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terça-feira, 29 de julho de 2014

Jó 19:1-29 - JÓ RESPONDE NOVAMENTE A BILDADE: O SEU REDENTOR VIVE!

Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – já vista. 3. Bildade – 18:1 – 21 – já vista. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29 – veremos agora. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29.
Um crente, um verdadeiro crente falando e se justificando diante de Bildade que contra ele falou inverdades.
O seu discurso neste capítulo começa inquirindo os seus amigos por que eles tanto o infligiam com suas palavras se ele já por tantas vezes tinha se justificado diante deles dizendo de sua inocência?
Sempre estava eles o vituperando e ele chega ao ponto de admitir algum erro, mas que, na verdade, esse erro ficaria somente com ele.
E sua afirmação é relacionada à soberania de Deus porque entende Jó que a sua aflição foi permitida por Deus, embora não entenda os motivos dela, nem contra Deus se levanta Jó, pelo contrário vemos nele e em sua fala raios de esperança de sua justiça, ainda que não seja no presente momento, ou seja, nesta vida.
Como nos diz a BEG, Jó não conseguia entender por que Deus permitira que esse tormento externo viesse sobre ele. Deus não somente não estava ouvindo a sua súplica por justiça – vs. 7 e 8 -, mas o estava privando de honra e o atacando – vs. 9 a 12 – a ponto de levá-lo a sentir vergonha dos outros  - vs. 13 ao 20.
Ele fala de Deus como Deus que realmente poderia fazer algo, mas que não faz por causa de algum de seus propósitos. Deus parece preferir o silêncio e a aparente ausência do que estar ali preocupado com que Jó ou qualquer outro fosse ou estivesse pensando.
Quem se preocupa com o que os outros vão pensar, acaba vivendo uma realidade que não existe e sendo escravo da imaginação fértil dele mesmo a qual é maligna e não pode ser justa.
Jó sempre preferiu a sua consciência contra tudo o que os outros pensavam ou achavam. Ele entende que Deus pode transformá-lo e de um instante para o outro mudar a sua sorte como foi para ele estar agora sofrendo e sendo atacado por seus amigos ao invés de estar ali sendo consolado por eles.
Até o verso 22, Jó está se lamentando e entendendo que Deus tem o controle de todas as coisas. Ele sofre mais com seus amigos do que com Deus que não explica nada para ele. Ele entende mais a Deus, ainda que em silêncio, do que seus amigos que insistem em encontrarem nele alguma explicação para todos os fatos.
Bildade em sua acusação tinha, de modo muito simplista, afirmado que Deus não pervertia a justiça – 8:3; concordamos com isso – e sustentava que todo elemento de sofrimento representava o julgamento divino justificado – discordamos disso. Jó, então, por isso, insistia que, se fosse assim, no seu caso, Deus não tinha sido justo.
O livro de Jó nos permite um vislumbre por cima de toda a cena da realidade que nem Jó nem seus amigos tinham, a qual nunca teremos também em nossas vidas e na vida dos amigos que a nós se achegarem para nos consolar ou nos acusar.
Quando olhamos de cima (ainda nem terminamos o livro, mas já conseguimos ver algumas coisinhas):
ü  Vemos que Deus está no controle de tudo e não Satanás ou o mal ou qualquer que seja a força dominante ou reinante.
ü  Vemos que há um só reino, como um só domínio, um só Senhor, nos céus e na terra. Não vemos um reino dividido, nem um dualismo de forças do bem e do mal, mas o Deus soberano, transcendente, mas também imanente.
ü  Vemos que as coisas se sucedem aos que estão lá embaixo sem que a eles sejam dadas explicações sobre qualquer fenômeno.
ü  Vemos que os verdadeiros amigos são os que compartilham conosco a nossa dor e estão ao nosso lado, em confiança, amor e força.
ü  Vemos que muitos irão querer entender, compreender as coisas e por não conseguirem optarão pelo caminho mais fácil que é o da acusação e da perseguição.
Jó, então, de tão seguro em suas convicções, sonha desejando que suas palavras fossem escritas em um livro para sempre, obviamente para a posteridade – Hb 2:2. Hoje temos as Escrituras que jamais passarão, como disse o Senhor: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.” – Lc 21:33
O desejo de seu coração por gravar as suas palavras era devida à sua convicção de que o seu Redentor vivia e que por fim se levantaria de sobre a terra. Mesmo passando por todo sofrimento, ele não havia perdido totalmente a esperança. Sua fé numa futura justificação continua forte.
Depois ainda profetiza e sua palavra não cai por terra. Dizia ele, Jó, que ainda o veria face a face em sua vida. Uma palavra assim falada não poderia ser dita de qualquer maneira, mas apenas pela boca de Deus. Jó estava cheio do Espírito Santo de Deus!
O motivo pelo qual ele gostaria de que fossem gravadas as suas palavras era porque o seu Redentor vivia e a sua fé o estaria conduzindo cada vez mais para perto dele.
O termo Redentor, nos ensina a BEG, pode ser traduzido por “Defensor”, “Vingador”, “Fiador”, “Justificador” ou “Resgatador”.
Se Deus era o inimigo de Jó, como ele imaginava, então Jó certamente precisava de um mediador, um justificador, um defensor.
Embora os leitores saibam pelo prólogo que Deus não era inimigo de Jó e que, no final, Deus se torna seu justificador – 42:7 -, Jó espera que um terceiro ser celestial fizesse a sua defesa – 9:33,34; 16:18 a 21.
A revelação plena do Novo Testamento mostra que esse advogado não é outra pessoa senão Jesus Cristo – I Tm 2:5 “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.”
Vejamos, literalmente, o que nos diz a BEG, sobre 19.26-27:
Depois, revestido este meu corpo da minha pele. Literalmente, "depois, revestido este meu corpo que eles tiraram - isto". Pode ser que esse "isto" se refira aos estragos causados pela sua enfermidade. O significado exato dessas palavras é um tanto incerto. em minha carne. O significado da preposição traduzida por em pode ser "em" (minha carne) ou "fora de". Uma vez que o livro de Jó toca na ideia da ressurreição no cap. 14, parece provável que, se Jó está falando de sua morte na primeira parte desse versículo, então a ressurreição esteja em vista aqui, e a tradução da preposição deve ser "em". É certo que Jó acredita ter um Redentor que o ama e por quem o seu coração anseia. Toda a passagem evoca fortemente a necessidade que todo pecador tem de um mediador que seja, ao mesmo tempo, Deus e homem. Veja CFW 32.2; CM 86; BC 37.

É de fato muito interessante, em Jó, encontrarmos essas ideias do redentor, do mediador e desse mediador ao mesmo tempo Deus e homem, do resgatador, da ressurreição dos mortos, da justiça futura, da soberania de Deus e por que não da responsabilidade humana. 
Jó 19:1 Respondeu, porém, Jó, dizendo:
                Jó 19:2 Até quando afligireis a minha alma,
                               e me quebrantareis com palavras?
                Jó 19:3 Já dez vezes me vituperastes;
                               não tendes vergonha de injuriar-me.
                Jó 19:4 Embora haja eu, na verdade, errado,
                               comigo ficará o meu erro.
                Jó 19:5 Se deveras vos quereis engrandecer contra mim,
                               e arguir-me pelo meu opróbrio,
                                               Jó 19:6 Sabei agora que Deus é o que me
                                                               transtornou, e com a sua rede me cercou.
                Jó 19:7 Eis que clamo:
                               Violência!
                                               Porém não sou ouvido.
                Grito:
                               Socorro!
                                               Porém não há justiça.
                Jó 19:8 O meu caminho ele entrincheirou, e já não posso passar,
                               e nas minhas veredas pôs trevas.
                Jó 19:9 Da minha honra me despojou;
                               e tirou-me a coroa da minha cabeça.
                Jó 19:10 Quebrou-me de todos os lados, e eu me vou;
                               e arrancou a minha esperança, como a uma árvore.
                Jó 19:11 E fez inflamar contra mim a sua ira,
                               e me reputou para consigo, como a seus inimigos.
                Jó 19:12 Juntas vieram as suas tropas,
                               e prepararam contra mim o seu caminho,
                                               e se acamparam ao redor da minha tenda.
                Jó 19:13 Pôs longe de mim a meus irmãos,
                               e os que me conhecem, como estranhos se apartaram de mim.
                Jó 19:14 Os meus parentes me deixaram,
                               e os meus conhecidos se esqueceram de mim.
                Jó 19:15 Os meus domésticos e as minhas servas
                               me reputaram como um estranho,
                                               e vim a ser um estrangeiro aos seus olhos.
                Jó 19:16 Chamei a meu criado, e ele não me respondeu;
                               cheguei a suplicar-lhe com a minha própria boca.
                Jó 19:17 O meu hálito se fez estranho à minha mulher;
                               tanto que supliquei o interesse dos filhos do meu corpo.
                Jó 19:18 Até os pequeninos me desprezam, e, levantando-me eu,
                               falam contra mim.
                Jó 19:19 Todos os homens da minha confidência me abominam,
                               e até os que eu amava se tornaram contra mim.
                Jó 19:20 Os meus ossos se apegaram à minha pele e à minha carne,
                               e escapei só com a pele dos meus dentes.
                Jó 19:21 Compadecei-vos de mim, amigos meus,
                               compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me tocou.
                Jó 19:22 Por que me perseguis assim como Deus,
                               e da minha carne não vos fartais?
                Jó 19:23 Quem me dera agora,
                               que as minhas palavras fossem escritas!
                Quem me dera,
                               fossem gravadas num livro!
                Jó 19:24 E que, com pena de ferro, e com chumbo,
                               para sempre fossem esculpidas na rocha.
                Jó 19:25 Porque eu sei que o meu Redentor vive,
                               e que por fim se levantará sobre a terra.
                Jó 19:26 E depois de consumida a minha pele,
                               contudo ainda em minha carne verei a Deus,
                Jó 19:27 Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos,
                               e não outros o contemplarão;
                               e por isso os meus rins se consomem no meu interior.
                Jó 19:28 Na verdade, que devíeis dizer:
                               Por que o perseguimos?
                                               Pois a raiz da acusação se acha em mim.
                Jó 19:29 Temei vós mesmos a espada;
                               porque o furor traz os castigos da espada,
                                               para saberdes que há um juízo.
Jó demonstra em tudo isso uma fé inabalável e que suporta todo tipo de pressão contra ela. Deus nos mostra em Jó que podemos também vencer, se como ele, mantivermos nossa fé firme, inabalável e nossa consciência imperturbável, sem esmorecermos jamais de nossas vidas de orações incessantes. Como nos diz Paulo: “orai sem cessar” – I Ts 5:17.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Jó 18:1-21 - SEGUNDO DISCURSO DE BILDADE CONTRA JÓ

Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – já vista. 3. Bildade – 18:1 – 21 – veremos agora. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
3. Bildade – 18:1 – 21.
Agora, novamente, como foi da última vez, é a oportunidade de fala de Bildade. A ordem das falas, das réplicas e das respostas de Jó parecem padrão.
Esta segunda série de discursos nada acrescenta em relação à primeira série. Os discursos continuam vazios, justamente por faltarem neles vida, prática, convivência, alinhamento entre a teoria e a prática.
Bildade acusa Jó pela segunda vez. O seu discurso pode ser dividido assim: primeiro ele repreende Jó – vs 1 ao 4. Depois, repete a sua exposição anterior sobre o destino dos ímpios – dos vs 5 ao 21; comparar com 8:8 a 19.
Na sua repreensão a Jó, a crueldade é notória além do que ela era dirigida a uma pessoa que naquele momento precisava primeiro de acolhida, amor, compreensão.
Bildade ao repreender Jó dá a entender que ele era o ofendido e Jó o ofensor, no entanto Jó estava sofrendo. Será que esqueceram disso? Uma característica interessante em Jó é que em nenhum momento ele ficou calado com relação às críticas de seus companheiros.
Jó sempre tinha uma resposta e sempre se defendia apelando para sua consciência e hombridade; além disso, Jó sempre se dirigia a Deus em suas respostas. Jó era uma pessoa de caráter que não abria mão disso.
Depois de repreender, se volta para o seu mesmo discurso pronunciado anteriormente baseado na afirmação da sabedoria proverbial.
Fala de certas coisas coerentes, mas que pessimamente aplicadas. Principalmente porque Jó não era aquela pessoa que eles pensavam que era.
Acho que esses amigos não eram aqueles amigos que temos de verdade que confiam na gente, que acreditam em tudo o que falamos e está disposto a nos ajudar.
Ele fala da morte e do desaparecimento ou fim do ímpio. O livro de salmos fala tanto disso. Toda a Bíblia nos aponta que um dia isso tudo vai mudar e a sua promessa par nós é que viveremos eternamente com o Senhor.
Jó 18:1 Então respondeu Bildade, o suíta, e disse:
                Jó 18:2 Até quando poreis fim às palavras?
                               Considerai bem, e então falaremos.
                Jó 18:3 Por que somos tratados como animais,
                               e como imundos aos vossos olhos?
                Jó 18:4 Oh tu, que despedaças a tua alma na tua ira,
                               será a terra deixada por tua causa?
                                               Remover-se-ão as rochas do seu lugar?
Jó 18:5 Na verdade, a luz dos ímpios se apagará,
                e a chama do seu fogo não resplandecerá.
                Jó 18:6 A luz se escurecerá nas suas tendas,
                               e a sua lâmpada sobre ele se apagará.
                Jó 18:7 Os seus passos firmes se estreitarão,
                               e o seu próprio conselho o derrubará.
                Jó 18:8 Porque por seus próprios pés é lançado na rede,
                               e andará nos fios enredados.
                Jó 18:9 O laço o apanhará pelo calcanhar,
                               e a armadilha o prenderá.
                Jó 18:10 Está escondida debaixo da terra uma corda,
                               e uma armadilha na vereda.
                Jó 18:11 Os assombros o espantarão de todos os lados,
                               e o perseguirão a cada passo.
                Jó 18:12 Será faminto o seu vigor,
                               e a destruição está pronta ao seu lado.
                Jó 18:13 Serão devorados os membros do seu corpo;
                               sim, o primogênito da morte devorará os seus membros.
                Jó 18:14 A sua confiança será arrancada da sua tenda,
                               onde está confiado,
                                               e isto o fará caminhar para o rei dos terrores.
                Jó 18:15 Morará na sua mesma tenda,
                               o que não lhe pertence;
                                               espalhar-se-á enxofre sobre a sua habitação.
                Jó 18:16 Por baixo se secarão as suas raízes
                               e por cima serão cortados os seus ramos.
                Jó 18:17 A sua memória perecerá da terra,
                               e pelas praças não terá nome.
                Jó 18:18 Da luz o lançarão nas trevas,
                               e afugentá-lo-ão do mundo.
                Jó 18:19 Não terá filho nem neto entre o seu povo,
                               e nem quem lhe suceda nas suas moradas.
                Jó 18:20 Do seu dia se espantarão os do ocidente,
                               assim como se espantam os do oriente.
                Jó 18:21 Tais são, na verdade, as moradas do perverso,
                               e este é o lugar do que não conhece a Deus.
Eu não vejo a hora de chegar o grande dia em que o Senhor voltar pela segunda vez para estar para sempre conosco e ressuscitarmos dos mortos.
Triunfar sobre a morte para nunca mais morrermos, será algo que não temos condições, no presente, de se quer imaginar. Jó falará disso em sua resposta. Enquanto Bildade mostra o fim, Jó fala da ressurreição dos mortos pela fé.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 27 de julho de 2014

Jó 17:1-16 - JÓ ESTÁ TODO VOLTADO PARA DEUS AO RESPONDER A ELIFAZ

Ainda estamos na parte II, de cinco, de nossa divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – estamos vendo agora. 3. Bildade – 18:1 – 21. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
b. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16 - continuação.
Jó continua com a sua oração iniciada em 16:7. Ele usou os sete primeiros versículos do capítulo 16 para, sarcasticamente, responder a Elifaz e agora, ele estava diante de Deus, continuando com as suas orações.
Ele reconhece a ação de Deus e o seu controle, mas percebe que o tempo está passando veloz levando embora tudo o que ele tinha. Se não bastasse isso, ainda estava ele cercado de zombadores e seus olhos cheios de contemplarem as suas provocações.
Parecia que o universo todo conspirava contra ele. Parecia que todos estavam ali prontos somente para ouvir da sua boca impropérios contra o seu Deus, mas Jó permanecia fiel.
Jó se sentia uma abominação e um provérbio dos povos por causa de sua condição, mas mesmo assim, teimosamente, insistia em sua tese da inocência, da soberania de Deus e a da manutenção de sua fidelidade.
Como manter a esperança quando não se tem o que esperar senão aquilo que seu coração crê?
Por que Jó não desistiu de vez e buscou o suicídio ou a morte ou a depressão profunda, mas ao invés disso buscou a vida, buscou a Deus e lutou com todas as suas forças?
Jó era um homem de fé! Por isso que sustentou-se nela para nos provar a nós que devemos igualmente nos sustentarmos nela para o que der e vier.
Não havia palavra de Deus para Jó naquele seu caso, no entanto, jamais abriu mão de sua fé em um Deus pessoal que é soberano e que se levanta para fazer justiça e juízo na terra.
Hoje, por exemplo, nós os crentes estamos rodeados da palavra de Deus em tantas promessas que nenhuma desculpa poderíamos apresentar diante de Deus que justificasse uma vida longe da fé.
Com a chegada e a revelação de Cristo Jesus, tudo mudou. Ele veio e se manifestou e abriu a sua boca em parábolas e nos ensinou e nos instruiu.
Suas palavras finais, durante a sua fase terrestre foram de que voltaria em breve para buscar e estar entre os crentes para sempre, pelos séculos dos séculos. Amém!
Jó, ao contrário, passou pela prova sozinho. Nem a palavra tinha, mas apenas o seu coração de crente e sua esperança baseada na sua vida com Deus.
Jó 17:1 O meu espírito se vai consumindo,
                os meus dias se vão apagando,
                                e só tenho perante mim a sepultura.
                 Jó 17:2 Deveras estou cercado de zombadores,
                               e os meus olhos contemplam as suas provocações.
                Jó 17:3 Promete agora, e dá-me um fiador para contigo;
                               quem há que me dê a mão?
                Jó 17:4 Porque aos seus corações encobriste o entendimento,
                               por isso não os exaltarás.
                Jó 17:5 O que denuncia os seus amigos, a fim de serem despojados,
                               também os olhos de seus filhos desfalecerão.
                Jó 17:6 Porém a mim me pôs por um provérbio dos povos,
                               de modo que me tornei uma abominação para eles.
                Jó 17:7 Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos,
                               e já todos os meus membros são como a sombra.
                Jó 17:8 Os retos pasmarão disto,
                               e o inocente se levantará contra o hipócrita.
                Jó 17:9 E o justo seguirá o seu caminho firmemente,
                               e o puro de mãos irá crescendo em força.
                Jó 17:10 Mas, na verdade, tornai todos vós e vinde;
                               porque sábio nenhum acharei entre vós.
                Jó 17:11 Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos,
                               as aspirações do meu coração.
                Jó 17:12 Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim,
                               por causa das trevas.
                Jó 17:13 Se eu esperar, a sepultura será a minha casa;
                               nas trevas estenderei a minha cama.
                Jó 17:14 A corrupção clamo:
                               Tu és meu pai;
                                               e aos vermes:
                                                               Vós sois minha mãe e minha irmã.
                Jó 17:15 Onde, pois, estaria agora a minha esperança?
                               Sim, a minha esperança, quem a poderá ver?
                Jó 17:16 As barras da sepultura descerão
                               quando juntamente no pó teremos descanso.
Jó encerra sua fala a Elifaz e agora se levanta, novamente, para sua réplica, Bildade.
Jó permanece fiel em toda a casa de Deus resistindo a tudo somente pela sua fé, sua crença pessoal em um Deus pessoal. Jó nada tinha em que ancorar a sua fé, mas ele pode ser considerado um exemplo para todos nós.
Abraão, provavelmente, seu contemporâneo, foi tido para nós como o pai da fé porque creu em Deus que lhe falara.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sábado, 26 de julho de 2014

Semeando mensagens em todo o mundo

Agora mesmo, faça-nos uma visita!
A vida que Deus nos deu é uma só e o seu convite é para que o glorifiquemos por meio dela. Qual a melhor forma de assim fazermos, senão divulgando a sua palavra por meio de mensagens escritas e faladas?

Estamos empenhados nisso e acreditamos no que fazemos!

Nossos livros se baseiam totalmente na Bíblia e apresentam, todos eles, uma cosmovisão não dualista do mundo. Pelo contrário, cremos que Deus está no controle de tudo e de todas as coisas. Tudo o que ele criou, ele também sustenta até agora. É por causa de seus eternos propósitos, os quais se cumprirão quer queiramos, quer não, que a vida é sempre renovada apesar das mazelas e circunstâncias "inadministráveis" as quais estamos todos sujeitos.

As sinópses de nossos livros estão disponíveis em nossos sites. Também recomendamos conhecer http://issuu.com/danielbarreto4 ​haja vista que você terá acesso completo em alguns livros com visualização digital agradável e muito amigável.

Jó 16:1-22 - UM AMIGO DEVE CONFIAR NO OUTRO

Ainda estamos na parte II, de cinco, de nossa divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos no segundo ciclo de discursos: Jó e seus amigos novamente trocam entre si palavras na forma de discursos, seguindo uma ordem exata, como na primeira série de discursos. Era como se fosse o direito à réplica, comum nos debates, principalmente nos políticos.
Continuemos com essa parte “C”, que estará sendo dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – veremos agora. 3. Bildade – 18:1 – 21. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16.
Jó dá a Elifaz a sua resposta. E podemos também dividi-la em duas partes. 1. A repreensão cínica – 16:1-6. 2. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16.
1. A repreensão cínica – 16:1-6.
Como vimos, Jó mantém o seu estilo de resposta, primeiramente se voltando para seu interlocutor dando-lhe sua resposta à altura, mantendo sempre a sua fé e preservando a sua consciência a despeito de tudo; depois, se voltando para Deus com sua perseverante oração em busca de sabedoria e entendimento dos fatos.
Percebemos Jó descartando o discurso de Elifaz como uma repetição repugnante de uma perspectiva defeituosa sobre o sofrimento.
Cinicamente, Jó retrucou a Elifaz por ele ter aplicado os provérbios tradicionais à sua situação. Bem poderia Elifaz estar consolando ele e como amigo compreendendo sua dor, mas a sua opção era o encontro da culpa.
Por quê? Admitindo a culpa e buscando o perdão, o mal cessaria e sua dor seria consolada e ele ouviria novamente a voz de Deus? O que se passava com Elifaz e o que ele buscava?
Os amigos deveriam em primeiro lugar confiar nele e não acusá-lo. Toda relação começa com a confiança e quando não há confiança na relação, como pode ela se perpetuar?
Se a sua premissa for o mal em relação ao seu próximo, como poderá haver relacionamento? Há pessoas que tem receio de confiar na outra com medo de ser traída ou enganada, mas eu prefiro ser traído e enganado do que trair a minha confiança com aquele que estou me relacionando.
Jó já demonstrava cansaço não somente da extensão dos discursos, mas porque eles nada diziam que fosse útil.
2. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16.
O desabafo de Jó diante de Deus é muito profundo. Sua oração é a oração de um crente, de um justo que vive pela fé, como nos diz o escritor de Hebreus que o justo de Deus andaria pela fé e não poderia recuar, senão, nele não estaria o seu espírito – Hb 10:38.
Ele reconhece a ação de Deus sobre a sua vida, mas não põe em Deus a culpa no sentido de estar sendo Deus contrário à sua natureza, ou seja, sendo maligno. Ele compreende que o mal não poderia tocá-lo sem que tivesse que passar por seu Deus.
Por que o mal o teria atingido? Ele anseia por respostas, uma vez que não encontra justificativas em sua conduta para castigos divinos. Como é fácil trairmos nossa fé...
Estaria Jó cedendo aos argumentos de seus amigos que associavam piamente seus sofrimentos a comportamentos que tivesse tido? Quem tem as respostas?
Certa vez Jesus falou sobre essa questão que principalmente é sustentada em Jó de que os sofrimentos estão associados, como castigos, a prática de pecados muito graves.
Lucas 13:1 E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
Lucas 13:2 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
Lucas 13:3 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
Lucas 13:4 E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Silo é e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
Lucas 13:5 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
O verso 1 de Lucas 13 fala de ter Pilatos cometido algo muito grave. Matar uma pessoa enquanto esta oferecia sacrifícios era considerado algo particularmente terrível. Esse incidente registrado nesse verso primeiro, sem dúvida contribuiu para reforçar a reputação de Pilatos como um homem muito cruel.
Naquela época – qual época não é assim? – era crido que as desgraças eram resultados de pecados muito graves, porém, Jesus negou que esses galileus tivessem cometido qualquer ato que merecesse um fim tão trágico.
Todos nós somos pecadores. Jesus insistiu para as pessoas se arrependerem, do contrário morreriam. Por terem sido mortos subitamente, aqueles galileus não tiveram tempo de arrependimento. Assim, Jesus advertiu às pessoas que se arrependam enquanto ainda há tempo, pois poderá não haver outra oportunidade de fazê-lo.
Como sempre fazia, mais uma vez, Jó volta-se para Deus e desabafa. Como nos diz a BEG, no vs 9,  a ilustração é a de um leão. Alguns pensam que a frase deveria ser traduzida por “[ele] fareja e dilacera”. Nos vs 12 a 14, é empregada a ilustração descritiva de um guerreiro.
No verso 19, vemos uma crença em Jó de que nos céus deveria haver uma testemunha, ideia totalmente descartada por Elifaz no seu primeiro discurso – 5:1. No entanto, isso deu a Jó esperanças que tudo poderia ficar bem algum dia. Era como se Jó vislumbrasse pela fé seu redentor e seu advogado, Jesus Cristo, o Justo.
Jó parecia dar a entender que esperava que alguém nas regiões celestiais falasse em seu favor, como um Mediador entre Deus e os homens.
Jó 16:1 Então respondeu Jó, dizendo:
                Jó 16:2 Tenho ouvido muitas coisas como estas;
                               todos vós sois consoladores molestos.
                Jó 16:3 Porventura não terão fim essas palavras de vento?
                               Ou o que te irrita, para assim responderes?
                Jó 16:4 Falaria eu também como vós falais,
                               se a vossa alma estivesse em lugar da minha alma,
                                               ou amontoaria palavras contra vós,
                                                               e menearia contra vós a minha cabeça?
                Jó 16:5 Antes vos fortaleceria com a minha boca,
                               e a consolação dos meus lábios abrandaria a vossa dor.
                Jó 16:6 Se eu falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu,
                               qual é o meu alívio?
                Jó 16:7 Na verdade, agora tu me tens fatigado;
                               tu assolaste toda a minha companhia,
                Jó 16:8 Testemunha disto é que já me fizeste enrugado,
                               e a minha magreza já se levanta contra mim,
                                               e no meu rosto testifica contra mim.
                Jó 16:9 Na sua ira me despedaçou, e ele me perseguiu;
                                rangeu os seus dentes contra mim;
                                               aguça o meu adversário os seus olhos contra mim.
                Jó 16:10 Abrem a sua boca contra mim;
                               com desprezo me feriram nos queixos,
                                               e contra mim se ajuntam todos.
                Jó 16:11 Entrega-me Deus ao perverso,
                               e nas mãos dos ímpios me faz cair.
                Jó 16:12 Descansado estava eu, porém ele me quebrantou;
                               e pegou-me pela cerviz, e me despedaçou;
                                               também me pôs por seu alvo.
                Jó 16:13 Cercam-me os seus flecheiros; atravessa-me os rins,
                               e não me poupa, e o meu fel derrama sobre a terra,
                Jó 16:14 Fere-me com ferimento sobre ferimento;
                               arremete contra mim como um valente.
                Jó 16:15 Cosi sobre a minha pele o cilício,
                               e revolvi a minha cabeça no pó.
                Jó 16:16 O meu rosto está todo avermelhado de chorar,
                               e sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte:
                Jó 16:17 Apesar de não haver violência nas minhas mãos,
                               e de ser pura a minha oração.
                Jó 16:18 Ah! terra, não cubras o meu sangue
                               e não haja lugar para ocultar o meu clamor!
                Jó 16:19 Eis que também agora a minha testemunha está no céu,
                               e nas alturas o meu testemunho está.
                Jó 16:20 Os meus amigos são os que zombam de mim;
                               os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.
                Jó 16:21 Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem,
                               como o homem pelo seu próximo!
                Jó 16:22 Porque decorridos poucos anos,
                               eu seguirei o caminho por onde não tornarei.
Jó continuará com seu discurso resposta a Elifaz, se bem que agora está totalmente voltado para Deus em sua busca incessante pelo reino de Deus e a sua justiça.
O seu clamor pelo seu redentor, pelo seu mediador, pelo seu salvador, pelo seu remidor, pelo seu advogado é forte dentro de suas falas e pensamentos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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