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domingo, 15 de setembro de 2013

Gênesis 40: 1-23 – JOSÉ INTERPRETA SONHOS NA PRISÃO.

Estamos diante de José na prisão. São narrados dois eventos de interpretação de sonhos de dois homens que foram também parar numa prisão que são os copeiro-mor e o padeiro de faraó. José interpreta fielmente o sonho de ambos, mas ainda sim, o copeiro-mor não se lembrou dele para falar a Faraó para libertá-lo da sua prisão, numa cova.
O capítulo começa simplesmente dizendo que depois destas coisas, as que foram comentadas no capítulo anterior, envolvendo Judá, Tamar e Peres que aconteceram, que o escritor de Gênesis vai começar a narrar os fatos presentes. Ambas as histórias estão sendo narradas em paralelo. A de Jacó e de seus filhos em Canaã e de José no Egito.
No Egito, ainda José se encontra na prisão. Dá para perceber no desenrolar do capítulo o anseio, sonho e desejo de José de sair dali e ter sua vida de volta. Vemos isso na sua fala e em seus rogos. Embora fosse o prisioneiro de Deus, ali, ele gostaria de sair dali e melhorar sua vida.
Não podemos jamais nos acomodar com nossas vidas, antes buscarmos crescimento, desenvolvimento, prosperidade e aproveitarmos todas as oportunidades com temor a Deus em nossos corações.
Dois fatos novos iriam acontecer naquele dia naquela prisão onde José se encontrava injustamente. Dois novos presos que serviam Faraó diretamente estavam ali com ele, não sem uma razão especial. Eles tiveram oportunidade de conhecerem José e de servi-lo e viram que ele era boa pessoa.
Deus nos aproxima de pessoas que ele quer nos aproximar e devemos ter cuidado de não sermos ignorantes e desprezadores. José foi educado, servil, amigo e ouviu seus sonhos e com eles compartilhou seus momentos difíceis. Ganhando a confiança de José, eles contam seus sonhos e José diz que a interpretação pertence a Deus.
Foi imediatamente que José interpretou o sonho do copeiro-mor e o padeiro ficou maravilhado com a fala de José que demonstrava segurança e energia ao falar. Ali não estaria um embromador, mas alguém que tinha conhecimento e que seria capaz de falar em nome de Deus dando interpretações.
José interpreta o sonho e faz um rogo ao copeiro-mor que ao se cumprir o sonho não se esquece-se de José! No entanto, ele simplesmente se esquece daquele que marcou sua vida não somente com a interpretação correta de seu sonho, mas também com a interpretação, também correta, do padeiro que acabou sua jornada tendo sua cabeça cortada e dada as aves para comerem.
Como poderia aquele copeiro-mor se esquecer? José deve ter ficado indignado. Não foi outro se não Deus que o fez esquecer porque tinha em mente seus propósitos eternos que logo iriam ter seu cumprimento; na hora certa, Deus o lembraria.
Gn 40:1 E aconteceu, depois destas coisas,
que o copeiro do rei do Egito, e o seu padeiro,
ofenderam o seu senhor, o rei do Egito.
Gn 40:2 E indignou-se Faraó muito
contra os seus dois oficiais,
contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor.
Gn 40:3 E entregou-os à prisão,
na casa do capitão da guarda,
na casa do cárcere,
no lugar onde José estava preso.
Gn 40:4 E o capitão da guarda
pô-los a cargo de José, para que os servisse;
e estiveram muitos dias na prisão.
Gn 40:5 E ambos tiveram um sonho,
cada um seu sonho,
na mesma noite,
cada um conforme a interpretação do seu sonho,
o copeiro e o padeiro do rei do Egito,
que estavam presos na casa do cárcere.
Gn 40:6 E veio José a eles pela manhã,
e olhou para eles,
e viu que estavam perturbados.
Gn 40:7 Então perguntou aos oficiais de Faraó,
que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor, dizendo:
Por que estão hoje tristes os vossos semblantes?
Gn 40:8 E eles lhe disseram:
Tivemos um sonho,
e ninguém há que o interprete.
E José disse-lhes:
Não são de Deus as interpretações?
Contai-mo,
peço-vos.
Gn 40:9 Então contou o copeiro-mor o seu sonho a José,
e disse-lhe:
Eis que em meu sonho havia uma vide diante da minha face.
Gn 40:10 E na vide três sarmentos,
e brotando ela, a sua flor saía,
e os seus cachos amadureciam em uvas;
Gn 40:11 E o copo de Faraó estava na minha mão,
e eu tomava as uvas,
e as espremia no copo de Faraó,
e dava o copo na mão de Faraó.
Gn 40:12 Então disse-lhe José:
Esta é a sua interpretação:
Os três sarmentos são três dias;
Gn 40:13 Dentro ainda de três dias Faraó levantará a tua cabeça,
e te restaurará ao teu estado,
e darás o copo de Faraó na sua mão,
conforme o costume antigo,
quando eras seu copeiro.
Gn 40:14 Porém lembra-te de mim,
quando te for bem;
e rogo-te que uses comigo de compaixão,
e que faças menção de mim a Faraó,
e faze-me sair desta casa;
Gn 40:15 Porque, de fato,
fui roubado da terra dos hebreus;
e tampouco aqui nada tenho feito
para que me pusessem nesta cova.
Gn 40:16 Vendo então o padeiro-mor que tinha interpretado bem, disse a José:
Eu também sonhei,
e eis que três cestos brancos estavam sobre a minha cabeça;
Gn 40:17 E no cesto mais alto
havia de todos os manjares de Faraó,
obra de padeiro;
e as aves o comiam do cesto,
de sobre a minha cabeça.
Gn 40:18 Então respondeu José, e disse:
Esta é a sua interpretação:
Os três cestos são três dias;
Gn 40:19 Dentro ainda de três dias Faraó tirará
a tua cabeça
e te pendurará num pau,
e as aves comerão a tua carne de sobre ti.
Gn 40:20 E aconteceu ao terceiro dia,
o dia do nascimento de Faraó,
que fez um banquete a todos os seus servos;
e levantou a cabeça do copeiro-mor,
e a cabeça do padeiro-mor,
no meio dos seus servos.
Gn 40:21 E fez tornar o copeiro-mor ao seu ofício de copeiro,
e este deu o copo na mão de Faraó.
Gn 40:22 Mas ao padeiro-mor enforcou,
como José havia interpretado.
Gn 40:23 O copeiro-mor, porém,
não se lembrou de José,
antes se esqueceu dele.

O copeiro-mor, porém não se lembrou de José! É tudo Deus quem faz! Se é tudo Deus quem faz, devo cruzar meus braços? A própria pergunta reflete o grau de entendimento do perguntador sobre Deus e sua soberania: nada! Deus não anula a sua criatura, nem violenta sua liberdade. Todo homem será responsável por todos os seus atos, pensamentos, palavras e omissões.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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Ética na Política - uma visão reformada



O Tempora, O Mores


Posted: 14 Sep 2013 06:51 PM PDT
O clamor por “ética na política” se faz ouvir em toda parte. Todavia, desconstruído pelo relativismo moral e pelo individualismo de nossos dias, qualquer clamor por “ética na política” carece de fundamentos coerentes que lhe permitam fazer pronunciamentos morais e moralizantes. Qual a base para se clamar por honestidade, sensibilidade, verdade, sinceridade, integridade e altruísmo na política se estes são conceitos considerados relativos e subordinados ao pragmatismo individualista, conforme a mentalidade de nossa época? Qual a base para se clamar em prol dos oprimidos, excluídos e sem-nada do nosso país se o ser humano é visto como fruto do meio e da seleção natural, onde sobrevivem os mais aptos, leia-se, os mais espertos, independentemente dos meios que se utilizam para isto?

Em grande parte, este vácuo de absolutos foi gerado pela secularização gradual das culturas e do Estado e pelo abandono no Ocidente dos valores morais e espirituais do cristianismo, que um dia serviram de fundamento para o surgimento das políticas democráticas. O humanismo materialista, centrado no anthropos, não tem conseguido produzir um sistema de valores abrangente que permita uma chamada coerente à ética na política. Não isento aqui a Igreja de culpa. Por muitas vezes ela simplesmente entregou o mundo ao diabo. Como, talvez, aqui no Brasil.

Acredito, todavia, que a fé reformada oferece as condições necessárias para um clamor coerente por ética na política brasileira. A força política da Reforma se fundamenta em diversas premissas sobre Deus e sobre o homem ensinadas na revelação bíblica. São elas: a igualdade de todos os homens diante de Deus, a vocação individual de cada ser humano por Deus e a doutrina do sacerdócio universal de todos os cristãos genuínos. Essa última premissa entende que a autoridade deve ser exercida como uma delegação concedida por Deus ao povo e do povo aos governantes. Uma outra premissa é a doutrina da autoridade das Sagradas Escrituras. Historicamente, a Bíblia foi instrumento eficaz para despertar o povo para estudar, instruir-se e assim gerir seus destinos. E essa Bíblia ensina que as autoridades políticas são constituídas por Deus e respondem diante dele pelo exercício do poder. Conforme o estudioso francês André Biéler, “a democracia não consegue instalar-se nem permanecer lá, onde as premissas religiosas ou filosóficas profundas das populações são estranhas aos princípios evangélicos, iluminados pelo Cristianismo reformado”.

O principal conceito da visão reformada quanto à política é que somente Deus tem poder absoluto. Desse conceito decorrem vários princípios que moldam a visão reformada da política e apontam o caminho da ética. Menciono alguns deles.

1) A fé reformada faz a clara distinção entre Igreja e Estado, mas vê toda autoridade como procedente de Deus (Epístola aos Romanos 13). Os governantes são vistos como servos de Deus neste mundo, para através da política e do exercício do poder promover o bem comum, recompensar os bons e punir os maus. Como tal, haverão de responder diante de Deus pela corrupção na política, pela insensibilidade e pelo egoísmo. A visão do cargo político como sendo uma delegação divina desperta no povo o devido respeito pelas autoridades, mas, ao mesmo tempo, produz nestas autoridades o senso crítico do dever.

2) A fé reformada resiste ao conceito da soberania absoluta do Estado, “um produto do panteísmo filosófico alemão” (Abraham Kuyper, 2002, p. 96) e ao conceito da soberania absoluta do povo, conforme defendido pela revolução francesa. O poder reside em Deus. Tanto o poder do Estado quanto do povo são delegados por ele visando a organização da humanidade. Como conseqüência, a fé reformada defende que nenhum ser humano tem poder sobre outro, a não ser quando delegado por Deus, ao ocupar um cargo de autoridade. Desta forma, a fé reformada se levanta contra toda opressão política à mulher, ao pobre e ao estrangeiro, contra todo sistema político que produza escravidão, contra o conceito de castas e da distinção entre sacerdotes e leigos.

3) Já que o poder não é intrínseco ao ser humano, mas uma delegação divina, deve-se resistir pelos meios corretos a quem exerce o poder político em desacordo com a vontade de Deus. Esta vontade divina para os governantes se encontra claramente expressa na Bíblia, como por exemplo, nos Dez Mandamentos. Entre eles encontramos proposições como “não furtarás”, “não dirás falso testemunho”, “não matarás”. Esses mandamentos refletem absolutos éticos presentes em todas as civilizações, em função de todos os seres humanos levarem em sua constituição a imagem e semelhança de Deus – com maior ou menor precisão, em função da imperfeição moral existente na humanidade. Nenhum governante tem imunidade contra a Lei de Deus. Na tradição protestante reformada, resistir à corrupção na política é dever de todos e a vontade de Deus para cada cristão verdadeiro.

4) A corrupção na política é vista pela fé reformada como tendo origem primariamente no coração dos seres humanos. A Bíblia afirma que não há sequer uma pessoa justa neste mundo. “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Jesus Cristo disse que é do coração dos homens e das mulheres que procedem “maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15.19-20). Quando a causa é identificada, há condições de se buscar o remédio adequado. Aqui se percebe a insuficiência de éticas humanistas reducionistas, que analisam apenas aspectos sociológicos e antropológicos da corrupção na política, deixando de incluir a dimensão pessoal: egoísmo, maldade, crueldade, despotismo, avareza, inveja, cobiça. O protestantismo reformado prega uma conversão interior dos governantes e dos governados a Deus, que se arrependam do mal e pratiquem obras de justiça.

5) Por fim, o conceito de graça comum (concedida a todos) ensina que há princípios gerais que, se seguidos e aplicados, produzirão a ética na política. Segundo este conceito, Deus abençoa a humanidade em geral com virtudes e qualidades, independentemente das convicções religiosas e políticas das pessoas. É por este motivo que encontramos quem se professa cristão e não tem ética, e encontramos a ética funcionando pelas mãos de quem não se declara cristão. Ao reconhecer a graça comum de Deus, a fé reformada entende que o caminho para a ética na política não é necessariamente converter todos ao cristianismo e nem colocar em cargos políticos quem se professa cristão, mas contribuir para que os princípios acima mencionados sejam reconhecidos e exercidos por todos, independentemente da convicção religiosa.

Não custa sonhar que um dia a fé reformada, mediante a pujança da Igreja, possa influenciar nosso país e moldar nossa cultura com uma cosmovisão bíblica, oferecendo as bases morais, espirituais e lógicas para ética na política.

[Esse post é baseado na Carta de Princípios 2006 da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que tive o privilégio de elaborar]

Obras Mencionadas

BIÉLER, André, 1999. A Força Oculta dos Protestantes. São Paulo: Editora Cultura Cristã.

KUYPER, Abraham, 2002. Calvinismo. São Paulo: Editora Cultura Cristã.

Ref.: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/09/etica-na-politica-uma-visao-reformada.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+blogspot/wFUcB+(O+Tempora,+O+Mores)

sábado, 14 de setembro de 2013

Gênesis 39: 1-23 – JOSÉ NA CASA DE POTIFAR.

Neste capítulo José se torna o maioral dentro da casa do oficial de Faraó, capitão da guarda e prospera ele e todos da casa por causa de José. Potifar sabia que era assim porquanto reconhecia ele ser abençoado. No auge da prosperidade, dentro da casa de seu senhor, sua mulher insiste com José em deitar-se com ele, mas ele foge e acaba dentro de uma prisão onde também é abençoado em tudo e reconhecido inclusive pelo carcereiro-mor.
“O SENHOR ESTAVA COM JOSÉ!” – que frase linda de se ouvir e de se viver. Embora a situação de José fosse terrível – imagine você privado de tudo, inclusive de sua liberdade a ponto de ter um senhor sobre si o tempo todo? -, catastrófica, assustadora e sem futuro algum, o Senhor estava com ele e ele prosperou.
Dizem que o segredo do sucesso e da prosperidade tão desejada e sonhada por tanta gente – é somente olhar as filas enormes dos centros lotéricos para ver isso - é trabalhar ou fazer amizades certas ou estudar muito e se tornar hábil no que der ou ter muita sorte ou se tornar um incrível “puxa-saco” ou estar no lugar certo, na hora certa, etc.
Eu não vejo isso ao estudar a palavra de Deus, pelo contrário, vejo que ela pertence àquele que Deus quer escolher dar para cumprindo seus propósitos eternos. José era um deles! Mas será que não há um segredinho para aprendermos e praticarmos e termos a mesma sorte, pelo menos parecida com a de José? Sim, creio que sim. Todos nós podemos fazer como fez José e seremos sim abençoados e muito.
Mas o que fez José? Nada! Simplesmente, nada. Calma, eu explicarei, pelo menos tentarei explicar. Espero que você aprenda, pratique e se torne um homem bem sucedido e próspero em tudo o que fizer, como foi o filho de Jacó em tudo o que participou em sua vida.
José não escolheu chorar, lamentar-se, culpar seus irmãos, sua sorte, Deus, amaldiçoar sua vida, desistir de seus sonhos. Também não escolheu a violência, a revolta, a vingança, o trabalhar com sua inteligência num plano maligno. Também não escolheu o crime, o engano, a esperteza, a sociedade com as trevas e suas forças ou o mal caminho.
Tinha tudo para ser um homem deprimido, não se tornou. Tinha tudo para ser um suicida, não se tornou. Tinha tudo para ser um homem revoltado, não se tornou. Tinha tudo para odiar, não odiou. Tinha tudo para se perder, não se perdeu em nada. Tem gente que por muito menos faz associação com o inferno e a sua vida se torna um tormento.
José escolheu crer em Deus e confiar nele em meio a todas as tempestades e ventos contrários. Ele, José, Davi, Jesus e Paulo para mim, na Bíblia, são os exemplos mais fantásticos de confiança na providência divina em todo tempo, inclusive no meio do caos que poderia os envolver e até ameaçar suas vidas e tirá-las...
Em meio a um desses caos, Paulo se autodesignou como “prisioneiro de Cristo!” – Ef 3:1; Fm 3:1. Por quê? Porque reconhecia a soberania de Deus e sua providência, seu governo e seu controle de tudo e de todos de todas as formas. Assim era José, em tudo. Ele sabia que Deus estava com ele! Este foi seu segredo!
Assim, ele cooperou e foi submisso, não aos homens, mas a Deus que lhe pedia submissão aos homens por um tempo e tempos. Com certeza ele sofreu, chorou, rogou a Deus misericórdias, mas seu maior trunfo foi que ele confiava piamente em Deus e resolveu na sua mente ser fiel a Deus e Deus em resposta, o prosperou em tudo.
Não escolhemos as circunstâncias, mas nelas somos convidados pelo Espírito santo a confiarmos em Deus em tudo e de todas as formas. Foi assim que José pode prosperar tanto e enfrentar uma tentação como aquela da mulher de Potifar e sair ileso e sem mancha alguma diante de Deus. Até mesmo Potifar, ouso dizer, confiava mais em José do que em sua esposa, mas teve medo e deixou que José fosse prejudicado.
Se Potifar realmente tivesse crido na história de sua esposa, José já estaria morto há muito tempo. No entanto, foi para uma prisão e lá viveu cerca de uns seis ou sete anos... José, prisioneiro do Senhor, prisioneiro de Cristo Jesus! E o Senhor era com José e o Senhor abençoava tudo e a todos por causa de José.
Gn 39:1 E José foi levado ao Egito,
e Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda, homem egípcio,
comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá.
Gn 39:2 E o SENHOR estava com José,
e foi homem próspero;
e estava na casa de seu senhor egípcio.
Gn 39:3 Vendo, pois, o seu senhor
que o SENHOR estava com ele,
e tudo o que fazia o SENHOR prosperava em sua mão,
Gn 39:4 José achou graça em seus olhos,
e servia-o;
e ele o pôs sobre a sua casa,
e entregou na sua mão tudo o que tinha.
Gn 39:5 E aconteceu que,
desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha,
o SENHOR abençoou a casa do egípcio por amor de José;
e a bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha,
na casa e no campo.
Gn 39:6 E deixou tudo o que tinha na mão de José,
de maneira que nada sabia do que estava com ele,
a não ser do pão que comia.
E José era formoso de porte, e de semblante.
Gn 39:7 E aconteceu depois destas coisas
que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse:
Deita-te comigo.
Gn 39:8 Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor:
Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo,
e entregou em minha mão tudo o que tem;
Gn 39:9 Ninguém há maior do que eu nesta casa,
e nenhuma coisa me vedou,
senão a ti,
porquanto tu és sua mulher;
como pois faria eu tamanha maldade,
e pecaria contra Deus?
Gn 39:10 E aconteceu que,
falando ela cada dia a José,
e não lhe dando ele ouvidos,
para deitar-se com ela, e estar com ela,
Gn 39:11 Sucedeu num certo dia que ele veio à casa
para fazer seu serviço;
e nenhum dos da casa estava ali;
Gn 39:12 E ela lhe pegou pela sua roupa, dizendo:
Deita-te comigo.
E ele deixou a sua roupa na mão dela,
e fugiu, e saiu para fora.
Gn 39:13 E aconteceu que,
vendo ela que deixara a sua roupa em sua mão,
e fugira para fora,
Gn 39:14 Chamou aos homens de sua casa,
e falou-lhes, dizendo:
Vede, meu marido trouxe-nos um homem hebreu
para escarnecer de nós;
veio a mim para deitar-se comigo,
e eu gritei com grande voz;
Gn 39:15 E aconteceu que,
ouvindo ele que eu levantava a minha voz e gritava,
deixou a sua roupa comigo,
e fugiu, e saiu para fora.
Gn 39:16 E ela pôs a sua roupa perto de si,
até que o seu senhor voltou à sua casa.
Gn 39:17 Então falou-lhe conforme as mesmas palavras,
dizendo:
Veio a mim o servo hebreu, que nos trouxeste,
para escarnecer de mim;
Gn 39:18 E aconteceu que,
levantando eu a minha voz e gritando,
ele deixou a sua roupa comigo,
e fugiu para fora.
Gn 39:19 E aconteceu que,
ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher,
que lhe falava, dizendo:
Conforme a estas mesmas
palavras me fez teu servo,
a sua ira se acendeu.
Gn 39:20 E o senhor de José o tomou,
e o entregou na casa do cárcere,
no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados;
assim esteve ali na casa do cárcere.
Gn 39:21 O SENHOR, porém, estava com José,
e estendeu sobre ele a sua benignidade,
e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.
Gn 39:22 E o carcereiro-mor entregou na mão de José
todos os presos que estavam na casa do cárcere,
e ele ordenava tudo o que se fazia ali.
Gn 39:23 E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa
que estava na mão dele,
porquanto o SENHOR estava com ele,
e tudo o que fazia o SENHOR prosperava.

Hoje, você é o José atual, da história que vive aqui no século XXI e que está sendo convidado pelo Espírito Santo para a ele se entregar em confiança plena como o seu prisioneiro ou empregado ou seja lá o que for que Deus estiver fazendo contigo. Tão somente faça escolhas certas e saia dessas lamentações e choros amargos de morte que não te levarão a lugar algum.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Gênesis 38: 1-30 – A HISTÓRIA DE JUDÁ E TAMAR.

Temos aqui uma interrupção na narrativa que contava a história de José para contar as histórias de seus irmãos na terra de Canaã e a corrupção patriarcal que acontecia pelo envolvimento deles com as mulheres daquela região. Quantas não foram as tragédias que aconteceram nessa nação por causa de mulheres estrangeiras.
O capítulo 38 é o capítulo que narra a história de Judá e como nasceu o descendente da semente, Peres, filho de Judá com Tamar, sua nora. Embora seja interessante conhecer os detalhes de tudo, o mais importante na Bíblia não é a história em si sendo narrada, mas a história da semente.
Porque que a Bíblia vai registrando essas coisas? Certamente é para nos mostrar a origem do Messias e de seus descendentes segundo a promessa e eleição de Deus e não segundo à carne.
Reparem que no primeiro verso diz-se que Judá nesse tempo se apartou de seus irmãos. Foram cerca de uns vinte e dois anos, o tempo em que José no Egito foi da pura escravidão para a dupla honra em glória e poder.
Judá tomou por mulher a filha de Sua, uma cananeia e com ela teve três filhos Er, Onã e Selá. Ele simplesmente a tomou por mulher e os verbos escolhidos “viu”, “possuiu”, no hebraico, apontam para luxúria e satisfação carnal total, sem quaisquer escrúpulos. Nenhum dos seus três filhos foram escolhidos por Deus para darem prosseguimento à linhagem messiânica.
Quando eles foram entregues a Tamar para gerar descendentes, eles morreram. Tanto o primeiro filho quanto o segundo foram reprovados por Deus e morreram. O terceiro filho, Judá teve medo e o escondeu dela, embora tivesse prometido que no tempo certo ele seria seu esposo, mas Judá a estava enganando também, como havia enganado, junto com seus irmãos, ao seu pai sobre José.

Judá estava tão mal intencionado com Tamar que ao ouvir de seu adultério, logo a quis executar como adúltera. No entanto, quem era que tinha com ela adulterado? Ele mesmo! Pensava que tinha estado a dormir com uma prostituta no caminho e descobriu depois que aquela com quem tinha dormido era Tamar, sua nora.
Com ela ainda deixou como promessa de pagamento da prostituição, como penhor desse pagamento, seu selo, cordão e cajado. Era um selo cilíndrico, usado num cordão no pescoço que indicava um homem importante. Se fosse rolado sobre argila amolecida, resultava numa impressão que identificava o dono do objeto. O cajado era o símbolo da autoridade e tinha a marca do seu dono gravada no topo.
Pelo preço da sua prostituição estava pagando com sua honra e prestígio. Era isso que ele estava dando a ela. Quando tentou obter de volta, já não podia. Temos de tomar cuidado com as coisas que Deus nos deu para não trocarmos por pratos de lentilha, nem para as usarmos como pagamento de prostituições ou outras coisas semelhantes, afrontosas a Deus.
Ao final, ele reconhece ela como mais justa do que ele e não a executa, mas também a ignora até o fim de sua vida. Ele, o enganador, agora era o enganado! Enganou ao seu pai dizendo que José estava morto e agora era enganado por sua nora.
O herdeiro que Deus escolheu foi um dos filhos que estava em seu ventre, pois quando ela concebeu de Judá, ela ficou grávida de gêmeos e dois meninos estavam em seu ventre disputando para ver quem nasceria primeiro.
Zera pôs a mão para fora primeiro que Perez, mas quem saiu primeiro do ventre de sua mãe foi Perez. Este que saiu primeiro foi aquele que Deus escolheu para por meio dele dar continuidade a linhagem messiânica que apontará mais a frente para Cristo Jesus, nosso Senhor.
Gn 38:1 E aconteceu
no mesmo tempo que Judá desceu de entre seus irmãos
e entrou na casa de um homem de Adulão, cujo nome era Hira,
Gn 38:2 E viu Judá ali a filha de um homem cananeu,
cujo nome era Sua;
e tomou-a por mulher,
e a possuiu.
Gn 38:3 E ela concebeu e deu à luz um filho,
e chamou-lhe Er.
Gn 38:4 E tornou a conceber e deu à luz um filho,
e chamou-lhe Onã.
Gn 38:5 E continuou ainda e deu à luz um filho,
e chamou-lhe Selá;
e Judá estava em Quezibe,
quando ela o deu à luz.
Gn 38:6 Judá, pois,
tomou uma mulher para Er,
o seu primogênito,
e o seu nome era Tamar.
Gn 38:7 Er, porém, o primogênito de Judá,
era mau aos olhos do SENHOR,
por isso o SENHOR o matou.
Gn 38:8 Então disse Judá a Onã:
Toma a mulher do teu irmão,
e casa-te com ela,
e suscita descendência a teu irmão.
Gn 38:9 Onã, porém,
soube que esta descendência não havia de ser para ele;
e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão,
derramava o sêmen na terra,
para não dar descendência a seu irmão.
Gn 38:10 E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR,
pelo que também o matou.
Gn 38:11 Então disse Judá a Tamar sua nora:
Fica-te viúva na casa de teu pai,
até que Selá, meu filho, seja grande.
Porquanto disse:
Para que porventura não morra também este,
como seus irmãos.
Assim se foi Tamar e ficou na casa de seu pai.
Gn 38:12 Passando-se pois muitos dias,
morreu a filha de Sua,
mulher de Judá;
e depois de consolado Judá
subiu aos tosquiadores das suas ovelhas em Timna,
ele e Hira, seu amigo, o adulamita.
Gn 38:13 E deram aviso a Tamar, dizendo:
Eis que o teu sogro sobe a Timna,
a tosquiar as suas ovelhas.
Gn 38:14 Então ela tirou de sobre si os vestidos
da sua viuvez
e cobriu-se com o véu,
e envolveu-se,
e assentou-se à entrada das duas fontes
que estão no caminho de Timna,
porque via que Selá já era grande,
e ela não lhe fora dada por mulher.
Gn 38:15 E vendo-a Judá,
teve-a por uma prostituta,
porque ela tinha coberto o seu rosto.
Gn 38:16 E dirigiu-se a ela no caminho, e disse:
Vem, peço-te, deixa-me possuir-te.
Porquanto não sabia que era sua nora.
E ela disse:
Que darás, para que possuas a mim?
Gn 38:17 E ele disse:
Eu te enviarei um cabrito do rebanho.
E ela disse:
Dar-me-ás penhor até que o envies?
Gn 38:18 Então ele disse:
Que penhor é que te darei?
E ela disse:
O teu selo,
e o teu cordão,
e o cajado que está em tua mão.
O que ele lhe deu,
e possuiu-a,
e ela concebeu dele.
Gn 38:19 E ela se levantou,
e se foi e tirou de sobre si o seu véu,
e vestiu os vestidos da sua viuvez.
Gn 38:20 E Judá enviou o cabrito por mão do seu amigo,
o adulamita, para tomar o penhor da mão da mulher;
porém não a achou.
Gn 38:21 E perguntou aos homens daquele lugar, dizendo:
Onde está a prostituta que estava no caminho junto às duas fontes?
E disseram:
Aqui não esteve prostituta alguma.
Gn 38:22 E tornou-se a Judá e disse:
Não a achei;
e também disseram os homens daquele lugar:
Aqui não esteve prostituta.
Gn 38:23 Então disse Judá:
Deixa-a ficar com o penhor,
para que porventura não caiamos em desprezo;
eis que tenho enviado este cabrito;
mas tu não a achaste.
Gn 38:24 E aconteceu que,
quase três meses depois, deram aviso a Judá, dizendo:
Tamar, tua nora, adulterou,
e eis que está grávida do adultério.
Então disse Judá:
Tirai-a fora para que seja queimada.
Gn 38:25 E tirando-a fora,
ela mandou dizer a seu sogro:
Do homem de quem são estas coisas eu concebi.
E ela disse mais:
Conhece,
peço-te,
de quem é
este selo,
e este cordão,
e este cajado.
Gn 38:26 E conheceu-os Judá e disse:
Mais justa é ela do que eu,
porquanto não a tenho dado a Selá meu filho.
E nunca mais a conheceu.
Gn 38:27 E aconteceu ao tempo de dar à luz
que havia gêmeos em seu ventre;
Gn 38:28 E sucedeu que, dando ela à luz,
que um pôs fora a mão,
e a parteira tomou-a,
e atou em sua mão um fio encarnado, dizendo:
Este saiu primeiro.
Gn 38:29 Mas aconteceu que,
tornando ele a recolher a sua mão,
eis que saiu o seu irmão, e ela disse:
Como tu tens rompido, sobre ti é a rotura.
E chamaram-lhe Perez.
Gn 38:30 E depois saiu o seu irmão,
em cuja mão estava o fio encarnado;
e chamaram-lhe Zerá.

A escolha de Deus caiu sobre Perez. É Deus quem escolhe, independentemente de obras que qualquer um possa ter praticado ou irá praticar.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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