O
livro de Jó faz parte dos livros poéticos e de sabedoria do Antigo Testamento.
O
propósito principal que se extrai lendo o livro de Jó é a exploração dos
limites e dos usos adequados da sabedoria proverbial tradicional no caso do
sofrimento de um justo. Essa sabedoria proverbial convencional descreve os
ideais de vida e dá direção para entender o curso normal da experiência humana.
Aqui
cabe uma explicação um pouco melhor uma vez que todos sabemos que somente há um
justo, um único justo e todos nós, inclusive Jó, somos pecadores e carentes da
graça e da misericórdia divina.
Conforme
a Bíblia de Estudo de Genebra – BEG – que estaremos seguindo como em todos
esses livros que temos escrito, são verdades fundamentais em Jó:
üDeus
tem propósitos por trás de todo sofrimento, mas esses propósitos estão, em
grande parte, ocultos para nós.
üA
sabedoria proverbial convencional aplica-se facilmente a algumas situações –
mas não ao sofrimento dos justos.
üOs
justos que sofrem devem humildemente associar os seus lamentos com afirmações
acerca da bondade e da justiça de Deus.
üA
compreensão humana acerca da sabedoria é limitada e sempre começa com o temor
de Deus e a obediência aos seus mandamentos.
Quanto
à autoria de Jó, esta é desconhecida. A única pista mais interessante para se
saber da autoria vem do uso do nome do Senhor, uma vez que este se refere a
Deus pelo seu nome da aliança Yahweh (SENHOR).
Assim,
provavelmente deve ter sido alguém da era patriarcal, talvez um poeta
desconhecido em Israel que tenha estudado e tido acesso oral e escrito dos
tempos patriarcais.
A
Bíblia em Ordem Cronológica coloca o livro de Jó e seu acontecimento verídico e
real, mas não mito ou fantasia, próximo ao evento do nascimento de Abraão e de
Ló, na era dos patriarcas – 1967 a 1606 a.C.
Há
três possíveis explicações para o sofrimento humano em Jó:
1.Deus
não é justo e bom.
2.Os
justos sofrem porque Deus não é soberano e o sofrimento está fora de seu
controle.
3.Deus
é bom, soberano e sábio, mas meras criaturas nem sempre podem entender as obras
de sua soberana bondade.
Nossa
posição teológica reformada nos conduzirá para o terceiro motivo e com ele
trabalharemos na análise deste livro de Jó que estamos apenas começando.
Quem
me dera eu tivesse as respostas e explicasse de forma clara a questão da origem
do mal. Sinto muito, não posso! Em nenhuma ação humana ou angelical ou de
qualquer outra natureza Deus praticará o mal ou o influenciará ou mesmo
manipulará as suas criaturas para isso.
Nossa
crença abrange tanto a soberania de Deus quanto a responsabilidade humana e angelical,
sem que Deus faça de suas criaturas bonecos de fantoches. Agora “o como” ele
faz isso, eu não sei.
Se
você está buscando sabedoria em Jó para entender todos os mistérios, você irá
aprender que mesmo Jó aponta para Cristo Jesus, onde estão escondidos todos os
tesouros da sabedoria e da ciência – Cl 1:24; 2:3.
Jó 1:1-22
Segmentação e Reflexões
Momento de reflexão
Você já parou para pensar o que você está fazendo
aqui diante desse livro, neste exato momento? Seria por acaso? Ou você teve a
intenção de obter uma palavra do Senhor para a sua vida? Ou será que você está
aqui somente porque não tem o que fazer? Certamente, um motivo, ou vários, você
teve para vir e estar aqui lendo uma reflexão da palavra de Deus.
Eu tenho um ou mais propósitos, por isso escrevi.
Você também tem um ou mais propósitos, por isso que
está lendo.
Se formos honestos e buscarmos explicações na
Bíblia, a Palavra de Deus, encontraremos que não fomos nós que vimos aqui, pelo
contrário, Deus nos trouxe aqui. “Não
fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós
outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a
fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” –
Jo 15:16.
Então na verdade, há outro ser que se importa
conosco, que é inteligente e que tem propósitos também.
Com relação às circunstâncias
(in)administráveis:
Amados irmãos e irmãs, nós estamos aqui nesta vida e
nossas escolhas são muito limitadas, por exemplo, não podemos escolher e
administrar as circunstâncias a que estaremos ou poderemos estar envolvidos.
Recebemos um pacote contendo essas circunstâncias e
diante delas somos convidados por Deus:
·A mudar nossa atitude e dar glórias a Deus.
·A confiar em Deus cabalmente.
·A permanecer fiéis, sem vacilar, sem usar de
desculpas para se entregar à infidelidade.
·A cumprir a “Missio Dei”.
·A ser, estar e andar cheios do Espírito de Deus.
Ou então, a nos rebelarmos e vivermos nos queixando
e se lamentando trazendo sobre nós mesmos mais ruinas ainda.
O exemplo de Victor Emil
Frankl
Antes de entrar no tema de nossa reflexão quero lhes
falar um pouco de Viktor Emil Frankl. (Viena, 26 de março de 1905 — Viena, 2 de
setembro de 1997), por exemplo. Ele foi um médico psiquiatra austríaco,
fundador da escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do
indivíduo e a dimensão espiritual da existência.
Eu conheci esse homem numa revista evangélica
ULTIMATO, tempos atrás, numa reportagem, em que Viktor Emil Frankl, foi um
sobrevivente dos campos de concentração nazista que escreveu um livro,
best-seller: EM BUSCA DE SENTIDO, publicado em alemão, em 1945. Nele consta a
seguinte frase:
“Quando não somos capazes de mudar uma situação,
somos desafiados a mudar a nós mesmos”.
O tema da capa era SOFRIMENTO e nos mostrava uma
foto assustadora, terrível, chocante, com pessoas, todas com suas cabeças
raspadas, vestidas com apenas um jaleco simples, sem calças, descalças, de
aparência subnutrida, com seus corpos expostos e esqueléticos, numa região onde
o frio era intenso
A reportagem, muito bem feita, nos dá uma vaga ideia
do que tiveram de passar tais homens. Se pudéssemos fazer comparações, nesses
campos de concentração, o homem era exposto as mais adversas situações a que se
pode colocar um ser humano. Era tudo em extremo: a violência, a fome, a
incompreensão, o ódio, os maus tratos, a ignorância.
No entanto, os sobreviventes nos contam as suas
histórias e a de Viktor Emil Frankl é uma delas. Antes de ir parar num campo de
concentração, tinha 37 anos, com doutorado em medicina, além de conhecido e
respeitado como neurologista e psiquiatra.
Ele era um jovem promissor e tinha tido contatos
importantes com Sigmund Froid e Alfred Adler. Era formado em medicina e exercia
um trabalho de diretor do pavilhão das mulheres suicidas no hospital
psiquiátrico de Viena. Durante a época nazista, teve de correr muitos riscos
por preservar vidas de doentes mentais que o nazismo obrigava os médicos a
praticarem a eutanásia nos pacientes.
Em setembro de 1942, Viktor, sua mulher grávida e família,
porque eram judeus, foram deportados para diferentes campos de concentração,
tendo ele recebido a tatuagem de prisioneiro nº 119.104.
Ele por quase três anos enfrentou o inferno na terra
e da vida desesperou-se muitas vezes, mas o que o susteve em meio a tudo isso
foi a sua fé pessoal em um Deus pessoal que lhe dava e mostrava o sentido da
vida. Para Frankl,
“o ser humano não é impelido pelo impulso, mas puxado pelos valores”.
Victor, somente foi libertado ao fim da guerra,
quando tomou conhecimento de que sua mulher morreu de esgotamento
simultaneamente à liberação do campo de Bergen-Belsen. Perdeu além dela, seus
pais e irmão no Holocausto nazista.
Depois que saiu dessa situação terrível, ainda doutorou-se
em filosofia sendo a sua tese um livro que em alemão se diz Der Unbewusste
Gott, literalmente traduzido como “O Deus Inconsciente”, mas que foi versado
para o português como “A Presença Ignorada de Deus”. Ele também fundou a
LOGOTERAPIA que geralmente é chamada de a “terceira escola vienense de psicoterapia”,
sendo a Psicanálise Freudiana a Primeira e a Psicologia Individual de Adler a
Segunda.
“O termo "logos" é uma palavra grega que
significa "sentido". Assim, a "Logoterapia concentra-se no
sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este
sentido" (Frankl). "Para a Logoterapia, a busca de sentido na vida da
pessoa é a principal força motivadora no ser humano... A Logoterapia é
considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um
ser orientado para o sentido". (Frankl).” – wikipedia.
Outros feitos desse homem que viveu o inferno
durante três anos:
Nos
25 anos subsequentes à guerra, Frankl tornou-se diretor da policlínica de
neurologia de Viena.
Em
1948, obtém seu doutorado em filosofia com o tema: "O Deus inconsciente".
Em 1955, torna-se professor de neurologia da Universidade de Viena.
Em
1970, em San Diego, Califórnia (em cuja universidade federal passara a
lecionar), foi fundado o primeiro instituto de logoterapia do mundo.
Foi
nos Estados Unidos - país em que também lecionou como professor visitante
nas Universidades de Harvard, Dallas e Pittsburgh - que a figura de Frankl
atingiu notoriedade mundial, a despeito de suas teses contrariarem as
correntes psicanalíticas tradicionais e dominantes.
Ao
longo de sua vida, os livros de Viktor Frankl foram traduzidos em mais de
30 idiomas.
Frankl
recebeu o título de doutor honoris causa de diversas instituições de
ensino do mundo inteiro, inclusive da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, no Brasil.
Como
conferencista, Frankl visitou muitos países ao longo de sua vida, inclusive
o Brasil. Em 1984 (Porto Alegre), 1986 (Rio de Janeiro) e 1987 (Brasília).
Atualmente,
institutos, centros de estudos e associações de logoterapia podem ser
encontrados em mais de 30 países.
Continuando a história de
Jó:
Características gerais de Jó
üHomem
íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal.
üHomem
próspero, tinha prestígio, status, fama e um futuro muito promissor.
üTinha uma família abençoada com
sete filhos e três filhas formosos.
Em um só dia:
üPerdeu os
seus servos ao fio da espada dos sabeus.
üPerdeu
todas suas ovelhas e mais servos com fogo de Deus que caiu do céu.
üPerdeu
todos seus camelos para os caldeus que os atacaram em três bandos e tudo
destruíram.
üPerdeu todos os seus filhos e filhas por causa de um
grande vento do deserto que derrubou a casa onde eles estavam reunidos.
Em um outro dia:
üFoi ferido em seu corpo com tumores malignos desde a
planta do pé até ao alto da cabeça.
A escolha sábia de Jó:
üAdorar
o Senhor dando a ele glórias aos seu bendito nome. “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR
o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR.” - Jó 1:21.
üReconhecer
a soberania de Deus em tudo: “Porém ele
lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não
receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” – Jó
2:10.
üTer paciência. Tanto que ficou famosa a frase “a
paciência de Jó”.
O que fazer diante de
situações que não temos controle algum
Todos eles e muitos outros mais que não teremos
tempo de explorar tiveram que enfrentar situações e circunstâncias
inadministráveis em suas vidas. Volto a repetir que recebemos um pacote
contendo essas circunstâncias e diante delas somos convidados por Deus:
·A mudar nossa atitude e dar glórias a Deus.
·A confiar em Deus cabalmente.
·A permanecer fiéis, sem vacilar, sem usar de
desculpas para se entregar à infidelidade.
·A cumprir a “Missio Dei”.
·A ser, estar e andar cheios do Espírito de Deus.
Ou então, a nos rebelarmos e vivermos nos queixando
e se lamentando trazendo sobre nós mesmos mais ruinas ainda.
Quero encerrar essa parte citando uma frase de
Hernandes Dias Lopes:
LADRÕES DA ALEGRIA
A
alegria não é uma opção, mas uma ordem divina. Não depende de circunstâncias,
mas coexiste com a dor. Não é baseada em sentimentos, mas no Senhor Jesus que
nos sustenta nas turbulências da vida. Circunstâncias, pessoas, preocupação com
bens materiais e ansiedade são ladrões que roubam a nossa alegria. Não
precisamos viver prisioneiros da ansiedade nem como escravos da ganância.
Podemos perdoar as pessoas e confiar no cuidado divino diante das providências
carrancudas. Podemos experimentar uma alegria real e uma paz profunda. Deus é a
fonte dessa alegria e o promotor da paz.
Se
a vida é feita de propósitos, então eu posso acreditar que há propósitos para
tudo na vida!
Reparem
na vida de qualquer pessoa neste planeta e vocês irão encontrar propósitos em
suas vidas. Até o ladrão e assaltante sonha com o momento ideal para a
realização de seu crime no qual ele pretende se dar bem, sem ninguém ver. Por
isso, se esconde na hora do crime, para não ser identificado. Seu objetivo é a
conquista do bem ou da coisa, mesmo que por ela tenha de matar, enganar,
mentir.
Quando
ele atinge seu objetivo, ele fica satisfeito. Pega o objeto de seu crime e
agora irá usá-lo como se fosse uma pessoa normal e comum dentro da sociedade,
até que esses recursos acabem e ele volte ao crime para se sustentar e se
manter.
Você
está estudando para concursos públicos porque tem o propósito de conseguir um
bom e estável emprego.
Você
está se arrumando e se produzindo todo porque quer conquistar a garota de seus
sonhos e com ela, quem sabe, constituir uma família e gerar filhos e filhas.
Você
está malhando todos os dias porque quer conquistar um corpo saudável e bonito.
Tudo
o que você for fazer, ou deixar de fazer, não será por acaso ou sem sentido,
pode procurar com fé que você descobrirá que há propósitos dentro de suas
escolhas.
Nossa
vida é feita de propósitos e temos o dever de sempre procurarmos as melhores
escolhas que nos proporcionarão melhores decisões a fim de que tenhamos vida
com mais qualidade.
Quando
a vida deixa de ter propósitos, entramos em depressão, perdemos a graça e a
vontade de viver e começamos a morrer.
Irei
falar apenas do exemplo dos sabeus e dos caldeus que roubaram os jumentos e os
camelos de Jó. Poderia até escolher outros casos, mas achei esse suficiente.
As
personagens dessa história eram:
Deus;
Satanás; Jó; os sabeus e os caldeus; e o servo de Jó que veio trazer a Jó a
notícia da tragédia.
Cada
um deles tinha um propósito em mente, ou tudo ali girava em torno de propósitos:
Os sabeus e os caldeus eram
dois povos ímpios que tinham por característica o viver sustentado por
roubos e mortes. Assim, o propósito deles era apenas obter jumentos,
camelos e outras riquezas, não importando se para isso teriam ou não de
matar, roubar, mentir e enganar. Eles lograram êxito em sua empreitada
maligna contra Jó.
O servo de Jó: seu propósito
levar ao seu senhor a notícia a mais fiel possível. Ele também alcançou
seu propósito ali, naquele momento.
O de Satanás: 1. Testar Jó
para vê-lo cair. 2. Provar para Deus que ele estava certo contra Deus que
estaria errado em seu julgamento e proteção a Jó. Satanás não conseguiu
alcançar esse propósito em especial, embora tenha incitado os sabeus e os
caldeus a isso. Reparem que ele não usou de poderes ou manifestações, mas
apensa exerceu a influência certa, no momento certo contra os sabeus e os
caldeus.
R.
C. Sproul, citando Calvino, em sua análise dos fatos, em seu livro: A ORAÇÃO
MUDA AS COISAS?, no capítulo 2: O PROPÓSITO DA ORAÇÃO, disse que se os sabeus e
caldeus tivessem orado a oração do Pai Nosso “não nos deixe cairmos em
tentação, mas livrai-nos do mal” – Mt 6:13, eles teriam sido livrados de serem
usados para isso, mas Satanás haveria de levantar outros povos para que seu
propósito fosse alcançado.
Os
sabeus e os caldeus eram “livres” para escolher. Agiram livremente escolhendo o
roubo. O mesmo se deu com o ROBOCOP, dirigido por um brasileiro (José Padilha:
cineasta, roteirista, documentarista e produtor cinematográfico. Graduado em
Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica, estudou
Economia Política, Literatura Inglesa e Política Internacional em Oxford,
Inglaterra.).
Em
uma determinada cena, ROBOCOP se sai excepcionalmente bem enfrentando diversos
inimigos em uma simulação e o cientista criador dele explica seu êxito o qual
foi devido ao software em sua mente que com ele interagia e tomava conta de
suas ações quando o seu visor descia protegendo a sua face.
O
homem que estava na máquina tinha a ilusão de que estava no comando, mas nada
fazia se não executar ordens determinadas em sua mente pelo software. Ele
chamou isso de “a ilusão do livre-arbítrio”. Ele pensava que estava no comando,
mas não era ele e sim o software.
Assim,
também pensamos que estamos no comando, mas não estamos porque estamos
simplesmente cedendo à carne, ao software do pecado, às inclinações da nossa
velha natureza adâmica morta. É verdade! É a ilusão do livre-arbítrio!
Não
é livre o que faz o que quer, na hora que quer, da forma que quiser e bem
entender, sem ninguém ter nada com isso, antes é livre quem em tudo se domina.
Os propósitos de Deus: 1.
Silenciar a calúnia contra Jó. 2. Vindicar a si mesmo. 3. Vindicar Jó da
calúnia de Satanás. Todos os propósitos de Deus prevaleceram contra todas
as incertezas.
Então,
eu não estou nesta vida à toa, para ficar vendo navios, ou para viver por
simplesmente viver. Eu estou aqui nesta vida e nesta época e nesta região
geográfica, nesta família, nesta igreja, cidade, trabalho e escola, por causa
dos propósitos de Deus em minha vida! Se
não fosse Deus e seus propósitos, eu não seria nada.
Deus criou os céus e a terra para um propósito ou
vários deles.
Deus estabeleceu uma ordem na criação e deixou o
homem, a mulher e a família por último porque ele teve uma intenção ao fazer
isso.
Deus permitiu a queda do homem e proveu para ele o
seu resgate por meio da semente messiânica anunciada a satanás na presença de
Adão e Eva por que teve ele um propósito com todos os seres humanos que ele
criou para sua glória e louvor.
Deus preservou essa semente por 77 gerações, todas
registradas em Lucas, desde Adão até Cristo Jesus, ou desde o primeiro Adão até
o último Adão. Foi propósito de Deus assim proceder.
Estudar teologia, ou buscar a Deus, ou o sentido da
vida, ou a felicidade não é outra coisa se não buscar a glória de Deus! Em tudo
o que Deus fez, faz, ou permite que se faça o seu fim supremo é a busca de sua
própria glória. A busca de Deus por sua glória para nós é benéfica e nos leva à
vida.
Nós iremos encontrar no pensamento reformado que “Toda a vida deve ser vivida:
·Sob a
autoridade de Deus.
·Para a
glória de Deus.
·Na
presença de Deus.(R. C. Sproul)
Tudo o que Deus faz ou permite que se faça é para a
sua própria glória! Assim, nos ensina o Catecismo Maior de Westminster em sua
primeira pergunta:
1. Qual
é o fim supremo e principal do homem?
Resposta. O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e
gozá-lo para sempre. Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24.
“Também é
verdade que, enquanto Deus busca SUPREMAMENTE a sua glória, o homem se
beneficia quando Deus é glorificado” (R. C. Sproul, Jonathan Edwards).
O ponto culminante da glorificação de Deus, do Pai,
é a exaltação do seu Filho. Foi nele que Deus fez habitar a plenitude da
divindade – Cl 1:19. No grego a palavra plenitude é πλήρωμα (plērōma) e o seu
significado é que o propósito de Deus foi que toda a plenitude da divindade –
tudo o que Deus é e tem – estivesse presente no seu filho.
Colossenses 1:12Dando
graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na
luz;
Colossenses 1:13O
qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do
Filho do seu amor;
Colossenses 1:14Em
quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;
Colossenses 1:15O
qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Colossenses 1:16Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
Colossenses 1:17E
ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
Colossenses 1:18E
ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os
mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
Colossenses 1:19Porque
foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,
Colossenses 1:20E
que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra,
como as que estão nos céus.
Assim, buscar a glória de Deus é principalmente nos
tornarmos cristãos, ou seja, sermos pequenos Cristos: estamos caminhando para a
maturidade em Cristo até que ele seja formado em nós: “Cristo em nós, a
esperança da glória” – Cl 1:27. É por isso que Paulo gastava-se e se deixava
gastar até que Cristo fosse formado em cada um de nós – Gl 4:19. No verso 28,
de Cl 1, ele diz ainda que seu trabalho e angústia era para que apresentasse
todo o homem perfeito em Jesus Cristo.
Resumindo tudo até o presente, eu identifico três
palavras chaves relacionadas aos propósitos de Deus:
1.sua glória,
2.sua soberania
3.e a formação de Cristo Jesus em nós.
Quero
finalizar dizendo como devemos
fazer todas as coisas que vierem às nossas mãos para as fazermos uma vez que
nossos objetivos e propósitos devem, igualmente e para o nosso próprio
benefício, também buscar a glória de Deus:
Assim,
eu irei de todas as formas possíveis buscar em tudo oportunidades para dar mais
e mais glórias a Deus (I CO 10:31); irei agir como um caçador de tesouros que
encontrou um tesouro precioso; eu irei ter essa atitude em mim, essa prontidão
da mente e do espírito de dar glórias a Deus.
Tudo
o que eu fizer, seja em palavras, atos, ou pensamentos, seja para que o nome do
Senhor seja glorificado e exaltado, então não temerei coisa alguma... (I PE
4:11);
Lembrar-me-ei
de Cl 3:17 + Cl 3:23 + I Co 10:31 + Fp 2:14 + I Co 16:14:
üDevemos tudo
fazer de coração como se ao Senhor estivéssemos fazendo (Cl 3:23)
üEm
nome do Senhor Jesus Cristo, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3:17)
üSem
murmurações, nem contendas (Fp 2:14)
üTodos
os nossos atos devem ser feitos em amor (I Co 16:14)
üPara a glória de Deus (I Co 10:31).
Volto a repetir que recebemos um pacote contendo
essas circunstâncias e diante delas somos convidados por Deus:
·A mudar nossa atitude e dar glórias a Deus.
·A confiar em Deus cabalmente.
·A permanecer fiéis, sem vacilar, sem usar de
desculpas para se entregar à infidelidade.
·A cumprir a “Missio Dei”.
·A ser, estar e andar cheios do Espírito de Deus.
Ou então, a nos rebelarmos e vivermos nos queixando
e se lamentando trazendo sobre nós mesmos mais ruinas ainda.
Finalmente, qual foi o fim de Jó depois de tanto
sofrimento?
üO
abençoou duas vezes mais.
üDevolveu-lhe
tudo em dobro.
üApareceu
teofanicamente para ele .
E qual não deverá ser o nosso fim, depois de
continuarmos firmes sem jamais desistir em nossas jornadas?
üI
Coríntios 2:9 mas, como está escrito: Nem
olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que
Deus tem preparado para aqueles que o amam.
üRomanos 8:19 Porque
a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
üII
Coríntios 4:17 Porque a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda
comparação.
Jó
1:1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó;
e era este homem íntegro, reto e
temente a Deus e desviava-se do mal.
Jó 1:2 E nasceram-lhe sete
filhos e três filhas.
Jó 1:3 E o seu gado era de sete
mil ovelhas, três mil camelos,
quinhentas juntas
de bois e quinhentas jumentas;
eram também muitíssimos os
servos a seu serviço,
de maneira que
este homem era maior
do
que todos os do oriente.
Jó 1:4 E iam seus filhos à casa
uns dos outros
e faziam
banquetes cada um por sua vez;
e mandavam
convidar as suas três irmãs
a
comerem e beberem com eles.
Jó 1:5 Sucedia, pois, que,
decorrido o turno de dias de seus banquetes,
enviava Jó, e os santificava, e se levantava de
madrugada,
e oferecia
holocaustos segundo o número de todos eles;
porque dizia Jó:
Talvez pecaram
meus filhos, e amaldiçoaram a Deus
no
seu coração.
Assim fazia Jó continuamente.
Jó
1:6 E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o
SENHOR, veio também Satanás
entre eles.
Jó 1:7 Então o SENHOR disse a
Satanás:
Donde vens?
E Satanás respondeu ao SENHOR, e
disse:
De rodear a
terra, e passear por ela.
Jó 1:8 E disse o SENHOR a
Satanás:
Observaste tu a
meu servo Jó? Porque ninguém há na terra
semelhante
a ele, homem íntegro e reto,
temente
a Deus, e que se desvia do mal.
Jó 1:9 Então respondeu Satanás
ao SENHOR, e disse:
Porventura teme Jó a Deus debalde?
Jó 1:10
Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e
a sua
casa,
e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos
abençoaste
e o seu gado se tem aumentado na terra.
Jó 1:11 Mas
estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto
tem,
e verás se não blasfema contra ti na tua face.
Jó 1:12 E disse o SENHOR a
Satanás:
Eis que tudo
quanto ele tem está na tua mão;
somente
contra ele não estendas a tua mão.
E
Satanás saiu da presença do SENHOR. Jó 1:13 E sucedeu um dia, em que seus
filhos e suas filhas comiam,
e bebiam vinho, na casa de seu
irmão primogênito,
Jó 1:14 Que veio um mensageiro a
Jó, e lhe disse:
Os bois lavravam,
e as jumentas pastavam junto a eles;
Jó 1:15 E deram
sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos
servos
feriram ao fio da espada; e só eu escapei para
trazer-te
a nova.
Jó 1:16 Estando este ainda
falando, veio outro e disse:
Fogo de Deus caiu
do céu, e queimou as ovelhas e os servos,
e
os consumiu, e só eu escapei para trazer-te a nova.
Jó 1:17 Estando ainda este
falando, veio outro, e disse:
Ordenando os
caldeus três tropas, deram sobre os camelos,
e
os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada;
e
só eu escapei para trazer-te a nova.
Jó 1:18 Estando ainda este
falando, veio outro, e disse:
Estando teus
filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho,
em
casa de seu irmão primogênito, Jó 1:19 Eis que
um
grande vento sobreveio dalém do deserto,
e
deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os
jovens,
e morreram; e só eu escapei
para
trazer-te a nova.
Jó
1:20 Então Jó se levantou, e rasgou o
seu manto,
e rapou a sua cabeça, e se
lançou em terra, e adorou.
Jó 1:21 E disse:
Nu saí do ventre
de minha mãe e nu tornarei para lá;
o
SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou:
bendito
seja o nome do SENHOR.
Jó 1:22 Em tudo isto Jó não pecou,
nem atribuiu a
Deus falta alguma.
A
declaração de Jó de que veio nu e de que voltaria nu para lá é fantástica! Isso
reflete tão simplesmente o conhecimento de que tudo o que recebera até o
presente, vinha da provisão de um grande Deus misericordioso, gracioso e bom!
A
vida é mais do que grandes conquistas, mas grandes dádivas de Deus. Temos
recebido tudo dele! No próximo capítulo ele dirá para sua mulher que se temos
recebido o bem até então, por que não receberíamos também o mal?
Em
momento algum, Jó pecou ou atribuiu a Deus falta alguma. Isso revela que Jó tinha
conhecimento de que Deus era soberano sobre tudo.
Por
conta do conhecimento da soberania de Deus, muitas vezes somos levados
enganosamente a pensar que não devemos fazer nada ou ficarmos deitados
eternamente em berço esplêndido ao som do mar e à luz do céu profundo, como a
terra, espaço geográfico, do Brasil – e não os brasileiros!
Acho
muito sábia a frase atribuída a Francisco de Assis:
"Deus, conceda-me serenidade
para aceitar as coisas que não posso
mudar,
coragem
para mudar as coisas que posso
e sabedoria
para reconhecer a diferença entre
elas."
p.s.: link da imagem original:
Contagem
regressiva: Faltam 389 dias para 04/08/2015, quando eu irei concluir a
Segmentação de toda a Bíblia.
Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.)
– 18:1 – 25:30
I. O exílio de Judá – 24:20b – 25:30.
Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.)
– 18:1 – 25:30
I. O exílio de Judá – 24:20b – 25:30.
Estamos concluindo mais um capítulo, o
último, e uma parte, a terceira, também a última. Chegamos, portanto, ao final
dos livros de I e de II de Reis que começou com o reinado de Davi, em sua
velhice, já no momento de passar para Salomão, seu filho, o seu reinado e
acabando aqui no exílio de Judá.
Foram aproximadamente uns 385 anos de
história cuja ênfase principal se deu no registro histórico da divisão dos
reinos, depois da morte de Salomão e dos registros históricos dos reinos
divididos, do Norte e do Sul, até as suas respectivas deportações ao final de
cada um dos reinados.
A última parte da divisão que começou
em “A” e termina em “I” que trata do exílio de Judá, será dividida em três
partes: 1. A destruição de Jerusalém – 24:20b – 25:21. 2. O assassinato de
Gedalias – 25:22 – 26. 3. A libertação de Joaquim – 25:27-30.
1.
A destruição de Jerusalém – 24:20b – 25:21.
Em um mapa intitulado “Exílio de Judá”,
p. 524, da BEG, temos um breve resumo do exílio, com alguns detalhes
interessantes ,conforme a seguir:
“Exílio
de Judá
A
cidade de Jerusalém começou a ser cercada em janeiro de 587 a.C., e o cerco durou
dezoito meses (II Cr 36:13-21; Jr 21: 1-10; 34:1-5; 39:1-10; 52:4-11; Ez 24:2).
A cidade foi conquistada e o templo destruído (o livro de Lamentações expressa
poeticamente a consternação e o desconcerto produzidos por esses dolorosos
acontecimentos).
Os
judeus perderam a sua independência e foram levados como prisioneiros para a
Babilônia. Ali ficaram até 538 a.C., quando Ciro, o rei persa, conquistou a
Babilônia e mandou os judeus de volta para a sua terra.
Os
exilados de Judá foram levados à grande cidade de Babilônia que Nabucodonosor
havia construído. A cidade interna era protegida por largo fosso e paredes duplas
revestidas de ladrilhos (de 3,7m e 6,5m de largura), com espaço entre elas para
uma estrada militar no nível do parapeito.
Das
oito grandes portas, a mais conhecida é a Porta de Istar, construída em honra
ao deus babilónico Marduque. O pórtico era decorado com fileiras de touros
(símbolo do deus Bel) alternadas com fileiras de dragões (símbolo do deus
Marduque), feitas de tijolo esmaltado.
A
rua das procissões (pela qual eram transportadas as estátuas dos deuses no
festival do ano novo) levava da porta até o centro da cidade e aos grandes
templos. As paredes eram de ladrilho azul esmaltado, com relevos de leões
(símbolo da deusa istar) em vermelho, amarelo e branco.
A
Babilônia tinha cerca de cinquenta e três templos, um grande templo-torre (zigurate)
e uma cidadela com o complexo de palácios. Daniel foi levado para ali para que
se unisse à corte do rei.”
A rebelião de Zedequias contra o rei da
Babilônia provocou o ataque dos babilônios. O resultado foi a destruição de
Jerusalém – inclusive do templo – e a deportação de Zedequias e da maioria do
povo de Judá.
O ano era de 586 a.C. e apesar de ser
um vassalo nomeado por Nabucodonosor, Zedequias se juntou ao Egito e outras
nações numa conspiração contra os babilônios – Jr 27:3-8; Ez 17:11-21.
Conforme a BEG, a decisão infeliz do
rei de Judá de se rebelar contra a Babilônia pode ter recebido o incentivo de
Faraó Ofra – Apries – que subiu ao poder em 589 a.C.
Foram quase dois anos exatos do cerco
dos babilônios contra Jerusalém, aproximadamente uns 539 dias contados de 10 do
10 do ano 9 até 9 de 4 do ano 11. A fome apertou e não havia pão para comerem.
Foi nesse momento que a cidade foi arrombada e alguns deles fugiram, inclusive
o rei.
No entanto, foram alcançados, presos e
fizeram subir o rei de Judá ao rei da Babilônia, a Ribla e ali foi pronunciada
a sentença contra Zedequias. Seus filhos foram mortos à espada às suas vistas e
Zedequias teve os seus olhos vazados e seus pés presos em cadeias e assim
levados cativos para a Babilônia.
Se Zedequias tivesse ouvido os profetas
Jeremias e Ezequiel – Jr 38:14-28; Ez 12:13 -, nada disso teria acontecido a
ele. Jeremias tinha tentado convencer o rei a se render, pois o julgamento do
Senhor era inevitável.
Quem sabe uma rendição pacífica teria
poupado tanto a Jerusalém quanto ao templo? A sua rebeldia trouxe consequências
terríveis tanto a ele quanto a sua família e ao povo sofrido de Judá. Ao final
morre na Babilônia – Jr 52:11.
Oito anos após isso (dia 7 do mês 5 do
ano 19), Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a
Jerusalém e queimou a Casa do Senhor, a casa do rei, todas as casas da cidade,
além de todos os edifícios importantes. Saquearam o templo e levaram consigo
tudo o que tinha valor e era de ouro ou de prata e bronze. Ainda derrubaram os
muros em redor de Jerusalém.
Nebuzaradã ainda levou cativos mais
gente do povo que tinha ficado na cidade, principalmente líderes do alto
escalão e militares e somente deixou ali dos mais pobres da terra como
vinheiros e lavradores. Como governador deles, deixou o rei da Babilônia a
Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã.
Quando os que foram levados cativos
chegaram a Ribla, o rei da Babilônia foi implacável com eles e os mataram todos
os militares e os que tinham poder e influência nos escalões de liderança de
Judá.
2.
O assassinato de Gedalias – 25:22 – 26.
Depois de abolir a monarquia,
Nabucodonosor nomeu, como já dissemos, Gedalias governador. Aicã, o pai de
Gedalias, ex-conselheiro de Josias (22:12) era amigo de Jeremias – Jr 26:24. A
fim de promover a estabilidade na terra conquistada, Nabucodonosor escolheu
para esse cargo um homem de Judá bastante conhecido – Jr 40:10-12.
Gedalias tinha dito para o povo e assim
sustentado que não era para temer o fato de serem servos dos caldeus e
aconselhou a todos que ficassem na terra, servissem ao rei de Babilônia, e todo
bem iria se suceder com eles.
No entanto, ele tinha opositores e no
sétimo mês de seu reinado, Ismael que fazia parte de uma facção de Judá que
considerava Gedalias um colaborador do inimigo e favorecia a continuidade da
resistência em Judá (Jr 40:13 a 41:18) tendo por objetivo restaurar o trono de
Judá e se declarar rei, juntamente com
10 homens, feriram a Gedalias e a alguns judeus e caldeus que com ele estavam
em Mispa.
Por temerem os caldeus, estes acabaram
fugindo para o Egito depois de terem ferido Gedalias e os que com ele estavam.
Por ironia, ao tentarem obter o poder, os assassinos executaram
involuntariamente uma das maldições da aliança: uma volta para o Egito, a terra
de cativeiro e escravidão – Dt 28:68.
Este ato insano e doentio por parte de
Ismael somente serviu para piorar as condições em Judá – Jr 44:1-14. Os
exilados, para os quais a morte de Gedalias representou uma enorme perda,
conforme BEG, instituíram dias para lamentar o seu assassinato e também a
destruição de Judá e de Jerusalém – Zc 7:5; 8:19.
3.
A libertação de Joaquim – 25:27-30.
O escritor de Reis termina sua obra num
tom esperançoso chamando a atenção para a misericórdia demonstrada para com
Joaquim, rei de Judá, enquanto este se encontrava exilado na Babilônia.
Evil-Merodaque era filho e sucessor de
Nabucodonosor e foi extremamente generoso para com Joaquim e seus filhos a
ponto de lhes falar benignamente, libertar do cárcere e lhes dar lugar de mais
alta honra do que a de reis que estavam com ele na Babilônia.
A BEG nos diz que o texto de Dt
4:25-31; 30:1-10 e a oração de dedicação do templo feita por Salomão em I Re
8:46-53 tratam das condições do exílio.
Esses textos insistem no arrependimento
– Dt 30:2; I Re 8:47. A oração de Salomão para que os exilados encontrassem
compaixão nas mãos de seus captores é respondida no tratamento bondoso que
Joaquim recebe.
Dt 30:3-5 promete restauração ao povo
de Deus, um processo iniciado em 538 a.C., quando os judeus receberam permissão
para voltar para casa – Ed 1:1-4; Is 44:24-28; 45:1-6.
Não há como não perceber que o
tratamento preferencial desfrutado por Joaquim oferece um raio de esperança na
continuidade das promessas davídicas – II Sm 7:8-16. Continua a BEG: a ênfase
do escritor nesses últimos capítulos de tom severo é sobre o julgamento de Judá
– 21:10-15; 23:26-27; 24:3-4, 20; 25:21 – porém, nesses versículos finais, ele
também indica que a destruição de Judá e de Jerusalém não porá um fim à
linhagem davídica. Há motivos para encarar o futuro com a mais absoluta
confiança em Deus.
II
Re 25:1 E sucedeu que, no nono ano do seu reinado, no mês décimo,
aos dez do mês, Nabucodonosor, rei
de Babilônia, veio contra
Jerusalém, ele e todo o
seu exército, e se acampou contra ela,
e levantaram
contra ela trincheiras em redor.
II Re 25:2 E a cidade foi sitiada
até ao undécimo ano
do rei Zedequias. II Re
25:3 Aos nove do mês quarto,
quando a
cidade se via apertada pela fome,
nem
havia pão para o povo da terra,
II Re 25:4 Então a cidade foi
invadida, e todos os homens de guerra
fugiram de noite pelo
caminho da porta, entre os dois muros
que estavam
junto ao jardim do rei
(porque os
caldeus estavam contra a cidade em redor),
e
o rei se foi pelo caminho da campina.
II Re 25:5 Porém o exército dos
caldeus perseguiu o rei,
e o alcançou nas
campinas de Jericó;
e todo o seu
exército se dispersou.
II Re 25:6 E tomaram o rei, e o
fizeram subir ao rei de Babilônia,
a Ribla; e foi-lhe
pronunciada a sentença.
II Re 25:7 E aos filhos de Zedequias
mataram diante dos seus olhos;
e vazaram os olhos de
Zedequias, e o ataram com duas cadeias
de bronze, e
o levaram a Babilônia.
II
Re 25:8 E no quinto mês, no sétimo dia do mês
(este era o ano décimo nono de
Nabucodonosor, rei de
Babilônia), veio
Nebuzaradã, capitão da guarda,
servo do rei
de Babilônia, a Jerusalém.
II Re 25:9 E queimou a casa do
SENHOR e a casa do rei,
como também todas as
casas de Jerusalém, e todas as casas dos
grandes
queimou.
II Re 25:10 E todo o exército dos
caldeus, que estava com o capitão da
guarda, derrubou os
muros em redor de Jerusalém.
II Re 25:11 E o mais do povo que
deixaram ficar na cidade,
os rebeldes que se
renderam ao rei de Babilônia
e o mais da
multidão, Nebuzaradã, o capitão da
guarda,
levou presos.
II Re 25:12 Porém dos mais pobres da
terra deixou
o capitão da guarda
ficar alguns para vinheiros
e para
lavradores.
II Re 25:13 Quebraram mais, os
caldeus, as colunas de cobre que
estavam na casa do
SENHOR, como também as bases e o
mar de cobre
que estavam na casa do SENHOR;
e
levaram o seu bronze para Babilônia.
II Re 25:14 Também tomaram as
caldeiras, as pás, os apagadores,
as colheres e todos os vasos
de cobre, com que se ministrava.
II Re 25:15 Também o
capitão-da-guarda tomou os braseiros,
e as bacias, o que era
de ouro puro, em ouro e o que era de
prata, em
prata.
II Re 25:16 As duas colunas, um mar,
e as bases, que Salomão fizera
para
a casa do SENHOR; o cobre de todos estes vasos não
tinha peso.
II Re 25:17 A altura de uma coluna era
de dezoito
côvados, e sobre ela havia um capitel de
cobre, e de
altura tinha o capitel três côvados;
e a rede e as
romãs em redor do capitel,
tudo era de
cobre; e semelhante a esta era a outra
coluna
com a rede.
II Re 25:18 Também o
capitão-da-guarda tomou a Seraías,
primeiro sacerdote, e a
Sofonias, segundo sacerdote, e aos três
guardas do
umbral da porta.
II Re 25:19 E da cidade tomou a um
oficial, que tinha cargo dos
homens de guerra, e a
cinco homens dos que estavam na
presença do
rei, e se achavam na cidade, como também
ao
escrivão-mor do exército, que registrava o povo da
terra
para a guerra,
e
a sessenta homens do povo da terra,
que se
achavam na cidade.
II Re 25:20 E tomando-os Nebuzaradã,
o capitão da guarda,
os levou ao rei de
Babilônia, a Ribla.
II Re 25:21 E o rei de Babilônia os
feriu e os matou em Ribla,
na terra de Hamate; e
Judá foi levado preso
para fora da
sua terra.
II Re 25:22 Porém, quanto ao povo
que ficara na terra de Judá,
que Nabucodonosor, rei
de Babilônia, deixou ficar, pôs sobre
ele, por
governador a Gedalias, filho de Aicão,
filho
de Safã.
II Re 25:23 Ouvindo, pois, os
capitães dos exércitos, eles e os seus
homens, que o rei de
Babilônia pusera a Gedalias por
governador,
vieram a Gedalias, a Mizpá, a saber:
Ismael,
filho de Netanias, e Joanã, filho de
Careá,
e Seraías, filho de Tanumete, o
netofatita,
e Jazanias, filho do maacatita,
eles
e os seus homens.
II Re 25:24 E Gedalias jurou a eles
e aos seus homens, e lhes disse:
Não temais ser servos
dos caldeus; ficai na terra, servi ao rei de
Babilônia, e
bem vos irá.
II Re 25:25 Sucedeu, porém, que, no
sétimo mês, veio Ismael,
filho de Netanias, o
filho de Elisama, da descendência real,
e dez homens
com ele, e feriram a Gedalias,
e
ele morreu, como também aos judeus,
e
aos caldeus que estavam com ele em Mizpá.
II Re 25:26 Então todo o povo se
levantou, desde o menor até ao
maior, como também os
capitães dos exércitos, e foram ao
Egito, porque
temiam os caldeus.
II Re 25:27 Depois disto sucedeu
que, no ano trinta e sete do cativeiro
de Joaquim, rei de Judá,
no mês duodécimo, aos vinte e sete do
mês,
Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no ano em
que reinou,
levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá,
tirando-o
da casa da prisão.
II Re 25:28 E lhe falou
benignamente; e pôs o seu trono acima do
trono dos reis que
estavam com ele em Babilônia.
II Re 25:29 E lhe mudou as roupas de
prisão, e de contínuo comeu pão
na sua presença todos os
dias da sua vida.
II Re 25:30 E, quanto à sua
subsistência,
pelo rei lhe foi dada
subsistência contínua,
a porção de
cada dia no seu dia,
todos
os dias da sua vida.
Na genealogia de Jesus Cristo, por
Mateus, no capítulo primeiro temos nos vs. 11 e 12 os descendentes de Jesus
Cristo bem neste momento exato do exílio ao qual não podemos perder de vista de
jeito nenhum.
Josias, filho de Amom, gerou a Jeconias
(ou Jeoaquim) e a seus irmãos, no tempo do exílio da Babilônia. Depois do
exílio – 70 anos – Jeconias gerou a Salatiel e Salatiel a Zorobabel, e assim
continua até chegarmos em Cristo Jesus. De sorte que do exílio até Jesus são 14
gerações, como foram 14 também de Davi até o exílio e de Abraão até Davi.
Os detalhes das genealogias de Mateus
diferem de Lc 3:23-38, provavelmente porque o Evangelho de Lucas nos mostra a descendência
biológica, enquanto o Evangelho de Mateus nos dá as sucessões ao trono.
Os dois reinos agora estavam no exílio!
Há muito Deus vinha falando e advertindo e agora a palavra se cumpria. Deus foi
muito longânimo esperando o tempo do arrependimento que não veio e o fim foi
esse.
Imitaram as nações que deveriam ter
eliminado e agora eram como as outras nações, sendo expulsos da terra por terem
rejeitado ao Senhor.
Em sua misericórdia, Deus ainda
preserva a semente messiânica para que no devido tempo nasça o Cristo Jesus que
morrerá pelos pecados dos escolhidos salvando-os da ira divina.
Fica para nós as lições dos reis e das
misericórdias de Deus. Temos por felizes, conforme Tiago 5:11: “os que perseveraram firmes.”. Ele
continua o verso: “Tendes ouvido da
paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de
terna misericórdia e compassivo.”.
Finalmente, Paulo nos dá as palavras
finais, que se encaixam perfeitamente ao contexto atual:
I Coríntios 10:6Ora, estas coisas se tornaramexemplospara nós, a fim de que não cobicemos
as coisas más, como eles cobiçaram.
I Coríntios 10:11Estas coisas lhes sobrevieram comoexemplose foram escritas para advertência
nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.
Repetindo
o que já disse antes em outros livros meus: estou satisfeito com o resultado
alcançado nessas 400 páginas, se bem que acho que ainda há muito a melhorar.
De
fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e
levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja
graça é maior do que a nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas
incríveis e ele cumprirá todas elas! Como é bom saber que ele nos ama apesar de
nós!
Eu
já pensei em parar inúmeras vezes, principalmente ao tirar os olhos do Senhor
para colocá-los em alvos terrestres. No entanto, é Deus quem nos sustenta para
sua própria glória e louvor.
O
povo de Deus tinha sido conduzido magistralmente por seus líderes que Deus
levantou por sua pura graça, bondade, fidelidade e misericórdia à Terra
Prometida.
Chegaram
na terra, logo se esqueceram, nas gerações vindouras do Senhor e de seus
líderes e o resultado foi abandono das coisas do reino de Deus que eles tanto
precisavam para continuarem vencedores.
Deus
tinha prometido vitórias e bênçãos, mas falharam.
Em
consequência, viveram épocas de escravidão e servidão sob o domínio de diversos
povos e aprenderam seus costumes e trocaram seus filhos e filhas em casamentos
e se misturaram e não guardaram a aliança com seu Deus que os poderia fazer uma
nação exemplo nesta terra.
Ainda
assim, Deus preservou sua semente messiânica e ela chegou em paz até Boaz e
Rute e daí prosseguiu até alcançar a Davi sem que Satanás pudesse impedir.
Embora ele jamais desistiu de tentar liquidar com o descendente que iria
esmagar a sua cabeça.
Então
Eli, uma espécie de 13º juiz, com todos os seus defeitos, julgou a Israel por
muitos anos, até ser substituído por Samuel que Ana teve em resposta às suas
orações agonizantes que fizeram Eli pensar que ela estivesse embriagada.
Samuel
cresceu em meio ao caos da vida desrregrada de Eli e seus filhos, mas
conservou-se fiel e tornou-se uma espécie de 14º juiz que julgou a Israel por
longo tempo e ainda ungiu como rei a Saul, inaugurando a monarquia sonhada em
Israel e, finalmente, a mandato de Deus, a Davi.
Saul
reina em Israel e se torna um fracasso por 40 anos. Ele era amante de si mesmo
e desprezou a Deus e todas as coisas sagradas, dando valor aos homens e às
aparências.
Depois,
Davi reinou por iguais 40 anos e levou Israel a ser uma super potência na sua
época, mas comete um grave pecado, no entanto, se arrepende e Deus o perdoa e
da sua união com Bate-Seba, gera o descendente.
Ao
contrário do que aconteceu com Saul, Deus confirma o seu reino para sempre,
isto é, aponta paa o descendente, de suas entranhas, seu descendente segundo os
homens, o filho de Davi, cujo reino será eterno.
Agora
Salomão tem a sua frente um grande desafio que é governar este povo, o povo de
Deus e em sonhos Deus lhe oferece um pedido: “pede-me, o que queres que eu te
dê?”. Salomão, preocupado em atender ao
pedido de seu pai Davi e preocupado em querer fazer o que é justo e reto ao
povo de Deus – não o seu povo – ele pede a Deus um coração compassivo para
poder julgar com justiça e retidão o povo de Deus.
Deus
se agrada muito de sua resposta e atende a ele dando muito mais a ele do que
tinha pedido ou sonhado. Torna-se, então, um rei que leva a sua nação a um
status de super-potência daquela época.
Deus
ainda lhe apareceu mais duas vezes, sendo que a última para falar palavras de
juízo contra ele por causa de sua inclinação às mulheres estrangeiras que o
fizeram se desviar dos retos caminhos de Deus, indo a adorar deuses estranhos.
Em
consequência, Deus pune Israel no reinado de seu filho, seu descendente,
Roboão, e o reino de Israel se divide em dois: o reino do Norte e o reino do
Sul.
Ainda
dava tempo de um arrependimento e volta à aliança, mas os dois reinos foram
exemplos de rejeição e abandono das coisas de Deus, pelo que Deus os entregou
nas mãos dos assírios – o reino do Norte e aos babilônios – o reino do Sul.
Se
não fosse a graça e a misericórdia de Deus, não haveria nem descendente para
gerar o descendente, aquele que viria para esmagar a cabeça da serpente, no
devido tempo.
Não
há como não percebermos que do início ao fim, seja qual for o livro que estivermos
estudando da Bíblia, é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo,
mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo.
Percebe-se
assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes por ele
escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de seus
servos, os profetas e alguns dos reis de Judá a fim de reorientar o povo de
Israel, de forma que não fossem destruídos de todo e a semente tivesse sua
continuidade até alcançar o Messias.
Há
tantas lições interessantes em toda as Escrituras! Cada vez que me dedico ao
estudo delas, cada vez mais me convenço que Deus tanto é onipotente, como
soberano. Como é incrível a sua linha mestre que nasce em Gênesis 3:15 e segue
toda a Bíblia até o último capítulo, em Apocalípse.
Como Deus é SOBERANO, SÁBIO e BOM! O fato do Brasil perder o jogo para a Alemanha e da forma como perdeu, humilhante, não passou de um grande agir de Deus na vida do povo de Deus aqui no Brasil. Foi a sua misericórdia e graça que não permitiu a vitória da corrupção, da malandragem, das superstições, do "jeitinho brasileiro", da mandinga, da corrupção e por ai vai. Agora está na hora do Brasil acordar e mudar. Povo de Deus não desista de orar, de clamar, de invocar e, principalmente, agir, mas no temor de Deus!
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...