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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cantares de Salomão 8: 1-14 - NÃO DESPERTE O AMOR ATÉ QUE QUEIRA

Chegamos, graças a Deus, a mais um final de segmentação com nossas reflexões. Estamos encerrando, com a graça de Deus, o livro abençoado e romântico de Cantares de Salomão.
Este último capítulo começa com a continuação da fala da esposa iniciada no verso 9, a, do capítulo 7 e termina também com a fala da esposa no verso 14 com o convite derradeiro para que venha depressa o seu amado e a faça como o gamo ou o filho do veado sobre os montes dos aromas.
Quando ela diz aqui que ele, seu amado, fosse como seu irmão, a palavra chave aqui é “como” e não “irmão”. O seu desejo manifesto com o qual compara seu amado a seu irmão é a liberdade que poderia ter em público com ele de o beijar e de o envolver e introduzi-lo na casa de sua mãe.
Ela está se oferecendo a ele em amor e o desejando e sonhando acordada dando asas à sua imaginação. Seus pensamentos continuam e já agora ele a está envolvendo num abraço hipnótico com os corpos juntos, mesclados, sentindo um ao outro o calor de cada qual.
A mão esquerda dele segura por baixo a sua cabeça, ambos estão deitados e o outro seu braço, a direita, a envolve totalmente. Ela suspira “Ah!” e diz “quem me dera” e faz a sua comparação. Já no verso 4, o coro aponta para uma consumação que ainda vai ocorrer e que está muito próxima. O amor não deve ser despertado nem acordado até que queira.
O amor tem de ser espontâneo, natural, a coisa tem de fluir, de acontecer. O clima deverá surgir e a química e a física se encarregarão de preparar ambos os corpos para que ao simples toque ou simples olhar transformações surjam nele e nela até que se juntem e se completem.
Quem força o amor para que aconteça de qualquer jeito não está amando nem respeitando seu parceiro, antes o violentando para nele se satisfazer de qualquer forma. Aprenda a despertar o amor em seu cônjuge. Conquiste-o. Flerte com ele. Excite-o. Faça pequenos investimentos durante o dia para que na noite possas ter muito que sacar. O troco do amor, sempre será o amor!
Ct 8:1 Ah!
quem me dera que foras como meu irmão,
que mamou aos seios de minha mãe!
Quando te encontrasse lá fora,
beijar-te-ia,
e não me desprezariam!
Ct 8:2 Levar-te-ia
e te introduziria na casa de minha mãe,
e tu me ensinarias;
eu te daria a beber do vinho aromático
e do mosto das minhas romãs.
Ct 8:3 A sua mão esquerda
esteja debaixo da minha cabeça,
e a sua direita me abrace.
Ct 8:4 Conjuro-vos,
ó filhas de Jerusalém,
que não acordeis nem desperteis o meu amor,
até que queira.
Coro
Ct 8:5 Quem é esta que sobe do deserto,
e vem encostada ao seu amado?
Esposo
Debaixo da macieira te despertei,
ali esteve tua mãe com dores;
ali esteve com dores aquela que te deu à luz.
Ct 8:6 Põe-me como selo sobre o teu coração,
como selo sobre o teu braço,
porque o amor é forte como a morte,
e duro como a sepultura o ciúme;
as suas brasas são brasas de fogo,
com veementes labaredas.
Ct 8:7 As muitas águas não podem apagar este amor,
nem os rios afogá-lo;
ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor,
certamente o desprezariam.
Coro
Ct 8:8 Temos uma irmã pequena,
que ainda não tem seios;
que faremos a esta nossa irmã,
no dia em que dela se falar?
Ct 8:9 Se ela for um muro,
edificaremos sobre ela um palácio de prata;
e, se ela for uma porta,
cercá-la-emos com tábuas de cedro.
Esposa
Ct 8:10 Eu sou um muro,
e os meus seios são como as suas torres;
então eu era aos seus olhos como aquela que acha paz.
Coro
Ct 8:11 Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom;
entregou-a a uns guardas;
e cada um lhe trazia pelo seu fruto
mil peças de prata.
Esposa
Ct 8:12 A minha vinha,
que me pertence,
está diante de mim;
as mil peças de prata são para ti,
ó Salomão,
e duzentas para os que guardam o seu fruto.
Esposo
Ct 8:13 O tu,
que habitas nos jardins,
os companheiros estão atentos para ouvir a tua voz;
faze-me, pois, também ouvi-la.
Esposa
Ct 8:14 Vem depressa,
amado meu,
e faze-te semelhante ao gamo
ou ao filho dos veados
sobre os montes dos aromas.
Encerramos este capítulo e este livro com o convite da esposa ao esposo para que se apresse em vir a encontrá-la. A aplicação é clara ao homem e a mulher, ao esposo e a esposa e, por que não, a Cristo e a igreja? Sim, também se aplica a Cristo e a igreja. E a noiva diz “vem”.
Quero encerrar esta segmentação e estes comentários com os seguintes trechos bíblicos em que Paulo fala tão sabiamente da união do esposa e da esposa, de Cristo e da igreja, do marido e da mulher:
Efésios 5:22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
Efésios 5:23 Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
Efésios 5:24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
Efésios 5:25 Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
Efésios 5:26 Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Efésios 5:27 Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Efésios 5:28 Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
Efésios 5:29 Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
Efésios 5:30 Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos.
Efésios 5:31 Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.
Efésios 5:32 Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
Efésios 5:33 Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Finalmente, um pequeno testemunho pessoal do autor que se encontra postado em seu site:
Maridos amai a vossas mulheres como Cristo amou a sua igreja.
Eu estava um dia destes chateado da vida “coisas de casal que se amam” e recebi uma palavra fenomenal. Como eu estava dizendo, eu estava chateado e assim foi:
-      Filho tu amas a tua esposa?
-      Sim, Senhor eu amo a minha esposa.
-      Filho, tua amas verdadeiramente a tua esposa?
-      Sim, Senhor, eu verdadeiramente amo a minha esposa.
-      Filho, você ama a tua esposa como eu amo a minha igreja?
-      ... aí meu Deus... é IMPOSSÍVEL eu amar a minha esposa como o Senhor ama a sua igreja, está isso muito além das minhas capacidades.
-      Então, filho, se você não consegue amar a tua esposa como eu amei a minha igreja, todo o esforço que você fizer para amá-la será insuficiente ao que eu quero de ti nessa área.
Aí, meus irmãos, entendi claramente que assim como está escrito em Efésios 5: 25 a 28, assim, eu devo amar a minha esposa sabendo que todos os meus esforços por amá-la serão insuficientes para atingir aquilo que Deus planejou.
E a conclusão disso qual seria? É que eu preciso de Deus no meu casamento!
Marido: amai as vossas mulheres!
Mulheres: respeitai os vossos maridos!

Esse breve testemunho acima, poderia também ser feito na versão da mulher respeitando ao marido.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Bem-me-quer, Mal-me-quer...

assista  http://www.youtube.com/watch?v=_P5D9DORdoo



Cantares de Salomão 7: 1-13 - AS VINHAS DO AMOR

O esposo admira a beleza da esposa em detalhes delicados e a esposa o excita convidando-o a ir ter com ela, a sair ao campo, a passear as noites nas aldeias e a levantarem bem cedinho, de manhã, para irem às vinhas do amor.
Tão belo é o amor e tão lindas as carícias de cada um ao outro procurando o que agrada, o que dá prazer e o que excita de todas as maneiras e de todas as formas. O esposo alimenta os seus olhos famintos com os detalhes sem igual das formas íntimas de sua amada esposa.
Os pés, as coxas, o umbigo, o ventre, os seios, o pescoço, os olhos, o nariz, a cabeça, os cabelos tudo nela o excita e ele vai deslizando aquele olhar como se fosse uma língua a experimentar o sabor de cada curva e de cada detalhe.
Ele a mira de baixo para cima e vai caminhando bem devagarzinho aproveitando cada esquina, cada curva, cada enfeite e cada detalhe. Junto com os olhares sedutores e a boca ávida e os lábios em brasa, ele vai se derretendo, esquentando e se envolvendo em seu amor.
Ela também está como em estado catatônico e assim fica enquanto suas mãos passeiam por seu corpo belo. Ele lhe fala aos ouvidos e a elogia como a filha do príncipe e ela lhe excita o convidando a continuar, a prosseguir, a sentir o seu hálito como o de maças aromáticas, as respirações de ambos estão ofegantes e os hormônios à flor da pele.
Como é bom amar e ser amado de verdade e não ser usado pelo outro que não quer compromisso, mas apenas tem interesse na mercadoria. Sim, mercadoria! Pode a mercadoria ofertar prazer e alegria e gozo profundo? Jamais! Se você é objeto e mercadoria para satisfação do outro, você não sabe o que é o amor, antes engana-se profundamente.
Há um dito por ai de que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor, mas eu digo que quem não está no senhor não faz amor, antes apenas sexo ou uma espécie de masturbação mais bem elaborada e somente isso: vazia!
Esposo
Ct 7:1 Quão formosos são os teus pés nos sapatos,
ó filha do príncipe!
Os contornos de tuas coxas são como jóias,
trabalhadas por mãos de artista.
Ct 7:2 O teu umbigo como uma taça redonda,
a que não falta bebida;
o teu ventre como montão de trigo,
cercado de lírios.
Ct 7:3 Os teus dois seios
como dois filhos gêmeos de gazela.
Ct 7:4 O teu pescoço
como a torre de marfim;
os teus olhos
como as piscinas de Hesbom,
junto à porta de Bate-Rabim;
o teu nariz
como torre do Líbano,
que olha para Damasco.
Ct 7:5 A tua cabeça sobre ti
é como o monte Carmelo,
e os cabelos da tua cabeça
como a púrpura;
o rei está preso nas galerias.
Ct 7:6 Quão formosa, e quão aprazível és,
ó amor em delícias!
Ct 7:7 A tua estatura
é semelhante à palmeira;
e os teus seios são semelhantes aos cachos de uvas.
Ct 7:8 Dizia eu:
Subirei à palmeira,
pegarei em seus ramos;
e então os teus seios serão como os cachos na vide,
e o cheiro da tua respiração como o das maçãs.
Ct 7:9 E a tua boca
como o bom vinho para o meu amado,
Esposa
que se bebe suavemente,
e faz com que falem os lábios dos que dormem.
Ct 7:10 Eu sou do meu amado,
e ele me tem afeição.
Ct 7:11 Vem,
ó amado meu,
saiamos ao campo,
passemos as noites nas aldeias.
Ct 7:12 Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas,
vejamos se florescem as vides,
se se aparecem as tenras uvas,
se já brotam as romãzeiras;
ali te darei os meus amores.
Ct 7:13 As mandrágoras exalam o seu perfume,
e às nossas portas
há todo o gênero de excelentes frutos,
novos e velhos;
ó amado meu,
eu os guardei para ti.

Ela, a esposa, guardou para o seu amado os excelentes frutos e o amado esposo não vê a hora de experimentá-los, de saboreá-los e de comê-los avidamente e com prazer. Quão grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja, dizia o apóstolo Paulo. Deus tu és tremendo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 4 de agosto de 2013

Cantares de Salomão 6: 1-17 - EMBRIAGADOS DE AMOR

A comparar com o verso 9 do capítulo anterior, as amigas não estavam de fato querendo encontrar o noivo para ela, mas tinham interesses próprios, mas a esposa, sábia, sabia exatamente onde ele estava e o que fazia no seu jardim e ela exclama que ela era dele e ele era dela. Ele apascenta nos jardins e apascenta entre os lírios.
Os olhares de amor do esposo passam a se encantar com a beleza da sua esposa e assim se deleita em cada detalhe dela. Já dizia Augusto Cury que a beleza está nos olhos de quem vê. Se ele vê beleza, quem sou eu para julgar o que ele vê? Assim, não existem mulheres nem homens feios quando o amor os envolve.
Cada um de nós tem a sua beleza própria e condizente com a sua época. As crianças são belas por serem crianças e não a compararemos com os adultos. Os jovens pela sua força e todo vigor. Os adultos e trabalhadores por seus músculos mais bem desenvolvidos e suas expressões mais fortes. Os velhos também possuem a sua beleza própria e cada um é belo em seu tempo.
Querer que o tempo pare e que as coisas não aconteçam nem se desenvolvam nem se amadureçam é pura infantilidade e falta de sabedoria e sinal de rebeldia diante de Deus e diante dos mais velhos e de toda a natureza. Em minha visão, não há homens nem mulheres feios, mas pessoas cheias da graça de Deus que lhes permitiu mais um dia de vida.
O esposo e a esposa estavam em seu auge físico e ele apreciava cada detalhe dela e passa a contemplar e a dar vazão a sua imaginação e aos seus desejos. Cada detalhe dela o inebriava e  o inflamava. A sua esposa era a mulher mais formosa entre todas as mulheres.
Tirza - cidade com que ele começa a compará-la por sua formosura - ficava a cerca de 10km da nordeste de Siquém, situada numa área de grande beleza natural. Foi a capital do reino dividido do norte por aproximadamente cinquenta anos, após a morte de Salomão, e continuou a ser um lugar de intriga política até ser destruída no século 7 a.C. (I Re 14:17; 15:21; 16:8-18; II Re 15:14-16).
A referência positiva à Tirza, aqui, especialmente no paralemismo com Jerusalém, sustenta a visão tradicional de que  Cantares originou-se durante à época de Salomão, antes da divisão dos reinos do norte e do sul. (ref. BEG).
Coro
Ct 6:1 Para onde foi o teu amado,
ó mais formosa entre as mulheres?
Para onde se retirou o teu amado,
para que o busquemos contigo?
Esposa 
Ct 6:2 O meu amado desceu ao seu jardim,
aos canteiros de bálsamo,
para apascentar nos jardins
e para colher os lírios.
Ct 6:3 Eu sou do meu amado,
e o meu amado é meu;
ele apascenta entre os lírios.
Esposo
Ct 6:4 Formosa és,
meu amor,
como Tirza,
aprazível como Jerusalém,
terrível como um exército com bandeiras.
Ct 6:5 Desvia de mim os teus olhos,
porque eles me dominam.
O teu cabelo é como o rebanho das cabras
que aparecem em Gileade.
Ct 6:6 Os teus dentes
são como o rebanho de ovelhas que sobem do lavadouro,
e das quais todas produzem gêmeos,
e não há estéril entre elas.
Ct 6:7 Como um pedaço de romã,
assim são as tuas faces entre os teus cabelos.
Ct 6:8 Sessenta são as rainhas,
e oitenta as concubinas,
e as virgens sem número.
Ct 6:9 Porém uma é a minha pomba,
a minha imaculada,
a única de sua mãe,
e a mais querida daquela que a deu à luz;
viram-na as filhas
e chamaram-na bem-aventurada,
as rainhas e as concubinas
louvaram-na.
Coro
Ct 6:10 Quem é esta que aparece como a alva do dia,
formosa como a lua,
brilhante como o sol,
terrível como um exército com bandeiras?
Esposa
Ct 6:11 Desci ao jardim das nogueiras,
para ver os frutos do vale,
a ver se floresciam as vides
e brotavam as romãzeiras.
Ct 6:12 Antes de eu o sentir,
me pôs a minha alma nos carros do meu nobre povo.
Coro
Ct 6:13 Volta, volta, ó Sulamita,
volta, volta, para que nós te vejamos.
Esposa
Por que olhas para a Sulamita
como para as fileiras de dois exércitos?

As amigas, no verso 10, passam a vê-la quase como uma deusa ou uma “rainha dos céus” o que ecoa com a descrição feita a pouco pelo seu esposo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 

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sábado, 3 de agosto de 2013

Cantares de Salomão 5: 1-16 - O ESPOSO ENTRANDO NO JARDIM DA AMADA

Eu havia dito no capítulo anterior que como era bom receber aquele benigno convite da amada para entrar em seu jardim que destila os aromas do amor para nele comermos dos seus excelentes frutos e saciarmos nossa fome e sede dando glórias a Deus que tudo faz tão bem, e agora começa o capítulo 5 com ele, o esposo, entrando no jardim da amada. 
Primeiramente foi o convite dela o qual foi feito de forma suave e doce para atrair como a flor atrai as abelhas para sugarem seu néctar e serem polinizadas e assim espalharem seus pólens[1] (do grego "pales" = "farinha" ou "pó") em outras flores e assim fecundá-las.
Ele aguardou pacientemente e no sinal da sua amada, finalmente, ele diz para ela que já entrou e a chama de esposa e de irmã. Não somente a mulher é reconhecida como sua mulher com a qual se embriagará em amores, mas também a chama de amiga porque com ela não somente juntará os corpos, mas dividirá a alma e os pensamentos, em profunda comunhão.
Em seguida, então, ele colhe a sua mirra com a sua especiaria, come do seu favo com o seu mel, e bebe o seu vinho com o seu leite.
Finaliza o primeiro versículo depois incentivando seus amigos a se banquetearem juntamente com ele, obviamente cada um no jardim de sua amada, conforme o convite de cada uma. Tanto o colher, como o comer e o beber estão relacionados ao ato amoroso em forma de ilustrações.
Ela ainda está sonhando com esse momento de união íntima onde não somente sua relação com o seu amado será consumada, mas também aprovada pela família, pelos amigos, pela sociedade e, principalmente, por Deus.
Entre os versos 2 e 8, o sonho da jovem se transforma em um terrível pesadelo onde seu jovem esposo desaparece e ela passa a procura-lo freneticamente pelas ruas da cidade.
No verso 8, ela confessa as amigas que está tonta, enferma de amor e a fuga ou o pesadelo que ela tem com seu amado desaparecendo é porque ainda ela não pode concluir seus desejos profundos, mas seu corpo todo respira esse desejo e ela não vê a hora de concretizá-los junto com o amado de sua alma.
Como é lindo o amor e a linguagem dele para comunicar a intensidade e a força presentes em nossos corpos que ao simples toque ou passar perto do amado/amada faz nosso ser se estremecer e se arrepiar provocando ondas que vai e vêm em formas de desejos que a imaginação voa bem alto.
Esposo
Ct 5:1 Já entrei no meu jardim,
minha irmã,
minha esposa;
colhi a minha mirra com a minha especiaria,
comi o meu favo com o meu mel,
bebi o meu vinho com o meu leite;
comei,
amigos,
bebei abundantemente,
ó amados.
Esposa
Ct 5:2 Eu dormia,
mas o meu coração velava;
e eis a voz do meu amado que está batendo:
Esposo
abre-me,
minha irmã,
meu amor,
pomba minha,
imaculada minha,
porque a minha cabeça está cheia de orvalho,
os meus cabelos das gotas da noite.
Esposa
Ct 5:3 Já despi a minha roupa;
como as tornarei a vestir?
Já lavei os meus pés;
como os tornarei a sujar?
Ct 5:4 O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta,
e as minhas entranhas estremeceram por amor dele.
Ct 5:5 Eu me levantei para abrir ao meu amado,
e as minhas mãos gotejavam mirra,
e os meus dedos mirra com doce aroma,
sobre as aldravas da fechadura.
Ct 5:6 Eu abri ao meu amado,
mas já o meu amado tinha se retirado,
e tinha ido;
a minha alma desfaleceu quando ele falou;
busquei-o e não o achei,
chamei-o e não me respondeu.
Ct 5:7 Acharam-me os guardas que rondavam pela cidade;
espancaram-me,
feriram-me,
tiraram-me o manto os guardas dos muros.
Ct 5:8 Conjuro-vos,
ó filhas de Jerusalém,
que, se achardes o meu amado,
lhe digais que estou enferma de amor.
Coro
Ct 5:9 Que é o teu amado mais do que outro amado,
ó tu, a mais formosa entre as mulheres?
Que é o teu amado
mais do que outro amado,
que tanto nos conjuras?
Esposa
Ct 5:10 O meu amado é branco e rosado;
ele é o primeiro entre dez mil.
Ct 5:11 A sua cabeça
é como o ouro mais apurado,
os seus cabelos são crespos,
pretos como o corvo.
Ct 5:12 Os seus olhos
são como os das pombas junto às correntes das águas,
lavados em leite,
postos em engaste.
Ct 5:13 As suas faces
são como um canteiro de bálsamo,
como flores perfumadas;
os seus lábios são como lírios
gotejando mirra com doce aroma.
Ct 5:14 As suas mãos são como anéis de ouro
engastados de berilo;
o seu ventre como alvo marfim,
coberto de safiras.
Ct 5:15 As suas pernas como colunas de mármore
colocadas sobre bases de ouro puro;
o seu aspecto como o Líbano,
excelente como os cedros.
Ct 5:16 A sua boca é muitíssimo suave,
sim, ele é totalmente desejável.
Tal é o meu amado,
e tal o meu amigo,
ó filhas de Jerusalém.
Ela passa a descrever o seu amado citando todos os detalhes e características físicas de seu ser. Ela está, como ela mesma confessou, enferma de amor e assim somente tem olhos para o seu amado. A descrição que ela faz dele sugere que seu amado se distingue tanto pela força como pela delicadeza.



[1] O Pólen (do grego "pales" = "farinha" ou "pó") é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores das plantas mais evoluídas do sistema biológico vegetal, que são os elementos reprodutores masculinos, onde se encontram os gâmetas que vão fecundar os óvulos, para os transformar em frutos.
As abelhas constituem uma das mais eficientes forças-tarefas de polinização a serviço da natureza. As flores estabelecem com elas um eficiente pacto de ajuda mútua.
O Pólen, rico em proteína, oferece o nutriente necessário para o desenvolvimento das abelhas. A abelha coleta os Pólens das flores, que aderem aos pelos do seu corpo quando em contacto com os estames, escovando-se com os "pentes tibiaís" e aglutinando os grãos em esferas, que são transportados nas corbículas das patas posteriores. Além de colher sua parte, as abelhas espalham os elementos masculinos de flor em flor, porque seu corpo peludo fica cheio de Pólen.
As abelhas transportam estas esferas de pólen para a colmeia, onde são depositadas nos alvéolos dos favos, sendo comprimidas pela cabeça das abelhas operárias, para obter uma massa compacta. Essa massa sofre transformações, não só pelo alto índice de umidade e temperatura interna da colmeia, que gira em torno de 35ºC, mas também pela ação de secreções salivares das abelhas, ricas em enzimas, e misturadas com néctar.
Ao término destas transformações esta massa é denominada "pão das abelhas". Este "pão das abelhas" é por elas utilizado como alimento protéico desde o período larval até o final de sua vida adulta. Outro importante produto fabricado pelas abelhas com Pólen é a Geléia Real.
As abelhas são, dentre os insetos, os polinizadores mais eficientes devido a sua constância e fidelidade à coleta e também pelo seu reconhecimento de cor e sua memória de odor.
É de vital importância a polinização das plantas pelas abelhas, não só para o meio ambiente, porque garantem a perpetuação das espécies vegetais, mas também para a agricultura, por aumentarem sensivelmente a produção de frutos e sementes.
O Pólen é um alimento completo e valioso da natureza, que além de garantir todos os aminoácidos essenciais ao organismo humano, também é rico em oligoelementos minerais, fibras, hormônios vegetais e vitaminas. Formado por 10% a 35% de material protéico e 30% a 40% de açúcares (glicose, frutose e dextrina), os quais são rapidamente absorvidos pelo organismo sem esforços.
O Pólen oferece ainda celulose, a fibra com estrutura química de carboidrato, que estimula o funcionamento intestinal.” - http://www.mnpropolis.com.br/produtos_polen.asp.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cantares de Salomão 4: 1-16 - AS DELÍCIAS DO AMOR

As delícias do amor se veem por todo o livro e aqui no capítulo 4, o esposo e a esposa, ambos, estão embriagados pelo amor. Ele está encantado com ela e com sua formosura e faz comparações dela e de partes de seu formoso corpo com valores da época. Ele não quer deixar escapar nenhum detalhe e particularidade sua e se deixa extravasar.
Como é lindo o amor! Como é bom se deixar levar. Como é bom sentir o outro e se deliciar, dia após dia com suas carícias sem fim. Como é bom tocar e ser tocado na sua intimidade pelo outro que está ali sendo bênção de Deus. Nossa consciência aprova. Nosso corpo se derrete, gememos e nos estremecemos dando glórias a Deus.
No entanto, tem muita gente que imagina que crente não ama ou que fica num estado de torpor mental com medo de outras mulheres e homens de até cair em tentação. Estes imaginam que estamos somente proibindo coisas e autonegando outras na tentativa de fugir dos olhos severos de um deus que não conhecemos.
Ao contrário do que muita gente pensa, nós – os crentes - é que somos os verdadeiros amantes e que sentimos as coisas melhores e mais profundas do que qualquer profissional do sexo ou amante de todos os homens ou de todas as mulheres. Quem se entrega irresponsavelmente ao sexo, ainda que na masturbação, não é sábio, não há prazer, antes puro egoísmo.
Na verdade, ele também irá sentir coisas e se alegrar, mas acabando o feito, onde estará sua consciência participando disso? Não, ele está só! Até fazendo junto com um e com outra, ele ainda continua só. O outro apenas foi o seu repositório ou seu instrumento de satisfação momentânea e triste.
Fomos feitos à imagem e à semelhança de Deus e somente em Deus é que iremos ser completos em nós mesmos. Não adianta pegarmos nossos corpos e os transformarmos em instrumento do pecado que não alcançaremos satisfação plena que somente se encontra em Deus.
Há homens e religiões que privam os outros até do casamento como desculpa de estarem buscando a Deus. vejam um trecho pequeno de Paulo aos Timóteo:
I Timóteo 4:1 Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;
I Timóteo 4:2 Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
I Timóteo 4:3 Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças;
I Timóteo 4:4 Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças.
I Timóteo 4:5 Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada.
Esposo
Ct 4:1 Eis que és formosa,
meu amor,
eis que és formosa;
os teus olhos são como os das pombas entre as tuas tranças;
o teu cabelo é como o rebanho de cabras
que pastam no monte de Gileade.
Ct 4:2 Os teus dentes são como o rebanho das ovelhas tosquiadas,
que sobem do lavadouro,
e das quais todas produzem gêmeos,
e nenhuma há estéril entre elas.
Ct 4:3 Os teus lábios são como um fio de escarlate,
e o teu falar é agradável;
a tua fronte é qual um pedaço de romã entre os teus cabelos.
Ct 4:4 O teu pescoço é como a torre de Davi,
edificada para pendurar armas;
mil escudos pendem dela,
todos broquéis de poderosos.
Ct 4:5 Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos da gazela,
que se apascentam entre os lírios.
Esposa
Ct 4:6 Até que refresque o dia,
e fujam as sombras,
irei ao monte da mirra,
e ao outeiro do incenso.
Esposo
Ct 4:7 Tu és toda formosa,
meu amor,
e em ti não há mancha.
Ct 4:8 Vem comigo do Líbano,
ó minha esposa,
vem comigo do Líbano;
olha desde o cume de Amana,
desde o cume de Senir e de Hermom,
desde os covis dos leões,
desde os montes dos leopardos.
Ct 4:9 Enlevaste-me o coração,
minha irmã,
minha esposa;
enlevaste-me o coração
com um dos teus olhares,
com um colar do teu pescoço.
Ct 4:10 Que belos são os teus amores,
minha irmã,
esposa minha!
Quanto melhor é o teu amor
do que o vinho!
E o aroma dos teus ungüentos
do que o de todas as especiarias!
Ct 4:11 Favos de mel manam dos teus lábios,
minha esposa!
Mel e leite estão debaixo da tua língua,
e o cheiro dos teus vestidos
é como o cheiro do Líbano.
Ct 4:12 Jardim fechado és tu,
minha irmã,
esposa minha,
manancial fechado,
fonte selada.
Ct 4:13 Os teus renovos são um pomar de romãs,
com frutos excelentes,
o cipreste com o nardo.
Ct 4:14 O nardo, e o açafrão,
o cálamo, e a canela,
com toda a sorte de árvores de incenso,
a mirra e aloés,
com todas as principais especiarias.
Ct 4:15 És a fonte dos jardins,
poço das águas vivas,
que correm do Líbano!
Esposa
Ct 4:16 Levanta-te,
vento norte,
e vem tu,
vento sul;
assopra no meu jardim,
para que destilem os seus aromas.
Ah! entre o meu amado no jardim,
e coma os seus frutos excelentes!

Como é bom receber aquele doce e benigno convite para entrar no jardim de nossa amada que destila os aromas de amor para nele comermos os seus frutos mais excelentes e saciarmos nossa fome e sede dando glórias a Deus que tudo fez tão bom. A Deus toda a glória!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br

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