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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Deuteronômio 1: 1-46 - O PRIMEIRO DISCURSO DE MOISÉS.

Deuteronômio, o quinto livro da Bíblia, também começou e terminou no deserto. Não posso precisar que tenha sido concluído no deserto, mas sua história que ele narra, que são os discursos de Moisés, sim, foram todos produzidos no deserto. Vejam o que está escrito em Dt 31:24 e confiram.
Uma segunda geração então é preparada em substituição à primeira geração para sob a liderança também de um novo líder, Josué, entrar e tomar posse da terra prometida por Deus a Abraão, Isaque e Jacó.
Deuteronômio começa com estas palavras:  “Estas são as palavras que Moisés falou a todo o Israel...” e, então, teremos os seus quatro discursos pronunciados com o objetivo de orientar e preparar o povo da segunda geração para entrarem e possuírem a Terra Prometida, conforme promessa do Senhor.
Estaremos seguindo aqui a proposta divisória do livro conforme a Bíblia de Estudo de Genebra – BEG, de onde tirei muito dos seus comentários citados neste estudo.
Assim, esse estudo foi dividido em quatro grandes partes, com suas partes tendo suas subpartes e seções:
I.                O primeiro discurso de Moisés – o prólogo histórico - 1:1 a 4:43.
II.             O segundo discurso de Moisés – as condições da aliança - 4:44 a 26:19.
III.           O terceiro discurso de Moisés – bênçãos e maldições – 27:1 a 30:20.
IV.          O encerramento do ministério de Moisés – sucessão na liderança – 31:1 a 34:12.
Se eu fosse dar um nome a toda a história de Deuteronômio, eu não daria a palavra latina que lhe deu origem o nome “Deuteronômio”, ou seja, a segunda lei, nem daria a palavra hebraica, a primeira que aparece (Devarim = palavras; "Elleh ha-devarim" – הַדְּבָרִ֗י - Estas são as palavras). mas daria o seguinte nome: Moisés, o pregador!
Nas histórias da Bíblia o que mais vejo é Deus falando, Deus fazendo, Deus mostrando, Deus instruindo, Deus aparecendo, Deus se revelando, Deus fazendo alianças, Deus se aproximando, Deus conduzindo. E o homem? Este sendo convidado a pregar a palavra de Deus e não suas opiniões e filosofias.

I.   O PRIMEIRO DISCURSO DE MOISÉS – o prólogo histórico - 1:1 A 4:43. 

דברים - (Devarim)
O termo Deuteronômio vem de Deuteronomium, dado na Vulgata, baseado na Septuaginta – a tradução grega do Antigo Testamento -, deuteros = segunda; nomos = lei, segunda lei. Com certeza não se tratava de uma segunda lei porque não era assim, antes são explicações em forma de discursos feitas por Moisés que estava interpretando e ensinando a lei à segunda geração.
Dessa forma seu nome mais apropriado seria não segunda, mas a repetição da lei.
No hebraico, era o costume judaico dividir seus livros e citar como nome do capítulo, o nome de sua primeira palavra: דברים - (Devarim = palavras; "Elleh ha-devarim" – הַדְּבָרִ֗י - Estas são as palavras).

Deuteronômio 1: 1-46 - O primeiro discurso de Moisés

Nas palavras de meu amigo e irmão em Cristo, Pb. Gilson Souza, “Deuteronômio é uma palavra grega formada de duas outras palavras, "deutero" que significa "segunda" e "nomos" " lei", portanto deuteronômio significa, "segunda lei".
Na septuaginta o livro recebe esse nome porque é a reapresentação da lei para a nova geração dos israelitas, pois a primeira havia morrido no deserto e a segunda estava se preparando para entrar em Canaã.
No hebraico, o livro é chamado de "debarim" que significa "palavras”. Este livro foi escrito por Moisés provavelmente no ano 1405 a.C. O último capítulo narra a sua morte e foi escrito por Josué (de acordo com a tradição).
Este livro faz uma retomada ao passado fazendo uma retrospectiva da história de Israel. Moisés também fala de profecias que vão desde os seus dias até o retorno final de Israel a Palestina e sua exaltação, são escritos os discursos finais de Moisés onde se retrata com grande beleza poética o amor de Deus.
Foi o livro mais citado por Cristo em seu ministério, sendo também o mais lembrado no Novo Testamento.
Deuteronômios 28 e 30 se cumpriram diversas vezes e em muitos sentidos na história de Israel que torna sua força profética impressionante. Alerta o povo contra práticas ocultistas e artes divinatórias em geral, que são explicitamente condenáveis por Deus.
O texto que fala do grande profeta que haveria de se levantar no meio de Israel (Dt 18. 15-19) se refere ao Messias, cumprido na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo (At 3.22-26).
Dai meu estimado amigo estude com muita atenção e carinho esse precioso livro da Bíblia e com certeza Deus o abençoará abundantemente levando-o a uma grande reflexão e transformação, certamente movido pelo Poder do Espírito Santo. Deus te abençoe poderosamente.”
Depois de um breve resumo geral do livro pelo meu amigo, iremos dar ao presente livro a mesma sequência que estamos dando aos demais livros que temos tido a oportunidade de segmentar e comentar.
Quero me valer nesta hora da Bíblia de Estudo de Genebra – BEG e aproveitar a sua divisão para seguirmos nosso caminho.
Deuteronômio é, praticamente, o livro dos discursos de Moisés e nele encontraremos, como já mencionado acima, 3 discursos principais e uma conclusão: I. O primeiro discurso de Moisés – o prólogo histórico – 1:1 a 4:43. II. O segundo discurso de Moisés – as condições – 4:44 a 26:19. III. O terceiro discurso de Moisés – maldições e bênçãos – 27:1 a 30:20. IV. O encerramento do ministério de Moisés – a sucessão na liderança – 31:1 a 34:12.
Vamos para nossa primeira parte, o primeiro discurso de Moisés que apresenta um prólogo histórico – 1:1 a 4:43.
Nos primeiros 4 versículos Moisés se identifica como o autor, como aquele que mediou a aliança de Israel com Deus. Ele faz um resumo das circunstâncias a que estavam enfrentando um pouco antes de sua morte e de Israel atravessar o Jordão.
O livro começa com “estas são as palavras que Moisés falou a todo Israel”. De Horebe, caminho do Monte Seir até Cades-Barnéia temos uns 280 km que se foram feitos em onze jornadas ou dias, foi algo muito rápido.
O livro registra de forma precisa o dia, mês e ano em que Moisés falou aos filhos de Israel: 01/11/40 (no ano quadragésimo, no mês undécimo, no primeiro dia do mês). O último evento registrado assim com precisão foi a morte de Arão, por exemplo, ele morreu dia primeiro, no quinto mês, no quadragésimo ano (05/01/40), com 123 anos de idade.
A precisão dos eventos e fatos registrados somente comprova o zelo que Israel tinha com sua história a qual era passada de pai para filho e de geração à geração.
O livro de Números deve ter sido interrompido entre essas duas datas e Deuteronômio começa bem próximo a este 5/1/40. No verso 5, Moisés começa a falar do seu primeiro discurso. O objetivo era fazer com que os israelitas deveriam aprender a gratidão e a fidelidade ao Senhor com base nas suas próprias experiências e nas experiências da geração anterior.
Este primeiro discurso será dividido em três grandes partes:
A.   A narração da história – 1:5 a 3:29.
B.   O chamado à fidelidade – 4:1-40.
C.   Uma observação sobre as cidades de refúgio na Transjordânia – 4:41-43.
Nesta primeira parte, teremos uma introdução – vs 5, o chamado para deixar o Sinai – vs 6-8, a instituição dos juízes – vs 9-18 e os fatos em Cades-Barnéia – vs. 19-46.
Moisés lembra o fato da péssima escolha dos israelitas da primeira geração e narra de forma meticulosa os fatos que culminaram com o grande tempo que passaram no deserto.
O fato é que a palavra era do Senhor. Ele estava dando garantias de conquistas, de vitórias e de sucesso, mas o povo simplesmente rejeitou o Senhor de forma bruta, grosseira, ignorante e desprezível.
Fizeram suas próprias escolhas e rejeitaram o Senhor com veemência. Moisés explica para a segunda geração esse péssimo caminho da primeira geração na expectativa de que eles agora não mais teriam comportamento similar.
Reparem nos vs 29 a 31 a grande ênfase da palavra do Senhor: “Então eu vos disse: Não vos espanteis, nem os temais. O SENHOR vosso Deus que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, conforme a tudo o que fez convosco, diante de vossos olhos, no Egito; Como também no deserto, onde vistes que o SENHOR vosso Deus nele vos levou, como um homem leva seu filho, por todo o caminho que andastes, até chegardes a este lugar.”
Ainda assim, rejeitaram o Senhor e as consequências todos sabemos. Mesmo tendo levantados os principais juízes entre eles, escolhidos os melhores, os príncipes de Israel, o trabalho que fizeram, com exceção de Josué e Calebe, foi apenas desmotivar todo o povo que já tinha a tendência negativa.
Eles e todo o povo eram um só e como um só sofreram o juízo de Deus por causa do desprezo que tiveram à palavra de Deus.
Dt 1:1 Estas são as palavras que Moisés falou a todo o Israel além do Jordão,
               no deserto, na planície defronte do Mar Vermelho, entre Parã e Tófel,
                              e Labã, e Hazerote, e Di-Zaabe.
               Dt 1:2 Onze jornadas há desde Horebe, caminho do monte Seir,
                              até Cades-Barnéia.
Dt 1:3 E sucedeu que, no ano quadragésimo, no mês undécimo,
               no primeiro dia do mês, Moisés falou aos filhos de Israel,
                              conforme a tudo o que o SENHOR lhe mandara acerca deles.               
Dt 1:4 Depois que feriu a Siom, rei dos amorreus,
                              que habitava em Hesbom,
               e a Ogue, rei de Basã, que habitava em Astarote, em Edrei.
Dt 1:5 Além do Jordão, na terra de Moabe, começou Moisés
               a declarar esta lei, dizendo:
Dt 1:6 O SENHOR nosso Deus nos falou em Horebe, dizendo:
               Assaz vos haveis demorado neste monte.
               Dt 1:7 Voltai-vos, e parti, e ide à montanha dos amorreus,
                              e a todos os seus vizinhos, à planície, e à montanha,
                              e ao vale, e ao sul, e à margem do mar; à terra dos cananeus,
                              e ao Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates.
               Dt 1:8 Eis que tenho posto esta terra diante de vós;
                              entrai e possuí a terra que o SENHOR jurou a vossos pais,
                                            Abraão, Isaque e Jacó, que a daria a eles
                                                           e à sua descendência depois deles.
Dt 1:9 E no mesmo tempo eu vos falei, dizendo:
               Eu sozinho não poderei levar-vos. Dt 1:10 O SENHOR vosso Deus
                              já vos tem multiplicado; e eis que em multidão sois hoje
                                            como as estrelas do céu.
               Dt 1:11 O SENHOR Deus de vossos pais vos aumente,
                              ainda mil vezes mais do que sois; e vos abençoe,
                                            como vos tem falado.
               Dt 1:12 Como suportaria eu sozinho os vossos fardos,
                              e as vossas cargas, e as vossas contendas?
               Dt 1:13 Tomai-vos homens sábios e entendidos, experimentados
                              entre as vossas tribos, para que os ponha por chefes
                                            sobre vós.
Dt 1:14 Então vós me respondestes, e dissestes:
               Bom é fazer o que tens falado.
Dt 1:15 Tomei, pois, os chefes de vossas tribos,
               homens sábios e experimentados, e os tenho posto por cabeças
                              sobre vós, por capitães de milhares, e por capitães de cem,
                                            e por capitães de cinqüenta, e por capitães de dez,
                                                           e por governadores das vossas tribos.
Dt 1:16 E no mesmo tempo mandei a vossos juízes, dizendo:
               Ouvi a causa entre vossos irmãos, e julgai justamente entre
                              o homem e seu irmão, e entre o estrangeiro que está com ele.
               Dt 1:17 Não discriminareis as pessoas em juízo;
                              ouvireis assim o pequeno como o grande;
                              não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus;
               porém a causa que vos for difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei.
Dt 1:18 Assim naquele tempo vos ordenei todas as coisas que havíeis de fazer. 
Dt 1:19 Então partimos de Horebe, e caminhamos por todo aquele grande
               e tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas
                              dos amorreus, como o SENHOR nosso Deus nos ordenara;
                                            e chegamos a Cades-Barnéia.
Dt 1:20 Então eu vos disse:
               Chegados sois às montanhas dos amorreus,
                              que o SENHOR nosso Deus nos dá.
               Dt 1:21 Eis aqui o SENHOR teu Deus tem posto esta terra
                              diante de ti; sobe, toma posse dela, como te falou o SENHOR
                                            Deus de teus pais; não temas, e não te assustes.
Dt 1:22 Então todos vós chegastes a mim, e dissestes:
               Mandemos homens adiante de nós, para que nos espiem a terra e,
                              de volta, nos ensinem o caminho pelo qual devemos subir,
                                            e as cidades a que devemos ir.
Dt 1:23 Isto me pareceu bem; de modo que de vós tomei doze homens,
               de cada tribo um homem. Dt 1:24 E foram-se, e subiram à montanha,
                              e chegaram até ao vale de Escol, e o espiaram.
               Dt 1:25 E tomaram do fruto da terra nas suas mãos,
                              e no-lo trouxeram e nos informaram, dizendo:
                                            Boa é a terra que nos dá o SENHOR nosso Deus.
               Dt 1:26 Porém vós não quisestes subir;
                              mas fostes rebeldes ao mandado do SENHOR nosso Deus.
               Dt 1:27 E murmurastes nas vossas tendas, e dissestes:
                              Porquanto o SENHOR nos odeia, nos tirou da terra do Egito
                                            para nos entregar nas mãos dos amorreus,
                                                           para destruir-nos.
               Dt 1:28 Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram
                              com que se derretesse o nosso coração, dizendo:
                                            Maior e mais alto é este povo do que nós,
                                            as cidades são grandes e fortificadas até aos céus;
                                            e também vimos ali filhos dos gigantes.
Dt 1:29 Então eu vos disse:
               Não vos espanteis, nem os temais. Dt 1:30 O SENHOR vosso Deus
                              que vai adiante de vós, ele pelejará por vós,
                                            conforme a tudo o que fez convosco,
                                                           diante de vossos olhos, no Egito;
Dt 1:31 Como também no deserto, onde vistes que o SENHOR vosso Deus
               nele vos levou, como um homem leva seu filho,
                              por todo o caminho que andastes, até chegardes a este lugar. 
Dt 1:32 Mas nem por isso crestes no SENHOR vosso Deus,
               Dt 1:33 Que foi adiante de vós por todo o caminho,
                              para vos achar o lugar onde vós deveríeis acampar;
               de noite no fogo,
                              para vos mostrar o caminho por onde havíeis de andar,
               e de dia na nuvem.
Dt 1:34 Ouvindo, pois, o SENHOR a voz das vossas palavras,
               indignou-se, e jurou, dizendo:
Dt 1:35 Nenhum dos homens desta maligna geração verá esta boa terra
               que jurei dar a vossos pais.
                              Dt 1:36 Salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá,
                                            e a terra que pisou darei a ele e a seus filhos;
                                            porquanto perseverou em seguir ao SENHOR.
Dt 1:37 Também o SENHOR se indignou contra mim por causa de vós,
               dizendo:
                              Também tu lá não entrarás.
               Dt 1:38 Josué, filho de Num, que está diante de ti, ele ali entrará;
                              fortalece-o, porque ele a fará herdar a Israel.
Dt 1:39 E vossos meninos, de quem dissestes:
               Por presa serão; e vossos filhos, que hoje não conhecem
                              nem o bem nem o mal, eles ali entrarão, e a eles a darei,
                                            e eles a possuirão.
               Dt 1:40 Porém vós virai-vos, e parti para o deserto,
                              pelo caminho do Mar Vermelho.
Dt 1:41 Então respondestes, e me dissestes:
               Pecamos contra o SENHOR; nós subiremos e pelejaremos,
                              conforme a tudo o que nos ordenou o SENHOR nosso Deus.
               E armastes-vos, cada um de vós, dos seus instrumentos de guerra,
                              e estivestes prestes para subir à montanha.
Dt 1:42 E disse-me o SENHOR:
               Dize-lhes:
                              Não subais nem pelejeis, pois não estou no meio de vós;
                              para que não sejais feridos diante de vossos inimigos.
               Dt 1:43 Porém, falando-vos eu, não ouvistes;
                              antes fostes rebeldes ao mandado do SENHOR,        
                                            e vos ensoberbecestes, e subistes à montanha.
               Dt 1:44 E os amorreus, que habitavam naquela montanha,
                              vos saíram ao encontro; e perseguiram-vos
                                            como fazem as abelhas e vos derrotaram
                                                           desde Seir até Horma.
               Dt 1:45 Tornando, pois, vós, e chorando perante o SENHOR,
                              o SENHOR não ouviu a vossa voz, nem vos escutou.
               Dt 1:46 Assim permanecestes muitos dias em Cades,
                              pois ali vos demorastes muito.
O povo tinha feito a sua escolha ao não subir e foram rebeldes e murmuraram e passaram a dizer que o Senhor os odiava e que os tirou do Egito para os entregarem nas mãos dos Amorreus a fim de destruí-los.
A consequência dessa escolha foi pesada para eles e Deus os rejeitou mesmo a ponto de os querer eliminar. Se não fosse Moisés intercedendo por eles, todos teriam sido destruídos.
Perceberam então a grande furada que deram e tentaram se retratar ao seu modo, novamente desprezando ao Senhor que os queria punir e se foram, por sua própria conta e risco contra os amorreus, mas o Senhor não estava com eles e voltaram e choraram. O Senhor não os ouviu, nem os escutou, por isso permaneceram muitos dias em Cades.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Números 36: 1-13 - UMA OBSERVAÇÃO ADICIONAL ACERCA DAS HERANÇAS.

Finalizando Números, finalizando a terceira subparte 3). Olhando para a conquista futura que vai de 32:1 ao 36:13, a qual foi dividida em 6 seções, estaremos vendo agora a sexta e última  seção: 6) Uma observação adicional acerca das heranças – 36:1-13.
A observação adicional diz que os chefes de família de um clã de Manassés apresentaram a Moisés um problema decorrente de sua decisão anterior – 27:8 – segundo a qual, se um homem não tivesse nenhum filho, uma filha poderia receber a herança. Esses chefes temiam que isso resultasse na transferência de terras de uma tribo para outra.
Com isso, tudo agora estava preparado para o avanço esperado e todos aguardavam este momento que não poderia se dar com Moisés vivo.
Uma nova fase, com um novo líder, com uma nova proposta e trabalho, estava prestes a começar e, com certeza, havia, entre o povo, uma grande expectativa dos eventos a seguir.
Todas as instruções foram dadas e o povo apenas deveria obedecer para que o sucesso fosse total e cabal. Tudo pronto! No entanto, muita coisa estava ainda para acontecer. Jamais podemos deixar de perceber em todos os relatos a preservação da semente messiânica que traria o Messias no futuro distante de Israel.
Nm 36:1 E chegaram os chefes dos pais da família de Gileade,
               filho de Maquir, filho de Manassés, das famílias dos filhos de José,
                              e falaram diante de Moisés, e diante dos príncipes,
                                            chefes dos pais dos filhos de Israel,
Nm 36:2 E disseram:
               O SENHOR mandou a meu senhor que, por sorte,
                              desse esta terra em herança aos filhos de Israel;
                                            e a meu senhor foi ordenado pelo SENHOR,
                                                           que a herança do nosso irmão Zelofeade
                                                                          se desse às suas filhas.
               Nm 36:3 E, casando-se elas com alguns dos filhos
                              das outras tribos dos filhos de Israel,
                                            então a sua herança será diminuída da herança
                              de nossos pais, e acrescentada à herança da tribo
                                            a que vierem a pertencer; assim se tirará da sorte
                                                           da nossa herança.
               Nm 36:4 Vindo também o ano do jubileu dos filhos de Israel,
                              a sua herança será acrescentada à herança da tribo
                                            daqueles com que se casarem;
                              assim a sua herança será tirada da herança
                                            da tribo de nossos pais.
Nm 36:5 Então Moisés deu ordem aos filhos de Israel,
               segundo o mandado do SENHOR, dizendo:
A tribo dos filhos de José fala o que é justo. Nm 36:6 Isto é o que o SENHOR
               mandou acerca das filhas de Zelofeade, dizendo:
Sejam por mulheres a quem bem parecer aos seus olhos, contanto que se casem
               na família da tribo de seu pai.
Nm 36:7 Assim a herança dos filhos de Israel não passará de tribo em tribo;
               pois os filhos de Israel se chegarão cada um à herança
                              da tribo de seus pais. Nm 36:8 E qualquer filha que herdar
               alguma herança das tribos dos filhos de Israel se casará com alguém
                              da família da tribo de seu pai;
               para que os filhos de Israel possuam cada um a herança de seus pais. Nm 36:9 Assim a herança não passará de uma tribo a outra;
               pois as tribos dos filhos de Israel se chegarão
                              cada uma à sua herança.
Nm 36:10 Como o SENHOR ordenara a Moisés,      
               assim fizeram as filhas de Zelofeade.
Nm 36:11 Pois Maalá, Tirza, Hogla, Milca e Noa, filhas de Zelofeade,
               se casaram com os filhos de seus tios. Nm 36:12 E elas casaram-se
                              nas famílias dos filhos de Manassés, filho de José;
                                            assim a sua herança ficou na tribo
                                                           da família de seu pai.
Nm 36:13 Estes são os mandamentos e os juízos que mandou o SENHOR
               através de Moisés aos filhos de Israel nas campinas de Moabe,
                              junto ao Jordão, na direção de Jericó.
Números acaba assim de repente, sem sinal de fim. O próximo evento esperado seria o encerramento do ministério de Moisés com a sucessão da liderança. Isso apenas veremos no próximo livro, Deuteronômio, do capítulo 31 ao 34.
Números começou no deserto e acabou no deserto e seu título no hebraico deriva da quinta palavra do primeiro versículo de Números cujo significado é este: “no deserto”.
Uma geração começa e termina no deserto sem herdar a sua herança. Uma segunda geração, surgida no deserto, alguns ainda tinham nascido no Egito, é que vai entrar na terra santa, da promessa de Deus.
O evento que iniciou Números foi o levantamento do censo de Israel por Moisés por parte do Senhor que mandou e o último versículo de Números termina dizendo que estes são os mandamentos e os juízos que mandou o Senhor, através de Moisés, aos filhos de Israel, nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, na direção de Jericó.
Quem mandou os mandamentos e os juízos foi Deus mesmo que usou seu mediador Moisés e que está prestes a trocar o mediador por Josué.
Tudo começou em 01/02/02 (no segundo ano, no primeiro dia do segundo mês) exatamente treze meses depois do êxodo do Egito e relatou os acontecimentos ocorridos ao longo de 39 anos. A morte de Arão, por exemplo, ele morreu dia primeiro, no quinto mês, no quadragésimo ano (05/01/40), com 123 anos de idade. Números se encerra antes da morte de Moisés, antes da entrada do povo na terra prometida.

Conclusão do livro de Números.

Novamente, estou satisfeito com o resultado alcançado se bem que acho que ainda há muito a melhorar. De fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a nossa vida!
O povo de Deus estava no deserto já havia treze meses e Deus dá ordens a Moisés para fazer um censo e levantar o número de soldados prontos para a batalha com idade superior a 20 anos.
Assim, pude constatar que este é um livro que possui um início preciso, pontual, mas não tem um fim certo. Parece até que foi interrompido bruscamente.
Ele começou com aquela ordem de Deus e termina com o narrador dizendo que estes são os mandamentos e os juízos que mandou o SENHOR através de Moisés aos filhos de Israel nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, na direção de Jericó.
Do início ao fim é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo.
Percebe-se assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes por ele escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, para conduzir o povo do Egito à terra de Canaã.
Foram 40 anos num território em que a jornada iria durar apenas 40 dias. Matematicamente a proporção é de 1:360. Era melhor o povo ter ficado calado do que ter murmurado.
Mas, até isso foi misericórdia e grande tolerância divina a qual poderia ter exterminado na hora toda aquela geração incrédula e reprovada, mas não, a suportou por 40 anos e esperou o seu fim. Todos estavam morrendo e a nova geração ia surgindo.
Apenas 2 de milhões conseguiram passar para a próxima faze, por quê? Por que neles houve outro espírito, o Espírito Santo. Aqui a voz de Deus com certeza não era a voz do povo.
Há tantas lições em Números! E o que dizer das roupas que cresceram junto com os corpos, do maná que nunca cessou, da nuvem de dia e da coluna de fogo de noite, dos milagres, das maravilhas, das aventuras e da presença gloriosa de Deus na vida do povo?
Cada vez que me dedico ao estudo das Escrituras, cada vez mais me convenço que Deus tanto é onipotente, como soberano.
Sem dúvida: A DEUS TODA A GLÓRIA!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 5 de janeiro de 2014

Relacionamentos


                           1ª Igreja Presbiteriana de Taguatinga - PASTORAL DE DOMINGO DE 05/01/2014

Tema: RELACIONAMENTOS – Ex 3:1-22
Estamos no primeiro domingo de 2014 e a mensagem de início é sobre relacionamentos. Que este seja um ano de valorização e melhoramentos contínuos em todos os tipos de relacionamentos de nossas vidas.
DEUS É A CAUSA MAIOR, A BASE.
Deus, na sua Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo - é a causa maior de todas as coisas. Ele é o centro de tudo e nele tudo subsiste.
Se não fosse Deus, não haveria vida, nem lugar para viver, nem gente para nos relacionarmos.
A TRINDADE COMO MODELO DE RELACIONAMENTO PERFEITO
Este Deus, que é a causa maior de todas as coisas, a base, nos ensinou, por sua vida, exemplo e obras e palavra, que o modelo de relacionamento perfeito está dentro dele mesmo, na Trindade. Cada um é um com cada um e os três são um só.
A FÉ, A ESPERANÇA E O AMOR
O nosso modelo de relacionamento perfeito é o próprio Deus. Sendo assim, devem estar obrigatoriamente presentes, por causa de Deus, a causa maior, e por nossa causa também,: a fé, a esperança e o amor (I Co 13:13). O amor é o maior porque será o único a permanecer, pois a fé e a esperança, um dia, cessarão, quando não mais serão necessárias, uma vez que não mais andaremos em fé, mas por vista.
No entanto, por enquanto precisamos tanto dela como da esperança. A fé não anda sozinha, ela é dependente. A dependência dela é a esperança e a esperança somente existe porque Deus falou, fala e ainda falará. Se não fosse a Palavra de Deus, não haveria o que esperar, nem haveria a fé.
A INDIVIDUALIDADE, O PERDÃO E A COMUNHÃO.
Como andamos por fé e não por vista, agora chegamos a três características importantes, ou três colunas indispensáveis, no relacionamento.
1.         Respeito à individualidade – Gn 1:27; Jo 1:12, 13.
Devemos respeitar a pessoa como àquela criada e formada à imagem de Deus e à sua semelhança. Sem esse respeito e sem considerarmos que cada um é uma pessoa, não poderemos nos relacionarmos com ninguém.
Não podemos impor aos outros as nossas vontades e gostos e jeito como se eles devessem obrigatoriamente gostar das mesmas coisas que nós e fazer as mesmas coisas que fazemos.
2.         Necessidade contínua de liberação de perdão – Cl 3:13; Mc 11:25
Depois de entendermos que fomos criados únicos no universo e que somos sua obra prima para o presente momento, deveremos entender ainda, que por causa da queda do homem e da entrada do pecado no mundo, nos tornamos pecadores.
Como pecadores, dependemos da graça de Deus e de seu perdão. Somos, então, dependentes do perdão de Deus e isso nos mostra algo interessante que ao dependermos do perdão de Deus por causa de nossa natureza, devemos, igualmente, liberar nosso perdão aos nossos irmãos, nossos semelhantes que foram criados também à imagem e à semelhança de Deus. O segredo do perdão então é perdoar.
3.         Comunhão – Jo 17:21; I Jo 4:20; I Co 12:14-27.
Agora sim, podemos viver em comunhão.
Primeiro, porque Deus é a base de tudo. Segundo, porque temos e andamos por fé e não por vista e que se andamos por fé, temos esperanças e o amor nos constrange acima de todas as coisas. Terceiro, porque respeitamos a individualidade de cada ser criado por Deus único e especial. Quarto, porque entendemos que somos pecadores e que portanto o perdão tem de estar e ser liberado de contínuo em nossos corações como uma atitude positiva e adequada ao reino de Deus.
Pronto, a comunhão então agora já faz parte de nossas vidas. E todos podemos suportar uns aos outros em amor - Cl 3:13.
PALAVRAS FINAIS
Depois disso tudo, eu entendo ainda que nossos relacionamentos precisam de reciclagens. Ele não é parado, estático e uma vez atingido, pronto, acabou.
Pelo contrário, ele deve ser cultivado, trabalhado, para assim ter continuidade.
MELHORIAS CONTINUAS NOS RELACIONAMENTOS
Como melhorar continuamente os relacionamentos iniciados? Vivendo intensamente e sem medo. Respeitando a individualidade, esforçando-se em manter o perdão, a comunhão e o temor a Deus.
Temos de ter atitudes proativas em favor do relacionamento. Temos de ter uma predisposição mental favorável à nossa união e ao nosso aperfeiçoamento. Tudo assim feito para a glória de Deus!
 A Força de Vontade sempre dá um jeito.  A Falta de Vontade sempre dá desculpas.
A Deus toda a glória!