Nós estaremos vendo agora as duas últimas
divisões da Parte II: A MONARQUIA DIVIDIDA - I Reis 12:1 a II Reis17:41.
P.
Em Israel (732-722 a.C.): Oseias de Israel 17: 1-6
Esta é a parte “P”, a penúltima, que
vai de “A” até “Q”. O historiador agora está de volta para Israel e vai
descrever a história do último rei antes do exílio.
O ano era o 12º de Acaz, rei de Judá,
quando começou a reinar o último rei de Israel, antes do exílio, Oseias, filho
de Elá. Ele reinará por nove anos e como todos os demais reis antes dele, no
total, 19 reis, este também fez o que era mau diante do Senhor, contudo não
exatamente como foram os seus pais.
Foi contra ele que subiu Salmaneser,
rei da Assíria e o fez seu servo e lhe pagava tributos até que viu que ele
tramava contra seu domínio quando soube de sua tentativa de união com o Egito e
seu rei Sô e já não era fiel na arrecadação anual de tributos ao rei da
Assíria.
Por conta disso o prendeu em grilhões,
num cárcere, sitiou Israel por três anos e no seu nono ano de reinado, o rei da
Síria, agora Sargão II, levou cativo todo Israel – cerca de 27.290 habitantes -
para a Assíria, onde os fez habitar em Hala – situada a nordeste de Nínive -,
junto a Habor e ao rio Gozã e nas cidades dos medos.
Essa captura pois fim ao Reino do Norte
– I Cr 5:25, 26. No total, durante o período de 208 anos (de 930 a.C. até 77
a.C.), tivemos em Israel 20 reis que foram unânimes em fazer o que era mau aos
olhos do Senhor.
Q.
O exílio de Israel 17: 7-41.
Esta é a parte “Q”, a última, que vai
de “A” até “Q”. O historiador narra o exílio de Israel. Ele dividiu este final
em duas partes: 1. Reflexão sobre o
exílio de Israel – 17:7-23. 2. Recolonização com deportados assírios – 17:24-41.
1. Reflexão sobre o exílio de Israel – 17:7-23.
Aqui, o escritor de Reis relatará e
interpretará a deportação do Reino do Norte por entender que isso merece uma
explicação. Em várias ocasiões durante o relato, o escritor chamava a atenção
para os pecados dos reis de Israel e, agora, resumirá sua opinião acerca do
Reino do Norte e explicará por que o rei e o povo mereciam ser exilados.
A causa já está patente no primeiro
versículo da explicação: tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra
o Senhor, seu Deus que se houvera maravilhosamente para eles os libertando do
Egito e temeram outros deuses. Pecaram, rejeitaram a Deus e depois temeram
outros deuses.
Foi por conta dessa sua rejeição a Deus
que eles passaram a andar nos estatutos das nações desprezadas e nos seus costumes,
fazendo o que não era reto aos olhos do Senhor edificando para si mesmos
altares de adorações a deuses estranhos.
Eles passaram a ser como as nações que
era para eles expulsarem. Imitaram e copiaram os seus costumes, fizeram alianças
proibidas, rejeitaram e desprezaram ao Senhor e, por conta disso, amontoaram
mais e mais pecados.
O Senhor ainda foi paciente,
misericordioso e cheio de graça por que para eles enviou seus servos, os
profetas e outros homens de Deus para anunciarem a eles a Palavra de Deus e o
tempo oportuno do arrependimento, mas não quiseram ouvir.
A proposta era: Convertei-vos de vossos
maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda
a lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus
servos, os profetas – vs 13.
Antes, a escolha deles foi pelo
endurecimento de seus corações e se tornaram obstinados, de dura cerviz como os
seus pais que não criam no Senhor, seu Deus.
O verso 15 fala que rejeitaram os seus
estatutos, e a sua aliança que fizera com seus pais, como também as suas
advertências, com que protestara contra eles; e seguiram a vaidade, e
tornaram-se vãos; como também seguiram as nações, que estavam ao redor deles,
das quais o SENHOR lhes tinha ordenado que não as imitassem. O verso 16
continua a falar: e deixaram todos os mandamentos do SENHOR seu Deus, e fizeram
imagens para substituir ao Senhor de forma que agora o Senhor seria como eles
queriam e não como deveria de ser.
Por conta disso, de tão cegos e tolos
que se tornaram, queimaram a seus filhos e filhas como sacrifício e se
entregaram às práticas proibidas de adivinhações, agouros e se venderam para
fazer com volúpia cada vez maior o que era mau perante o Senhor para o provocar
à ira.
Embora esteja mais concentrado em
Israel, ele já aproveita para falar de Judá – vs 19 - que em breve cairá no
mesmo erro de Israel e sofrerá igualmente o exílio também.
A terrível consequência da rejeição ao
Senhor é a rejeição do Senhor por eles o que lhes trará aflições com domínio de
outras nações sobre eles de forma não piedosa e expulsão da sua presença, como
tinha falado pelo ministério de todos os seus servos, os profetas.
Eu fico pensando numa aplicação deste
texto para os dias de hoje. Não temos mais o Reino do Norte, nem quero me ater
ao Israel de hoje, mas à igreja do Senhor espalhada pelos quatro cantos da
terra. Como está nossa fidelidade ao Senhor? Será que por que nós somos filhos,
estamos livres para imitar o mundo e rejeitar ao Senhor que nos fala hoje pela
pregação da fé – Gl 3:2, 5?
2.
Recolonização com deportados assírios – 17:24-41.
O rei da Assíria, muito provavelmente
Sargão II, recolonizou Samaria e as cidades ao seu redor com pessoas deportadas
de outros países. Tal estratégia militar tinha por objetivo evitar que os povos
se reerguessem.
Quando chegaram a Samaria e habitaram
ali, não temeram ao Senhor, por isso que mandou o Senhor para o meio deles leões
que passaram a matar alguns dos povos e amedrontar toda a cidade. Os leões, ou
as bestas-feras, em algumas ocasiões eram usados por Deus como instrumentos de
julgamento – I Re 13:24; 20:36; Am 3:12.
Qual era o deus da terra que eles
deveriam adorar para evitar os males dos leões, eles perguntavam. Eles sabiam
que tinham de fazer algo, pois a praga dos leões estava terrível. O rei da
Assíria, então, envia um dos sacerdotes de Israel para ensinarem a eles como
agradar o “deus da terra” a fim de que afastassem os leões dali.
Logo um sacerdote de Israel para
ensinarem a lidar com o Senhor? Que desastre! No entanto, parece que este era
uma exceção e os ensinou como deveriam servir ao Senhor.
Então o povo passou a fazer as duas
coisas: serviam ao Senhor e aos seus deuses! Bem que eu estava desconfiado
desse sacerdote de Israel! Virou uma salada religiosa, uma babel de religiões
onde cada um tinha o seu deus e mais o Deus dos deuses. Menos pior, pois antes
somente tinham deuses que nem são deuses e agora também o Senhor.
Veja o que diz a própria palavra no
verso 33: “Assim temiam ao SENHOR, mas
também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham
sido transportados.”. Deus mesmo tinha dito a eles que guardassem a aliança
que fez com eles e que não temessem a esses outros deuses e agora estavam
divididos.
II
Re 17:1 No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oséias,
filho de Elá, e reinou sobre Israel,
em Samaria, nove anos.
II Re 17:2 E fez o que era mau aos
olhos do SENHOR,
contudo não como os reis
de Israel que foram antes dele.
II Re 17:3 Contra ele subiu
Salmaneser, rei da Assíria;
e Oséias ficou sendo
servo dele, e pagava-lhe tributos.
II Re 17:4 Porém o rei da Assíria
achou em Oséias conspiração;
porque enviara
mensageiros a Só, rei do Egito, e não pagava
tributos ao
rei da Assíria cada ano, como dantes;
então
o rei da Assíria o encerrou
e
aprisionou na casa do cárcere.
II Re 17:5 Porque o rei da Assíria
subiu por toda a terra,
e veio até Samaria, e a
cercou três anos.
II Re 17:6 No ano nono de Oséias, o
rei da Assíria tomou a Samaria,
e levou Israel cativo
para a Assíria; e fê-los habitar em Hala
e em Habor junto ao rio
de Gozã, e nas cidades dos medos,
II Re 17:7 Porque sucedeu que os
filhos de Israel pecaram contra o
SENHOR seu Deus, que os
fizera subir da terra do Egito,
de debaixo da
mão de Faraó, rei do Egito;
e
temeram a outros deuses.
II Re 17:8 E andaram nos estatutos
das nações que o SENHOR
lançara fora de diante
dos filhos de Israel, e nos dos reis de
Israel, que
eles fizeram.
II Re 17:9 E os filhos de Israel
fizeram secretamente coisas que não
eram retas, contra o
SENHOR seu Deus;
e edificaram
altos em todas as suas cidades,
desde a torre
dos atalaias até à cidade fortificada.
II Re 17:10 E levantaram, para si,
estátuas e imagens do bosque,
em todos os altos
outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes.
II Re 17:11 E queimaram ali incenso
em todos os altos,
como as nações, que o
SENHOR expulsara de diante deles;
e fizeram
coisas ruins, para provocarem à ira
o
SENHOR.
II Re 17:12 E serviram os ídolos,
dos quais o SENHOR lhes dissera:
Não fareis estas coisas.
II Re 17:13 E o SENHOR advertiu a
Israel e a Judá,
pelo ministério de todos
os profetas e de todos os videntes,
dizendo:
Convertei-vos de vossos
maus caminhos,
e guardai os meus
mandamentos e os meus estatutos,
conforme toda
a lei que ordenei a vossos pais
e que eu vos
enviei pelo ministério de meus servos,
os
profetas.
II Re 17:14 Porém não deram ouvidos;
antes endureceram a sua cerviz,
como a cerviz de seus
pais, que não creram no SENHOR
seu Deus.
II Re 17:15 E rejeitaram os seus
estatutos, e a sua aliança que fizera
com seus pais, como
também as suas advertências,
com que protestara
contra eles; e seguiram a vaidade,
e tornaram-se vãos; como
também seguiram as nações,
que estavam
ao redor deles, das quais o SENHOR
lhes
tinha ordenado que não as imitassem.
II Re 17:16 E deixaram todos os
mandamentos do SENHOR
seu Deus, e fizeram
imagens de fundição, dois bezerros;
e fizeram um
ídolo do bosque, e adoraram perante
todo
o exército do céu, e serviram a Baal.
II Re 17:17 Também fizeram passar
pelo fogo a seus filhos
e suas filhas, e
deram-se a adivinhações, e criam em agouros;
e venderam-se para fazer
o que era mau
aos olhos do
SENHOR, para o provocarem à ira.
II Re 17:18 Portanto o SENHOR muito
se indignou contra Israel,
e os tirou de diante da
sua face; nada mais ficou, senão somente
a tribo de
Judá.
II Re 17:19 Até Judá não guardou os
mandamentos do SENHOR
seu Deus; antes andaram
nos estatutos de Israel,
que eles
fizeram.
II Re 17:20 Por isso o SENHOR
rejeitou a toda a descendência
de Israel, e os oprimiu,
e os deu nas mãos dos despojadores,
até que os
expulsou da sua presença.
II Re 17:21 Porque rasgou a Israel
da casa de Davi;
e eles fizeram rei a
Jeroboão, filho de Nebate.
E Jeroboão apartou a Israel de
seguir ao SENHOR,
e os fez cometer um
grande pecado.
II Re 17:22 Assim andaram os filhos
de Israel em todos os pecados
que Jeroboão tinha
feito; nunca se apartaram deles;
II Re 17:23 Até que o SENHOR tirou a
Israel de diante da sua
presença, como falara
pelo ministério de todos os seus servos,
os profetas;
assim foi Israel expulso da sua terra
à
Assíria até ao dia de hoje.
II Re 17:24 E o rei da Assíria
trouxe gente de Babilônia, de Cuta,
de Ava, de Hamate e
Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades
de Samaria,
em lugar dos filhos de Israel;
e eles tomaram a Samaria
em herança,
e habitaram
nas suas cidades.
II Re 17:25 E sucedeu que, no
princípio da sua habitação ali,
não temeram ao SENHOR; e
o SENHOR mandou entre
eles, leões,
que mataram a alguns deles.
II Re 17:26 Por isso falaram ao rei
da Assíria, dizendo:
A gente que
transportaste e fizeste habitar nas cidades de
Samaria, não
sabe o costume do Deus da terra;
assim mandou
leões entre ela, e eis que a matam,
porquanto
não sabe o culto do Deus da terra.
II Re 17:27 Então o rei da Assíria
mandou dizer:
Levai ali um dos
sacerdotes que transportastes de lá;
e vá e habite
lá, e ele lhes ensine
o
costume do Deus da terra.
II Re 17:28 Veio, pois, um dos
sacerdotes que transportaram
de Samaria, e habitou em
Betel, e lhes ensinou como deviam
temer ao
SENHOR.
II Re 17:29 Porém cada nação fez os
seus deuses,
e os puseram nas casas
dos altos que os samaritanos fizeram,
cada nação
nas cidades, em que habitava.
II Re 17:30 E os de Babilônia
fizeram Sucote-Benote;
e os de Cuta fizeram
Nergal; e os de Hamate fizeram Asima. II
Re 17:31 E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque;
e os sefarvitas
queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque,
e a Anameleque,
deuses de Sefarvaim.
II Re 17:32 Também temiam ao SENHOR;
e dos mais baixos do
povo fizeram sacerdotes dos lugares altos,
os quais lhes
faziam o ministério
nas
casas dos lugares altos.
II Re 17:33 Assim temiam ao SENHOR,
mas também serviam a
seus deuses, segundo o
costume das nações dentre as quais
tinham sido
transportados.
II Re 17:34 Até ao dia de hoje fazem
segundo os primeiros costumes;
não temem ao SENHOR, nem
fazem segundo os seus
estatutos,
segundo as suas ordenanças, segundo a lei e
segundo o
mandamento que o SENHOR
ordenou
aos filhos de Jacó,
a
quem deu o nome de Israel.
II Re 17:35 Contudo o SENHOR tinha
feito uma aliança com eles,
e lhes ordenara,
dizendo:
Não temereis
a outros deuses, nem vos inclinareis
diante deles,
nem os servireis, nem lhes sacrificareis.
II Re 17:36 Mas o SENHOR, que vos
fez subir da terra do Egito
com grande força e com
braço estendido, a este temereis,
e a ele vos
inclinareis e a ele sacrificareis.
II Re 17:37 E os estatutos, as
ordenanças, a lei e o mandamento,
que vos escreveu, tereis
cuidado de fazer todos os dias;
e não
temereis a outros deuses.
II Re 17:38 E da aliança que fiz
convosco não vos esquecereis;
e não temereis a outros
deuses.
II Re 17:39 Mas ao SENHOR vosso Deus
temereis,
e ele vos livrará das
mãos de todos os vossos inimigos.
II Re 17:40 Porém eles não ouviram;
antes fizeram segundo o seu
primeiro costume.
II Re 17:41 Assim estas nações
temiam ao SENHOR
e serviam as suas
imagens de escultura; também seus filhos,
e os filhos
de seus filhos, como fizeram seus pais,
assim
fazem eles até ao dia de hoje.
Pode um reino dividido prosperar? Jesus
nos ensinou que não! Assim, eles queriam agradar todo mundo, incluindo Deus e
deuses, o Senhor e os senhores, a fim de tirar proveito de cada um naquilo que entendiam
que fossem bons. Que raciocínio pífio!
É o sistema de crenças – este que o
Reino do Norte vivia - que todo filho de Belial sonha: um deus segundo o seu
coração maligno e perverso que esteja pronto a satisfazer todas as suas
vontades, conforme o seu jeito no cronos e no kairos.
#ConhecerAprenderCompartilharSempre
II Coríntios 4:13 Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos,
Parte II: A MONARQUIA DIVIDIDA - I Reis
12:1 a II Reis17:41.
O.
Em Judá (750-715 a.C.): Jotão e Acaz 15: 32 - 16:20 - continuação.
Esta é a parte “O” que vai de “A” até
“Q”. O historiador agora está de volta para Judá e vai descrever a história de
mais dois reis: 1. Jotão. 2. Acaz.
2.
Acaz de Judá (735-715 a.C.): 16: 1 – 20.
Neste capítulo, veremos o reinado e a história
desse perverso rei Acaz que ao contrário de seu pai, Jotão, e de seus
antepassados, Davi, perpetuou a idolatria em Judá, chegando a colocar um altar
pagão no templo em Jerusalém.
Tendo morrido seu pai, Jotão, passou a
reinar em seu lugar, seu filho Acaz. Provavelmente, também, Acaz tenha sido
corregente com seu pai, no início de seu reinado. O ano era o 17º do reinado de
Peca, filho de Remalias. Quando começou a reinar tinha 20 anos e reinou por 16
anos em Jerusalém.
Como nas demais citações de outros
reis, neste caso, o autor não revela o nome de sua mãe, como de costume. E dos
reis de Judá, este é um dos 12, do total de 20 reis em Judá, que não fizeram o
que era reto diante de Deus como fora os seus pais.
A opção de Acaz foi andar nos caminhos
de que andaram os reis de Israel, chegando ao cúmulo de sacrificar seu próprio filho
como sacrifício, conforme as abominações dos gentios que o Senhor tinha lançado
fora de diante dos filhos de Israel. Além disso, ainda sacrificou e queimou
incenso nos altos e nos outeiros, como ainda debaixo de toda árvore frondosa.
Conforme a BEG, o pecado de Jeroboão I –
I Re 12:26-33 -, perpetuado por todos os reis subsequentes de Israel, foi a
criação de sua própria religião, que prescrevia a adoração em Betel e Dã em vez
de Jerusalém. A tristeza aqui é ver a rejeição dos caminhos do Senhor para
tentar alcançá-lo ao seu próprio jeito. Sinceramente, nem faz isso sentido
algum.
Esses locais de adoração no norte se
tornaram canais para práticas e crenças religiosas pagãs no Reino do Norte. Do mesmo
modo, Acaz introduziu um altar estrangeiro em Jerusalém e, como Jeroboão I,
oficiou os sacrifícios iniciais nesse novo altar – vs 10-13; I Re 12:32-33. Simplesmente,
Acaz desprezou tudo o que seus pais ensinaram a ele e optou pelos maus caminhos
proibidos por Deus, conforme se fazia em Israel.
Quanto à atrocidade do sacrifício de
crianças, era praticada por algumas das nações vizinhas de Judá, mas esse
ritual hediondo era proibido pela Torá – Lv 18:21; Dt 18:10; II Re 3:27. No entanto,
Acaz não foi o único rei de Judá a sacrificar seu próprio filho – 17:17; 21:6;
23:10; Jr 7:31; 32:35. A intenção disso era sempre a mesma, ou seja, obter mais
poder, mais força e agradar uma divindade por troca de favores com ela. Eu faço
isso para ela e ela faz isso para mim.
Judá, destarte, estava se tornando
indistinguível de Israel e das nações que Deus havia expulsado para que seu
povo pudesse habitar na terra. Tornou-se não em exemplo para as demais nações,
mas invejosa das outras nações.
Acaz foi atacado por Rezim, rei da
Síria e por Peca, rei de Israel, mas conseguiu se safar deles. O profeta Isaias
interferiu nessa crise, aconselhando o indeciso Acaz a confiar no Senhor – Is 7:1-17.
Obteve ajuda de Tiglate-Pileser, rei da
Assíria, em troca de ouro e prata que se achavam na Casa do Senhor e nos
tesouros da casa do rei. Este aceitou os presentes e atacou a Damasco, matou
seu rei Rezim, tomou-a e levou cativo o seu povo para Quir. Essa destruição da
Síria foi em cumprimento às profecias de Isaias – Is 7:16 e do profeta Amós –
Am 1:5.
Depois disso, foi Acaz para Damasco
para se encontrar com o rei da Assíria, Tiglate-Pileser e viu ali um altar que
fez questão de copiar e imitar. Urias, o sacerdote fez exatamente como lhe
pedira Acaz e ao retornar já estava pronto, onde pode fazer seus sacrifícios e
usar o altar de bronze que havia sido removido de seu local para práticas de
adivinhações.
Acaz, simplesmente, não somente foi
idólatra e praticou abominações terríveis, como por exemplo o sacrifício de seu
próprio filho, mas foi além, pervertendo e corrompendo o verdadeiro culto do
templo, mudando seus costumes e práticas.
Acaz finalmente morreu e foi sepultado
junto a seus pais, na cidade de Davi e seu filho, Ezequias reinou em seu lugar.
II
Re 16:1 No ano dezessete de Peca, filho de Remalias,
começou a reinar Acaz, filho de
Jotão, rei de Judá.
II Re 16:2 Tinha Acaz vinte anos de
idade quando começou a reinar,
e reinou dezesseis anos
em Jerusalém, e não fez o que era reto
aos olhos do
SENHOR seu Deus, como Davi,
seu
pai.
II Re 16:3 Porque andou
no caminho dos reis de Israel,
e até a seu
filho fez passar pelo fogo, segundo as
abominações
dos gentios que o SENHOR lançara
fora
de diante dos filhos de Israel.
II Re 16:4 Também sacrificou, e
queimou incenso nos altos
e nos outeiros, como
também debaixo de todo o arvoredo.
II Re 16:5 Então subiu Rezim, rei da
Síria, com Peca,
filho de Remalias, rei
de Israel, a Jerusalém, para pelejar;
e cercaram a
Acaz, porém não o puderam vencer.
II Re 16:6 Naquele mesmo tempo
Rezim, rei da Síria,
restituiu Elate à Síria,
e lançou fora de Elate os judeus;
e os sírios vieram a
Elate, e habitaram ali até ao dia de hoje.
II Re 16:7 E Acaz enviou mensageiros
a Tiglate-Pileser,
rei da Assíria, dizendo:
Eu sou teu servo e teu
filho; sobe, e livra-me das mãos do rei
da
Síria, e das mãos do rei de Israel,
que
se levantam contra mim.
II Re 16:8 E tomou Acaz a prata e o
ouro que se achou na casa do
SENHOR, e nos tesouros
da casa do rei, e mandou um
presente ao
rei da Assíria.
II Re 16:9 E o rei da Assíria lhe
deu ouvidos; pois o rei da Assíria
subiu contra Damasco, e
tomou-a e levou cativo o povo para
Quir, e matou
a Rezim.
II Re 16:10 Então o rei Acaz foi a
Damasco, a encontrar-se com
Tiglate-Pileser, rei da
Assíria; e, vendo um altar que estava em
Damasco, o
rei Acaz enviou ao sacerdote Urias
o desenho e o modelo do
altar, conforme toda a sua feitura.
II Re 16:11 E Urias, o sacerdote,
edificou um altar conforme tudo o
que o rei Acaz lhe tinha
enviado de Damasco;
assim o fez o
sacerdote Urias, antes que o rei Acaz
viesse
de Damasco.
II Re 16:12 Vindo, pois, o rei de
Damasco, viu o altar;
e o rei se chegou ao
altar, e sacrificou nele.
II Re 16:13 E queimou o seu
holocausto, e a sua oferta de alimentos,
e derramou a sua
libação, e espargiu o sangue dos seus
sacrifícios
pacíficos sobre o altar.
II Re 16:14 Porém o altar de cobre,
que estava perante o SENHOR,
ele tirou de diante da
casa, de entre o seu altar e a casa do
SENHOR, e pô-lo ao lado
do altar, do lado do norte.
II Re 16:15 E o rei Acaz ordenou a
Urias, o sacerdote, dizendo:
Queima no grande altar o
holocausto da manhã,
como também a
oferta de alimentos da noite,
o holocausto
do rei e a sua oferta de alimentos,
e o
holocausto de todo o povo da terra, a sua oferta de
alimentos, as
suas ofertas de bebidas e todo o sangue
dos
holocaustos, e todo o sangue dos sacrifícios
espargirás
nele; porém o altar de cobre será para mim,
para
nele inquirir.
II Re 16:16 E fez Urias, o
sacerdote, conforme tudo
quanto o rei Acaz lhe
ordenara.
II Re 16:17 E o rei Acaz cortou as
cintas das bases,
e de cima delas tomou a
pia, e tirou o mar de sobre os bois de
cobre, que
estavam debaixo dele, e pô-lo sobre um
pavimento
de pedra.
II Re 16:18 Também a coberta que,
para o sábado,
edificaram na casa, e a
entrada real externa, retirou da casa do
SENHOR, por
causa do rei da Assíria.
II Re 16:19 Ora, o mais dos atos de
Acaz e o que fez,
porventura não está escrito no livro
das crônicas dos reis de Judá?
II Re 16:20 E dormiu Acaz com seus
pais, e foi sepultado junto a seus
pais, na cidade de Davi;
e Ezequias,
seu filho, reinou em seu lugar.“
Acaz foi um péssimo exemplo de rei que
começou seu reinado ainda jovem, com apenas 20 anos e reinou por 16, sendo
depois substituído por seu filho Ezequias. Viveu ao todo 36 anos, mas foi esse exemplo,
como já dito, do que não se pode imitar, nem copiar, nem se fazer.
Infelizmente, enquanto estivermos nessa
vida teremos muitos Acaz em nossos caminhos e pior na posição de autoridade
máxima, apenas sendo instrumento do maligno para destruição e ruina de todos.
Isso acontece por causa dos limites da
graça e da misericórdia de Deus terem atingido o grau máximo de tolerância. O surgimento
de Acaz em Judá era um prenúncio do que estava por vir para Judá em breve, se
não se arrependessem. O fato é que não se arrependerão e serão levados cativos.
Veremos isso mais à frente.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...