O
sábio irá agora falar, no capítulo 7, das coisas que são melhores. Irá compará-las
com os seus opostos para termos aquela ideia dos contrastes de provérbios. Sua
visão a princípio parece pessimista, mas refletindo um pouco veremos que ele
está certo. Curtir a vida é muito bom; esquecer que morreremos, não é sábio.
Inicialmente,
ele insiste no tema da morte, do luto, do fim de todas as coisas que praticamos
e que achamos que não terá jamais seu fim. Alegramo-nos nos nascimentos, nas
festas e valorizamos o riso e a alegria, mas junto a eles, inevitavelmente,
estão a morte, o luto, o choro e a tristeza. No entanto, ele diz que é melhor
esse lado mais desagradável, porque somente olhar para o bom traz ao nosso
coração o engano.
Eu
não vejo o nascimento, as festas, o riso e a alegria como ruins, mas vejo que
se esquecermos da morte, do luto, do choro e da tristeza, estaremos nos enganando
a nós mesmos. Meu coração, portanto, se tornará mais humilde e mais gentil com
as pessoas porque somos todos iguais, e todos passaremos por isso e
precisaremos, ao final, da mão amiga de cada um para enfrentarmos esses dias.
Depois
disso, ele continua seu discurso exaltando a sabedoria, o temor a Deus, as
obras de Deus sempre se utilizando dos contrastes para que a ideia fique clara
em nossas mentes. A Bíblia toda é para ser lida com atenção, em oração
contínua, pedindo sempre ao Senhor para falar conosco a fim de aprendermos mais
de seus ensinos preciosos.
Quando
Deus se dirigiu a Josué que substituiu a Moisés ele lhe falou palavras de
incentivo e lhe prometeu que jamais o abandonaria. Depois Paulo, pelo Espírito
Santo, aproveitou-se do que disse Deus e aplicou a todos os crentes, inclusive
eu e você! Ele passou-lhe uma regra e uma instrução que jamais deveria sair de
nossas cabeças para sempre sobre a sua lei e palavra:
Josué 1:2 Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este
Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
Josué 1:3 Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado,
como eu disse a Moisés.
Josué 1:4 Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates,
toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o
vosso termo.
Josué 1:5 Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui
com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei.
Josué 1:6 Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar
a terra que jurei a seus pais lhes daria.
Josué 1:7 Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado
de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te
desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te
conduzas por onde quer que andares.
Josué 1:8 Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele
dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele
está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem
sucedido.
Josué 1:9 Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te
espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.
Ec 7:1 Melhor é a boa fama do que o melhor ungüento,
e o dia da morte do que o dia do nascimento de alguém.
Ec
7:2 Melhor é ir à casa onde há luto
do que ir à casa onde há banquete,
porque naquela está o fim de todos os
homens,
e os vivos o aplicam ao seu coração.
Ec
7:3 Melhor é a mágoa do que o riso,
porque com a tristeza do rosto se faz melhor o
coração.
Ec
7:4 O coração dos sábios está na casa do luto,
mas o coração dos tolos na casa da alegria.
Ec
7:5 Melhor é ouvir a repreensão do sábio,
do que ouvir alguém a canção do tolo.
Ec
7:6 Porque qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela,
tal é o riso do tolo;
também isto é vaidade.
Ec
7:7 Verdadeiramente que a opressão faria endoidecer até ao sábio,
e o suborno corrompe o coração.
Ec
7:8 Melhor é o fim das coisas
do que o princípio delas;
melhor
é o paciente de espírito
do que o altivo de espírito.
Ec
7:9 Não te apresses no teu espírito a irar-te,
porque a ira repousa no íntimo dos tolos.
Ec
7:10 Nunca digas:
Por que foram os dias passados melhores do que estes?
Porque não provém da sabedoria esta
pergunta.
Ec
7:11 Tão boa é a sabedoria como a herança,
e dela tiram proveito os que vêem o sol.
Ec
7:12 Porque a sabedoria serve de defesa,
como de defesa serve o dinheiro;
mas a excelência do conhecimento
é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.
Ec
7:13 Atenta para a obra de Deus;
porque quem poderá endireitar o que ele fez torto?
Ec
7:14 No dia da prosperidade goza do bem,
mas no dia da adversidade considera;
porque também Deus fez a este em oposição
àquele,
para que o homem nada descubra do que há
de vir depois dele.
Ec
7:15 Tudo isto vi nos dias da minha vaidade:
há justo que perece na sua justiça,
e há ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade.
Ec
7:16 Não sejas demasiadamente justo,
nem demasiadamente sábio;
por que te destruirias a ti mesmo?
Ec
7:17 Não sejas demasiadamente ímpio,
nem sejas louco;
por que morrerias fora de teu tempo?
Ec
7:18 Bom é que retenhas isto,
e também daquilo não retires a tua mão;
porque quem teme a Deus escapa de tudo
isso.
Ec
7:19 A sabedoria fortalece ao sábio,
mais do que dez poderosos que haja na cidade.
Ec
7:20 Na verdade que não há homem justo sobre a terra,
que faça o bem,
e nunca peque.
Ec
7:21 Tampouco apliques o teu coração
a todas as palavras que se disserem,
para que não venhas a ouvir o teu servo
amaldiçoar-te.
Ec
7:22 Porque o teu coração também já confessou
que muitas vezes tu amaldiçoaste a outros.
Ec
7:23 Tudo isto provei-o pela sabedoria; eu disse:
Sabedoria adquirirei;
mas ela ainda estava longe de mim.
Ec
7:24 O que já sucedeu é remoto e profundíssimo;
quem o achará?
Ec
7:25 Eu apliquei o meu coração para
saber, e inquirir, e buscar a sabedoria e a razão das
coisas,
e para conhecer que a impiedade é
insensatez
e que a estultícia é loucura.
Ec
7:26 E eu achei uma coisa mais amarga do que a morte,
a mulher cujo coração são redes e laços,
e cujas mãos são ataduras;
quem for bom diante de Deus escapará dela,
mas o pecador virá a ser preso por ela.
Ec
7:27 Vedes aqui, isto achei, diz o pregador,
conferindo uma coisa com a outra para achar a razão
delas;
Ec
7:28 A qual ainda busca a minha alma,
porém ainda não a achei;
um homem entre mil achei eu,
mas uma mulher entre todas estas não
achei.
Ec
7:29 Eis aqui,
o que tão-somente achei:
que Deus fez ao homem reto,
porém eles buscaram muitas astúcias.
Durante
anos, este sábio viveu em apostasia em que se entregou a toda sorte de
empreendimentos em busca da satisfação própria, compreensão do mundo e da vida,
buscando esperança e felicidade na base do esforço humano, de sua capacidade de
raciocínio e forças, mas de modo independente de Deus. Ele tinha visto, então,
que tudo era vaidade e correr atrás do vento.
Até
aqui, neste livro de Eclesiastes, nós temos um relatório desse empreendimento
durante os anos de apostasia. Os versos que antecedem ao texto é um preparativo
para a sua conclusão fatídica que posteriormente o apóstolo Paulo captou muito
bem: “desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm
7:24).
Salomão
escreve então a sua conclusão em um versículo que justifica a sua conduta
anterior. Conduta essa independente de Deus, errada e reconhecidamente maligna:
“Deus fez o homem reto, mas este se meteu em muitas astúcias”.
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O
sábio começa falando de um grande mal que ele tinha visto na sua vida que era o
homem que trabalha, que ajunta, que reúne, que se esforça, mas que não tira
proveito algum do que ajuntou ou recolheu, antes isso será passado para outra
pessoa que ele nem sabe quem será.
O
que isso nos ensina com relação ao nosso trabalho aqui na terra no tempo em que
ainda estamos vivos? Que devemos viver a vida no momento que Deus nos dá para
gozarmos. Se esperarmos demais o tempo passar ou ficarmos ajuntando para um
certo dia, não teremos garantia de que este certo dia virá a acontecer.
Melhor
é ir levando a vida de forma a temer a Deus e ir gozando ela para a glória de
Deus. Quem fica trabalhando e ajuntando para um futuro que não conhece, jamais
terá a certeza de que está trabalhando para si mesmo.
Eu
duvido que uma pessoa que somente pensa no trabalho continuaria a trabalhar e a
ajuntar se lhe fosse dado conhecimento de quem iria ficar com todo o seu
trabalho ao final de sua vida. Duvido que essa pessoa iria continuar a se
esforçar tanto. Duvido, ainda, que iria se esquecer, no caminho, daquilo que
talvez fosse mais importante para sua vida e que ela desprezou por causa de seu
trabalho.
Trabalhar
é bom e devemos trabalhar, fazer economias, juntar, se esforçar, mas jamais
sacrificar tudo por conta disso. A vida não está lá na frente, ela está na
jornada, na caminhada, junto com as pessoas que estão conosco caminhando e
ajuntando. Não desperdice a sua vida enquanto está a ajuntar. Viva cada dia
confiando em Deus e se alegrando de seu trabalho e dos que estão contigo na
caminhada.
Se
você gosta de valorizar o trabalho, valorize-o, isso não é ruim, mas também
valorize as pessoas que estão ao seu lado torcendo por você. Valorize os
momentos de lazer. Valorize a alegria e a saúde que Deus dá para trabalhar.
Valorize a vida e a celebre com alegria, pois ela é dom de Deus!
Ec
6:1 Há um mal que tenho visto debaixo do sol,
e é mui freqüente entre os homens:
Ec 6:2 Um homem a quem Deus deu
riquezas, bens e honra,
e nada lhe falta de tudo quanto a sua alma
deseja,
e Deus não lhe dá
poder para daí comer,
antes o estranho lho come;
também isto é vaidade e má enfermidade.
Ec
6:3 Se o homem gerar cem filhos,
e viver muitos anos,
e os dias dos seus anos forem muitos,
e se a sua alma não se fartar do bem,
e além disso não tiver sepultura,
digo que um aborto
é melhor do que ele.
Ec 6:4 Porquanto debalde veio,
e em trevas se vai,
e de trevas se cobre o seu nome.
Ec 6:5 E ainda que nunca viu o sol,
nem conheceu nada,
mais descanso tem este do que aquele.
Ec 6:6 E, ainda que vivesse duas vezes mil anos e não
gozasse o bem,
não vão todos para um mesmo lugar?
Ec
6:7 Todo o trabalho do homem é para a sua boca,
e contudo nunca se satisfaz o seu espírito.
Ec 6:8 Porque, que mais tem o sábio do que
o tolo?
E que mais tem o pobre que sabe andar
perante os vivos?
Ec 6:9 Melhor é a vista dos olhos
do que o vaguear da cobiça;
também isto é vaidade e aflição de
espírito.
Ec 6:10 Seja qualquer o que for,
já o seu nome foi nomeado,
e sabe-se que é homem,
e que não pode contender com o que é mais
forte do que ele.
Ec 6:11 Na verdade que há muitas coisas que
multiplicam a vaidade;
que mais tem o homem de melhor?
Ec 6:12 Pois, quem sabe o que é bom nesta vida para o
homem,
por todos os dias da sua vida de vaidade,
os quais gasta como sombra?
Quem declarará ao homem
o que será depois dele debaixo do sol?
Engraçado
que todo trabalho do homem é para sua boca, contudo nunca se satisfaz o seu
apetite. Assim, ele sempre irá trabalhar e nunca irá se satisfazer. Deixar de
trabalhar, ele não pode; satisfazer-se, ele também nunca conseguirá. O que
fazer então?
Não
trabalhar para se satisfazer, mas trabalhar para a glória de Deus que
certamente o satisfará em tudo. Isso nos ensina o sábio neste capítulo 6 de
Eclesiastes.
Estar
na presença de Deus não é brincadeirinha ou faz-de-contas, antes é algo
demasiadamente sério e profundo. Se levamos Deus a sério, ele nos levará também
a sério; se o desprezarmos, seremos desprezados. Não que ele nos abandone e
deixe de ser misericordioso e bom, mas que estaremos seguindo direções erradas
em nossas vidas.
Deus
disse para Abraão para que ele andasse em sua presença e fosse perfeito. Isso
se aplica a mim também e, com certeza, se aplica a você que lê/ouve este post e
se aplica a cada um dos filhos de Abraão. Ande com Deus sempre, ainda que não
imagine que ele está ali contigo, veja-o pela fé.
É
difícil a caminhada da fé porque não vemos com nossos olhos e temos de
perseverar na fidelidade a Deus pela fé, sem ver. O medo que ronda o que anda
pela fé é de estar seguindo seus próprios caminhos ou de não estar na presença
de Deus ou de Deus nem se importar com ele. Aqui me refiro ao medo sadio como
diz um ditado: coragem não é ausência de medo, mas disposição para enfrentá-lo.
O
sábio aqui nos orienta a guardarmos nossos pés quando entrarmos na casa de
Deus; também no orienta a guardar a nossa boca de proferir qualquer coisa na
sua presença. O tolo que faz tolices, esse sim, se precipita com os lábios e
fala coisas inconvenientes, e faz promessas que não irá cumprir, e Deus não se
agrada desses.
Não
é errado fazermos promessas, ou fazermos votos ou conversarmos seriamente com
Deus, ou pedir-lhe algo e ele realizar de forma fantástica; mas é errado não
levá-lo a sério e se precipitar com nossos lábios em falas absurdas e motivadas
pela emoção do momento. O homem inconstante sentirá dificuldades.
Eu
resolvi levar Deus a sério! Sim, resolvi isso pela fé! Não vendo nada, mas acreditando
que ele está comigo, conforme diz a sua palavra.
Ec
5:1 Guarda o teu pé,
quando entrares na casa de Deus;
porque chegar-se para ouvir é melhor
do que oferecer sacrifícios de tolos,
pois não sabem que fazem mal.
Ec
5:2 Não te precipites com a tua boca,
nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra
alguma
diante de Deus;
porque Deus está nos céus,
e tu estás sobre a terra;
assim sejam poucas as tuas palavras.
Ec 5:3 Porque, da muita ocupação vêm os sonhos,
e a voz do tolo da multidão das palavras.
Ec
5:4 Quando a Deus fizeres algum voto,
não tardes em cumpri-lo;
porque não se agrada de tolos;
o que votares,
paga-o.
Ec 5:5 Melhor é que não votes
do que votares e não cumprires.
Ec
5:6 Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne,
nem digas diante do anjo que foi erro;
por que razão se iraria Deus contra a tua
voz,
e destruiria a obra das tuas mãos?
Ec 5:7 Porque, como na multidão dos sonhos há
vaidades,
assim também nas muitas palavras;
mas tu teme a Deus.
Ec
5:8 Se vires em alguma província opressão do pobre,
e violência do direito e da justiça,
não te admires de tal procedimento;
pois quem está altamente colocado
tem superior que o vigia;
e há mais altos do que eles.
Ec
5:9 O proveito da terra é para todos;
até o rei se serve do campo.
Ec
5:10 Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará;
e quem amar a abundância nunca se fartará da renda;
também isto é vaidade.
Ec
5:11 Onde os bens se multiplicam,
ali se multiplicam também os que deles comem;
que mais proveito, pois, têm os seus donos
do que os ver com os seus olhos?
Ec
5:12 Doce é o sono do trabalhador,
quer coma pouco quer muito;
mas a fartura do rico
não o deixa dormir.
Ec
5:13 Há um grave mal que vi debaixo do sol,
e atrai enfermidades:
as riquezas que os seus donos guardam
para o seu próprio dano;
Ec 5:14 Porque as mesmas riquezas
se perdem por qualquer má ventura, e
havendo algum filho
nada lhe fica na sua mão.
Ec 5:15 Como saiu do ventre de sua mãe,
assim nu tornará,
indo-se como veio;
e nada tomará do seu trabalho,
que possa levar na sua mão.
Ec 5:16 Assim que também isto é um grave mal que,
justamente como veio,
assim há de ir;
e que proveito lhe vem de trabalhar para o vento,
Ec 5:17 E de haver comido todos os seus
dias nas trevas,
e de haver padecido muito enfado,
e enfermidade,
e furor?
Ec
5:18 Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa:
comer e beber,
e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho,
em que trabalhou debaixo do sol,
todos os dias de vida que Deus lhe deu,
porque esta é a sua porção.
Ec
5:19 E a todo o homem,
a quem Deus deu riquezas e bens,
e lhe deu poder para delas comer e tomar a
sua porção,
e gozar do seu trabalho,
isto é dom de Deus.
Ec 5:20 Porque não se lembrará muito dos dias da sua
vida;
porquanto Deus lhe enche de alegria o seu
coração.
Diz
o sábio; - “isso é dom de Deus”! Verdade! Os bens e as riquezas, a sua presença
e a salvação, o trabalho e o descanso, a esposa fiel e os filhos, tudo vem de
Deus em forma de dádiva a qual deve ser recebida com coração grato, fiel e
aberto, tanto para ser abençoado como para ser bênção. ... mas qual é a minha
parte? A sua, a nossa parte? “Anda na minha presença e sê perfeito!” – Gn 17:1.
Estamos
vivendo e gozando das bênçãos que Deus nos deu tendo a capacidade de admiração,
inteligência, capacidade crítica, de contemplação, de adoração, tudo isso
porque fomos criados à imagem e à semelhança de Deus.
O
mundo é tão complexo e cheio de variáveis infinitas que levaria uma infinidade
de tempo somente para explorar o infinito. Conclusão: jamais deixaremos de
adorar ao Deus que fez tudo isso e que nos possibilita sermos como ele, podendo
ter comunhão e nos relacionarmos com o Criador.
O
sábio aqui está contemplando as opressões e injustiças que são feitas e as
consequências de tudo isso. Ele se admira do que cada um está fazendo debaixo
do sol e da forma que vivem, como se não houvesse a justiça ou como se Deus não
se importasse. Há de fato muita maldade e muita injustiça.
Deus
tem prometido que isso acabará um dia e logo, logo tudo isso estará fazendo
parte de nossa história; de um período de trevas e de confusão. Há um mistério
na vida que nos encanta e nos seduz: viveremos eternamente, infinitamente,
somente para adorarmos nosso Criador, bendito para todo o sempre.
Ele,
o sábio, continua a ver a vaidade em tudo o que fazemos ou nos prestamos a
fazer. Ele está certo! Por causa da depravação total do homem e de sua plena
incapacidade de não pecar, por não ter livre-arbítrio, ele está preso ao pecado
e à vaidade.
Eu
repito: não é livre o que faz o que quer, na hora que quer, como quer, mas o
que se controla em tudo para fazer como Deus quer, este sim é livre. Como não
conseguimos fazer qualquer coisa que seja contrária à nossa natureza, não somos
livres, mas escravos do pecado.
Ec
4:1 Depois voltei-me,
e atentei para todas as opressões que se fazem debaixo
do sol;
e eis que vi as lágrimas dos que foram
oprimidos
e dos que não têm consolador,
e a força
estava do lado dos seus opressores;
mas eles não tinham consolador.
Ec
4:2 Por isso eu louvei os que já morreram,
mais do que os que vivem ainda.
Ec 4:3 E melhor que uns e outros
é aquele que ainda não é;
que não viu as más obras
que se fazem debaixo do sol.
Ec
4:4 Também vi eu
que todo o trabalho,
e toda a destreza em obras,
traz ao homem a inveja do seu próximo.
Também isto é vaidade e aflição de
espírito.
Ec 4:5 O tolo cruza as suas mãos,
e come a sua própria carne.
Ec 4:6 Melhor é a mão cheia com descanso
do que ambas as mãos cheias
com trabalho, e aflição de espírito.
Ec 4:7 Outra vez me voltei,
e vi vaidade debaixo do sol.
Ec
4:8 Há um que é só,
e não tem ninguém,
nem tampouco filho nem irmão;
e contudo não cessa do seu trabalho,
e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem
diz:
Para quem trabalho eu,
privando a minha alma do bem?
Também isto é vaidade e enfadonha
ocupação.
Ec
4:9 Melhor é serem dois do que um,
porque têm melhor paga do seu trabalho.
Ec 4:10 Porque se um cair,
o outro levanta o seu companheiro;
mas ai do que estiver só;
pois, caindo, não haverá outro que o
levante.
Ec 4:11 Também, se dois dormirem juntos,
eles se aquentarão;
mas um só, como se aquentará?
Ec 4:12 E, se alguém prevalecer contra um,
os dois lhe resistirão;
e o cordão de três dobras
não se quebra tão depressa.
Ec
4:13 Melhor é a criança pobre e sábia
do que o rei velho e insensato,
que não se deixa mais admoestar.
Ec 4:14 Porque um sai do cárcere para reinar;
enquanto outro, que nasceu em seu reino,
torna-se pobre.
Ec
4:15 Vi a todos os viventes andarem debaixo do sol com a criança,
a sucessora, que ficará no seu lugar.
Ec
4:16 Não tem fim todo o povo que foi antes dele;
tampouco os que lhe sucederem se alegrarão dele.
Na verdade que também isto é vaidade e aflição de
espírito.
Em
nossa caminhada que Deus nos permite, pela sua graça, caminharmos, é melhor que
sejamos dois e não somente um. Deus uniu o homem e a mulher – ele não uniu
homem e homem, nem mulher e mulher - para serem os dois uma só carne. Com o
Senhor, eles se tornam 3 e essa corda formada por eles não se romperá
facilmente.
Hoje
é o dia da sua salvação! Realmente, se há um tempo determinado para cada
propósito debaixo do céu, então eu digo que é hoje o seu dia. Somente vivemos o
hoje, porque o amanhã ainda não veio, e o ontem já era.
Lendo
Agostinho, uns tempos atrás, a sua obra CONFISSÕES ele falou sobre o tempo e
confesso que ele deu um nó em minha cabeça. Ele especulou que talvez não fosse
como pensássemos sobre o tempo em que ele existe agora, ainda não existe no
futuro e já passou no passado, mas que poderia ser que o futuro é algo que vem
se desenrolando, nos deixando o hoje e caminhando para o passado.
O
certo é que existe um tempo certo para cada propósito e isso me ensina que se
eu estou triste, isso vai passar; se estou alegre, sei que vai chegar a
tristeza; se nasci, o caminho é a morte; se plantei, haverá colheita. Nada do
estado mental é eterno porque os fatos serão outros logo, logo. Assim, o sábio
será aquele que, na abundância, guardará para os tempos de escassez e que, na
escassez, terá paciência de esperar a abundância a caminho.
Não
há porque desesperarmos e partirmos para o radicalismo uma vez que o mundo não
está entregue ao caos, mas pertence a Deus que sabe dos tempos e das estações
certas. No verso 11, está dito que este Deus tudo fez formoso e que até colocou
o mundo no coração dos homens. Outras versões dizem, ao invés de “mundo” a
palavra “eternidade”.
Sim,
Deus colocou a eternidade em nossos corações, por isso que jamais imaginamos
que iremos morrer um dia. A morte, embora seja bem real, nunca é aceita em fase
alguma da vida, nem mesmo os velhos, já mais próximos dela, querem dela saber.
Enquanto há vida, há esperança!
É
por isso mesmo que no verso 14 ele fala que tudo o que Deus fez durará
eternamente e assim o fez para que haja diante dele o temor devido somente a
ele.
Ec
3:1 Tudo tem o seu tempo determinado, e
há tempo para
todo o propósito debaixo do céu.
Ec 3:2 Há tempo de nascer,
e tempo de morrer;
tempo de plantar,
e tempo de arrancar o que se plantou;
Ec 3:3 Tempo de matar,
e tempo de curar;
tempo de derrubar,
e tempo de edificar;
Ec 3:4 Tempo de chorar,
e tempo de rir;
tempo de prantear,
e tempo de dançar;
Ec 3:5 Tempo de espalhar pedras,
e tempo de ajuntar pedras;
tempo de abraçar,
e tempo de afastar-se de abraçar;
Ec 3:6 Tempo de buscar,
e tempo de perder;
tempo de guardar,
e tempo de lançar fora;
Ec 3:7 Tempo de rasgar,
e tempo de coser;
tempo de estar calado,
e tempo de falar;
Ec 3:8 Tempo de amar,
e tempo de odiar;
tempo de guerra,
e tempo de paz.
Ec
3:9 Que proveito tem o trabalhador
naquilo em que trabalha?
Ec 3:10 Tenho visto o trabalho que Deus
deu
aos filhos dos homens,
para com ele os exercitar.
Ec
3:11 Tudo fez formoso em seu tempo;
também pôs o mundo no coração do homem,
sem que este possa descobrir a obra que
Deus fez
desde o princípio até ao fim.
Ec 3:12 Já tenho entendido que não há coisa melhor
para eles
do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
Ec 3:13 E também que todo o homem coma e beba,
e goze do bem de todo o seu trabalho;
isto é um dom de Deus.
Ec 3:14 Eu sei que tudo quanto Deus
faz durará eternamente;
nada se lhe deve acrescentar,
e nada se lhe deve tirar;
e isto faz Deus para que haja temor diante
dele.
Ec 3:15 O que é,
já foi;
e o que há de ser,
também já foi;
e Deus pede conta do que passou.
Ec
3:16 Vi mais debaixo do sol
que no lugar do juízo havia impiedade,
e no lugar da justiça havia iniqüidade.
Ec 3:17 Eu disse no meu coração:
Deus julgará o justo e o ímpio;
porque há um tempo
para todo o propósito
e para toda a obra.
Ec 3:18 Disse eu no meu coração,
quanto a condição dos filhos dos homens,
que Deus os provaria,
para que assim pudessem ver que são
em si mesmos como os animais.
Ec 3:19 Porque o que sucede aos filhos dos homens,
isso mesmo também sucede aos animais,
e lhes sucede a mesma coisa;
como morre um,
assim morre o outro;
e todos têm o mesmo fôlego,
e a vantagem dos homens sobre os animais
não é nenhuma,
porque todos são vaidade.
Ec 3:20 Todos vão para um lugar;
todos foram feitos do pó,
e todos voltarão ao pó.
Ec 3:21 Quem sabe que o fôlego do homem
vai para cima,
e que o fôlego dos animais vai para baixo
da terra?
Ec
3:22 Assim que tenho visto
que não há coisa melhor do que
alegrar-se o homem nas suas obras,
porque essa é a sua porção;
pois quem o fará voltar
para ver o que será depois dele?
Nossa
maior alegria é de fato nos alegrarmos nele, em Deus, por meio das obras que
ele nos permitiu que participássemos – não fizéssemos. Quem disse que a obra
que fiz é minha e que voltarei para contemplá-la depois de uns tempos para ver
no que deu? Como não voltarei, ela de fato não é minha, mas fui instrumento de
Deus na sua construção. A obra é de Deus!
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