Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em Levítico
Autor: DANIEL DEUSDETE.
Sinopse:
O povo que Deus estava de olho e que se encontrava cativo no cativeiro do Egito e que sofria por causa disso, estava agora livre, mas no deserto. Ele ainda nem sabia que muito em breve teria de passar uma jornada que seria de 40 dias em 40 anos, pois os espias ainda não tinham saído para espiar a terra e trazerem aquele relatório que condenou toda a nação somente escapando Josué e Calebe, pois neles havia um espírito diferente. Eles, os israelitas, estavam recebendo a lei com suas ordenanças, estatutos, preceitos visando à santidade das lideranças e de toda a nação. Deus santo exigia que seu povo fosse santo, separado, diferente e uma nação de sacerdotes que iriam impactar o mundo ao seu redor. A lei foi entregue por Moisés mas não veio de Moisés nem de homem algum nesta terra. Ela não era o produto final, mas cumprindo-a o homem por ela viveria, como bem fez nosso Senhor que a cumpriu totalmente agradando o Pai Celestial.
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A história continua!
É interessante prestar atenção em todos os eventos para não perder a narrativa
e a evolução dela, mas jamais devemos deixar de perseguir a nossa semente
messiânica que agora estava em Davi que estaria agora sendo coroado rei de
Israel em Hebrom por Judá.
Por isso que a
Bíblia vai narrar eventos próximos a ele e a todos os seus descendentes, dos
quais estamos acompanhando e bem assim também estava acompanhando mas com o fim
de destruir, o próprio adversário, Satanás.
Estamos no segundo
livro de Samuel que foi escrito também por Samuel, pelo menos até o evento de
sua morte e depois continuada por algum escriba de Israel.
Também entraremos, a
partir de agora, em nossa quarta parte de cinco, pela qual dividimos os dois
livros de Samuel. Esta quarta parte se chama IV. DAVI: SEU REINADO PLENO – 2:1
– 20:26. E o segundo livro de Samuel tem no total 24 capítulos.
Nesta parte será
vista de forma mais detalhada que Davi subiu ao trono para estabelecer uma
dinastia permanente sobre Israel. O povo de Deus expandiu-se sob a bênção de
Deus, mas sofreu maldição divina.
Veremos que quando
Saul saiu de cena, Davi assumiu o pleno controle do trono de Israel, porém nem
mesmo Davi não se manteve fiel, e o seu reinado passou pela disciplina de Deus.
Como resultado, o reinado de Davi sobre o povo de Deus pode ser dividido em
dois períodos, como veremos a seguir.
Dividiremos esta
quarta parte em duas extensas subpartes: A. O reino de Davi sob a bênção divina
– 2:1 – 10:19. B. O reino de Davi sob maldição divina – 11:1 – 20:26.
No início, o reinado
de Deus foi bem sucedido por causa das bênçãos de Deus. Essas bênçãos de Deus
aparecem de duas maneiras principais.
Também dividiremos a
primeira extensa subparte em 2 seções. 1. A ascensão de Davi ao trono – 2:1 –
5:5. 2. O trono de Davi é estabelecido para sempre em Jerusalém – 5:6 – 10:19.
1. A ascensão de Davi ao trono – 2:1 – 5:5.
Por sua vez, a seção
1 também será dividida didaticamente para melhorar nossa visualização e estudo
deste livro. Dividiremos ela em duas subseções: a. Davi torna-se rei sobre Judá
em Hebrom – 2:1-7. b. Davi torna-se rei sobre todo Israel – 2:8 – 5:5.
a. Davi torna-se rei sobre Judá em Hebrom – 2:1-7.
Apesar de ter sido
ungido bem antes por Samuel – I Sm 16 -, Davi aqui está prestes a ser
reconhecido por toda a nação. Esse reconhecimento aconteceu primeiro sobre
Judá, em Hebrom – 2:1-7, depois sobre todo Israel – 2:8 a 5:5 e, novamente,
sobre Hebrom – 5:1-5.
A narrativa bíblica
fala que depois disso, daqueles eventos que acabamos de ver onde Saul e seus
filhos morreram, ficando apenas Isbosete, filho de Jônatas vivo, que Davi
consultou ao Senhor para saber se voltaria ou não e para que lugar.
Deus lhe respondeu e
disse para ele voltar e ir para Hebrom. Direção divina de primeira! Quem dera
pudesse eu ter essa direção sempre, mas não é assim, agimos pela fé, como Deus
mesmo já disse que os seus justos – é Jesus quem nos justifica – andariam pela
fé e se desviassem, Deus não teria prazer neles – Hb 10:38.
Ali, naquele momento
especial, os propósitos de Deus eram outros e a forma de agir era própria para
aquilo. Tirar das consultas de Davi um modelo de nossas consultas é muito
temerário. Eu sempre consulto ao Senhor e pela fé recebo as respostas. Davi vai
e retorna, com todas as suas mulheres e todos os seus homens, para um novo
começo, uma nova jornada.
Davi recebeu as suas
respostas e agiu. Voltou para Hebrom e não tardou para se cumprir a promessa
feita bem antes de que ele seria rei em Israel. Uma vez rei, recebeu a notícia
de que foram os homens valentes de Jabes-Gileade que tiveram misericórdia de
Sal e de seus filhos e providenciaram enterros descentes para eles.
b. Davi torna-se rei sobre todo Israel – 2:8 – 5:5.
A disputa entre a
casa de Saul e de Davi culminou com o último tornando-se rei sobre todo o
Israel. Assim, Davi se tornará rei sobre todo o Israel, mas antes passaremos
pelos capítulos comentando cada um deles.
Vamos também, para
melhor entendimento, dividirmos essa subseção “b” em 4 partes didáticas. 1. A
resistência por parte da casa de Saul – 2:8 – 3:5. 2. Abner é assassinado – 3:6
– 39. 3. Isbosete é assassinado – 4:1 – 12. 4. Davi torna-se rei sobre todas as
tribos em Hebrom – 5:1-15.
1. A resistência por parte da casa de Saul – 2:8 – 3:5.
Os remanescentes da
casa de Saul ainda ofereceram resistência ao título de Davi e reclamaram o seu
direito ao trono. Abner constitui Isbosete, filho de Saul, rei sobre Israel, o
que resultou em guerra entre a casa de Saul e de Davi.
Davi, já como rei
reconhecido em Hebrom e procurando o reconhecimento sobre todo o Israel, tenta uma aproximação com o povo de
Jabes-Gileade exaltando a pessoa do rei de Saul e de seus filhos, mas Abner,
usando a Isbosete de fantoche, se recusa a aceitar a Davi rei de Israel toda e,
rebeldemente, acabou constituindo Isbosete rei de Israel em Gileade.
Essa situação levou
o pais a uma guerra civil entre Abner, da parte de Saul e Joabe, da parte de
Davi. No entanto a peleja se tornou muito dura para Abner que teve de fugir,
pois o massacre contra eles era enorme. Já tinham morrido mais de trezentos e
sessenta homens deles e apenas 19.
Quem acabou morrendo
também nessa peleja fora Asael, irmão de Joabe, pelas mãos de Abner que ainda
trará consequências tanto para Abner mesmo, como para Davi.
Joabe ainda nem
sabia disso. Na perseguição que provavelmente duraria toda a vida, Abner pede
para Joabe parar e este atende.
II
Sm 2:1 E sucedeu depois disto que Davi consultou ao SENHOR, dizendo:
Subirei a alguma das cidades de
Judá?
E
disse-lhe o SENHOR:
Sobe.
E
falou Davi:
Para onde subirei?
E
disse:
Para Hebrom.
II
Sm 2:2 E subiu Davi para lá, e também as suas duas mulheres,
Ainoã, a jizreelita, e Abigail, a
mulher de Nabal, o carmelita.
II Sm 2:3 Fez também Davi subir os
homens que estavam com ele,
cada um com a sua
família; e habitaram
nas cidades
de Hebrom.
II Sm 2:4 Então vieram os homens de
Judá,
e ungiram ali a Davi rei
sobre a casa de Judá.
E
deram avisos a Davi, dizendo:
Os homens de Jabes-Gileade foram os
que sepultaram a Saul.
II Sm 2:5 Então enviou Davi mensageiros
aos homens
de Jabes-Gileade, para
dizer-lhes:
Benditos sejais vós do SENHOR, que
fizestes tal beneficência
a vosso senhor, a Saul,
e o sepultastes!
II Sm 2:6 Agora, pois, o SENHOR use
convosco de beneficência
e fidelidade; e também
eu vos farei este bem,
porquanto
fizestes isto.
II Sm 2:7 Esforcem-se, pois, agora
as vossas mãos,
e sede homens valentes,
pois Saul, vosso senhor, é morto,
mas também os
da casa de Judá já me ungiram
a
mim por seu rei.
II
Sm 2:8 Porém Abner, filho de Ner, capitão do exército de Saul,
tomou a Is-Bosete, filho de Saul, e
o fez passar a Maanaim,
II Sm 2:9 E o constituiu rei sobre
Gileade, e sobre os assuritas,
e sobre Jizreel, e sobre Efraim, e
sobre Benjamim, e sobre todo o Israel.
II Sm 2:10 Da idade de quarenta anos
era Is-Bosete, filho de Saul,
quando começou a reinar
sobre Israel, e reinou dois anos;
mas os da
casa de Judá seguiam a Davi.
II Sm 2:11 E foi o número dos dias
que Davi reinou em Hebrom,
sobre a casa de Judá, sete
anos e seis meses.
II Sm 2:12 Então saiu Abner, filho
de Ner,
com os servos de
Is-Bosete, filho de Saul, de Maanaim
a Gibeom. II Sm 2:13
Saíram também Joabe, filho de Zeruia, e
os servos de Davi, e se encontraram uns com os
outros
perto do tanque de Gibeom;
e pararam
estes deste lado do tanque,
e os outros
do outro lado do tanque.
II
Sm 2:14 E disse Abner a Joabe:
Deixa levantar os moços, e joguem
diante de nós.
E
disse Joabe:
Levantem-se.
II Sm 2:15 Então se levantaram, e
passaram,
em número de doze de
Benjamim, da parte de Is-Bosete,
filho de
Saul, e doze dos servos de Davi.
II Sm 2:16 E cada um lançou mão da
cabeça do outro,
cravou-lhe a espada no
lado, e caíram juntos,
por isso se
chamou àquele lugar Helcate-Hazurim, que
está junto a Gibeom.
I Sm 2:17 E seguiu-se naquele dia
uma crua peleja;
porém Abner e os homens
de Israel foram feridos
diante dos
servos de Davi.
II Sm 2:18 E estavam ali os três
filhos de Zeruia,
Joabe, Abisai, e Asael;
e Asael era ligeiro de pés,
como as
gazelas do campo.
II Sm 2:19 E Asael perseguiu a
Abner; e não se desviou de detrás
de Abner, nem para a
direita nem para a esquerda.
II Sm 2:20 E Abner, olhando para
trás, perguntou:
És tu Asael?
E ele falou:
Eu sou.
II Sm 2:21 Então lhe disse Abner:
Desvia-te para a
direita, ou para a esquerda,
e lança mão
de um dos moços, e toma os seus despojos.
Porém Asael
não quis desviar-se de detrás dele.
II Sm 2:22 Então Abner tornou a
dizer a Asael:
Desvia-te de detrás de
mim; por que hei de eu ferir-te
e dar contigo
em terra? E como levantaria eu o meu
rosto
diante de Joabe, teu irmão?
II Sm 2:23 Porém, não querendo ele
se desviar,
Abner o feriu com a
ponta da lança pela quinta costela,
e a lança lhe
saiu por detrás, e caiu ali,
e morreu
naquele mesmo lugar; e sucedeu que,
todos
os que chegavam ao lugar onde Asael
caiu
e morreu, paravam.
II Sm 2:24 Porém Joabe e Abisai
perseguiram a Abner;
e pôs-se o sol, chegando
eles ao outeiro de Amá, que está diante
de Gia, junto
ao caminho do deserto de Gibeão.
II Sm 2:25 E os filhos de Benjamim
se ajuntaram atrás de Abner,
e fizeram um batalhão, e
puseram-se no cume de um outeiro.
II Sm 2:26 Então Abner gritou a
Joabe, e disse:
Consumirá a espada para
sempre? Não sabes tu que por fim
haverá
amargura? E até quando não hás de dizer ao
povo
que deixe de perseguir a seus irmãos?
II Sm 2:27 E disse Joabe:
Vive Deus, que, se não
tivesses falado, só pela manhã o povo
teria
cessado, cada um, de perseguir a seu irmão.
II Sm 2:28 Então Joabe tocou a
buzina, e todo o povo parou,
e não perseguiram mais a
Israel; e tampouco pelejaram mais.
II Sm 2:29 E caminharam Abner e os
seus homens toda aquela noite
pela planície; e,
passando o Jordão, caminharam por todo o
Bitrom, e
chegaram a Maanaim.
II Sm 2:30 Também Joabe voltou de
perseguir a Abner,
e ajuntou todo o povo; e
dos servos de Davi faltaram dezenove
homens, e
Asael.
II Sm 2:31 Porém os servos de Davi
feriram dentre os de Benjamim, e
dentre os homens de
Abner, a trezentos e sessenta homens,
que ali
ficaram mortos.
II Sm 2:32 E levantaram a Asael, e
sepultaram-no na sepultura
de seu pai, que estava
em Belém;
e
Joabe e seus homens caminharam toda aquela noite,
e
amanheceu-lhes o dia em Hebrom.
Joabe enterrou seu
irmão na sepultura de seu pai e prosseguiram seus caminhos por toda aquela
noite até amanhecer o dia em Hebrom. Joabe tinha tomado a decisão de matar Abner
e de vingar a morte de seu irmão, custasse o que custasse. Ele está tão
determinado à vingança que acabará desobedecendo a Davi, seu rei.
Mapa de leitura
(objetivo de situar o leitor na leitura bíblica):
·Parte
III: - Saul e Davi: a ascensão de Davi e a queda de Saul – 16:1 a II Sm
1:27
·C.
A inocência de Davi e a culpa de Saul – 22:6 a II Sm 1-27
·3.
A inocência de Davi e a culpa de Saul para com os filisteus – 27:1 a II Sm 1:27
Chegamos, finalmente,
ao final desta última subparte “3. A inocência de Davi e a culpa de Saul para
com os filisteus – 27:1 a II Sm 1:27” que foi dividida, como já dissemos, em 5
seções: 1. Davi engana os filisteus – 27:1 a 28 – já vista. 2. Saul peca por
temer aos filisteus – 28:3–25 – já vista. 3. Davi é temido e vitoriosos – 29:1
a 30:31 – já vimos. 4. Saul e seus filhos morrem na batalha contra os filisteus
– 31:1-13 – já vimos. 5. Davi reage inocentemente à morte de Saul – II Sm
1:1-27 - veremos agora neste capítulo.
5. Davi reage inocentemente à morte de Saul – II Sm 1:1-27.
Já era o terceiro dia
depois que Davi chegou a Ziclague de volta, depois de derrotar os amalequitas
que o tinham roubado. Saul já estava morto e uma nova fase estaria para dar
inicio à jornada de Davi nesta terra.
Ele tinha distribuído
os despojos e dado muitos presentes aos anciãos de Judá e a muitas outras
pessoas. Ele sabia do terrível encontro dos filisteus com os filhos de Israel e
aguardava as notícias do fronte.
Chega para lhe dar
notícias, justamente um amalequita, por duas vezes no texto ele se identifica
dizendo-se amalequita. Foram esses amalequitas os mesmos que já deram tanto
trabalho ao povo de Deus, desde que vieram à existência. E foi o único povo que
Deus disse a seu respeito: “Hei de riscar
totalmente a memória de Amaleque de debaixo dos céus... Porquanto o Senhor
jurou, haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração.”
(Êxodo 17:14, 16).
A
primeira referência que encontramos em relação a eles é em Gênesis 36:12:
“E
Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú, e teve de Elifaz a Amaleque.
estes são os filhos de Ada, mulher de Esaú.”
Vê-se,
por esta referência, a origem daquele povo: netos daquele a quem Deus
aborrecera: Esaú. Filhos de uma concubina.
Amaleque
é citado nos cânticos proféticos de Balaão (Números 24:20). e de Débora e
Baraque (Juizes 5:14).
Em
um dos salmos de Asafe, o 83, Amaleque é citado entre 17 povos inimigos de
Deus.
Agora
perguntamos: sempre sobraram Amalequitas? Será que o mandamento e a vontade de
Deus jamais foram cumpridos? Por acaso escaparam sempre aqueles horríveis
inimigos de Deus?
Não!
No
livro de I Crônicas vemos um relato breve de que a vontade de Deus foi
cumprida, quase 200 anos depois do que Ele ordenara. Eis o desfecho da triste
história do povo Amalequita:
“Também
deles, dos filhos de Simeão, quinhentos homens foram às montanhas de Seir. E a
Pelaias, e a Nearias, e a Refaias, e a Uziel, filhos de Isi, levaram por
cabeças. E FERIRAM O RESTANTE DOS QUE ESCAPARAM DOS AMALEQUITAS.” (I Crônicas 4:42,43).
Ele tinha dito que
tinha escapado do arraial de Israel e estaria ali para dar notícias a Davi,
entregar-lhe a coroa e receber recompensas. Realmente seu interesse não estava
em nada que não fosse uma boa recompensa, no entanto se deu muito mal.
O relato bíblico nem
aponta que alguém o tenha ferido, mas que Saul se matou. Logo, estava ali,
provavelmente, mentindo e contando uma espécie de vantagem para melhorar o seu
prêmio. O fato era que ele estava mesmo tanto com a coroa como com o bracelete
real.
A história do
amalequita pode até ter sido verdadeira caso Saul tenha fracassado em sua
tentativa de suicídio pelo que teve de pedir ajuda adicional ao amalequita.
No entanto, aquilo não
soou bem a Davi que vingou a morte de Saul pela vida do amalequita. Assim, ao
deixar de compartilhar da convicção de Davi quanto à posição sacrossanta do
“ungido do Senhor” – I Sm 24:6; 26:9 – ou se recusar a isso, o amalequita
assinou sua própria sentença de morte – vs 15, 16.
O contraste entre Saul
e Davi e Jônatas fica muito claro nos acontecimentos. Enquanto Jônatas entregou
e aceitou o desígnio de Deus na sua vida, simbolicamente entregando o reino a
Davi, quando ele entregou-lhe sua capa e armadura – I Sm 18:4 – um amalequita,
que tomou sua coroa e bracelete, entrega ou faz chegar as mãos de Davi,
simbolicamente também, o reino de Israel. Enquanto em Jônatas foi voluntário,
em Saul é forçado e violento.
Até na execução do
amalequita, embora cruel, indicava zelo de Davi pela vida do ungido de Deus.
A seguir, Davi lamenta
de forma convincente a morte de ambos, principalmente de Jônatas pelo qual
nutria uma profunda amizade. Era Davi sincero em seus sentimentos e devoção e
isso fazia a pessoa dele ser muito querida entre seus súditos.
Ele entoa um cântico
fúnebre, uma lamentação. Conforme a BEG, sua forma é diferente da forma dos
lamentos encontrados no livro dos Salmos. Sua estrutura é concêntrica; os vs
19, 25 fazem um paralelo entre si e encerram uma seção central que começa e
termina com uma nota semelhante, com o vs 20 referindo-se às “filhas dos
filisteus” e o vs. 24 dirigindo-se às “filhas de Israel”. As palavras finais de
Davi foram reservadas para seu amado amigo Jônatas – vs 26 -, após as quais o
lamentoso refrão dos vs. 19, 25 (como caíram os valentes) é entoado pela última
vez – vs. 27.
II
Sm 1:1 E sucedeu que, depois da morte de Saul,
voltando Davi da derrota dos
amalequitas, ficou dois dias em Ziclague;
II Sm 1:2 Ao terceiro dia um homem
veio do arraial de Saul,
com as vestes rotas e
com terra sobre a cabeça;
e, chegando
ele a Davi, se lançou no chão,
e
se inclinou.
II Sm 1:3 E Davi lhe disse:
Donde vens?
E ele lhe disse:
Escapei do arraial de
Israel.
II Sm 1:4 E disse-lhe Davi:
Como foi lá isso?
peço-te, dize-mo.
E ele lhe respondeu:
O povo fugiu da batalha,
e muitos do povo caíram,
e morreram;
assim como também Saul e Jônatas,
seu
filho, foram mortos.
II Sm 1:5 E disse Davi ao moço que
lhe trazia as novas:
Como sabes tu que Saul e
Jônatas, seu filho, foram mortos?
II Sm 1:6 Então disse o moço que lhe
dava a notícia:
Cheguei por acaso à
montanha de Gilboa, e eis que Saul
estava
encostado sobre a sua lança, e eis que os carros
e
a cavalaria apertavam-no.
II Sm 1:7 E, olhando ele
para trás de si, viu-me,
e chamou-me;
e eu disse: Eis-me aqui.
II Sm 1:8 E ele me
disse:
Quem és tu?
E eu lhe disse:
Sou
amalequita.
II Sm 1:9 Então ele me
disse:
Peço-te,
arremessa-te sobre mim, e mata-me,
porque
angústias me têm cercado,
pois toda a minha vida está ainda em
mim.
II Sm 1:10
Arremessei-me, pois, sobre ele, e o matei,
porque bem
sabia eu que não viveria depois da sua
queda,
e tomei a coroa que tinha na cabeça,
e
o bracelete que trazia no braço, e os trouxe
aqui
a meu senhor.
II Sm 1:11 Então apanhou Davi as
suas vestes, e as rasgou;
assim fizeram todos os
homens que estavam com ele.
II Sm 1:12 E prantearam, e choraram,
e jejuaram até à tarde
por Saul, e por Jônatas,
seu filho,
e pelo povo do SENHOR, e
pela casa de Israel,
porque tinham
caído à espada.
II Sm 1:13 Disse então Davi ao moço
que lhe trouxera a nova:
Donde és tu?
E disse ele:
Sou filho de um
estrangeiro, amalequita.
II Sm 1:14 E Davi lhe disse:
Como não temeste tu
estender a mão para matares ao ungido
do SENHOR? II
Sm 1:15 Então chamou Davi a
um
dos moços, e disse:
Chega,
e lança-te sobre ele.
E
ele o feriu, e morreu.
II Sm 1:16 Pois Davi lhe dissera:
O teu sangue seja sobre
a tua cabeça, porque a tua própria
boca
testificou contra ti, dizendo:
Eu
matei o ungido do SENHOR.
II Sm 1:17 E lamentou Davi a Saul e
a Jônatas, seu filho,
com esta lamentação II
Sm 1:18
(Dizendo ele que
ensinassem aos filhos
de Judá o uso
do arco.
Eis
que está escrito no livro de Jasher):
II
Sm 1:19 Ah, ornamento de Israel! Nos teus altos foi ferido,
como caíram os poderosos! II Sm 1:20
Não o noticieis em Gate,
não o publiqueis nas
ruas de Ascalom,
para que não
se alegrem as filhas dos filisteus,
para que não
saltem de contentamento as filhas
dos
incircuncisos.
II Sm 1:21 Vós, montes de Gilboa,
nem orvalho, nem chuva caia
sobre vós, nem haja
campos de ofertas alçadas,
pois aí
desprezivelmente foi arrojado
o
escudo dos poderosos, o escudo de Saul,
como
se não fora ungido com óleo.
II Sm 1:22 Do sangue dos feridos, da
gordura dos valentes,
nunca se retirou para
trás o arco de Jônatas,
nem voltou
vazia a espada de Saul.
II Sm 1:23 Saul e Jônatas, tão
amados e queridos na sua vida,
também na sua morte não
se separaram; eram mais ligeiros do
que as
águias, mais fortes do que os leões.
II Sm 1:24 Vós, filhas de Israel,
chorai por Saul,
que vos vestia de
escarlata em delícias,
que vos fazia trazer
ornamentos de ouro sobre as vossas vestes.
II Sm 1:25 Como caíram os poderosos,
no meio da peleja!
Jônatas nos teus altos
foi morto.
II Sm 1:26 Angustiado estou por ti,
meu irmão Jônatas;
quão amabilíssimo me
eras! Mais maravilhoso me era o teu
amor do que o
amor das mulheres.
II Sm 1:27 Como caíram os poderosos,
e pereceram as armas de guerra!
Finalmente, sobre a
declaração de Davi que seu amor por Jônatas excedia o amor de mulheres,
valho-me, novamente, dos comentários riquíssimos da BEG, sobre o assunto:
1.26 ultrapassando o
amor de mulheres. Não
há dúvida de que Davi desfrutou de mais alegrias ao lado de Jônatas do que ao
lado de Mical (irmã de Jônatas e esposa de Davi); porém„ a exaltação do amor de
Davi por Jônatas (cf. 1 Sm 18.3) não teve a intenção de sugerir que o amor
entre amigos seja inerentemente superior ao conjugal. Antes, parece que a
intenção foi de ressaltar a impressionante abnegação do amor de Jônatas por
Davi. Se Davi estivesse falando, de modo geral, sobre os diversos tipos de
amor, então a sua intenção poderia ter sido declarar que o amor que envolve
lealdade e compromisso, seja entre amigos ou cônjuges é, no final das contas,
muito mais profundo do que uma simples atração erótica entre homem e mulher. As
interpretações que sugerem um tom homossexual nas palavras de Davi não são
apoiadas pelo texto, nem admissíveis à luz de todo o contexto bíblico (Lv
18.22; 20.13).
Encerramos agora a
parte III e no próximo capítulo, entraremos na parte IV e V, encerrando assim
os livros de I e II Samuel.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...