segunda-feira, 1 de abril de 2013
segunda-feira, abril 01, 2013
Jamais Desista
Salmo 74: 1-23 - LAMENTO POR CAUSA DA PROFANAÇÃO
Este
é um salmo de Asafe. O salmista está triste e chateado por que não vê saída
para o povo de Deus e assim apresenta sua queixa diante de Deus. Qualquer que
seja a situação que vivemos, sempre haveremos de entender que Deus está no
controle de tudo. Essa era a mentalidade do salmista. Eles estavam sendo
rejeitados mesmo por Deus e a ira do Senhor os tinha alcançado. Por isso que
desabafa dizendo esquecer-te-ás para sempre de nós?
Parece
mesmo um ciclo vicioso. A gente enfrenta uma luta grande, vem uma tremenda
perseguição, oramos a Deus pedindo misericórdia, arrependemo-nos e clamamos,
Deus envia o socorro e um libertador/salvador, somos libertos, prosperamos e
ai, caímos novamente. O povo de Deus estava colhendo aquilo que tinha semeado.
Então
o salmista pede a Deus para se lembrar deles e de suas promessas. Os inimigos
aproveitando a ocasião ultrajavam o nome de Deus e também o desafiavm não
sabendo, estes, que tudo vinha do Senhor. Assim, cavavam sua própria ruína e
destruição que logo se cumpriria com a execução da justiça e do juízo de Deus.
Depois
de apresentarem a Deus, o que os ímpios estão fazendo e como estão oprimindo
seu povo, eles agora começam a exaltar a Deus e a buscar em suas memórias os grandes
feitos do Senhor no passado, por amor do povo e para preservação de sua aliança
perpétua. Essa forma de fazer os salmos é bem peculiar e representava um padrão
em toda a Bíblia, isso eu tenho observado.
No
comentário de Calvino, na sua introdução acerca deste salmo, há detalhes
procurando contextualizá-lo a fim de melhor compreender o que Asafe quis dizer.
O povo de Deus neste salmo lamenta a condição desolada
da Igreja, que era tal que o próprio nome de Israel estava quase aniquilado.
Parece daquelas suas humildes súplicas que imputaram aos seus próprios pecados
todas as calamidades que sofreram; mas, ao mesmo tempo, colocaram diante de
Deus a sua própria aliança pela qual ele adotou a raça de Abraão como seu povo
peculiar. Depois, eles invocam a lembrança de quão poderosamente e
gloriosamente eles foram nos tempos passados. Incentivando-se desta
consideração, eles lhe pedem que ele viesse em sua ajuda, e remedie esse estado
de assuntos tão deploráveis e desesperados.
Uma instrução de Asaph.
A inscrição mskyl, maskil, concorda muito bem com o
assunto do salmo; pois, embora às vezes seja aplicado a assuntos de uma
descrição alegre, como vimos no salmo quarenta e cinco, contudo, geralmente
indica que o sujeito tratado trata-se dos juízos divinos, pelos quais os homens
são obrigados a se curvarem e a examinarem seus próprios pecados, para que se
humilhem diante de Deus. É fácil reunir os conteúdos do salmo, que sua
composição não pode ser atribuída a Davi; pois no seu tempo não havia motivo
para luto por uma condição tão desperdiçada e calamitosa da Igreja como aqui é
retratada. Os que são de uma opinião diferente alegam que Davi pelo espírito de
profecia predisse o que ainda não havia acontecido. Mas, como é provável que
haja muitos dos salmos que foram compostos por diferentes autores após a morte
de Davi, esse salmo, sem dúvida, é um deles. De onde é falada a calamidade, não
é fácil determinar com precisão. Neste ponto, existem duas opiniões. Alguns
supõem que a referência é a esse período da história judaica quando a cidade e
o templo foram destruídos, e quando as pessoas foram levadas cativas para a
Babilônia sob o rei Nabucodonosor; e outros, que se relaciona com o período em
que o templo foi profanado, sob Antíoco Epifânio. Existe uma certa
plausibilidade em ambas as opiniões. Pelo fato de que os fiéis aqui se queixam
de estar agora sem sinais e profetas, a última opinião pareceria mais provável;
Pois é sabido que muitos profetas floresceram quando as pessoas foram levadas
ao cativeiro. Por outro lado, quando se diz um pouco antes que os santuários
foram queimados em cinzas, as obras esculpidas destruídas e que nada permaneceu
inteira, essas declarações não se aplicam à crueldade e tirania de Antíoco. Ele
realmente poluiu vergonhosamente o templo, introduzindo nessas superstições
pagãs; mas o prédio em si continuou intacto, e a madeira e as pedras não
estavam consumadas pelo fogo. Alguns afirmam que, por meio dos santuários,
entendemos as sinagogas nas quais os judeus estavam acostumados a manter as
suas sagradas assembléias, não só em Jerusalém, mas também nas outras cidades
da Judéia. É também um caso suposto de que os fiéis que contemplam a terrível
profanação do templo por Antíoco foram conduzidos de um espetáculo tão
melancólico para levar seus pensamentos de volta ao tempo em que foi queimado
pelos caldeus e que eles compreendem as duas calamidades em uma descrição.
Assim, a conjectura será mais provável que essas queixas pertençam ao tempo de
Antíoco; pois a Igreja de Deus estava sem profetas. Se, no entanto, qualquer um
preferiria referir-se ao cativeiro babilônico, será uma questão fácil resolver
essa dificuldade; pois, apesar de Jeremias, Ezequiel e Daniel, estavam vivos,
mas sabemos que eles ficaram em silêncio por um tempo, como se tivessem
terminado o curso de sua vocação, até que finalmente Daniel, um pouco antes do
dia de sua libertação, novamente surgiram com o propósito de inspirar os pobres
exilados com coragem para retornar ao seu próprio país. Para isso, o profeta Isaías
parece ter um olho, quando ele diz no capítulo quarenta (Isaías 40: 1) de suas
profecias no início: "Conforto, consolar o meu povo, o seu Deus
dirá". O verbo, que está no tempo futuro, mostra que os profetas foram
ordenados a manter a paz por um tempo.
ó
Deus,
para sempre?
Por que
se acende a tua ira
contra
as ovelhas do teu pasto?
Sl 74:2
Lembra-te da tua congregação,
que
adquiriste desde a antiguidade,
que
remiste para ser a tribo da tua herança;
lembra-te
do monte Sião,
no
qual tens habitado.
Sl 74:3
Dirige os teus passos
para
as perpétuas ruínas,
tudo quanto de mau tem feito o inimigo no
santuário.
Sl
74:4 Os teus adversários
bramam no lugar das assembléias
e alteiam os seus próprios símbolos.
Sl
74:5 Parecem-se
com os que brandem machado no espesso da
floresta,
Sl 74:6 e agora a todos esses lavores de
entalhe
quebram também,
com machados e martelos.
Sl
74:7 Deitam fogo ao teu santuário;
profanam,
arrasando-a até ao chão,
a morada do teu nome.
Sl
74:8 Disseram no seu coração:
Acabemos com eles de uma vez.
Queimaram todos os lugares santos de Deus
na terra.
Sl 74:9 Já não vemos os nossos símbolos;
já não há profeta;
nem, entre nós,
quem saiba até quando.
Sl
74:10 Até quando, ó Deus,
o adversário nos afrontará?
Acaso,
blasfemará o inimigo incessantemente o teu
nome?
Sl
74:11 Por que retrais a mão,
sim, a tua destra,
e a conservas no teu seio?
Sl 74:12
Ora, Deus,
meu
Rei,
é desde a antiguidade;
ele é
quem
opera feitos salvadores no meio da terra.
Sl 74:13
Tu,
com
o teu poder,
dividiste o mar;
esmagaste sobre as águas a cabeça dos
monstros marinhos.
Sl 74:14
Tu
espedaçaste
as cabeças do crocodilo
e
o deste por alimento às alimárias do deserto.
Sl 74:15
Tu
abriste
fontes e ribeiros;
secaste
rios caudalosos.
Sl 74:16 Teu é o dia;
tua, também, a noite;
a luz e o sol,
tu os formaste.
Sl
74:17 Fixaste os confins da terra;
verão e inverno,
tu os fizeste.
Sl
74:18 Lembra-te disto:
o inimigo tem ultrajado ao SENHOR,
e um povo insensato
tem blasfemado o teu nome.
Sl
74:19 Não entregues à rapina
a vida de tua rola,
nem
te esqueças perpetuamente
da vida dos teus aflitos.
Sl 74:20 Considera a tua aliança,
pois os lugares tenebrosos da terra
estão cheios de moradas de violência.
Sl 74:21 Não fique envergonhado o oprimido;
louvem o teu nome
o aflito
e o necessitado.
Sl 74:22 Levanta-te,
ó Deus,
pleiteia a tua própria causa;
lembra-te
de como o ímpio te afronta todos os dias.
Sl
74:23 Não te esqueças
da gritaria dos teus inimigos,
do sempre crescente tumulto
dos teus adversários.
Ai dos que se levantam contra os que temem ao Senhor querendo
deles se aproveitarem. Deus é vingador e ainda que os crentes não se vinguem a
si mesmo, Deus age por eles e os vinga. Deus é zeloso e tem cuidado de nós.
Vamos então confiar em Deus, louvá-lo e aceitar o seu governo, inda que
contrário ao que queremos.
domingo, 31 de março de 2013
domingo, março 31, 2013
Jamais Desista
Salmo 73: 1-28 - O PROBLEMA DA PROSPERIDADE DOS MAUS
Jesus
Cristo ressuscitou dos mortos!
E
se o Senhor não tivesse ressuscitado dos mortos, o que seria de nós?
Certamente, continuaríamos mortos em nossos pecados e delitos.
"Onde
está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?" O
aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus,
que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto,
mantenhamos firmes nossa confissão. Sejamos sempre dedicados à obra do Senhor,
pois sabemos que, no Senhor, nosso trabalho não será inútil. 1 Coríntios
15:55-58.
Este
é um salmo de Asafe: muitíssimo interessante este salmo que fala da
prosperidade do ímpio e que isso incomodava o salmista por que não via razão em
ser crente até que entrou no santuário de Deus e se atinou com o fim deles e
com o seu fim e ai compreendeu que Deus os mantêm em lugares escorregadios
prontos para descerem à cova.
Já
Calvino não tem certeza do autor deste salmo e chega a conjecturar que possa
ter sido feito por Davi. De fato, o autor do salmo começa exaltando a justiça e
a bondade de Deus, mas em seguida, ele confessa que, quando viu o ímpio ser
abundante em riqueza e viver na satisfação de todos os tipos de prazer, sim,
inclusive com desdém e zombando de Deus, e, pior ainda, cruelmente assediando
os justos enquanto os justos estavam sendo oprimidos com problemas e calamidades
como se Deus não se importasse, ele estaria a ponto de abandonar a Deus, sua
crença e seu temor a Deus.
No
entanto, o salmista entra no santuário e tudo lhe é esclarecido e ele ve o fim
de ambos, do justo e do ímpio. Assim, ele conclui que, desde que deixamos a
providência de Deus para tomar nosso próprio caminho, o caminho que ele
determinou em seu propósito secreto, no final, as coisas irão assumir um
aspecto muito diferente, e será visto que, por um lado, os justos não serão
defraudados de sua recompensa, e que, por outro lado, os maus não escaparão da
mão do justo juiz.
Davi, ou quem quer que tenha sido o autor deste salmo,
indo contra o julgamento do sentido e da razão carnal, começa por exaltar a
justiça e a bondade de Deus. Ele confessou depois que ele viu o perverso
abundante em riqueza e vivendo negligentemente em todo tipo de prazer, desdenhosamente,
zombando de Deus e cruelmente castigando os justos e, isso o perturbou muito. Por
conta disso, dessa visão da prosperidade dos maus, ele notou que os filhos de
Deus estavam se afastando e viviam oprimidos com e em tristezas, enquanto Deus,
parecia inerte, como se sentado no céu ocioso e despreocupado, não interferindo
para remediar um estado tão desordenado de assuntos; isso deu-lhe um choque tão
severo, que quase quis descartar a ideia de Deus para eliminar toda preocupação
com a religião e com todo o medo de Deus. Ato contínuo, ele repreende sua
própria insensatez em prosseguir precipitadamente e apressadamente com essa visão
a pronunciar o julgamento, meramente por uma visão do estado atual das coisas,
e mostra a necessidade de exercitar a paciência, para que nossa fé não possa
falhar sob esses problemas e inquietações. Por fim, ele conclui que, desde que
deixemos a providência de Deus para tomar nosso próprio caminho, na forma como
ele determinou em seu propósito secreto, no final, as questões assumirão um
aspecto muito diferente, e será visto que, por um lado, os justos não são
defraudados de sua recompensa, e que, por outro lado, os ímpios não escapam da
mão do juiz.
Um salmo de Asaph.
Sl 73:1
Com efeito,
Deus
é bom para com Israel,
para
com os de coração limpo.
Sl 73:2
Quanto a mim,
porém,
quase me resvalaram os pés;
pouco faltou para que se desviassem os
meus passos.
Sl 73:3 Pois eu invejava os arrogantes,
ao ver a prosperidade dos perversos.
Sl
73:4 Para eles não há preocupações,
o seu corpo é sadio e nédio.
Sl
73:5 Não partilham das canseiras dos mortais,
nem são afligidos como os outros homens.
Sl
73:6 Daí, a soberba
que os cinge como um colar,
e
a violência
que os envolve como manto.
Sl
73:7 Os olhos saltam-lhes da gordura;
do coração brotam-lhes fantasias.
Sl
73:8 Motejam
e falam maliciosamente;
da
opressão
falam com altivez.
Sl
73:9 Contra os céus desandam a boca,
e a sua língua percorre a terra.
Sl
73:10 Por isso,
o seu povo se volta para eles
e os tem por fonte de que bebe a largos
sorvos.
Sl
73:11 E diz:
Como sabe Deus?
Acaso, há conhecimento no Altíssimo?
Sl
73:12 Eis que são estes os ímpios;
e, sempre tranqüilos,
aumentam suas riquezas.
Sl
73:13 Com efeito,
inutilmente conservei puro o coração
e lavei as mãos na inocência.
Sl
73:14 Pois de contínuo
sou afligido
e cada manhã, castigado.
Sl
73:15 Se eu pensara em falar tais palavras,
já aí teria traído a geração de teus
filhos.
Sl
73:16 Em só refletir
para compreender isso,
achei mui pesada tarefa para mim;
Sl 73:17 até que entrei no santuário de
Deus
e atinei com o fim deles.
Sl 73:18 Tu certamente os pões
em lugares escorregadios
e
os fazes
cair na destruição.
Sl 73:19 Como ficam de súbito assolados,
totalmente aniquilados de terror!
Sl
73:20 Como ao sonho, quando se acorda,
assim, ó Senhor, ao despertares,
desprezarás a imagem deles.
Sl 73:21 Quando o coração se me amargou
e as entranhas se me comoveram,
Sl 73:22 eu estava embrutecido e
ignorante;
era como um irracional à tua presença.
Sl 73:23 Todavia, estou sempre contigo,
tu me seguras pela minha mão direita.
Sl 73:24 Tu me guias com o teu conselho
e depois me recebes na glória.
Sl 73:25 Quem mais tenho eu no céu?
Não há outro em quem eu me compraza na
terra.
Sl
73:26 Ainda que a minha carne
e
o meu coração desfaleçam,
Deus é a fortaleza do meu coração
e a minha herança para sempre.
Sl 73:27 Os que se afastam de ti,
eis que perecem;
tu destróis todos os que são infiéis para
contigo.
Sl 73:28 Quanto a mim,
bom é estar junto a Deus;
no
SENHOR Deus
ponho o meu refúgio,
para proclamar todos os seus feitos.
O salmo termina com a palavra final de esperança, de vitórias e
de alegria diante de Deus que há de julgar os mortos e os vivos. Aqueles que
morreram com Cristo, já não mais morrerão por que a morte foi tragada na morte
de Cristo sendo a sua ressurreição a prova de que venceu a morte e de que por
isso também venceremos. A Deus toda a glória hoje e sempre!
sábado, 30 de março de 2013
sábado, março 30, 2013
Jamais Desista
Salmo 72: 1-26 - O REI JUSTO E O SEU REINADO ETERNO

Este
belo salmo encerra-se com Davi dizendo findar-se as suas orações! Ele agora vai
orar por seu filho e desejar-lhe sucesso na sua empreitada. Não estou falando
do sucesso de se dar bem, mas de se estar conforme à palavra de Deus, em
perfeita harmonia com seu Criador, o sumo-governo de todas as coisas.
Juízo,
justiça é a palavra que caracteriza bem o começo deste salmo. Deus é justiça!
De onde os homens buscam a justiça se não de Deus que é a própria justiça. Não
há justiça sem Deus. Ela não existe independentemente de Deus por que deixa de
ter sentido e razão de ser. Se falamos de justiça, logo devemos ter um justo
juiz.
Por
isso, não creio que Deus tenha compromissos com A ou B, antes com aqueles que
seguem a justiça. Se a negamos ou queremos nós mesmos fazermos a justiça,
estaremos usurpando do papel do Justo Juiz e nossa justiça já estará sendo
parcial e subjetiva, buscando o interesse próprio.
Por
isso que a justiça é simbolizada como sendo cega. Ela não enxerga a aparência
das coisas, ela não toma partido por A ou B, mas segue a verdade. Justiça sem
verdade não existe. A irmã da justiça se chama a verdade. Se, por acaso uma
delas for relativa, a outra também será e, dessa forma, jamais teremos nem
justiça, nem verdade.
Quem
não crê em Deus não tem um Justo Juiz, portanto nem se pode cogitar de falar de
justiça, nem de verdade, nem de direito. Se não existe Deus, não existe
justiça! Davi, em sua última oração por meio de salmos, neste salmo, em seu
início, exalta justamente a justiça e a invoca para que seu filho a siga.
Assim, ele pede a Deus que lhe conceda ao seu filho os seus juízos e a sua
justiça. Deus o ouve!
Calvino,
em seu comentário, faz uma profunda análise deste salmo, inclusive remetendo-o
a Cristo que é o governante eterno. Salomão veio, governou e passou, mas o
governo de Cristo é para todo sempre. Davi orou por seu filho neste salmo que é
um misto de oração por seu filho com aplicação, pelo Espírito Santo, a Cristo e
seu futuro reinado. Confira neste link: http://calvin.biblecommenter.com/psalms/72.htm
ó
Deus,
os teus juízos
e a tua justiça,
ao filho do rei.
Sl
72:2 Julgue ele com justiça
o teu povo
e os teus aflitos,
com equidade.
Sl
72:3 Os montes trarão paz ao povo,
também
as colinas a trarão,
com justiça.
Sl
72:4 Julgue ele
os aflitos do povo,
salve
os filhos dos necessitados
e
esmague
ao opressor.
Sl 72:5
Ele permanecerá
enquanto
existir o sol
e
enquanto durar a lua,
através das gerações.
Sl
72:6 Seja ele como chuva
que desce sobre a campina ceifada,
como
aguaceiros
que regam a terra.
Sl
72:7 Floresça em seus dias o justo,
e haja abundância de paz até que cesse de
haver lua.
Sl
72:8 Domine ele de mar a mar
e desde o rio até aos confins da terra.
Sl
72:9 Curvem-se diante dele
os habitantes do deserto,
e os seus inimigos
lambam o pó.
Sl
72:10 Paguem-lhe tributos
os reis de Társis e das ilhas;
os reis de Sabá e de Sebá
lhe ofereçam presentes.
Sl
72:11 E todos os reis
se prostrem perante ele;
todas
as nações
o sirvam.
Sl 72:12 Porque ele acode ao necessitado
que clama
e
também
ao aflito e ao desvalido.
Sl
72:13 Ele tem piedade
do fraco e do necessitado
e
salva
a alma aos indigentes.
Sl
72:14 Redime a sua alma
da opressão e da violência,
e precioso lhe é o sangue deles.
Sl 72:15 Viverá,
e se lhe dará do ouro de Sabá;
e continuamente
se fará por ele oração,
e o bendirão todos os dias.
Sl 72:16 Haja na terra
abundância de cereais,
que ondulem até aos cimos dos montes;
seja a sua messe como o Líbano,
e das cidades
floresçam os habitantes como a erva da
terra.
Sl
72:17 Subsista para sempre o seu nome
e prospere enquanto resplandecer o sol;
nele
sejam abençoados todos os homens,
e as nações lhe chamem
bem-aventurado.
Sl 72:18
Bendito
seja
o SENHOR Deus,
o Deus de Israel,
que só ele opera prodígios.
Sl 72:19
Bendito
para
sempre o seu glorioso nome,
e
da sua glória
se encha toda a terra.
Amém e amém!
Sl 72:20
Findam
as
orações de Davi,
filho de Jessé.
Ele finda este salmo com duas bendições que são dois
reconhecimentos gerais a respeito de Deus: primeiro o reconhecimento de que ele
é Deus, o Deus de Israel, o Deus que realiza prodígios. Isto é, não é um deus
qualquer, de faixada e apenas com suas imagens, antes real, participante e que
tem prazer em sua imanência; segundo, o reconhecimento de seu nome, cheio de
glória, que enche toda a terra.
sexta-feira, 29 de março de 2013
sexta-feira, março 29, 2013
Jamais Desista
Salmo 71: 1-24 - AS SÚPLICAS DE UM ANCIÃO
Outro
salmo de Davi no qual ele se derrama diante de Deus como a cera diante do sol.
Ele faz declarações confiando em Deus uma vez que sabe que Deus é seu Deus e
que portanto ouve sua oração. Suas declarações não são abusivas ou destruidoras
ou arrogantes, apenas se vale da própria palavra do Senhor e na sua fé.
Davi
não determina nada diante de Deus, mas suas palavras são carregadas de decisão,
de forte convicção, de alguém que sabe que é pó e cinza e que está diante de
Deus que tudo vê e controla e está vendo que ele está inocente. Quando Davi se
vê culpado por que a sua consciência o argui, ele não tenta enganar a Deus,
antes se derrama a ele pedindo perdão e somente se levanta quando tem certeza
que Deus o perdoou.
Davi
apesar de viver, aproximadamente uns 1000 anos antes de Cristo, é um crente que
é exemplo para os crentes de hoje, do após Cristo. Nós os que já temos mais de
2000 anos de experiência com Cristo, devíamos, no mínimo, sermos melhores em fé
e vida com Deus; no entanto, tenho as minhas dúvidas.
Eu
somente estou escrevendo este post por que um dia o Senhor veio até nós e teve
um dia desses, uma sexta-feira que de 9h até 15h, ficou entre os céus e a
terra, pendurado num madeiro e por ele sustentado por pregos... isso tudo para
eu poder agora estar levando esta palavra de salvação de nossas almas.
Aproveito o momento para compartilhar algo dito pelo nosso amado irmão
Hernandes Dias Lopes sobre aquela sexta-feira única:
BOM
DIA, HOJE É SEXTA FEIRA DA PAIXÃO!
Hoje, os
cristãos no mundo inteiro, relembram o dia em que Cristo foi levado ao pretório
romano, depois de ser condenado pelo sinédrio judaico pelos crimes de blasfêmia
e sedição. Pilatos, por covardia, o entregou para ser crucificado. Das nove
horas da manhã até às três horas da tarde, o Filho de Deus ficou suspenso entre
a terra e o céu, cravado na rude cruz. Aquela cruz maldita, porém, foi
transformada em fonte de vida para nós, pois foi na cruz que ele carregou os
nossos pecados. Foi na cruz que ele comprou para nós eterna redenção. Foi na cruz
que ele abriu um novo e vivo para caminho para Deus. Foi na cruz que Jesus
esmagou a cabeça da serpente e triunfou sobre o pecado. A morte de Cristo nos
trouxe vida. Por isso, levante-se e agradeça a Deus por seu amor infinito.
Levante-se e renda-se aos pés de Jesus, recebendo-o como seu Salvador e Senhor.
Levante-se e exalte o Cordeiro de Deus que foi morto, mas ressuscitou e está
vivo pelos séculos dos séculos!
Hernandes
Dias Lopes.
No
comentário de Calvino, na sua introdução, ele fala deste salmo de Davi que
começa falando de sua confiança em Deus, em parte, convida-o para a libertação,
e em parte se queixando do orgulho de seus inimigos. Por fim, para confirmar
sua fé, ele dá exemplos de gratidão, de louvor a Deus pelos benefícios que Deus
lhe tem conferido.
Davi, tendo falado no início de sua confiança em Deus,
o invoca em parte para a libertação, e em parte se queixa do orgulho de seus
inimigos. Por fim, para confirmar sua fé, ele se prepara para dar uma grata
atribuição de louvor pelos benefícios que Deus lhe conferiu.
não
seja eu jamais envergonhado.
Sl 71:2
Livra-me
por
tua justiça
e resgata-me;
inclina-me
os ouvidos
e
salva-me.
Sl 71:3
Sê tu para mim
uma
rocha habitável em que sempre me acolha;
ordenaste
que eu me salve,
pois
tu és a minha rocha
e
a minha fortaleza.
Sl 71:4
Livra-me,
Deus
meu,
das mãos do ímpio,
das garras do homem injusto e cruel.
Sl 71:5 Pois tu és a minha esperança,
SENHOR Deus,
a minha confiança desde a minha mocidade.
Sl
71:6 Em ti me tenho apoiado
desde o meu nascimento;
do ventre materno tu me tiraste,
tu és motivo para os meus louvores
constantemente.
Sl 71:7 Para muitos sou como um portento,
mas tu és o meu forte refúgio.
Sl
71:8 Os meus lábios
estão cheios do teu louvor
e da tua glória continuamente.
Sl
71:9 Não me rejeites na minha velhice;
quando me faltarem as forças,
não me desampares.
Sl
71:10 Pois falam contra mim os meus inimigos;
e os que me espreitam a alma consultam reunidos,
Sl
71:11 dizendo:
Deus o desamparou;
persegui-o
e prendei-o,
pois não há quem o livre.
Sl 71:12 Não te ausentes de mim,
ó Deus;
Deus
meu,
apressa-te em socorrer-me.
Sl
71:13 Sejam envergonhados
e consumidos os que são adversários de
minha alma;
cubram-se
de opróbrio
e de vexame os que procuram o mal contra
mim.
Sl
71:14 Quanto a mim,
esperarei sempre
e te louvarei mais e mais.
Sl
71:15 A minha boca
relatará a tua justiça
e de contínuo os feitos da tua salvação,
ainda que eu não saiba o seu número.
Sl 71:16 Sinto-me na força do SENHOR Deus;
e rememoro a tua justiça,
a tua somente.
Sl 71:17 Tu me tens ensinado,
ó Deus,
desde a minha mocidade;
e até agora tenho anunciado as tuas
maravilhas.
Sl
71:18 Não me desampares,
pois, ó Deus,
até à minha velhice e às cãs;
até que eu tenha declarado à presente
geração
a tua força
e às vindouras o teu poder.
Sl 71:19 Ora, a tua justiça,
ó Deus,
se eleva até aos céus.
Grandes coisas tens feito,
ó Deus;
quem é semelhante a ti?
Sl
71:20 Tu,
que me tens feito ver muitas angústias e
males,
me restaurarás ainda a vida
e de novo me tirarás dos abismos da terra.
Sl 71:21 Aumenta a minha grandeza,
conforta-me novamente.
Sl 71:22 Eu também te louvo
com a lira,
celebro
a tua verdade,
ó meu Deus;
cantar-te-ei
salmosl na harpa,
ó Santo de Israel.
Sl
71:23 Os meus lábios
exultarão quando eu te salmodiar;
também exultará a minha alma,
que remiste.
Sl 71:24 Igualmente a minha língua
celebrará a tua justiça todo o dia;
pois estão envergonhados
e confundidos
os que procuram o mal contra mim.
Davi encerra este salmo, como sempre encerrava os demais, com
palavras de vitórias e de esperanças o que me lembra o verso 14: quanto a mim,
esperarei sempre e te louvarei mais e mais. Eu também, irmão Davi, esperarei
mais um pouco e ainda o louvarei mais e mais... principalmente hoje.
quinta-feira, 28 de março de 2013
quinta-feira, março 28, 2013
Jamais Desista
Salmo 70: 1-5 - PETIÇÃO POR AUXÍLIO DIVINO
Salmo
de Davi que como sempre, sempre estava diante de Deus apresentando a sua oração
e a sua vida nos inspirando a buscar a Deus mais um pouquinho. Vale à pena,
irmãos, termos paciência e lutarmos sem jamais desistirmos.
Diante
das mazelas e circunstâncias de nossas vidas, devemos ser como ele foi que logo
a Deus apresentava a sua oração. Praza-te, dá-te pressa... era seu pedido por
causa da agonia das perseguições e contratempos que enfrentava. Seu pedido era
por livramento e por socorro por que havia uma perseguição brutal contra a sua
pessoa.
Quem
dera fôssemos gerenciadores das nossas próprias circunstâncias e pudéssemos
escolher entre uma ou outra, ou nenhuma, no entanto, não podemos e ainda
devemos, nelas, glorificar a Deus, uma vez que para isso vivemos, para isso
estamos aqui, para isso nos deixou Deus ao nos salvar e não nos levou logo
embora consigo, antes permite que aqui ainda estejamos nessa terra.
Sendo
assim, não vivemos para comprar, vender, casar, investir, mas para
glorificarmos a Deus em todas essas coisas que enfrentaremos na qual
necessitaremos comprar, vender, casar, investir. Eu quero dizer que o foco e o
objetivo de nossa vida não está nas coisas, nem no sucesso, nem na fama, nem
nos resultados, antes em Cristo.
Quando
temos Cristo por alvo para sermos como ele foi, como propõe o livro “Em seus
passos, o que faria Jesus?”, então estaremos glorificando a Deus em tudo o que
fizermos, sermos ou termos.
Ele
finalmente contrasta o fim de cada um. Vergonha, vexame, ignomínia, retrocesso
aos que se comprazem no mal e folguedo, rejubilo aos que buscam e aos que amam
a salvação de Deus.
No
comentário de Calvino, em sua introdução, vemos que este salmo é apenas uma
parte do quadragésimo salmo, e a inscrição ‘para chamar à lembrança’ talvez
tenha sido feito para acomoda-los para ser usado em alguma outra ocasião especial.
Ao músico-chefe de David, para chamar a lembrança..
Sl 70:1
Praza-te,
ó
Deus,
em livrar-me;
dá-te
pressa,
ó
SENHOR,
em socorrer-me.
Sl 70:2 Sejam envergonhados
e cobertos de vexame
os que me demandam a vida;
tornem
atrás e cubram-se de ignomínia
os que se comprazem no meu mal.
Sl
70:3 Retrocedam por causa da sua ignomínia os que dizem:
Bem-feito! Bem-feito!
Sl 70:4 Folguem e em ti se rejubilem
todos os que te buscam;
e os que amam a tua salvação digam sempre:
Deus seja magnificado!
Sl 70:5
Eu sou pobre e necessitado;
ó
Deus,
apressa-te
em valer-me,
pois
tu és o meu amparo
e
o meu libertador.
SENHOR,
não
te detenhas!
A certeza do salmista é expressa no último versículo quando
afirmando ser pobre e necessitado, põe toda a sua confiança e esperança em Deus
que vai se apressar em ampará-lo e em libertá-lo, apesar dele mesmo. O Senhor
não se deterá por nada! Qual é a sua certeza, caro leitor?