Aqui veremos a morte de Jacó, mas antes de morrer,
reuniu todos os seus filhos e para cada um dos 12, fez profecias acerca do
futuro de cada tribo que dali sairia. Depois deu clara instruções de onde
deveria ser enterrado e mais detalhes. Ao término de tudo, encolheu seus pés e
expirou com 147 anos de idade, cerca de 52.900 dias de vida.
É a iniciativa de Jacó de chamar todos os seus
filhos e os ajuntar para anunciar a eles o que irá se suceder no futuro de cada
um deles. Ele pede a eles que se ajuntem para ouvir ele, seu pai a falar a cada
um.
Eu creio que deveria ser comum tal ajuntamento em
família, principalmente para falar e instruir a todos de todas as coisas que
eles aprenderam de seus pais. Jacó por exemplo foi contemporâneo de Héber,
trineto de Noé, por muito tempo e quase foi de Sem, filho de Noé. No entanto,
Abraão, seu avó, foi contemporâneo dele e de Sem por muito tempo também.
As histórias de Deus eram narradas assim em reuniões
de família e todos sabiam e conheciam bem as histórias de Deus, do dilúvio, de
Sodoma e Gomorra e muitas outras. Aquelas reuniões de família deveriam ser
muito boas, coisa hoje que perdemos, principalmente porque também não vivemos
mais muito tempo como eles viviam.
Conforme a Bíblia de Estudo de Genebra - BEG, as
bênçãos do patriarca inspirado profetizaram o destino das doze tribos, com base
no louvor ou na repreensão, por meio de trocadilhos com seus nomes ou de
comparações com animais, em sua maioria.
Os nomes e/ou ações dos doze anunciavam o destino de
cada tribo – Mq 1:10-16. Essas bênçãos proféticas no fim do período patriarcal,
organizado de acordo com as mães – os seis filhos de Lia, vs. 3-15, os quatro
de servas – vs. 16-21, e os dois filhos de Raquel – vs. 22-27 – exibiam as
futuras funções das tribos dos patriarcas.
Essas bênçãos são muito próximas das de Moisés – Dt
33 – dadas próximo à sua morte, demonstrando que a informação desse texto foi
de grande importância para os leitores israelitas que se preparavam para
conquistar Canaã.
As profecias de Jacó englobam toda a história de
Israel, desde a conquista e a distribuição da terra até o reino consumado de
Jesus Cristo – confira: Nm 24:14, Dt 31:28 e 29, Is 2:2, Mq 4:1.
Começando por Rúben vai falando individualmente para
cada um: Rúben, Simeão e Levi – para estes ele fala junto -, Judá, Zebulom,
Issacar, Dã, Gade, Asser, Naftali, José, Benjamim.
Embora Rúben seja o primogênito, a escolha de Deus
não recaiu sobre ele, nem sobre Simeão, nem sobre Levi, mas sobre Judá, de onde
o cetro não se arredará.
Essa profecia foi confirmada na aliança davídica – 2
Sm 7:16. O cetro não se arredará até que venha Siló. Isso em alguns lugares é
interpretado como até que venha o Messias, a quem o povo pertence e a quem
todas as nações obedecerão. Essa profecia teve o seu cumprimento com a vinda de
Jesus Cristo.
Gn
49:1 Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse:
Ajuntai-vos,
e anunciar-vos-ei
o que vos há de acontecer nos dias
vindouros;
Gn 49:2 Ajuntai-vos,
e ouvi, filhos de Jacó;
e ouvi a Israel vosso pai.
Gn
49:3 Rúben,
tu és meu primogênito, minha força e o princípio de
meu vigor,
o mais excelente em alteza
e o mais excelente em poder.
Gn 49:4 Impetuoso como a água,
não serás o mais excelente,
porquanto subiste ao leito de teu pai.
Então o contaminaste;
subiu à minha cama.
Gn
49:5 Simeão e Levi são irmãos;
as suas espadas são instrumentos de violência.
Gn 49:6 No seu secreto conselho
não entre minha alma,
com a sua congregação
minha glória não se ajunte;
porque no seu furor mataram homens,
e na sua teima arrebataram bois.
Gn 49:7 Maldito seja o seu furor,
pois era forte,
e a sua ira,
pois era dura;
eu os dividirei em Jacó,
e os espalharei em Israel.
Gn
49:8 Judá,
a ti te louvarão os teus irmãos;
a tua mão será sobre o pescoço de teus
inimigos;
os filhos de teu pai
a ti se inclinarão.
Gn 49:9 Judá
é um leãozinho,
da presa subiste,
filho meu;
encurva-se,
e deita-se como um leão,
e como um leão velho;
quem o despertará?
Gn 49:10 O cetro não se arredará de Judá,
nem o legislador dentre seus pés,
até que venha Siló;
e a ele
se congregarão os povos.
Gn 49:11 Ele amarrará o seu jumentinho à vide,
e o filho da sua jumenta à cepa mais
excelente;
ele lavará a sua roupa no vinho,
e a sua capa em sangue de uvas.
Gn 49:12 Os olhos serão vermelhos de vinho,
e os dentes brancos de leite.
Gn
49:13 Zebulom
habitará no porto dos mares,
e será como porto dos navios,
e o seu termo será para Sidom.
Gn
49:14 Issacar
é jumento de fortes ossos,
deitado entre dois fardos.
Gn 49:15 E viu ele que o descanso era bom,
e que a terra era deliciosa
e abaixou seu ombro para acarretar,
e serviu debaixo de tributo.
Gn
49:16 Dã
julgará o seu povo,
como uma das tribos de Israel.
Gn 49:17 Dã
será serpente junto ao caminho,
uma víbora junto à vereda,
que morde os calcanhares do cavalo,
e faz cair o seu cavaleiro por detrás.
Gn 49:18 A tua salvação espero,
ó SENHOR!
Gn
49:19 Quanto a Gade,
uma tropa o acometerá;
mas ele a acometerá por fim.
Gn
49:20 De Aser,
o seu pão será gordo,
e ele dará delícias reais.
Gn
49:21 Naftali
é uma gazela solta;
ele dá palavras formosas.
Gn
49:22 José
é um ramo frutífero,
ramo frutífero junto à fonte;
seus ramos
correm sobre o muro.
Gn 49:23 Os flecheiros lhe deram amargura,
e o flecharam
e odiaram.
Gn 49:24 O seu arco, porém,
susteve-se no forte,
e os braços de suas mãos
foram fortalecidos pelas mãos do Valente
de Jacó
(de onde é o pastor e a pedra de
Israel).
Gn 49:25 Pelo Deus de teu pai,
o qual te ajudará,
e pelo Todo-Poderoso,
o qual te abençoará com bênçãos dos altos
céus,
com bênçãos do abismo que está embaixo,
com bênçãos dos seios e da madre.
Gn 49:26 As bênçãos de teu pai
excederão as bênçãos de meus pais,
até à extremidade dos outeiros eternos;
elas estarão sobre a cabeça de José,
e sobre o alto da cabeça do que foi
separado de seus irmãos.
Gn
49:27 Benjamim
é lobo que despedaça;
pela manhã comerá a presa,
e à tarde repartirá o despojo.
Gn
49:28 Todas estas
são as doze tribos de Israel;
e isto é o que lhes falou seu pai
quando os abençoou;
a cada um deles
abençoou segundo a sua bênção.
Gn
49:29 Depois ordenou-lhes, e disse-lhes:
Eu me congrego ao meu povo;
sepultai-me com meus pais,
na cova que está no campo de Efrom, o
heteu,
Gn 49:30 Na cova que está no campo de
Macpela,
que está em frente de Manre,
na terra de Canaã,
a qual Abraão comprou
com aquele campo de Efrom,
o heteu,
por herança de sepultura.
Gn 49:31 Ali sepultaram a Abraão e a
Sara sua mulher;
ali sepultaram a Isaque e a Rebeca sua
mulher;
e ali eu sepultei a Lia.
Gn 49:32 O campo e a cova que está nele,
foram comprados aos filhos de Hete.
Gn
49:33 Acabando, pois, Jacó de dar instruções a seus filhos,
encolheu os pés na cama,
e expirou,
e foi congregado ao seu povo.
Assim que acabou de dar todos os seus recados e
profetizar encolheu os seus pés e faleceu. Sua missão fora concluída e Deus o
recebeu na glória onde lá está e para onde estaremos indo no tempo certo de
Deus. Há muita coisa ainda a acontecer e estamos esperando o seu cumprimento.
Todos somos unânimes em dizer que aguardamos a sua segunda vinda, como
prometido pelo próprio Senhor.
Há uma curiosidade interessante relativa à idade dos
patriarcas[1]:
A Bíblia diz que os três morreram
respectivamente com 175, 180 e 147 anos.
üAbraão: 175 anos
= 7x (5x5).
üIsaque: 180 anos
= 5x (6x6).
üJacó: 147 anos =
3x (7x7).
Aqui o multiplicador começa em Abraão
com o nº perfeito 7, que é um nº primo. Passa para Isaque com o nº primo logo
abaixo 5, e chega a Jacó com o nº primo 3.
Enquanto estes números 7, 5, 3 diminuem
os números multiplicados se repetem duas vezes e aumentam progressivamente: 5,
6 e 7.
E não para por aqui: se em vez de
multiplicar, somarmos estes números teremos:
üAbraão: 7 + 5 +
5 = 17.
üIsaque: 5 + 6 +
6 = 17.
üJacó: 3 + 7 + 7
= 17.
Quer dizer: todas as somas dão 17 que,
além de ser nº primo, é a idade que José, filho de Jacó, havia vivido com seu
Pai quando seus irmãos o venderam para o Egito (Gn 37,2), e que mais tarde o
mesmo José viveu junto a Jacó no País do Nilo (Gn 47,28).
Neste capítulo, José recebe um recado de alguém que
também dá recado a Jacó e ambos se encontram. Estava chegando a hora da partida
de Jacó desta terra estando já velho, cheio de dias e perto dos 175 anos de
idade. José apresenta a ele seus dois filhos e Jacó os abençoa dando a sua
bênção maior ao menor dos filhos. É a questão da eleição de Deus.
Não é pelo que fez ou que deixou de fazer Manassés,
o que nasceu primeiro e tinha direito a
primogenitura, nem pelo que fez ou deixou de fazer Efraim, que foi o menor dos
gêmeos, mas pela escolha soberana de Deus.
Também não é a escolha baseada numa pré-ciência do
futuro de como um iria responder ao chamado de Deus e como o outro responderia,
isso chega a ser ridículo e forçado demais para até ser imaginado. Se dessem
asas às imaginações dos homens, poderia ser ainda por outros motivos
mirabolantes.
O fato é que Deus escolheu o menor para ser o maior
entre eles. No entanto esta escolha dobrada de José incluindo seus dois filhos
na herança de Israel, contando agora entre os doze, não garantiu a José a
escolha divina para ser dele a semente messiânica.
Assim é que os descendentes de José seriam contados
a partir dos seus próximos filhos e não a partir de Efraim e Manassés porque
ambos tomou Jacó como seus filhos, nascidos no Egito, filhos de uma egípcia,
que era filha de sacerdotes egípcios.
Nada se fala nem se aprofunda a respeito dessa
mulher de José, mas percebe-se no texto que José e ela viveram felizes até o
final de suas vidas. José não era qualquer um no Egito, fazia parte de uma
elite e era varão valoroso, bem assim Asenate, sua mulher.
Asenate, que significa ela pertence a [deusa] Neite,
era filha de Potífera, aquela a quem Rá [o deus sol] deu, sacerdote de Om, que
é um templo para adoração do sol. Este sacerdócio era um dos mais importantes
no antigo Egito. Essa era a mulher de José, uma mulher estrangeira, mas não
cananéia. Quem pode entender?
José então estaria recebendo a porção dobrada dos
primogênitos, mas não seria dele que viria o Messias. Os planos de Deus eram
outros. Foi de Judá que veio a semente messiânica, o que veremos mais a frente,
na hora das bênçãos, no próximo capítulo.
José ao dispor seus filhos para receber as bênçãos
tentou forçar de todo jeito que seu pai Jacó abençoasse primeiro Manassés,
mesmo tentando manipular as mãos de seu pai, mas este dizia a José que estava
ciente e que fazia sua escolha baseada no que Deus queria e assim foi o menor
abençoado para ser maior.
Ele também fala a José das aparições de Deus a ele e
das promessas que recebera que afeta toda aquela geração e José entendia que
isso era plano de Deus e se esforçava, creio, por preservar e manter os
registros de tudo. José era inteligente, bem instruído e conhecia a cultura
egípcia, seus registros e fatos históricos.
Gn
48:1 E aconteceu, depois destas coisas,
que alguém disse a José:
Eis que teu pai está enfermo.
Então tomou consigo os seus dois filhos, Manassés e
Efraim.
Gn
48:2 E alguém participou a Jacó, e disse:
Eis que José teu filho vem a ti.
E esforçou-se Israel,
e assentou-se sobre a cama.
Gn
48:3 E Jacó disse a José:
O Deus Todo-Poderoso me apareceu em Luz,
na terra de Canaã, e me abençoou.
Gn
48:4 E me disse:
Eis que te farei frutificar e multiplicar,
e tornar-te-ei uma multidão de povos
e darei esta terra à tua descendência
depois de ti,
em possessão perpétua.
Gn 48:5 Agora, pois, os teus dois filhos,
que te nasceram na terra do Egito,
antes que eu viesse a ti no Egito, são
meus:
Efraim e Manassés serão meus,
como Rúben e Simeão;
Gn 48:6 Mas a tua geração,
que gerarás depois deles, será tua;
segundo o nome de seus irmãos
serão chamados na sua herança.
Gn 48:7 Vindo, pois, eu de Padã,
morreu-me Raquel no caminho, na terra de
Canaã,
havendo ainda pequena distância para
chegar a Efrata;
e eu a sepultei ali, no caminho de
Efrata,
que é Belém.
Gn 48:8 E Israel viu os filhos de José, e disse:
Quem são estes?
Gn 48:9 E José disse a seu pai:
Eles são meus filhos,
que Deus me tem dado aqui.
E ele disse:
Peço-te, trazemos aqui,
para que os abençoe.
Gn 48:10 Os olhos de Israel, porém,
estavam carregados de velhice,
já não podia ver;
e fê-los chegar a ele,
e beijou-os,
e abraçou-os.
Gn 48:11 E Israel disse a José:
Eu não cuidara ver o teu rosto;
e eis que Deus me fez ver também a tua descendência.
Gn 48:12 Então José os tirou dos joelhos de seu pai,
e inclinou-se à terra diante da sua
face.
Gn 48:13 E tomou José a ambos,
a Efraim na sua mão direita, à esquerda
de Israel,
e Manassés na sua mão esquerda, à
direita de Israel,
e fê-los chegar a ele.
Gn 48:14 Mas Israel estendeu a sua mão direita
e a pôs sobre a cabeça de Efraim,
que era o menor,
e a sua esquerda
sobre a cabeça de Manassés,
dirigindo as suas mãos propositadamente,
não obstante Manassés ser o primogênito.
Gn 48:15 E abençoou a José, e disse:
O Deus, em cuja presença andaram os meus
pais
Abraão e Isaque,
o Deus que me sustentou, desde que eu
nasci até este dia;
Gn 48:16 O anjo que me livrou de todo o
mal,
abençoe estes rapazes,
e seja chamado neles o meu nome,
e o nome de meus pais Abraão e Isaque,
e multipliquem-se como peixes,
em multidão, no meio da terra.
Gn 48:17 Vendo, pois, José que
seu pai punha a sua mão direita sobre a
cabeça de Efraim,
foi mau aos seus olhos;
e tomou a mão de seu pai,
para a transpor de sobre a cabeça de
Efraim
à cabeça de Manassés.
Gn 48:18 E José disse a seu pai:
Não assim, meu pai,
porque este é o primogênito;
põe a tua mão direita sobre a sua cabeça.
Gn 48:19 Mas seu pai recusou, e disse:
Eu o sei, meu filho, eu o sei;
também ele será um povo,
e também ele será grande;
contudo o seu irmão menor
será maior que ele,
e a sua descendência
será uma multidão de nações.
Gn
48:20 Assim os abençoou naquele dia, dizendo:
Em ti abençoará Israel, dizendo:
Deus te faça como a Efraim e como a
Manassés.
E pôs a Efraim diante de Manassés.
Gn
48:21 Depois disse Israel a José:
Eis que eu morro,
mas Deus será convosco,
e vos fará tornar à terra de vossos
pais.
Gn 48:22 E eu tenho dado a ti
um pedaço da terra a mais do que a teus
irmãos,
que tomei com a minha espada
e com o meu arco,
da mão dos amorreus.
Jacó anuncia a sua morte próxima e todos se preparam
para o grande momento de sua partida e José se esforçará ao máximo para fazer
cumprir todas as vontades de seu pai que por 17 anos, mais ou menos, fora
privado dele e agora, recebera mais 17 anos com ele no Egito.
Aqui temos o encontro de Jacó com Faraó por intermédio
de José que era o queridinho da nação egípcia e que assistia como o segundo em
poder em toda a terra do Egito diante de Faraó que era o maioral de todos.
Nesse encontro veremos que Jacó abençoa a Faraó, se
cumprindo a palavra de Deus que diz que nele serão benditas toas as nações da
terra.
Também veremos a fome apertar cada vez mais obrigando
inclusive o povo, primeiramente, a se desfazer de todas as suas coisas, bens e
animais e, depois, até se vender como escravo para poder obter comida.
José aquele jovem curado interiormente que não
guardava mágoas nem ressentimentos e que por isso celebrava a vida e era bem
quisto por todos não se envergonhou ou quis esconder-se diante de todos, mas
fez questão, com orgulho, de apresentar a Faraó tanto seu pai como alguns de
seus irmãos e Jacó ali tinha seus 130 anos.
Realmente quero enfatizar a mente sadia daquele jovem
que poderia ser tudo de ruim. Poderia ter escolhido o caminho da murmuração, da
reclamação, do ódio, da vingança, do medo, da depressão, mas não, não se
afundou no mar de nenhuma dessas porcarias.
Ele entendia, sim, que não era o governante das
circunstâncias pela qual era exposto e obrigado a reagir, mas era, com certeza,
o governante de sua mente e como tal ele iria escolher se confiaria em Deus e
nele esperaria ou se entregaria a qualquer espírito que ali estivesse.
José resolveu na sua vida toda ter aquela mente sempre
disposta a ser favorável, custe o que custar, ao reino de Deus e a sua justiça,
por isso foi capaz de enfrentar o que enfrentou de forma firme, de cabeça
erguida e ainda gerando vida por onde ele passasse, mesmo sendo dentro de uma
terrível prisão.
Assim, ele estava com seu pai e seus irmãos e os
apresenta a Faraó e todos se alegraram com ele e celebraram. Faraó logo
pergunta qual o negócio deles e eles, previamente orientados por José, falam a
verdade, que eram pastores que cuidavam de gado que para os Egípcios era
abominação.
Eles pedem a terra de Gosén e a terra de Gosén é lhes
dada para cuidarem. Também Faraó pede um favor a José para escolher dali homens
capazes e corajosos para cuidar do gado dele também.
Na oportunidade, um fato incrível, a bênção de Jacó
para Faraó. Isto, no mínimo, era um reconhecimento de que Jacó estava com o
Deus verdadeiro que Faraó deveria buscar e adorar. Apesar de não concordar com
a espiritualidade e religião egípcia, vemos o respeito e a tolerância que tinha
José para com eles e seus sacerdotes e templo.
Todos, por causa da fome, procurarão José e este foi
comprando tudo e todos para Faraó, em sinal enorme de obediência, humildade e
reconhecimento de Deus soberano sobre tudo e todos. Ele somente não tocou nas
terras dos sacerdotes dos egípcios, nem sobre eles pôs peso algum, mas cuidou deles
por amor de Faraó.
Jacó tinha ficado longe de José cerca de uns 17 anos e
agora, Deus lhe deu a chance de conviver com José mais 17 anos, antes de sua
partida. Jacó tinha o sonho de não ser enterrado no Egito e José recebera esta
incumbência de enterrá-lo, na hora certa, na terra de Canaã.
José enriqueceu o Egito e tornou Faraó cada vez mais
poderoso. Isso sim que é um servo eficaz, eficiente, efetivo e, portanto, um
excelente ecônomo – quatro ”E”. Quem dera fôssemos todos assim como José,
excelentes administradores para a glória de Deus – I Co 10:31.
Gn
47:1 Então veio José e anunciou a Faraó, e disse:
Meu pai e os meus irmãos e as suas ovelhas, e as suas
vacas,
com tudo o que têm, são vindos da terra de
Canaã,
e eis que estão na terra de Gósen.
Gn 47:2 E tomou uma parte de seus irmãos,
a saber, cinco homens, e os pôs diante de
Faraó.
Gn
47:3 Então disse Faraó a seus irmãos:
Qual é o vosso negócio?
E
eles disseram a Faraó:
Teus servos são pastores de ovelhas,
tanto nós como nossos pais.
Gn 47:4 Disseram mais a Faraó:
Viemos para peregrinar nesta terra;
porque não há pasto para as ovelhas de teus servos,
porquanto a fome é grave na terra de Canaã;
agora, pois, rogamos-te
que teus servos habitem na terra de Gósen.
Gn
47:5 Então falou Faraó a José, dizendo:
Teu pai e teus irmãos vieram a ti;
Gn 47:6 A terra do Egito está diante de ti;
no melhor da terra faze habitar teu pai e
teus irmãos;
habitem na terra de Gósen,
e se sabes que entre eles há homens valentes,
os porás por maiorais do gado,
sobre o que eu tenho.
Gn
47:7 E trouxe José a Jacó, seu pai,
e o apresentou a Faraó;
e Jacó abençoou a Faraó.
Gn
47:8 E Faraó disse a Jacó:
Quantos são os dias dos anos da tua vida?
Gn
47:9 E Jacó disse a Faraó:
Os dias dos anos das minhas peregrinações
são cento e trinta anos,
poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida,
e não chegaram aos dias dos anos da vida
de meus pais
nos dias das suas peregrinações.
Gn 47:10 E Jacó abençoou a Faraó,
e saiu da sua presença.
Gn
47:11 E José fez habitar a seu pai e seus irmãos
e deu-lhes possessão na terra do Egito,
no melhor da terra, na terra de Ramessés,
como Faraó ordenara.
Gn 47:12
E José sustentou de pão a seu pai,
seus irmãos e toda a casa de seu pai,
segundo as suas famílias.
Gn 47:13 E não havia pão em toda a terra,
porque a fome era muito grave;
de modo que a terra do Egito e a terra de
Canaã
desfaleciam por causa da fome.
Gn
47:14 Então José recolheu
todo o dinheiro que se achou na terra do Egito,
e na terra de Canaã,
pelo trigo que compravam;
e José trouxe o dinheiro à casa de Faraó.
Gn
47:15 Acabando-se, pois,
o dinheiro da terra do Egito,
e da terra de Canaã,
vieram todos os egípcios a José, dizendo:
Dá-nos pão;
por que morreremos em tua presença?
porquanto o dinheiro nos falta.
Gn 47:16 E José disse:
Dai o vosso gado,
e eu vo-lo darei por vosso gado,
se falta o dinheiro.
Gn 47:17 Então trouxeram o seu gado a José;
e José deu-lhes pão
em troca de cavalos, e das ovelhas, e das vacas e dos
jumentos;
e os sustentou de pão aquele ano por todo o seu gado.
Gn 47:18 E acabado aquele ano,
vieram a ele no segundo ano e
disseram-lhe:
Não ocultaremos ao meu senhor que o dinheiro acabou;
e meu senhor possui os animais,
e nenhuma outra coisa nos ficou diante de
meu senhor,
senão o nosso corpo e a nossa terra;
Gn 47:19 Por que morreremos diante dos
teus olhos,
tanto nós como a nossa terra?
Compra-nos a nós
e a nossa terra por pão,
e nós e a nossa terra seremos servos de Faraó;
e dá-nos semente,
para que vivamos,
e não morramos,
e a terra não se desole.
Gn 47:20 Assim José
comprou toda a terra do Egito para Faraó,
porque os egípcios venderam cada um o seu campo,
porquanto a fome prevaleceu sobre eles;
e a terra ficou sendo de Faraó.
Gn 47:21 E, quanto ao povo,
fê-lo passar às cidades,
desde uma extremidade da terra do Egito
até a outra extremidade.
Gn 47:22 Somente a terra dos sacerdotes
não a comprou,
porquanto os sacerdotes tinham porção de
Faraó,
e eles comiam a sua porção que Faraó lhes tinha dado;
por isso não venderam a sua terra.
Gn
47:23 Então disse José ao povo:
Eis que hoje tenho comprado a vós e a vossa terra para
Faraó;
eis aí tendes semente para vós,
para que semeeis a terra.
Gn 47:24 Há de ser, porém,
que das colheitas dareis o quinto a Faraó,
e as quatro partes serão vossas,
para semente do campo,
e para o vosso mantimento,
e dos que estão nas vossas casas,
e para que comam vossos filhos.
Gn
47:25 E disseram:
A vida nos tens dado;
achemos graça aos olhos de meu senhor,
e seremos servos de Faraó.
Gn
47:26 José, pois,
estabeleceu isto por estatuto,
até ao dia de hoje, sobre a terra do
Egito,
que Faraó tirasse o quinto;
só a terra dos sacerdotes
não ficou sendo de Faraó.
Gn
47:27 Assim habitou Israel na terra do Egito,
na terra de Gósen,
e nela tomaram possessão,
e frutificaram,
e multiplicaram-se muito.
Gn
47:28 E Jacó viveu na terra do Egito
dezessete anos, de sorte que os dias de Jacó,
os anos da sua vida,
foram cento e quarenta e sete anos.
Gn
47:29 Chegando-se, pois, o tempo da morte de Israel,
chamou a José, seu filho, e disse-lhe:
Se agora tenho achado graça em teus olhos,
rogo-te que ponhas a tua mão debaixo da minha coxa,
e usa comigo de beneficência e verdade;
rogo-te que não me enterres no Egito,
Gn 47:30 Mas que eu jaza com os meus pais;
por isso me levarás do Egito
e me enterrarás na sepultura deles.
E ele disse:
Farei conforme a tua palavra.
Gn 47:31 E disse ele:
Jura-me.
E ele jurou-lhe;
e Israel inclinou-se sobre a cabeceira da
cama.
O capítulo se encerra com o juramento de José a Jacó
que iria enterrá-lo na terra de seus pais e não no Egito. O filho obediente
está pronto a obedecer, mas antes de sua morte, veremos o próximo capítulo.
Como
funcionava a mente de José?
Podemos ser como ele? Ou ele era mesmo especial e nós
um ninguém? O mesmo Espírito que esteve na vida de José o capacitando, não
seria o mesmo que está em nós, por meio de Cristo Jesus?
1.José
entendia que Deus é soberano supremo e governante ativo.
2.José
entendia que estamos nessa vida sujeito às circunstâncias.
3.José
entendia que não escolhemos quaisquer circunstâncias.
4.José,
mais do que ninguém, entendia que somos obrigados a reagir diante das
circunstâncias.
Suas escolhas:
(1)Ele
escolheu confiar plenamente em Deus. Essa foi sua primeira e principal escolha
que fez com que todas as outras prosperassem.
(2)Ele
escolheu nele se alegrar.
Ele não se afundou na depressão.
Ele escolheu gerar vida onde estivesse.
(3)Ele
teve paciência e soube esperar o tempo certo das coisas, das circunstâncias.
(4)Ele
soube se conter e não cair em tentações ou se distrair no caminho com ofertas
que abreviariam seu sofrimento.
O ovo cuja casca é quebrada exteriormente,
gera a morte do pintinho; mas se é rompida interiormente, dá origem a uma nova
vida, pois nasce um novo pintinho.
(5)José
não era especial por ser escolhido, mas foi especial por suas escolhas.
Se você quer ser especial, faça escolhas
especiais.
Tenha uma DISMENFA ao RDJ.
(6)Finalmente,
ele escolheu o amor e o perdão contra o ressentimento e o ódio.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
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