segunda-feira, 25 de maio de 2015
segunda-feira, maio 25, 2015
Jamais Desista
Daniel 8:1-27 - AS VISÕES DE DANIEL - UM CARNEIRO E UM BODE.
Como já dissemos,
estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes
principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos
vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus
amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as
nações.
Parte II - AS VISÕES
(7.1-12.13) – continuação.
Como também já
dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para
além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios
controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos,
Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas
centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü
O
Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü
Daniel
era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado
para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o
controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não
desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü
Os
quatro animais (7.1-28).
ü
Um
carneiro e um bode (8.1-27).
ü
As
"setenta semanas" (9.1-27).
ü
O
futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda
parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro
seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) - veremos agora; C. A visão das setenta
semanas (9.1-27); e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – a
quarta seção também será dividida em quatro partes: 1. A mensagem do anjo para
Daniel (10.1-11.1); 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O
governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel
(12.4-13).
B. A visão de um
carneiro e um bode (8.1-27).
Veremos no capítulo 8, Daniel, doravante,
usando a língua hebraica, pois ele havia escrito os trechos de 2.4 a 7.28 em
aramaico (2.4). Aqui, veremos a sua visão de um carneiro e de um bode, ou seja,
o profeta registrou a visão a respeito do tratamento do povo de Deus sob os
medo-persas e os gregos.
O capítulo começa identificando os eventos
no tempo, no terceiro ano do reinado de Belsazar, segundo ele, depois daquela
que lhe apareceu no princípio. Isto é, dois anos após o sonho de Daniel no cap.
7 (7.1).
Daniel experimentou uma viagem visionária
semelhante à de Ezequiel (Ez 3.10-15). Na cidadela de Susã que é província de
Elão. No tempo de Daniel, Susã era a capital de Elão, cerca de 360 km a leste
da Babilônia. O texto não esclarece se na ocasião Elão era independente ou
aliado da Babilônia ou da Média.
Posteriormente, entretanto, como uma das
cidades reais, Susã tornou-se a capital diplomática e administrativa do Império
Persa (cf. Et 1.2; Ne 1.1).
Dessa vez, ele estava junto ao rio Ulai.
Esse canal perto de Susã ligava dois rios que corriam para o golfo Persa.
Ele levanta os seus olhos e vê diante do
rio um carneiro com dois chifres bem altos, sendo um mais alto que o outro. Ele
identifica o carneiro e seus chifres como um símbolo dos reis do Império
Medo-Persa. A história medo-persa esclarece esse simbolismo de um ser mais alto
do que o outro e que o mais alto subiu por último.
Conforme a BEG, os medos tornaram-se fortes
e independentes da Assíria depois de 631 a.C. Os persas começaram como um
segmento insignificante do Império Medo, mas obtiveram o controle quando Ciro
(que reinou entre 559-530 a.C.), de Ansã (no Elão), colocou a Média sob seu
controle (550 a.C.). Ciro acrescentou à sua lista de títulos também o de
"rei dos medos".
Portanto, ambos os chifres eram longos, mas
aquele que representava a Pérsia era mais longo, pois era superior em poder, e
cresceu mais tarde porque chegou ao poder depois do outro.
Ele viu – vs. 4 – que o carneiro dava
marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul. Inicialmente Ciro
conquistou a Ásia Menor; depois tanto o norte quanto o sul da Mesopotâmia.
Governantes subsequentes estenderam o controle medo-persa até o Oriente. E
assim, se engrandecia.
O império persa tornou-se maior e mais
poderoso do que qualquer império anterior na história do antigo Oriente Próximo.
Daniel estava olhando e pensando quando
surge – vs. 5 - um bode que vinha do ocidente e que tinha um chifre notável
entre os olhos. O vs. 21 identifica o bode como sendo a Grécia e o chifre
notável entre os olhos como o seu primeiro rei.
O simbolismo é uma descrição clara da
ascensão do Império Grego sob a liderança do Alexandre o Grande (356-323 a.C). Sobre
seu reino se fala que ele avançava sobre toda a terra, mas sem tocar no chão.
Isso descreve, figuradamente, a rapidez espantosa das conquistas de Alexandre (7.6).
Em apenas três anos, ele foi capaz de derrotar o poderoso Império Persa.
O império de Alexandre, comparado a um bode
que se engrandeceu sobremaneira, rapidamente sobrepujou o Império Persa em
tamanho. Por volta de 327 a.C., Alexandre havia avançado para o Oriente até o
que é hoje o Afeganistão e daí seguiu para o vale do rio Indo.
Quando suas próprias tropas se recusaram a
avançar ainda mais para o Oriente, Alexandre voltou para a Babilônia, onde
morreu com a idade de trinta e três anos. Em seu lugar saíram quatro chifres
notáveis.
O vs. 22 indica que esses quatro chifres
simbolizam os quatro reinos que emergiram do império de Alexandre, mas eram
inferiores em poder em relação ao seu domínio anterior.
Continua a BEG a nos ensinar que os documentos
históricos indicam que depois de um tempo de luta interna, quatro dos generais
de Alexandre conseguiram assegurar porções do Império Grego anterior como seus
próprios reinos.
O verso 9 fala que ainda de um deles saiu
um chifre pequeno que cresceu muito para o sul e para o oriente e também para a
terra formosa.
O v. 23 indica que esse chifre representa um
governante perverso que se levantaria num dos quatro reinos gregos após um grande
intervalo de tempo ("no fim do seu reinado").
A descrição das ações desse governante (vs.
9-14,23-25) o identifica como Antíoco IV Epífanes, o governante do reino
selêucida de 175 a 164 a.C.
Esse chifre não deve ser identificado com o
"pequeno chifre" de 7.8, o qual se levantaria durante o período
romano, e não grego para a terra gloriosa. Nessa expressão, Daniel demonstra o
seu amor pela Terra Prometida.
O seu crescimento notável foi até atingir o
exército dos céus – vs. 10 -, ou as estrelas (cf. Jr 33.22), simbolizando o
povo de Deus (cf. 12.3; Gn 12.3; 15.5; Êx 12.41) e/ou o exército celestial (Is
14.13; veja também 2Macabeus 9.10 [um livro apócrifo]).
As moedas de Antíoco traziam uma estrela
acima da sua cabeça. Epífanes significa "Deus manifesto". O ataque
contra o povo de Deus representava um ataque contra o próprio céu.
Além de seu crescimento até os céus, também
a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Essa é uma
descrição simbólica da severa perseguição sofrida pelo povo de Deus sob o
governo de Antíoco IV Epífanes, que tentou abolir o culto e o modo de vida
tradicional de Israel (cf. 11.21-35; 1 Macabeus 1.10-64 [um livro apócrifo]).
Ainda continuou a crescer e engrandeceu-se
até ao príncipe do exército – vs. 11. O príncipe deve ser entendido como Deus,
o Senhor dos Exércitos. Confira com o vs. 25 em que a designação é
"Príncipe dos príncipes".
Antíoco IV adotou o nome de Epífanes
("Deus manifesto") e se via como uma manifestação encarnada de Zeus
(o principal deus do panteão grego).
Tão notável foi seu crescimento maligno que
ele inclusive tirou o sacrifício diário. (Veja os vs. 12-13, 11.31.) Antíoco IV
ordenou a interrupção de todas as observâncias cerimoniais relacionadas ao
culto ao Senhor no templo de Jerusalém e nas cidades de Judá. Até o lugar do
seu santuário foi deitado abaixo.
Antíoco IV não apenas entrou no Santo dos
Santos e saqueou os vasos de ouro e prata, como também erigiu um altar a Zeus
sobre o altar do Senhor no átrio do templo e ofereceu porcos sobre ele.
O verso 12 fala que por isso o exército lhe
foi entregue, com o sacrifício diário. O povo de Deus foi subjugado pelo chifre
que começara pequeno (vs. 9), Antíoco IV. Isso causou a interrupção das
observâncias regulares no templo.
Por causa de sua transgressão e ousadia
(loucura ou insensatez), lançou a verdade por terra e fez tudo conforme o seu
agrado e ainda prosperou em seus propósitos malignos.
A visão retrata o aparente sucesso dos atos
iníquos de Antíoco IV (o chifre que começou pequeno). Esse sucesso incluiu a
destruição de cópias das Escrituras hebraicas (cf. 1 Macabeus 1.56-57 [um livro
apócrifo]).
Um dos santos (Daniel ouviu e registrou)
perguntou (eles conversavam entre si) até quando duraria essa visão que
mostrava eles sendo pisados relativamente:
·
Ao
holocausto contínuo.
·
À
transgressão assoladora.
·
À
entrega do santuário e do exército.
A resposta da duração disso foi dada a
Daniel: até duas mil e trezentas tardes e manhãs. No Antigo Testamento, a
expressão "tardes e manhãs" ocorre apenas aqui e no v. 26.
Alguns a entendem como uma referência aos
sacrifícios da tarde e da manhã (cf. Ex 29.38-42). Nesse caso, ela
representaria um mil cento e cinquenta dias.
Outros a compreendem simplesmente como uma
expressão para dois mil e trezentos dias. Uma vez que o início da perseguição
de Antíoco IV poderia ser ligado a qualquer um de vários incidentes que haviam
começado já em 171 a.C., é difícil determinar qual interpretação da expressão
deve ser preferida.
O número vinte e três pode ser simbólico de
um período fixo, como na literatura apocalíptica extra bíblica.
Após este período de 23 x 1000 tardes e
manhãs, o santuário seria purificado. O templo foi purificado e rededicado sob
a liderança de Judas Macabeu no dia 25 de dezembro de 165 a.C. (11.34; cf. Zc
9.13-17).
Daniel teve a visão e procurou entendê-la. Nisso
se apresentou diante dele um como que semelhança de homem. Daniel ouviu uma voz
de homem entre as margens do Ulai e esta gritou para o Gabriel dizendo-lhe que
fizesse Daniel entender.
Esse anjo, Gabriel, é mencionado quatro
vezes nas Escrituras (9.21; Lc 1.11,19,26). O nome indica aquele que é forte no
Senhor (Gabriel significa "força de Deus") em razão do seu
relacionamento com ele.
Daniel ficou amedrontado quando Gabriel se
aproximou dele e caiu com seu rosto em terra, mas ele lhe disse, dirigindo-se a
ele como filho do homem e lhe falando para ele entender.
O "homem forte de Deus" (significado
do nome de Gabriel) estava falando a esse nobre mortal dizendo-lhe que aquela
visão se referia ao tempo do fim. Ou seja – vs. 19 -, "ao tempo
determinado do fim" - expressão que não tem necessariamente a ver com o
tempo do fim absoluto da História. Ela ocorre em 11.27,35 em contextos que
provavelmente se referem ao fim da perseguição sob Antíoco IV.
Ele estava falando do que haveria de
acontecer no último tempo da ira. O "tempo da ira" – vs. 19 - pode se
referir ao tempo do julgamento de Deus sobre o seu povo Israel durante sua
sujeição aos babilônios, persas e gregos.
Ele explica que aquele carneiro que ele
tinha visto que tinha dois chifres eram os reis da Média e da Pérsia e o bode
peludo era o rei da Grécia.
Com o intuito de prosperar, ele enganará a
muitos, e se considerará superior aos outros. Destruirá muitos que nele confiam
e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes. Apesar disso, ele será
destruído, mas não pelo poder dos homens.
Alguns intérpretes detectam uma figura do
anticristo nas descrições do chifre nesse capítulo (vs. 8), considerando
Antíoco IV como um protótipo de qualquer oponente poderoso contra o povo de
Deus no futuro.
Antíoco IV não foi assassinado nem morreu
em batalha. Sua morte em 164 a.C. resultou de uma doença física ou nervosa.
Para relatos variados sobre a sua morte, veja 1 Macabeus 6.1-16; 2Macabeus
9.1-28 (ambos são livros apócrifos).
apareceu-me
uma visão, a mim, Daniel,
depois
daquela que me apareceu no princípio.
Dn 8:2 E na
visão que tive,
parecia-me
que eu estava na cidadela de Susã,
na
província de Elão;
e
conforme a visão, eu estava junto ao rio Ulai.
Dn 8:3
Levantei os olhos, e olhei,
e
eis que estava em pé diante do rio um carneiro,
que
tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos;
mas
um era mais alto do que o outro,
e
o mais alto subiu por último.
Dn 8:4 Vi que
o carneiro dava marradas para o ocidente,
e
para o norte e para o sul;
e
nenhum dos animais lhe podia resistir,
nem
havia quem pudesse livrar-se do seu poder;
ele,
porém, fazia conforme a sua vontade,
e
se engrandecia.
Dn 8:5 E,
estando eu considerando,
eis
que um bode vinha do ocidente sobre a face
de
toda a terra, mas sem tocar no chão;
e
aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos.
Dn 8:6 E
dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres,
ao
qual eu tinha visto em pé diante do rio,
e
correu contra ele no furor da sua força.
Dn 8:7 Vi-o
chegar perto do carneiro;
e,
movido de cólera contra ele, o feriu,
e
lhe quebrou os dois chifres;
não
havia força no carneiro para lhe resistir,
e
o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés;
também não
havia quem pudesse livrar o carneiro
do
seu poder.
Dn 8:8 O
bode, pois, se engrandeceu sobremaneira;
e
estando ele forte, aquele grande chifre foi quebrado,
e
no seu lugar outros quatro também notáveis
nasceram
para os quatro ventos do céu.
Dn 8:9 Ainda
de um deles saiu um chifre pequeno,
o
qual cresceu muito para o sul, e para o oriente,
e
para a terra formosa;
Dn
8:10 e se engrandeceu até o exército do céu;
e
lançou por terra algumas das estrelas
desse
exército, e as pisou.
Dn 8:11 Sim,
ele se engrandeceu até o príncipe do exército;
e
lhe tirou o holocausto contínuo,
e
o lugar do seu santuário foi deitado abaixo.
Dn 8:12 E o
exército lhe foi entregue,
juntamente
com o holocausto contínuo,
por
causa da transgressão;
lançou a
verdade por terra; e fez o que era do seu agrado,
e
prosperou.
Dn 8:13
Depois ouvi um santo que falava;
e
disse outro santo àquele que falava:
Até
quando durará a visão relativamente
ao
holocausto contínuo e à transgressão assoladora,
e
à entrega do santuário e do exército,
para
serem pisados?
Dn 8:14 Ele
me respondeu:
Até
duas mil e trezentas tardes e manhãs;
então
o santuário será purificado.
Dn 8:15
Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la,
e
eis que se me apresentou como que
uma
semelhança de homem.
Dn 8:16 E
ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai,
a
qual gritou, e disse:
Gabriel,
faze que este homem entenda a visão.
Dn 8:17 Veio,
pois, perto de onde eu estava;
e
vindo ele, fiquei amedrontado,
e
caí com o rosto em terra.
Mas ele me
disse:
Entende,
filho do homem,
pois
esta visão se refere ao tempo do fim.
Dn 8:18 Ora,
enquanto ele falava comigo,
caí
num profundo sono, com o rosto em terra;
ele,
porém, me tocou, e me pôs em pé.
Dn 8:19 e
disse:
Eis
que te farei saber o que há de acontecer
no
último tempo da ira;
pois
isso pertence ao determinado tempo do fim.
Dn 8:20
Aquele carneiro que viste,
o
qual tinha dois chifres, são estes
os
reis da Média e da Pérsia.
Dn 8:21 Mas o
bode peludo é o rei da Grécia;
e
o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei.
Dn 8:22 O ter
sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele,
significa
que quatro reinos se levantarão da mesma nação,
porém
não com a força dele.
Dn 8:23 Mas,
no fim do reinado deles,
quando
os transgressores tiverem chegado ao cúmulo,
levantar-se-á
um rei, feroz de semblante
e
que entende enigmas.
Dn
8:24 Grande será o seu poder, mas não de si mesmo;
e
destruirá terrivelmente, e prosperará,
e
fará o que lhe aprouver;
e
destruirá os poderosos e o povo santo.
Dn
8:25 Pela sua sutileza fará prosperar o engano
na
sua mão; no seu coração se engrandecerá,
e
destruirá a muitos que vivem
em
segurança;
e
se levantará contra o príncipe dos príncipes;
mas
será quebrado sem intervir
mão
de homem.
Dn 8:26 E a
visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira.
Tu,
porém, cerra a visão, porque se refere
a
dias mui distantes.
Dn 8:27 E eu,
Daniel, desmaiei,
e
estive enfermo alguns dias;
então
me levantei e tratei dos negócios do rei.
E espantei-me
acerca da visão,
pois
não havia quem a entendesse.
No verso 26, Gabriel fala que a visão das
tardes e das manhãs que ele recebera era verdadeira, mas que deveria ser
selada, pois se referia a um futuro bem distante.
Conforme a BEG, o "selo" era
utilizado tanto para autenticar ou confirmar algo, como para fechar ou para
guardar em segurança algo confidencial ou sob custódia. O segundo sentido
parece ser o mais apropriado nesse contexto (6.17).
Literalmente, “[a visão] se refere a muitos
dias". Repare:
·
As
conquistas de Alexandre (333-323 a.C.) ocorreram quase dois séculos depois da
visão de Daniel (c. 550 a.C.).
·
Antíoco
IV reinou cerca de um século e meio depois de Alexandre (171-164 a.C.).
Daniel – vs. 27 -, ficou exausto e doente
por vários dias por causa da visão. Depois ele se levantou e voltou a cuidar dos
negócios do rei. Ele conclui o capítulo dizendo que ficou assustado com a visão
que estava muito além de sua humilde compreensão.
...
domingo, 24 de maio de 2015
domingo, maio 24, 2015
Jamais Desista
Daniel 7:1-28 - AS VISÕES DE DANIEL - OS QUATRO ANIMAIS.
Como já dissemos,
estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes
principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12.
Começaremos agora
vendo as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos
ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as
nações.
Parte II - AS VISÕES
(7.1-12.13)
As visões de Daniel
descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou
a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os
israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para
os relatos de visões.
Essas visões dependem dos dois temas
centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü
O
Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü
Daniel
era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado
para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o
controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não
desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
ü
Os
quatro animais (7.1-28).
ü
Um
carneiro e um bode (8.1-27).
ü
As
"setenta semanas" (9.1-27).
ü
O
futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda
parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro
seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – veremos agora; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27); C. A
visão das setenta semanas (9.1-27); e, D. A visão sobre o futuro do povo de
Deus (10.1-12.13) – a quarta seção também será dividida em quatro partes: 1. A
mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) ; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes
(11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem
final a Daniel (12.4-13).
A. A visão dos quatro
animais (7.1-28).
Veremos no capítulo 7, de apensas 28
versículos, a visão dos quatro animais. Daniel relata o seu sonho com quatro
animais.
O sonho traça a história de reinos
estrangeiros até que seus domínios terrestres são entregues a "um como o
Filho do Homem" e aos santos.
O capítulo começa falando que Daniel teve,
na sua cama, sonhos e visões, no primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia.
Conforme a BEG, não se sabe se a
corregência de Belsazar e Nabonido teve início no mesmo ano da ascensão de
Nabonido (556 a.C.) ou alguns anos mais tarde. Qualquer que seja o caso, entendemos
que os acontecimentos desse capítulo (e do cap. 8) devem ser cronologicamente
colocados entre os acontecimentos dos caps. 4-5.
Em sua visão noturna, Daniel viu quatro
animais se agitando no Mar Grande. Se essa é uma referência ao mar Mediterrâneo
ou não, é irrelevante. O que está claro é que o mar é simbólico da inquietação
característica das nações pecaminosas opressoras de Israel. Veja a
interpretação dada no v. 17 e em Is 17.12-13; 57.20. Provavelmente, seja mesmo
a representação de todos os povos, nações, tribos e línguas da face da terra.
Eram os quatro ventos que agitavam esse Mar
Grande de onde subiram do mar quatro animais.
Esses quatro animais representam quatro
reinos (vs. 17,23). Está claro que existe uma estreita correspondência entre os
quatro reinos representados na visão da imagem de Nabucodonosor no cap. 2 e
aqueles simbolizados pelos quatro animais nesse capítulo.
A
BEG recomenda, para melhor entendimento, um exame para a identificação dos
quatro reinos, em seu quadro "Visões em Daniel', que se localiza em Dn 7.
O primeiro anima era como leão com asas de águia.
O leão com "asas de águia" é um
símbolo apropriado para o Império Babilônico (cf. Jr 50.44; Ez 17.3). Leões
alados eram uma forma comum de arte babilônica, frequentemente colocados na
entrada de edifícios públicos importantes.
Foram-lhe arrancadas as asas e lhe foi dada
mente de homem. Talvez isso seja uma referência à humilhação de Nabucodonosor e
sua posterior restauração após um período de sete anos de insanidade (4.1-37).
O segundo animal era como um urso.
O Império Medo-Persa é simbolizado por um
animal com apetite voraz. O lado levantado pode representar a posição superior
da Pérsia e as três costelas possivelmente apontam para a conquista da Pérsia
da Lídia (546 a.C.), da Babilônia (539 a.C.) e do Egito (525 a.C.).
O terceiro anima era como um leopardo com quatro asas e quatro cabeças.
O Império Grego era simbolizado por um leopardo,
conhecido pela sua rapidez. Alexandre o Grande (356-323 a.C.) conquistou o
Império Persa com grande rapidez. Ele se confrontou com os persas em três
batalhas principais:
(1)
Junto
ao rio Granico (334 a.C.) através da qual conquistou a entrada na Ásia Menor.
(2)
Em
Issus (333 a.C.) quando conseguiu ocupar a Síria, Canaã e o Egito.
(3)
em
Arbela (331 a.C.) ele destruiu o último exército persa e seguiu em direção à
Índia.
Logo depois de sua morte prematura, com a
idade de trinta e três anos, o império que ele havia estabelecido dividiu-se em
quatro partes:
1.
A
Macedônia sob Cassandro.
2.
A
Trácia e a Ásia Menor sob Lisímaco.
3.
A
Síria sob Seleuco.
4.
O
Egito sob Ptolomeu.
O quarto animal tinha dentes de ferro e dez chifres e era terrível,
espantoso e sobremodo forte.
A História tem revelado que esse animal não
identificado representa Roma, o império que finalmente assimilou as várias
partes do dividido Império Grego.
Os dez chifres simbolizam os dez reis ou
reinos que se originaram do Império Romano (v. 24). Não está claro se esses chifres
são sucessivos ou simultâneos.
Alguns sugerem que eles representam uma
segunda fase do quarto império, um "Império Romano revivificado" dos
últimos tempos, mas não há nenhuma evidência de tal distinção.
Os dez chifres são anteriores ao
"pequeno chifre" – vs. 8 -, o qual arranca três deles. Aqui está uma
nova fase do quarto império. Muitos intérpretes têm sugerido que o pequeno
chifre simboliza o aparecimento do anticristo (2Ts 2.3-4,8). Se o for, essa é
primeira referência escriturística ao anticristo. Também a simbologia usada sugere
que esse chifre se refere a um indivíduo e não a um reino. Nesse chifre havia
olhos como os de homem e uma boca que proferia palavras insolentes.
Ele continua olhando e viu que foram postos
tronos e nele se assentou o Ancião de Dias. O título "Ancião de Dias"
ocorre na Bíblia apenas nesse capítulo (vs. 13,22). Uma expressão semelhante
aparece em textos ugaríticos para designar o grande Deus El.
É claramente usado como uma designação para
Deus, que se assenta para julgar e subentende que o Senhor é eterno ou que tem
governado desde tempos imemoriais.
Embora Deus se apresente a Daniel em
magnífica glória, ele ainda se revela numa forma humana reconhecível, para que
Daniel pudesse compreender o que via.
A revelação do trono divino lembra a visão
de Ezequiel (Ez 1.15-28) Como em outras partes do mundo antigo, o trono divino
é apresentado como tendo rodas como um trono-carruagem móvel usado mais
especificamente em batalhas.
Motivos semelhantes estão por trás do pilar
de fogo que orientou Israel durante o Êxodo (Ex 13.21-22). 7.10 e se abriram os
livros. Veja 12.1 (veja também Êx 32.32; SI 149.9; Is 4.3; 65.6; MI 3.16; Lc 10.20;
Ap 5.1-5; 6.12-16; 20.12).
Ele continuava olhando por causa da voz
insolente que aquele chifre proferia e viu que o animal foi morto, o seu corpo
desfeito e ele foi entregue para ser queimado.
Um contraste é estabelecido entre a
destruição total do quarto reino e a medida de continuidade conferida aos
reinos precedentes, à medida que os seus povos e costumes eram absorvidos pelos
reinos que se sucediam.
Com relação aos outros animais, o domínio
lhes fora tirado e suas vidas foram prolongadas por um tempo e tempos.
Ele continuava olhando em suas visões e
agora via que vinha com as nuvens do céu, um como o Filho do Homem. Essa
expressão pode significar simplesmente "um homem". O equivalente
hebraico é usado para Daniel em 8.17e também muitas vezes para Ezequiel,
contemporâneo de Daniel (p. ex., Ez 2.1,3,6).
Em contraste com os animais que governavam
mal a terra, esse "um" presidirá sobre a criação como Deus havia
planejado antes da queda; ele terá domínio sobre todos os animais (Gn 1.26-28;
SI 8).
Daniel pode ter sido a mais antiga
testemunha desse uso especial da expressão "filho do homem". A
literatura apocalíptica judaica posterior, escrita entre o Antigo e o Novo
Testamento, recorre a essa passagem e fala do "filho do homem" como
um ser humano sobrenatural que traz o poder do céu para a terra.
Daniel viu alguém como um homem, ou seja,
alguém que poderia ser comparado a um homem, mas que, de certo modo, era
qualitativamente diferente (v. 14).
A expressão "filho do homem" é
usada sessenta e nove vezes nos Evangelhos sinóticos e doze vezes no Evangelho
de João para referir-se a Cristo. Ela é, de fato, o título mais comum usado por
Jesus em referência a si mesmo.
Em outras passagens do Antigo Testamento,
apenas com referência a Deus é dito que ele aparece sobre as nuvens (SI 104.3;
Is 19.1).
Esse "um como o Filho do Homem"
origina-se no céu e vem por iniciativa divina. Ele é idêntico à pedra cortada
da montanha, mas não por mãos humanas (2.45; 7.14).
A ele foram dados o domínio e a glória, e o
reino para que os povos, nações e os homens de todas as línguas o servissem,
torando o seu domínio eterno, que não haverá de passar e cujo reino jamais será
abalado, como os dos homens. Deus lhe dá a vice-regência sobre todas as nações
e Ele cumpre o governo simbólico da pedra cortada da montanha (2.44-45).
O "Filho do Homem", na visão de
Daniel, não era outro senão o grande filho de Davi, o Messias. Isaías também falou
de seu reino como não tendo fim (Is 9.7).
Jesus claramente confirmou essa relação
messiânica numa alusão a essa passagem. Por isso, foi acusado de blasfêmia
pelos líderes religiosos do seu tempo (Mt 26.64-65; Mc 14.62-64).
A partir do verso 15, Daniel fala que
aquelas visões o deixaram cansado e o seu espírito alarmado causando-lhe muita perturbação.
Daniel ficou horrorizado com o que viu e pediu ao anjo que elucidasse a visão –
vs. 16.
Em resposta a Daniel este alguém (o qual
ele chegou perto – vs. 16) o atendeu e lhe explicou, fazendo-o compreender e
interpretar todas essas coisas.
Ele começa a lhe explicar a partir do vs.
17 falando que os quatro animais serão quatro reinos que se levantarão na
terra. Também fala – vs. 18 - que os santos do Altíssimo receberão o reino e o
possuirão para todo o sempre e de eternidade a eternidade.
Não os anjos, mas verdadeiros crentes serão
os que participarão da responsabilidade de administrar o reino (1Co 6.1-11; 2Tm
2.12; Ap 22.5). Há uma estreita identificação entre o "Filho do Homem”
como rei (vs. 13-14) e os "santos do Altíssimo" como aqueles que
participam do seu reino.
Daniel relata uma informação adicional a
respeito do pequeno chifre (v. 8) em relação ao povo de Deus (cf. Ap 13.7). Daniel
de fato se inquietou com aquele desejo de conhecer a verdade a respeito do
quarto animal que era diferente de todos os outros, muito terrível, com dentes
de ferro, unhas de bronze e que devorava e fazia em pedaços e pisava aos pés o
que sobejava.
Também queria saber mais sobre os dez
chifres e, especialmente, de um que surgiu e que ao subir, derrubou logo três e
possuía aquela boca insolente e parecia mais robusto do que todos os seus
companheiros.
Na sua visão o incomodava saber que ele
fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles até que veio o Ancião de
Dias – vs. 22 – e fez justiça aos santos do Altíssimo e, desta forma, chegou o
tempo em que os santos possuirão o reino para sempre.
Em atendimento a Daniel aquele ser lhe
disse que o quarto animal seria um quarto reino na terra que seria mesmo
diferente de todos os demais e que devoraria toda a terra pisando e fazendo em
pedaços quem encontrasse pelo caminho.
Ele continua explicando que os dez chifres
eram dez reis que se levantarão daquele mesmo reino e que ainda um outro rei se
lentaria deles e abateria logo três ao subir. São características dele – vs. 24
e 25:
·
É
diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
·
Proferirá
palavras contra o Altíssimo.
·
Consumirá
os santos do Altíssimo.
·
Cuidará
em mudar os tempos e a lei.
·
Os
santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Essa intervenção de Deus na História levará
àquela realidade que o Novo Testamento chama de "reino de Deus" (sugestão
da BEG para leitura de seu artigo teológico "O reino de Deus", em Mt
4).
Embora o pequeno chifre (vs. 8) viesse a
prevalecer durante um tempo contra o povo de Deus, no final ele cairia sob o
seu julgamento (cf. Zc 14.1-4; Ap 13.7-17; 19-20).
O pequeno chifre de fala insolente
perseguirá o povo de Deus por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. A
palavra "tempo" é a mesma palavra usada em 4.16,23 e, como nessas
passagens (4.16) pode ser entendida como representando um período de um ano
(cf. Ap 12.14).
Entretanto, é mais bem compreendido como um
período simbólico de tempo que será encurtado quando Deus subitamente
intervier.
No verso 26, ele fala que apesar disso
tudo, o tribunal se assentará em juízo e lhe tirará o domínio para o destruir e
para o desfazer até o fim, ou seja, ninguém o abaterá, senão Deus.
O tribunal do céu (veja o v. 10). 7.27
serão dados ao povo dos santos. Depois que o povo de Deus enfrentar as
provações dos reinos opressores, esse povo reinará para sempre.
teve Daniel,
na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça.
Então
escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas.
Dn 7:2 Falou Daniel, e disse:
Eu estava
olhando, numa visão noturna,
e
eis que os quatro ventos do céu agitavam
o
Mar Grande.
Dn 7:3 E
quatro grandes animais, diferentes uns dos outros,
subiam
do mar.
Dn 7:4 O primeiro era como leão,
e tinha asas
de águia;
enquanto
eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas,
e
foi levantado da terra,
e
posto em dois pés como um homem;
e
foi-lhe dado um coração de homem.
Dn 7:5 Continuei olhando, e eis aqui o
segundo animal,
semelhante a
um urso, o qual se levantou de um lado,
tendo
na boca três costelas entre os seus dentes;
e foi-lhe
dito assim:
Levanta-te,
devora muita carne.
Dn 7:6 Depois disto, continuei olhando,
e eis aqui
outro, semelhante a um leopardo,
e
tinha nas costas quatro asas de ave; t
inha
também este animal quatro cabeças;
e
foi-lhe dado domínio.
Dn 7:7 Depois disto, eu continuava
olhando, em visões noturnas,
e eis aqui o
quarto animal, terrível e espantoso,
e
muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro;
ele
devorava e fazia em pedaços,
e
pisava aos pés o que sobejava;
era diferente
de todos os animais que apareceram antes dele,
e
tinha dez chifres.
Dn 7:8 Eu
considerava os chifres,
e
eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno,
diante
do qual três dos primeiros chifres
foram
arrancados;
e
eis que neste chifre havia olhos, como os de homem,
e
uma boca que falava grandes coisas.
Dn 7:9 Eu continuei olhando, até que
foram postos uns tronos,
e um ancião
de dias se assentou;
o
seu vestido era branco como a neve,
e
o cabelo da sua cabeça como lã puríssima;
o
seu trono era de chamas de fogo,
e
as rodas dele eram fogo ardente.
Dn 7:10 Um
rio de fogo manava e saía de diante dele;
milhares de milhares o serviam,
e
miríades de miríades assistiam diante dele.
Assentou-se
para o juízo, e os livros foram abertos.
Dn 7:11 Então estive olhando, por causa
da voz das grandes palavras
que o chifre
proferia;
estive
olhando até que o animal foi morto,
e
o seu corpo destruído;
pois
ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.
Dn 7:12 Quanto aos outros animais,
foi-lhes tirado o domínio;
todavia
foi-lhes concedida prolongação de vida
por
um prazo e mais um tempo.
Dn 7:13 Eu estava olhando nas minhas
visões noturnas,
e eis que
vinha com as nuvens do céu um como filho de homem;
e
dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele.
Dn 7:14 E
foi-lhe dado domínio, e glória,
e
um reino, para que todos os povos, nações
e
línguas o servissem;
o seu domínio
é um domínio eterno, que não passará,
e o seu reino
tal, que não será destruído.
Dn 7:15 Quanto a mim, Daniel, o meu
espírito foi abatido dentro do corpo,
e as visões
da minha cabeça me perturbavam.
Dn 7:16
Cheguei-me a um dos que estavam perto,
e
perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo isso.
Ele
me respondeu e me fez saber a interpretação das coisas.
Dn 7:17 Estes
grandes animais, que são quatro, são quatro reis,
que
se levantarão da terra.
Dn 7:18 Mas
os santos do Altíssimo receberão
o
reino e o possuirão para todo o sempre, sim,
para
todo o sempre.
Dn 7:19 Então
tive desejo de conhecer a verdade
a
respeito do quarto animal,
que
era diferente de todos os outros,
sobremodo
terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze;
o qual devorava, fazia em pedaços,
e
pisava aos pés o que sobrava;
Dn 7:20 e
também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça,
e
do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é,
daquele
chifre que tinha olhos,
e
uma boca que falava grandes coisas,
e
parecia ser mais robusto do que os seus companheiros.
Dn 7:21
Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre
fazia
guerra contra os santos, e prevalecia contra eles,
Dn
7:22 até que veio o ancião de dias,
e
foi executado o juízo a favor
dos
santos do Altíssimo;
e chegou o
tempo em que os santos possuíram o reino.
Dn 7:23 Assim me disse ele:
O quarto
animal será um quarto reino na terra,
o
qual será diferente de todos os reinos;
devorará toda
a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.
Dn 7:24
Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino
se
levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro,
o
qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
Dn 7:25
Proferirá palavras contra o Altíssimo,
e
consumirá os santos do Altíssimo;
cuidará
em mudar os tempos e a lei;
os santos lhe
serão entregues na mão
por
um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Dn 7:26 Mas o
tribunal se assentará em juízo,
e
lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer
até
o fim.
Dn 7:27 O
reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos
debaixo
de todo o céu serão dados
ao
povo dos santos do Altíssimo.
O
seu reino será um reino eterno,
e
todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.
Dn
7:28 Aqui é o fim do assunto.
Quanto a mim, Daniel,
os meus
pensamentos muito me perturbaram
e
o meu semblante se mudou;
mas
guardei estas coisas no coração.
Pensamentos a respeito de Israel caindo sob
opressão repetida e prolongada de poderes estrangeiros ainda perturbavam
Daniel, embora o resultado final fosse a intervenção divina que resultaria na
vitória do povo de Deus.
Daniel mencionou isso para informar a seus
leitores que ele não se alegrava com o prospecto de tal futuro para o povo de
Deus. A despeito de sua autoridade nas cortes gentílicas da Babilônia e da
Pérsia, ninguém poderia, com justiça, acusá-lo de trair sua lealdade para com o
povo de Deus. Ele falou sobre esses acontecimentos futuros com pesar.
O importante é que no final, no tempo de
Deus, e essa é nossa esperança, o reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo
de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um
reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.
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