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terça-feira, 8 de julho de 2014

II Reis 23:1-37 - JOSIAS E O LIVRO QUE REVOLUCIONOU O REINO

Aqui nos encontramos em nossa divisão para darmos continuidade às nossas reflexões:
Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.) – 18:1 – 25:30
D. Josias (640-609 a.C.) – 22:1 – 23:30 - continuação.
3. As reformas em Jerusalém, Judá e em Samaria – 23:1-20.
Josias renovou a aliança publicamente – vs. 1-3 – e retirou os ídolos de Jerusalém, de Judá e de cidades de Samaria – vs. 4-20.
Tendo ouvido a boa palavra da profeta Hulda para ele de que o mal que estava por vir não viria em seu reinado, prosseguiu Josias com suas reformas.
Uma primeira providência foi, como líder que era, reunir todo o povo – sacerdotes, profetas, autoridades e todos os demais desde os pequenos aos grandes - para renovar a aliança com Deus.
Assim, leu diante de todos o Livro da Aliança – encontraremos essa expressão em Ex 20 a 23, mas é pouco provável que o termo se refira a apenas esses capítulos de Êxodo, mas sim a todo o livro de Deuteronômio ou a Torá.
Depois, fez aliança com o Senhor para o seguirem, guardarem e cumprirem os seus mandamentos, testemunhos, estatutos de todo coração e alma. Todos foram unânimes e anuíram a Josué e à sua proposta de aliança.
Uma vez renovada a aliança entre o Senhor, ele e todo o povo, começou Josias a purificar o templo e o culto.
Coube a Hilquias, o sumo sacerdote e aos demais sacerdotes e guardas do templo, a limpeza e a purificação daquele ambiente retirando tudo que era estranho e que ali fora colocado para provocar à ira o Senhor.
A reforma foi completa não somente abrangendo os móveis e objetos de culto como também as literaturas, os seguidores e sacerdotes estranhos.
Atingiu Jerusalém, Judá e Samaria. Coisas antigas que ali haviam desde a época de Jeroboão, primeiro rei de Israel, foram totalmente destruídas.
A ordem era profanar, destruir, quebrar, colocar fogo e apagar todo sinal e vestígio que pudesse levar qualquer um a se lembrar daquelas coisas e práticas.
Vendo-se a lista das coisas abomináveis que foram destruídas, podemos perceber o quanto o povo se tinha desviado de Deus e seguido outros caminhos imitando as nações e seus costumes que estavam condenados pelo Senhor.
4. A Páscoa – 23:21-27.
No décimo oitavo ano de seu reinado, Josias celebrou a páscoa que conforme relato bíblico jamais houve uma semelhante desde o início das celebrações das páscoas em Juízes.
Relembrando a história, veremos que durante os 40 anos no deserto onde não faltavam o maná - pão do céu – nem a presença de dia da nuvem e de noite da coluna de fogo, nenhuma páscoa foi celebrada. Somente a primeira páscoa, na saída do Egito.
No entanto, quando adentraram a Terra Prometida e cessou o maná, a nuvem e a coluna de fogo e puderam tirar da terra o seu sustento é que celebraram a segunda páscoa que deveria ser uma festa anual.
O que Josias estava dizendo é que nenhuma páscoa desde a época dos juízes até aquela data tinha sido celebrada daquela forma que eles estavam celebrando, de acordo com o Livro da Aliança.
Josias ainda aboliu os médiuns, os feiticeiros, os ídolos do lar, os ídolos e todas as abominações que se viam por aquelas regiões tudo para cumprir as palavras da lei.
O narrador dá seu testemunho acerca dele de que ele fora um rei sem igual pois ao se converter ao Senhor o fez de todo o seu coração, alma e forças, conforme a Lei de Moisés. Nem antes, nem depois dele, se levantou um rei assim tão zeloso do Senhor.
Mesmo assim, o Senhor não desistiu de trazer o seu juízo sobre Judá por conta de todas as provocações com que Manassés o tinha irritado.
Por isso que afirmou que a Judá iria tirar de diante da sua face, como tirou a Israel, e ainda que rejeitaria a cidade de Jerusalém que tinha escolhido, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome.
Os dois reinos iriam para o cativeiro por causa da rejeição ao Senhor!
5. A batalha com Neco e o fim do reinado – 23:28-20.
Após um encerramento bem curto, o narrador bíblico acrescenta um relato sobre a morte de Josias numa batalha contra o Faraó Neco do Egito.
Faraó Neco governou o Egito de 610 a 595 a.C. Depois do declínio do império assírio, se levantou a Babilônia como nação mais poderosa do Oriente Próximo. É provável que Neco tenha deslocado suas tropas para socorrer os assírios que lutavam contra os babilônios.
O texto bíblico aqui não deixa claro se Josias morreu em combate ou num encontro com Neco antes da batalha.
No livro de II Crônicas, no capítulo 35, versos de 20 a 27, são feitas explicações mais detalhadas sobre este final na vida de Josias que testificou contra ele em seu bom testemunho até o presente.
Um dos erros de Josias foi se aliar aos babilônios – II Cr 35:21. Isso significava que ele mesmo tinha transgredido o princípio de não se aliar a outras nações, conforme o cronista observa com frequência acerca dos reis de Judá.
Outro erro dele, foi ir contra a palavra do Senhor proferida por Neco. Mesmo um rei que havia colocado o templo em ordem, experimentaria a retribuição divina caso ignorasse a Palavra de Deus.
Se Deus, em sua soberania, usou uma jumenta para advertir Balaão – Nm 22:26-30 -, ele também usou um rei pagão para adverti-lo e Josias, foi teimoso contra essa palavra e se deu mal, pois foi ferido gravemente com uma flecha que acabou  matando ele no caminho de volta para Jerusalém.

E. Jeoacaz (609 a.C.) – 23:31-35.

Josias morreu e seu filho Jeoacaz de 23 anos reinou em seu lugar por apenas três meses e fez o que era mau aos olhos do Senhor como fizeram seus pais. Sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, não do profeta.
Como pode um pai modelo de reformador gerar um filho maligno que não quis saber de Deus? Ele acabou sendo  preso em Ribla (lugar localizado no rio Orontes, na região norte do vale do Líbano, considerado quartel-general por Neco e também por Nabucodonosor), deportado para o Egito por Faraó Neco e substituído por seu irmão Eliaquim (Jeoaquim).

F. Jeoaquim (609-598 a.C.) – 23:36 – 24:7.

Esta divisão resume o reinado de Jeoaquim, rei de Judá, incluindo a sua rebelião contra o rei da Babilônia. O narrador deixa claro que a calamidade que sobreveio a Judá pelas mãos dos invasores estrangeiros cumpriu a palavra de julgamento de Deus contra Judá pelo pecado de Manassés – 21:10-15; 24:2-4.
Eliaquim foi constituído rei de Judá por Neco, em lugar de seu pai, Josias. Também Neco lhe mudou o nome para Jeoaquim.
Essa mudança de nome era comum entre os assírios que obrigavam a seus vassalos à jurarem fidelidade à coroa assíria e assim, mudavam seu nome como símbolo disso. O mesmo agora estava sendo praticado pelo Egito.
Seu irmão Jeoacaz veio a falecer na deportação.
Para pagar o tributo ao Faraó Neco de cem talentos de prata e um de ouro, estabeleceu imposto sobre a terra cobrando do povo.
Jeoaquim começou a reinar com 25 anos e reinou 11 anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Zebida e era filha de Pedaías, de Ruma.
II Re 23:1 Então o rei ordenou,
            e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se reuniram a ele.
            II Re 23:2 O rei subiu à casa do SENHOR,
                        e com ele todos os homens de Judá,
                        e todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas
                                   e todo o povo, desde o menor até ao maior;
                        e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro da aliança,
                                   que se achou na casa do SENHOR.
            II Re 23:3 E o rei se pôs em pé junto à coluna,
                        e fez a aliança perante o SENHOR,
                                   para seguirem o SENHOR,
                                   e guardarem os seus mandamentos,
                                               os seus testemunhos e os seus estatutos,
                                   com todo o coração e com toda a alma,
                                               confirmando as palavras desta aliança,
                                                           que estavam escritas naquele livro;
                        e todo o povo apoiou esta aliança.
            II Re 23:4 E o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias,
                        aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas do umbral da
                                   porta, que tirassem do templo do SENHOR todos os
                                               vasos que se tinham feito para Baal,
                                   para o bosque e para todo o exército dos céus
                                               e os queimou fora de Jerusalém,
                                    nos campos de Cedrom e levou as cinzas deles a Betel.
            II Re 23:5 Também destituiu os sacerdotes que os reis de Judá
                        estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de
                                   Judá e ao redor de Jerusalém, como também os que
                                   queimavam incenso a Baal, ao sol, à lua,
                                               e aos planetas, e a todo o exército dos céus.
            II Re 23:6 Também tirou da casa do SENHOR
                        o ídolo do bosque levando-o para fora de Jerusalém
                                   até ao ribeiro de Cedrom, e o queimou junto ao ribeiro
                                               de Cedrom, e o desfez em pó, e lançou o seu
                                               pó sobre as sepulturas dos filhos do povo.
            II Re 23:7 Também derrubou as casas dos sodomitas
                        que estavam na casa do SENHOR, em que as mulheres
                                   teciam casinhas para o ídolo do bosque.
            II Re 23:8 E a todos os sacerdotes trouxe das cidades de Judá,
                        e profanou os altos em que os sacerdotes queimavam incenso,
                                   desde Geba até Berseba; e derrubou os altos que
                                   estavam às portas, junto à entrada da porta de Josué,
                                   o governador da cidade, que estava à esquerda daquele
                                               que entrava pela porta da cidade.
            II Re 23:9 Mas os sacerdotes dos altos não sacrificavam sobre o altar
                        do SENHOR em Jerusalém; porém comiam pães ázimos no
                                   meio de seus irmãos.
            II Re 23:10 Também profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de
                        Hinom, para que ninguém fizesse passar a seu filho,
                                   ou sua filha, pelo fogo a Moloque.
            II Re 23:11 Também tirou os cavalos que os reis de Judá
                        tinham dedicado ao sol, à entrada da casa do SENHOR,
                                   perto da câmara de Natã-Meleque, o camareiro,
                                               que estava no recinto; e os carros do sol
                                                           queimou a fogo.
            II Re 23:12 Também o rei derrubou os altares que estavam sobre o
                        terraço do cenáculo de Acaz, os quais os reis de Judá tinham
                                   feito, como também o rei derrubou os altares que
                                               fizera Manassés nos dois átrios
                                                           da casa do SENHOR;
                                   e esmiuçados os tirou dali
                                               e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom.
            II Re 23:13 O rei profanou também os altos que estavam defronte de
                        Jerusalém, à mão direita do monte de Masite,
                                   os quais edificara Salomão, rei de Israel, a Astarote,
                                               a abominação dos sidônios,
                                   e a Quemós, a abominação dos moabitas,
                                   e a Milcom, a abominação dos filhos de Amom.
            II Re 23:14 Semelhantemente quebrou as estátuas, cortou os bosques
                        e encheu o seu lugar com ossos de homens.
            II Re 23:15 E também o altar que estava em Betel,
                        e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, com que tinha feito
                                   Israel pecar, esse altar derrubou juntamente com o
                                               alto; queimando o alto, em pó o esmiuçou,
                                                           e queimou o ídolo do bosque.
            II Re 23:16 E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no
                        monte; e mandou tirar os ossos das sepulturas,
                                   e os queimou sobre aquele altar, e assim o profanou,
                                               conforme a palavra do SENHOR,
                                   que profetizara o homem de Deus, quando anunciou
                                               estas palavras.
            II Re 23:17 Então disse:
                        Que é este monumento que vejo?
            E os homens da cidade lhe disseram:
                        E a sepultura do homem de Deus que veio de Judá,
                        e anunciou estas coisas que fizeste contra este altar de Betel.
            II Re 23:18 E disse:
                        Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos.
                                   Assim deixaram estar os seus ossos com os ossos
                                               do profeta que viera de Samaria.
            II Re 23:19 Demais disto também Josias tirou todas as casas dos altos
                        que havia nas cidades de Samaria, e que os reis de Israel
                                   tinham feito para provocarem à ira o SENHOR;
                        e lhes fez conforme todos os atos que tinha feito em Betel.
            II Re 23:20 E sacrificou todos os sacerdotes dos altos, que havia ali,
                        sobre os altares, e queimou ossos humanos sobre eles;
                                   depois voltou a Jerusalém.
II Re 23:21 O rei deu ordem a todo o povo, dizendo:
            Celebrai a páscoa ao SENHOR vosso Deus,
                        como está escrito no livro da aliança.
            II Re 23:22 Porque nunca se celebrou tal páscoa como esta desde os
                        dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos
                                   reis de Israel, nem tampouco dos reis de Judá.
            II Re 23:23 Porém no ano décimo oitavo do rei Josias esta páscoa se
                        celebrou ao SENHOR em Jerusalém.
            II Re 23:24 E também os adivinhos, os feiticeiros, os terafins, os ídolos,
                        e todas as abominações que se viam na terra de Judá
                                   e em Jerusalém, os extirpou Josias,
                        para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro
                        que o sacerdote Hilquias achara na casa do SENHOR.
II Re 23:25 E antes dele não houve rei semelhante,
            que se convertesse ao SENHOR
                        com todo o seu coração,
                        com toda a sua alma
                        e com todas as suas forças,
                                   conforme toda a lei de Moisés;
            e depois dele nunca se levantou outro tal.
            II Re 23:26 Todavia o SENHOR não se demoveu do ardor da sua
                        grande ira, com que ardia contra Judá,
                        por todas as provocações com que Manassés o tinha provocado. II Re 23:27 E disse o SENHOR:
            Também a Judá hei de tirar de diante da minha face,
                        como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém
                                   que escolhi, como também a casa de que disse:
                                               Estará ali o meu nome.
            II Re 23:28 Ora, o mais dos atos de Josias e tudo quanto fez,
                        porventura não está escrito no livro das crônicas
                                   dos reis de Judá?
II Re 23:29 Nos seus dias subiu Faraó Neco, rei do Egito,
            contra o rei da Assíria, ao rio Eufrates;
                        e o rei Josias lhe foi ao encontro; e, vendo-o ele,
                                   o matou em Megido.
            II Re 23:30 E seus servos, num carro, o levaram morto, de Megido,
                        e o trouxeram a Jerusalém, e o sepultaram na sua sepultura;
                                   e o povo da terra tomou a Joacaz, filho de Josias,
                                   e ungiram-no, e fizeram-no rei em lugar de seu pai.
II Re 23:31 Tinha Joacaz vinte e três anos de idade quando começou a reinar,
            e três meses reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hamutal,
                        filha de Jeremias, de Libna.
            II Re 23:32 E fez o que era mau aos olhos do SENHOR,
                        conforme tudo o que fizeram seus pais.
            II Re 23:33 Porém Faraó Neco o mandou prender em Ribla,
                        em terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém;
                                   e à terra impôs pena de cem talentos de prata
                                               e um talento de ouro.
            II Re 23:34 Também Faraó Neco constituiu rei a Eliaquim,
                        filho de Josias, em lugar de seu pai Josias, e lhe mudou o nome
                                   para Jeoiaquim; porém a Joacaz tomou consigo,
                                               e foi ao Egito, e morreu ali.
            II Re 23:35 E Jeoiaquim deu aquela prata e aquele ouro a Faraó;
                        porém tributou a terra, para dar esse dinheiro conforme o
                                   mandado de Faraó;
                        a cada um segundo a sua avaliação exigiu a prata e o ouro do
                                   povo da terra, para o dar a Faraó Neco.
            II Re 23:36 Tinha Jeoiaquim vinte e cinco anos de idade quando
                        começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém;
                                   e era o nome de sua mãe Zebida, filha de Pedaías,
                                               de Ruma.
                        II Re 23:37 E fez o que era mau aos olhos do SENHOR,
                                   conforme tudo quanto fizeram seus pais.
Estamos no 18º rei de Judá e a situação de Judá não é nada confortável sendo submissa ao Egito ao qual pagavam tributos anuais e estavam sendo por eles explorados.
O Egito tinha acabado de deportar um rei que veio a falecer colocando em seu lugar seu irmão que agora estava no reinado. O juízo de Deus já começava a cair sobre Judá e não haveria mais saídas para eles senão enfrentarem o exílio que a cada dia se aproximava.

Deus, em sua misericórdia, ainda preservava os descendentes de Davi, perpetuando assim o seu reinado. Mesmo no exílio, Deus não se esquecerá dos seus descendentes que estavam apontando para Cristo Jesus que estaria prestes a vir para esmagar a cabeça da serpente.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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segunda-feira, 7 de julho de 2014

II Reis 22:1-20 - JOSIAS O REI MAIS ELOGIADO DE JUDÁ, MODELO DE REFORMADOR

Aqui nos encontramos em nossa divisão para darmos continuidade às nossas reflexões:
Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.) – 18:1 – 25:30
D. Josias (640-609 a.C.) – 22:1 – 23:30.
Estamos no 16º rei de Judá que começou a reinar com apenas 8 anos de idade em substituição ao seu pai Amom que ficou apenas dois anos no reinado e fez o que era mau aos olhos do Senhor.
Josias, apesar de uma criança, logo começou a reinar e reinou por 31 anos em Jerusalém. Ele era filho de Jedida que era filha de Adaías, de Bozcate, uma cidade pouco mais de 6 km a sudeste de Laquis, em Judá. Jedida nos lembra o nome de Jedidias, o outro nome que tinha Salomão, dado a ele por Natã, o qual significava o amado do Senhor.
Josias fez o que era reto diante dos olhos do Senhor e o padrão de comparação de sua retidão foi seu pai Davi. Todos os reis que são bons e são retos diante do Senhor são comparados a Davi.
Foram do total de 20 reis em Judá, apenas 4 que foram retos totalmente aos olhos do Senhor, conforme o narrador bíblico: Asa – I RE 15:11 -, Josafa – I Re 22:41-43a -, Ezequias – II Re 18:1-3 - e Josias. Também foram elogiados, mas não como os quatro acima: Joás – II Re 12:2 – Amazias – II Re 14:1-3 -, Azarias ou Uzias – II Re 15:1-3 – e Jotão – II Re 15:32-34.
Destaca-se de todos eles, a Josias como o mais bem elogiado de todos os reis de Judá. Ao comentar que ele não se deixou se desviar nem para direita nem para a esquerda, significava que Josias agiu em conformidade total com as prescrições da aliança – Dt 5:32; 17:11, 20; 28:14; Js 1:7; Pv 4:27.
Era já o 18º ano de seu reinado e ele tinha apenas 26 anos que mandou o escrivão – um dos cargos mais elevados do governo (12:10; 25:19) - Safã à Casa do Senhor, à procura de Hilquias (avô do sumo sacerdote Seraías que foi executado por Nabucodonosor em Ribla – 25:18-21. Esse Hilquias não era o pai de Jeremias o qual o leitor poderia ser induzido a acreditar conforme está em Jr 1:1.) o sumo sacerdote, para fins de reparos no templo.
A prioridade central de Josias era a restauração do Templo que seus pais tinham arruinado e contaminado. Ele tinha ordenado que o templo fosse reparado e no decorrer desses trabalhos, o Livro da Lei (muito provavelmente o rolo contendo o livro de Deuteronômio), há muito abandonado (57 anos de reinado totalmente distantes do Senhor com Manassés e Amom) foi redescoberto.
Josias, ao contrário de Manassés, tinha declarado Judá independente da Assíria. Naquela época a Assíria já estava em declínio. Também Josias exercia controle sobre pelo menos uma parte do antigo Reino do Norte – 23:4-15-20.
As reformas que Josias empreendeu e iniciou seguiram os preceitos de Deuteronômio – 23:1-24. Quando ele descobriu o Livro da Lei e conferiu que há muito não se praticava as coisas nele escritas e que o povo tinha abandonado ao Deus da aliança, ele rasgou as suas vestes em tristeza e reconhecimento de que as maldições descritas na aliança poderiam sobrevir em breve – vs 13; Dt 6:10-19; 28:15-68.
Ele, Josias, prepara uma comitiva para ir procurar pela palavra do Senhor e encaminha a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã o escrivão e a Asaías, o servo do rei, à profeta Hulda, mulher de Salum, o guarda das vestiduras - vs. 14, filho de Ticva, filho de Harás.
Hulda morava em Jerusalém e, provavelmente, era a profetiza que a corte consultava a respeito de assuntos de estado importantes – Dt 18:14-22.
Devido a essa tristeza que Josias experimentou pelos pecados do povo, a forma com que estava sendo zeloso e reformando o templo e procurando agir corretamente reparando os erros todos de seus pais, Deus lhe disse que o tinha ouvido e visto seu comportamento e prometeu adiar a calamidade que sobreviria a Judá e a Jerusalém a fim de que ele não visse nada disso.
II Re 22:1 Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar,
            e reinou trinta e um anos em Jerusalém;
            e era o nome de sua mãe Jedida, filha de Adaías, de Bozcate.
            II Re 22:2 E fez o que era reto aos olhos do SENHOR;
                        e andou em todo o caminho de Davi, seu pai,
                        e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda.
            II Re 22:3 Sucedeu que, no ano décimo oitavo do rei Josias,
                        o rei mandou ao escrivão Safã, filho de Azalias,
                                   filho de Mesulão, à casa do SENHOR, dizendo:
                        II Re 22:4 Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que tome
                                   o dinheiro que se trouxe à casa do SENHOR,
                                               o qual os guardas do umbral
                                                           da porta ajuntaram do povo,
                        II Re 22:5 E que o dêem na mão dos que têm cargo da obra,
                                   e estão encarregados da casa do SENHOR;
                                   para que o dêem àqueles que fazem a obra
                                               que há na casa do SENHOR,
                                               para repararem as fendas da casa;
                        II Re 22:6 Aos carpinteiros, aos edificadores e aos pedreiros;
                                   e para comprar madeira e pedras lavradas,
                                               para repararem a casa.
            II Re 22:7 Porém não se pediu conta do dinheiro que se lhes entregara
                        nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade.
            II Re 22:8 Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã:
                        Achei o livro da lei na casa do SENHOR. E Hilquias deu o
                                   livro a Safã, e ele o leu.
            II Re 22:9 Então o escrivão Safã veio ter com o rei e, dando-lhe conta,
                        disse: Teus servos ajuntaram o dinheiro que se achou na casa,
                                   e o entregaram na mão dos que têm cargo da obra,
                                   que estão encarregados da casa do SENHOR.
            II Re 22:10 Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei, dizendo:
                        O sacerdote Hilquias me deu um livro.
                                   E Safã o leu diante do rei.
            II Re 22:11 Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro
                        da lei, rasgou as suas vestes.
            II Re 22:12 E o rei mandou a Hilquias, o sacerdote, a Aicão,
                        filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã o escrivão
                                   e a Asaías, o servo do rei, dizendo:
                        II Re 22:13 Ide, e consultai o SENHOR por mim, pelo povo
                                   e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que
                                   se achou; porque grande é o furor do SENHOR,
                                               que se acendeu contra nós;
                        porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste
                                   livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de
                                               nós está escrito.
            II Re 22:14 Então foi o sacerdote Hilquias, e Aicão, Acbor, Safã
                        e Asaías à profetiza Hulda, mulher de Salum, filho de Ticvá,
                                   o filho de Harás, o guarda das vestiduras
                                   (e ela habitava em Jerusalém, na segunda parte),
                                               e lhe falaram.
            II Re 22:15 E ela lhes disse:
                        Assim diz o SENHOR Deus de Israel:
                                   Dizei ao homem que vos enviou a mim:
                                               II Re 22:16 Assim diz o SENHOR:
            Eis que trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus moradores, a saber:
                        todas as palavras do livro que leu o rei de Judá.
            II Re 22:17 Porquanto me deixaram, e queimaram incenso a outros
                        deuses, para me provocarem à ira por todas as obras das suas
                                   mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar,
                                               e não se apagará.
            II Re 22:18 Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar
                        o SENHOR, assim lhe direis:
                                   Assim diz o SENHOR Deus de Israel,
                                               acerca das palavras, que ouviste:
                        II Re 22:19 Porquanto o teu coração se enterneceu,
                        e te humilhaste perante o SENHOR,
                                   quando ouviste o que falei contra este lugar,
                                               e contra os seus moradores,
                                   que seria para assolação e para maldição,
                        e que rasgaste as tuas vestes,
                        e choraste perante mim,
                                   também eu te ouvi, diz o SENHOR.
            II Re 22:20 Por isso eis que eu te recolherei a teus pais,
                        e tu serás recolhido em paz à tua sepultura,
                                   e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer
                                               sobre este lugar.
                        Então tornaram a trazer ao rei a resposta.
O nome de Josias está associado na Bíblia à reforma, como padrão e modelo de um reformador aprovado por Deus. Ele, em seus dias, devido o seu zelo e persistência, depois que descobriu o rolo de Deuteronômio e viu ali as coisas escritas e narradas, fez de tudo para deixar as coisas em ordem.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 6 de julho de 2014

II Re 21:1-26 - MANASSÉS TÃO MALIGNO QUE SACRIFICOU SEU FILHO NO FOGO

Aqui nos encontramos em nossa divisão para darmos continuidade às nossas reflexões:
Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.) – 18:1 – 25:30

B. Manassés (686-642 a.C.) – 20. 1 – 18.

Teria seu pai, Ezequias, modelo e exemplo de homem que confia em Deus, falhado na educação de seu filho Manassés? É o que parece porque esse homem é totalmente oposto ao que foi o seu pai.
Ele reinou no lugar de seu pai, provavelmente tenha sido corregente com ele também, quando tinha a idade de doze anos. Era muito jovem e pode ter sido influenciado por alguém que tinha afinidades com o Reino do Norte ou sentia saudades das práticas nojentas deles.
Ele ficou no reinado de Judá longos 55 anos, o período maior que se tem notícias de todos os reis de Judá e de Israel. Tanto foi longo que registros assírios apontam ele como vassalo de Esar-Hardom (681-669 a.C.) e também de Assurbanipal (669-627 a.C.). A sua mãe se chamava Hefzibá.
Ele, como já dissemos, ao contrário de seu pai, que foi fiel, fez o que era mau aos olhos do Senhor, sendo o modelo negativo de comparação com os gentios que eles expulsaram dali. Manassés acabou indo além deles em questões de maldades.
Além de restaurar tudo o que seu pai tinha destruído e restabelecer o que ele tinha condenado e abolido em Judá limpando a Casa do Senhor, ofereceu em sacrifício a seu próprio filho queimando-o diante de seus deuses.
A Casa do Senhor que antes estava limpinha dos deuses e praticas pagãs, agora estava toda manchada e com postes-ídolos e objetos de cultos estranhos.
A palavra de Deus diz que assim fazia perante o Senhor para provocá-lo à ira – vs. 6.
Pela sua graça e misericórdia, enviou Deus e falou por intermédio dos profetas, seus servos dizendo que como tinha feito Manassés trazendo desgraças para Judá, assim ele também estaria fazendo trazendo um fim para Jerusalém por causa de sua maldade.
Chegou Deus a falar de abandonar a sua herança entregando eles nas mãos dos seus inimigos e servindo de presa e despojo de todos eles por causa de tanta maldade. Maldade essa que ia se acumulando desde quando saíram do Egito até aqueles dias.
Além de todas essas coisas, ainda Manassés derramou muito sangue inocente até encher Jerusalém de um extremo ao outro, aumentando ainda mais a taça de suas abominações diante do Senhor.
Ao fim de seu reinado longo, o mais longo de todos, faleceu e seu filho Amom reinou em seu lugar.

C. Amom (642-640 a.C.) – 20:19 – 26.

Sai uma coisa ruim, entra outra coisa ruim. Assim foi com Amom que substitui seu pai Manassés.
Parecia que com Ezequias tudo iria se arranjar doravante e que Judá teria aprendido sua lição com o exílio de seus irmãos, até que veio Manassés e agora seu filho Amom.
Tinha Amom a idade de 22 anos quando começou a reinar, portanto já era um jovem adulto que sabia o que estava fazendo. Seu reinado ao contrário de seu pai, foi bem curto, de apenas dois anos.
Sua mãe era Mesulemete, filha de Haruz, de Jotbá, uma cidade próxima da região da baixa Galiléia.
Igualmente a seu pai fez o que era mau aos olhos do Senhor. Andou nos caminhos de Manassés, serviu os ídolos a que ele servira e os adorou. A sua escolha pelo seu pai o afastou do Senhor, pelo que o abandonou, nem quis saber de seus caminhos.
Houve uma conspiração contra ele por causa de suas escolhas, pois o povo queria que o seu governante fosse fiel à casa de Davi, como tinha sido Ezequias. Era o desejo de uma reforma completa e não apenas a destruição de Amom que fez o povo se manifestar e colocar no lugar a seu filho Josias.
Amom foi enterrado na sepultura de Uzá, como seu pai Manassés, e seu filho Josias começou a reinar em Judá.
II Re 21:1 Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar,
            e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém;
            e era o nome de sua mãe Hefzibá.
            II Re 21:2 E fez o que era mau aos olhos do SENHOR,
                        conforme as abominações dos gentios que o SENHOR
                        expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel.
            II Re 21:3 Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai,
                        tinha destruído, e levantou altares a Baal,
                                   e fez um bosque como o que fizera Acabe,
                                               rei de Israel, e se inclinou diante de todo
                                                           o exército dos céus, e os serviu.
            II Re 21:4 E edificou altares na casa do SENHOR,
                        da qual o SENHOR tinha falado:
                                   Em Jerusalém porei o meu nome.
            II Re 21:5 Também edificou altares a todo o exército dos céus
                        em ambos os átrios da casa do SENHOR.
            II Re 21:6 E até fez passar a seu filho pelo fogo,
                        adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e ordenou adivinhos
                                   e feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era mau aos
                                               olhos do SENHOR, para o provocar à ira.
            II Re 21:7 Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha
                        feito, na casa de que o SENHOR dissera a Davi
                                   e a Salomão, seu filho:
                        Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos
                                   de Israel, porei o meu nome para sempre;
            II Re 21:8 E não mais farei mover o pé de Israel desta terra
                        que tenho dado a seus pais; contanto que somente tenham
                                   cuidado de fazer conforme tudo o que lhes tenho
                                   ordenado, e conforme toda a lei que Moisés,
                                               meu servo, lhes ordenou.
            II Re 21:9 Porém não ouviram; porque Manassés de tal modo os fez
                        errar, que fizeram pior do que as nações, que o SENHOR
                                   tinha destruído de diante dos filhos de Israel.
II Re 21:10 Então o SENHOR falou pelo ministério de seus servos,
            os profetas, dizendo:
                        II Re 21:11 Porquanto Manassés, rei de Judá, fez estas
                        abominações, fazendo pior do que tudo quanto fizeram
                                   os amorreus, que foram antes dele, e até também a
                                               Judá fez pecar com os seus ídolos;
                        II Re 21:12 Por isso, assim diz o SENHOR Deus de Israel:
                                   Eis que hei de trazer um mal sobre Jerusalém e Judá,
                                               que qualquer que ouvir, lhe ficarão retinindo
                                                           ambos os ouvidos.
                        II Re 21:13 E estenderei sobre Jerusalém o cordel de Samaria
                                   e o prumo da casa de Acabe; e limparei a Jerusalém,
                                               como quem limpa o prato,
                                                           limpa-o e vira-o para baixo.
                        II Re 21:14 E desampararei os restantes da minha herança,
                                   entregá-los-ei na mão de seus inimigos; e servirão de
                                               presa e despojo para todos os seus inimigos;
                        II Re 21:15 Porquanto fizeram o que era mau aos meus olhos
                                   e me provocaram à ira, desde o dia em que seus pais
                                               saíram do Egito até hoje.
                        II Re 21:16 Além disso, também Manassés derramou
                                   muitíssimo sangue inocente, até que encheu a
                                   Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado,
                                   com que fez Judá pecar, fazendo o que era mau aos
                                               olhos do SENHOR.
II Re 21:17 Quanto ao mais dos feitos de Manassés,
            e a tudo quanto fez, e ao seu pecado, que praticou,
                        porventura não está escrito no livro
                                   das crônicas dos reis de Judá?
            II Re 21:18 E Manassés dormiu com seus pais, e foi sepultado no
                        jardim da sua casa, no jardim de Uzá;
                                   e Amom, seu filho, reinou em seu lugar.
II Re 21:19 Tinha Amom vinte e dois anos de idade quando começou
            a reinar, e dois anos reinou em Jerusalém;
                        e era o nome de sua mãe Mesulemete, filha de Harus, de Jotbá.
            II Re 21:20 E fez o que era mau aos olhos do SENHOR,
                        como fizera Manassés, seu pai.
            II Re 21:21 Porque andou em todo o caminho em que andara seu pai;
                        e serviu os ídolos, a que seu pai tinha servido,
                                   e se inclinou diante deles.
            II Re 21:22 Assim deixou ao SENHOR Deus de seus pais,
                        e não andou no caminho do SENHOR.
            II Re 21:23 E os servos de Amom conspiraram contra ele,
                        e mataram o rei em sua casa.
            II Re 21:24 Porém o povo da terra feriu a todos os que conspiraram
                        contra o rei Amom; e o povo da terra pôs Josias,
                                   seu filho, rei em seu lugar.
            II Re 21:25 Quanto ao mais dos atos de Amom, que fez, porventura
                        não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?
            II Re 21:26 E o sepultaram na sua sepultura, no jardim de Uzá;
                        e Josias, seu filho, reinou em seu lugar.
Entraremos a partir do próximo capítulo na história daquele rei de Judá que ficou conhecido como modelo de rei que realizou uma grande reforma necessária em Judá por causa dos reinos malignos de Manassés e de Amom que duraram 57 anos.

Depois do exílio de Israel, tivemos o rei modelo de confiança no Senhor, Ezequias; depois o modelo negativo de um rei como foi Mansassés e seu filho Amom e agora um modelo no que concerne a reforma necessária, urgente e inadiável na vida dos filhos de Israel.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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