó
34:18 Ou dir-se-á a um rei: Oh! Vil?
Ou
aos príncipes: Oh! ímpios?
Jó
34:19 Quanto menos àquele, que não faz
acepção
das pessoas de príncipes,
nem
estima o rico mais do que o pobre;
porque
todos são obras de suas mãos.
Jó
34:20 Eles num momento morrem;
e
até à meia noite os povos são perturbados, e passam,
e
os poderosos serão tomados não por mão humana.
Jó
34:21 Porque os seus olhos estão sobre os caminhos de cada um,
e
ele vê todos os seus passos.
Jó
34:22 Não há trevas nem sombra de morte,
onde
se escondam os que praticam a iniquidade.
Jó
34:23 Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo,
para
o fazer ir a juízo diante dele.
Jó
34:24 Quebranta aos fortes, sem que se possa inquirir,
e
põe outros em seu lugar.
Jó
34:25 Ele conhece, pois, as suas obras;
de
noite os transtorna, e ficam moídos.
Jó
34:26 Ele os bate como ímpios que são,
à
vista dos espectadores;
Jó
34:27 Porquanto se desviaram dele,
e
não compreenderam nenhum de seus caminhos,
Jó
34:28 De sorte que o clamor do pobre subisse até ele,
e
que ouvisse o clamor dos aflitos.
Jó
34:29 Se ele aquietar, quem então inquietará?
Se
encobrir o rosto, quem então o poderá contemplar?
Seja
isto para com um povo,
seja
para com um homem só,
Jó
34:30 Para que o homem hipócrita nunca mais reine,
e
não haja laços no povo.
Jó 34:31 Na verdade, quem a Deus disse:
Suportei
castigo, não ofenderei mais.
Jó
34:32 O que não vejo, ensina-me tu;
se
fiz alguma maldade, nunca mais a hei de fazer?
Jó
34:33 Virá de ti como há de ser a recompensa,
para
que tu a rejeites? Faze tu, pois, e não eu, a escolha;
fala
logo o que sabes.
Jó
34:34 Os homens de entendimento dirão comigo,
e
o homem sábio que me ouvir:
Jó
34:35 Jó falou sem conhecimento;
e
às suas palavras falta prudência.
Jó
34:36 Pai meu! Provado seja Jó até ao fim,
pelas
suas respostas próprias de homens malignos.
Jó
34:37 Porque ao seu pecado acrescenta a transgressão;
entre
nós bate palmas,
e
multiplica contra Deus as suas palavras.
Novamente, amigos e conselheiros que
somente viam o pecado em Jó e como eram grandes as suas falhas, mas onde está o
amor, o abraço, a força que deveriam transmitir a ele, Jó, primeiramente?
Será que somos semelhantes a Elifaz,
Bildade, Zofar e Eliú ou piores do que ele que se apressam em primeiro julgar o
outro que caiu ou está em grandes apuros?
Ninguém acreditava em Jó! Não é o princípio
básico de todo relacionamento a confiança no outro acima de tudo? Como eu
costumo dizer: - eu prefiro ser traído por você, do que trair a minha confiança
depositada em ti.
...
terça-feira, 12 de agosto de 2014
terça-feira, agosto 12, 2014
Jamais Desista
SUICÍDIO? - SUPERAÇÃO - Como venci a ideia suicida!
Há uma saída para o seu caso!
Não entre em pânico nem acredite que este é o teu fim!
"Os pensamentos são como passarinhos que voam nos céus!
A morte é a sua tentativa de encontrar a saída, a solução de seu caso, mas será mesmo? Em breve, estaremos lançando este novo livro pela Editora Os Semeadores - http://www,facebook.com/editoraossemeadores.
Com certeza, será uma oportunidade, uma ferramenta a mais na ajuda daqueles que perderam a esperança e precisam desesperadamente de reencontrá-la.
"Os pensamentos são como passarinhos que voam nos céus!
E nos céus voam todos os tipos de pássaros:
o Beija-Flor, o Colibri, a Águia, o Urubu e até o Carcará.
Ninguém pode impedi-los de voar,
Mas uma coisa podemos fazer:
Impedir que façam ninhos em nossas cabeças!"
Ninguém quer tirar a sua própria vida, pois que ela é dom de Deus. O que o "suicida" deseja é livrar-se do problema para o qual ele já desistiu de encontrar a solução.
A morte é a sua tentativa de encontrar a saída, a solução de seu caso, mas será mesmo? Em breve, estaremos lançando este novo livro pela Editora Os Semeadores - http://www,facebook.com/editoraossemeadores.
Com certeza, será uma oportunidade, uma ferramenta a mais na ajuda daqueles que perderam a esperança e precisam desesperadamente de reencontrá-la.
A placa de entrada do inferno, de Dante Alighieri, diz assim "Ó, vós que entrais, abandonai toda a esperança..."
terça-feira, agosto 12, 2014
Jamais Desista
Jó 33:1-33 - ELIÚ DIRIGE-SE A JÓ PELO SEU NOME E LHE ACONSELHA
Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A
42:6.
B. Os discursos de Eliú – 32:1 a
37:24.
Como já visto, essa seção “B. Os discursos
de Eliú – 32:1 a 37:24” foi subdividida em 5 partes: 1. Introdução aos seus
discursos – 32:1-5 – já vista. 2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33 –
estaremos concluindo neste capítulo. 3. O segundo discurso – 34:1 – 37. 4. O
terceiro discurso – 35:1 – 16. 5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24.
2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33 - continuação.
Vimos que Eliú parecia ter mais consciência
e humildade, combinada a fortes convicções, do que os outros amigos de Jó. Vimos,
ainda, que ele já fez a sua introdução, um breve solilóquio e agora, neste
capítulo, entrará na razão de ser de seu primeiro discurso.
Como tínhamos falado, até agora Jó não
tinha sido tratado pelo seu nome e Eliú começa seu discurso resgatando o nome
de Jó. O seu primeiro discurso pode ser dividido da seguinte forma: a. A defesa
de Eliú (de sua própria qualificação para poder discutir) – 32:6-14 – já vista.
b. Um solilóquio – 32:15-22 – também já vista. c. Palavras de aconselhamento
para Jó – 33:1-33 – veremos agora.
c. Palavras de aconselhamento para Jó – 33:1-33.
Em resumo aqui, Eliú fala diretamente com
Jó, conforme se vê seu tratamento direto da fala para ele, referindo-se às próprias
palavras de Jó para mostrar-lhe que Jó estaria mais preocupado em se justificar
do que em justificar a Deus – 32:2.
Inicia chamando a sua atenção ao pronunciar
o seu nome – vs 1 – e diz que estaria a falar em pura sabedoria – vs 3. A sua
sinceridade em sua fala seria demonstrada pelas suas razões as quais daria a
ele agora conhecimento.
Eu costumo dizer que se a sinceridade –
essa apontada por Eliú – fosse a minha parceira de cama, dela eu duvidaria como
fiel companheira.
Mas voltemos para Eliú e suas razões que
provam sua sinceridade ao falar com Jó e aconselhá-lo. Eliú não se põe acima,
nem se diz melhor, mas se coloca ao lado de Jó e mesmo ao lado de seus
companheiros que ali estavam discursando.
No entanto, alega ele que eles estavam
errados, assim como Jó. O seu apelo são para os seus arrazoados que comparados
com os de Jó e os de seus amigos, não poderiam competir, estando muito aquém do
desejado.
Eliú usa os próprios discursos de Jó contra
ele – 33:10b-11; 13:24b e 27a -, mas,
como era o costume, não as cita literalmente.
Dos versos 12 ao 22, o apelo de Eliú à transcendência
de Deus repete o que os conselheiros há haviam dito mas ele lida com o tema de
maneira diferente.
Seu propósito é mostrar que, a despeito da transcendência
divina, Deus fala ao homem, por meio da revelação – vs 14 ao 18 – e por meio da
experiência de encontrar humildade e gratidão pela misericórdia de Deus em meio
ao sofrimento – vs 19-30.
Dos versos de 23 ao 30, ao contrário dos
conselheiros que não viam lugar algum para a graça ou a mediação – 5:1 -, Eliú
entende que Deus provê ambas as coisas.
No verso 23 isso fica claro, pois Eliú
entende que Deus provê um mediador para representar os justos que sofrem,
exatamente como desejou Jó. Essa sua compreensão prevê o que os cristãos sabem
ser verdadeiro acerca de Cristo – I Tm 2:5.
Como já disse quando meditava no capítulo 9,
no verso 15, Jó afirma ser justo, mas não “o justo”, nem justo na essência por
que ele se reconhece pecador e pelo seu Deus clama por misericórdia como alguém
que necessitasse de um resgatador, de alguém que poderia ser a sua justiça. Era
esse o clamor de Jó por um mediador entre Deus e os homens – I Tm 2:5. Esse
Mediador necessário e imaginado por Jó é Jesus Cristo, que faz esse papel.
Jó 33:1 Assim, na verdade, ó Jó, ouve as
minhas razões,
e
dá ouvidos a todas as minhas palavras.
Jó
33:2 Eis que já abri a minha boca;
já falou a minha língua debaixo do meu paladar.
Jó
33:3 As minhas razões provam a sinceridade do meu coração,
e
os meus lábios proferem o puro saber.
Jó
33:4 O Espírito de Deus me fez;
e
a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.
Jó
33:5 Se podes, responde-me, põe em ordem as tuas razões
diante de mim, e apresenta-te.
Jó
33:6 Eis que vim de Deus, como tu;
do
barro também eu fui formado.
Jó
33:7 Eis que não te perturbará o meu terror,
nem
será pesada sobre ti a minha mão.
Jó
33:8 Na verdade tu falaste aos meus ouvidos;
e
eu ouvi a voz das tuas palavras. Dizias:
Jó
33:9 Limpo estou, sem transgressão; puro sou,
e
não tenho iniquidade.
Jó
33:10 Eis que procura pretexto contra mim,
e
me considera como seu inimigo.
Jó
33:11 Põe no tronco os meus pés,
e
observa todas as minhas veredas.
Jó
33:12 Eis que nisso não tens razão; eu te respondo;
porque maior é Deus do que o homem.
Jó
33:13 Por que razão contendes com ele,
sendo
que não responde acerca de todos os seus feitos?
Jó
33:14 Antes Deus fala uma e duas vezes;
porém
ninguém atenta para isso.
Jó
33:15 Em sonho ou em visão noturna,
quando
cai sono profundo sobre os homens,
e
adormecem na cama.
Jó
33:16 Então o revela ao ouvido dos homens,
e
lhes sela a sua instrução,
Jó
33:17 Para apartar o homem daquilo que faz,
e
esconder do homem a soberba.
Jó
33:18 Para desviar a sua alma da cova,
e
a sua vida de passar pela espada.
Jó
33:19 Também na sua cama é castigado com dores;
e
com incessante contenda nos seus ossos;
Jó
33:20 De modo que a sua vida abomina até o pão,
e
a sua alma a comida apetecível.
Jó
33:21 Desaparece a sua carne a olhos vistos,
e
os seus ossos, que não se viam, agora aparecem.
Jó
33:22 E a sua alma se vai chegando à cova,
e
a sua vida aos que trazem a morte.
Jó
33:23 Se com ele, pois, houver um mensageiro, um intérprete,
um
entre milhares, para declarar ao homem a sua retidão,
Jó
33:24 Então terá misericórdia dele, e lhe dirá:
Livra-o,
para que não desça à cova; já achei resgate.
Jó
33:25 Sua carne se reverdecerá mais do que era na mocidade,
e
tornará aos dias da sua juventude.
Jó
33:26 Deveras orará a Deus, o qual se agradará dele,
e
verá a sua face com júbilo,
e
restituirá ao homem a sua justiça.
Jó
33:27 Olhará para os homens, e dirá:
Pequei,
e perverti o direito, o que de nada me aproveitou.
Jó
33:28 Porém Deus livrou a minha alma de ir para a cova,
e
a minha vida verá a luz.
Jó
33:29 Eis que tudo isto é obra de Deus,
duas
e três vezes para com o homem,
Jó
33:30 Para desviar a sua alma da perdição,
e
o iluminar com a luz dos viventes.
Jó
33:31 Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei.
Jó
33:32 Se tens alguma coisa que dizer, responde-me;
fala,
porque desejo justificar-te.
Jó
33:33 Se não, escuta-me tu; cala-te,
e
ensinar-te-ei a sabedoria.
Eliú parece bem convicto de seu papel e a
sua língua não para um instante e ele conclui essas palavras de conselhos para
Jó pedindo a sua atenção e sempre se dirigindo a ele pelo seu nome.
Eliú não quer que ele fale, mas que apenas
escute; no entanto, antes de prosseguir, oferece-lhe a palavra em resposta e
prossegue dizendo que iria ensinar a ele agora a sabedoria.
Há uma forte convicção em Eliú ao falar, ao
exortar e ao aconselhar que beira à presunção.
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