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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Daniel 8:1-27 - AS VISÕES DE DANIEL - UM CARNEIRO E UM BODE.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Parte II - AS VISÕES (7.1-12.13) – continuação.
Como também já dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü  O Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü  Daniel era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü  Os quatro animais (7.1-28).
ü  Um carneiro e um bode (8.1-27).
ü  As "setenta semanas" (9.1-27).
ü  O futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) - veremos agora; C. A visão das setenta semanas (9.1-27); e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – a quarta seção também será dividida em quatro partes: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1); 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27).
Veremos no capítulo 8, Daniel, doravante, usando a língua hebraica, pois ele havia escrito os trechos de 2.4 a 7.28 em aramaico (2.4). Aqui, veremos a sua visão de um carneiro e de um bode, ou seja, o profeta registrou a visão a respeito do tratamento do povo de Deus sob os medo-persas e os gregos.
O capítulo começa identificando os eventos no tempo, no terceiro ano do reinado de Belsazar, segundo ele, depois daquela que lhe apareceu no princípio. Isto é, dois anos após o sonho de Daniel no cap. 7 (7.1).
Daniel experimentou uma viagem visionária semelhante à de Ezequiel (Ez 3.10-15). Na cidadela de Susã que é província de Elão. No tempo de Daniel, Susã era a capital de Elão, cerca de 360 km a leste da Babilônia. O texto não esclarece se na ocasião Elão era independente ou aliado da Babilônia ou da Média.
Posteriormente, entretanto, como uma das cidades reais, Susã tornou-se a capital diplomática e administrativa do Império Persa (cf. Et 1.2; Ne 1.1).
Dessa vez, ele estava junto ao rio Ulai. Esse canal perto de Susã ligava dois rios que corriam para o golfo Persa.
Ele levanta os seus olhos e vê diante do rio um carneiro com dois chifres bem altos, sendo um mais alto que o outro. Ele identifica o carneiro e seus chifres como um símbolo dos reis do Império Medo-Persa. A história medo-persa esclarece esse simbolismo de um ser mais alto do que o outro e que o mais alto subiu por último.
Conforme a BEG, os medos tornaram-se fortes e independentes da Assíria depois de 631 a.C. Os persas começaram como um segmento insignificante do Império Medo, mas obtiveram o controle quando Ciro (que reinou entre 559-530 a.C.), de Ansã (no Elão), colocou a Média sob seu controle (550 a.C.). Ciro acrescentou à sua lista de títulos também o de "rei dos medos".
Portanto, ambos os chifres eram longos, mas aquele que representava a Pérsia era mais longo, pois era superior em poder, e cresceu mais tarde porque chegou ao poder depois do outro.
Ele viu – vs. 4 – que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul. Inicialmente Ciro conquistou a Ásia Menor; depois tanto o norte quanto o sul da Mesopotâmia. Governantes subsequentes estenderam o controle medo-persa até o Oriente. E assim, se engrandecia.
O império persa tornou-se maior e mais poderoso do que qualquer império anterior na história do antigo Oriente Próximo.
Daniel estava olhando e pensando quando surge – vs. 5 - um bode que vinha do ocidente e que tinha um chifre notável entre os olhos. O vs. 21 identifica o bode como sendo a Grécia e o chifre notável entre os olhos como o seu primeiro rei.
O simbolismo é uma descrição clara da ascensão do Império Grego sob a liderança do Alexandre o Grande (356-323 a.C). Sobre seu reino se fala que ele avançava sobre toda a terra, mas sem tocar no chão. Isso descreve, figuradamente, a rapidez espantosa das conquistas de Alexandre (7.6). Em apenas três anos, ele foi capaz de derrotar o poderoso Império Persa.
O império de Alexandre, comparado a um bode que se engrandeceu sobremaneira, rapidamente sobrepujou o Império Persa em tamanho. Por volta de 327 a.C., Alexandre havia avançado para o Oriente até o que é hoje o Afeganistão e daí seguiu para o vale do rio Indo.
Quando suas próprias tropas se recusaram a avançar ainda mais para o Oriente, Alexandre voltou para a Babilônia, onde morreu com a idade de trinta e três anos. Em seu lugar saíram quatro chifres notáveis.
O vs. 22 indica que esses quatro chifres simbolizam os quatro reinos que emergiram do império de Alexandre, mas eram inferiores em poder em relação ao seu domínio anterior.
Continua a BEG a nos ensinar que os documentos históricos indicam que depois de um tempo de luta interna, quatro dos generais de Alexandre conseguiram assegurar porções do Império Grego anterior como seus próprios reinos.
O verso 9 fala que ainda de um deles saiu um chifre pequeno que cresceu muito para o sul e para o oriente e também para a terra formosa.
O v. 23 indica que esse chifre representa um governante perverso que se levantaria num dos quatro reinos gregos após um grande intervalo de tempo ("no fim do seu reinado").
A descrição das ações desse governante (vs. 9-14,23-25) o identifica como Antíoco IV Epífanes, o governante do reino selêucida de 175 a 164 a.C.
Esse chifre não deve ser identificado com o "pequeno chifre" de 7.8, o qual se levantaria durante o período romano, e não grego para a terra gloriosa. Nessa expressão, Daniel demonstra o seu amor pela Terra Prometida.
O seu crescimento notável foi até atingir o exército dos céus – vs. 10 -, ou as estrelas (cf. Jr 33.22), simbolizando o povo de Deus (cf. 12.3; Gn 12.3; 15.5; Êx 12.41) e/ou o exército celestial (Is 14.13; veja também 2Macabeus 9.10 [um livro apócrifo]).
As moedas de Antíoco traziam uma estrela acima da sua cabeça. Epífanes significa "Deus manifesto". O ataque contra o povo de Deus representava um ataque contra o próprio céu.
Além de seu crescimento até os céus, também a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Essa é uma descrição simbólica da severa perseguição sofrida pelo povo de Deus sob o governo de Antíoco IV Epífanes, que tentou abolir o culto e o modo de vida tradicional de Israel (cf. 11.21-35; 1 Macabeus 1.10-64 [um livro apócrifo]).
Ainda continuou a crescer e engrandeceu-se até ao príncipe do exército – vs. 11. O príncipe deve ser entendido como Deus, o Senhor dos Exércitos. Confira com o vs. 25 em que a designação é "Príncipe dos príncipes".
Antíoco IV adotou o nome de Epífanes ("Deus manifesto") e se via como uma manifestação encarnada de Zeus (o principal deus do panteão grego).
Tão notável foi seu crescimento maligno que ele inclusive tirou o sacrifício diário. (Veja os vs. 12-13, 11.31.) Antíoco IV ordenou a interrupção de todas as observâncias cerimoniais relacionadas ao culto ao Senhor no templo de Jerusalém e nas cidades de Judá. Até o lugar do seu santuário foi deitado abaixo.
Antíoco IV não apenas entrou no Santo dos Santos e saqueou os vasos de ouro e prata, como também erigiu um altar a Zeus sobre o altar do Senhor no átrio do templo e ofereceu porcos sobre ele.
O verso 12 fala que por isso o exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário. O povo de Deus foi subjugado pelo chifre que começara pequeno (vs. 9), Antíoco IV. Isso causou a interrupção das observâncias regulares no templo.
Por causa de sua transgressão e ousadia (loucura ou insensatez), lançou a verdade por terra e fez tudo conforme o seu agrado e ainda prosperou em seus propósitos malignos.
A visão retrata o aparente sucesso dos atos iníquos de Antíoco IV (o chifre que começou pequeno). Esse sucesso incluiu a destruição de cópias das Escrituras hebraicas (cf. 1 Macabeus 1.56-57 [um livro apócrifo]).
Um dos santos (Daniel ouviu e registrou) perguntou (eles conversavam entre si) até quando duraria essa visão que mostrava eles sendo pisados relativamente:
·         Ao holocausto contínuo.
·         À transgressão assoladora.
·         À entrega do santuário e do exército.
A resposta da duração disso foi dada a Daniel: até duas mil e trezentas tardes e manhãs. No Antigo Testamento, a expressão "tardes e manhãs" ocorre apenas aqui e no v. 26.
Alguns a entendem como uma referência aos sacrifícios da tarde e da manhã (cf. Ex 29.38-42). Nesse caso, ela representaria um mil cento e cinquenta dias.
Outros a compreendem simplesmente como uma expressão para dois mil e trezentos dias. Uma vez que o início da perseguição de Antíoco IV poderia ser ligado a qualquer um de vários incidentes que haviam começado já em 171 a.C., é difícil determinar qual interpretação da expressão deve ser preferida.
O número vinte e três pode ser simbólico de um período fixo, como na literatura apocalíptica extra bíblica.
Após este período de 23 x 1000 tardes e manhãs, o santuário seria purificado. O templo foi purificado e rededicado sob a liderança de Judas Macabeu no dia 25 de dezembro de 165 a.C. (11.34; cf. Zc 9.13-17).
Daniel teve a visão e procurou entendê-la. Nisso se apresentou diante dele um como que semelhança de homem. Daniel ouviu uma voz de homem entre as margens do Ulai e esta gritou para o Gabriel dizendo-lhe que fizesse Daniel entender.
Esse anjo, Gabriel, é mencionado quatro vezes nas Escrituras (9.21; Lc 1.11,19,26). O nome indica aquele que é forte no Senhor (Gabriel significa "força de Deus") em razão do seu relacionamento com ele.
Daniel ficou amedrontado quando Gabriel se aproximou dele e caiu com seu rosto em terra, mas ele lhe disse, dirigindo-se a ele como filho do homem e lhe falando para ele entender.
O "homem forte de Deus" (significado do nome de Gabriel) estava falando a esse nobre mortal dizendo-lhe que aquela visão se referia ao tempo do fim. Ou seja – vs. 19 -, "ao tempo determinado do fim" - expressão que não tem necessariamente a ver com o tempo do fim absoluto da História. Ela ocorre em 11.27,35 em contextos que provavelmente se referem ao fim da perseguição sob Antíoco IV.
Ele estava falando do que haveria de acontecer no último tempo da ira. O "tempo da ira" – vs. 19 - pode se referir ao tempo do julgamento de Deus sobre o seu povo Israel durante sua sujeição aos babilônios, persas e gregos.
Ele explica que aquele carneiro que ele tinha visto que tinha dois chifres eram os reis da Média e da Pérsia e o bode peludo era o rei da Grécia.
Com o intuito de prosperar, ele enganará a muitos, e se considerará superior aos outros. Destruirá muitos que nele confiam e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes. Apesar disso, ele será destruído, mas não pelo poder dos homens.
Alguns intérpretes detectam uma figura do anticristo nas descrições do chifre nesse capítulo (vs. 8), considerando Antíoco IV como um protótipo de qualquer oponente poderoso contra o povo de Deus no futuro.
Antíoco IV não foi assassinado nem morreu em batalha. Sua morte em 164 a.C. resultou de uma doença física ou nervosa. Para relatos variados sobre a sua morte, veja 1 Macabeus 6.1-16; 2Macabeus 9.1-28 (ambos são livros apócrifos).
Dn 8:1 No ano terceiro do reinado do rei Belsazar
apareceu-me uma visão, a mim, Daniel,
depois daquela que me apareceu no princípio.
Dn 8:2 E na visão que tive,
parecia-me que eu estava na cidadela de Susã,
na província de Elão;
e conforme a visão, eu estava junto ao rio Ulai.
Dn 8:3 Levantei os olhos, e olhei,
e eis que estava em pé diante do rio um carneiro,
que tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos;
mas um era mais alto do que o outro,
e o mais alto subiu por último.
Dn 8:4 Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente,
e para o norte e para o sul;
e nenhum dos animais lhe podia resistir,
nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder;
ele, porém, fazia conforme a sua vontade,
e se engrandecia.
Dn 8:5 E, estando eu considerando,
eis que um bode vinha do ocidente sobre a face
de toda a terra, mas sem tocar no chão;
e aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos.
Dn 8:6 E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres,
ao qual eu tinha visto em pé diante do rio,
e correu contra ele no furor da sua força.
Dn 8:7 Vi-o chegar perto do carneiro;
e, movido de cólera contra ele, o feriu,
e lhe quebrou os dois chifres;
não havia força no carneiro para lhe resistir,
e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés;
também não havia quem pudesse livrar o carneiro
do seu poder.
Dn 8:8 O bode, pois, se engrandeceu sobremaneira;
e estando ele forte, aquele grande chifre foi quebrado,
e no seu lugar outros quatro também notáveis
nasceram para os quatro ventos do céu.
Dn 8:9 Ainda de um deles saiu um chifre pequeno,
o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente,
e para a terra formosa;
Dn 8:10 e se engrandeceu até o exército do céu;
e lançou por terra algumas das estrelas
desse exército, e as pisou.
Dn 8:11 Sim, ele se engrandeceu até o príncipe do exército;
e lhe tirou o holocausto contínuo,
e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo.
Dn 8:12 E o exército lhe foi entregue,
juntamente com o holocausto contínuo,
por causa da transgressão;
lançou a verdade por terra; e fez o que era do seu agrado,
e prosperou.
Dn 8:13 Depois ouvi um santo que falava;
e disse outro santo àquele que falava:
Até quando durará a visão relativamente
ao holocausto contínuo e à transgressão assoladora,
e à entrega do santuário e do exército,
para serem pisados?
Dn 8:14 Ele me respondeu:
Até duas mil e trezentas tardes e manhãs;
então o santuário será purificado.
Dn 8:15 Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la,
e eis que se me apresentou como que
uma semelhança de homem.
Dn 8:16 E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai,
a qual gritou, e disse:
Gabriel, faze que este homem entenda a visão.
Dn 8:17 Veio, pois, perto de onde eu estava;
e vindo ele, fiquei amedrontado,
e caí com o rosto em terra.
Mas ele me disse:
Entende, filho do homem,
pois esta visão se refere ao tempo do fim.
Dn 8:18 Ora, enquanto ele falava comigo,
caí num profundo sono, com o rosto em terra;
ele, porém, me tocou, e me pôs em pé.
Dn 8:19 e disse:
Eis que te farei saber o que há de acontecer
no último tempo da ira;
pois isso pertence ao determinado tempo do fim.
Dn 8:20 Aquele carneiro que viste,
o qual tinha dois chifres, são estes
os reis da Média e da Pérsia.
Dn 8:21 Mas o bode peludo é o rei da Grécia;
e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei.
Dn 8:22 O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele,
significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação,
porém não com a força dele.
Dn 8:23 Mas, no fim do reinado deles,
quando os transgressores tiverem chegado ao cúmulo,
levantar-se-á um rei, feroz de semblante
e que entende enigmas.
Dn 8:24 Grande será o seu poder, mas não de si mesmo;
e destruirá terrivelmente, e prosperará,
e fará o que lhe aprouver;
e destruirá os poderosos e o povo santo.
Dn 8:25 Pela sua sutileza fará prosperar o engano
na sua mão; no seu coração se engrandecerá,
e destruirá a muitos que vivem
em segurança;
e se levantará contra o príncipe dos príncipes;
mas será quebrado sem intervir
mão de homem.
Dn 8:26 E a visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira.
Tu, porém, cerra a visão, porque se refere
a dias mui distantes.
Dn 8:27 E eu, Daniel, desmaiei,
e estive enfermo alguns dias;
então me levantei e tratei dos negócios do rei.
E espantei-me acerca da visão,
pois não havia quem a entendesse.
No verso 26, Gabriel fala que a visão das tardes e das manhãs que ele recebera era verdadeira, mas que deveria ser selada, pois se referia a um futuro bem distante.
Conforme a BEG, o "selo" era utilizado tanto para autenticar ou confirmar algo, como para fechar ou para guardar em segurança algo confidencial ou sob custódia. O segundo sentido parece ser o mais apropriado nesse contexto (6.17).
Literalmente, “[a visão] se refere a muitos dias". Repare:
·         As conquistas de Alexandre (333-323 a.C.) ocorreram quase dois séculos depois da visão de Daniel (c. 550 a.C.).
·         Antíoco IV reinou cerca de um século e meio depois de Alexandre (171-164 a.C.).
Daniel – vs. 27 -, ficou exausto e doente por vários dias por causa da visão. Depois ele se levantou e voltou a cuidar dos negócios do rei. Ele conclui o capítulo dizendo que ficou assustado com a visão que estava muito além de sua humilde compreensão.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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domingo, 24 de maio de 2015

Daniel 7:1-28 - AS VISÕES DE DANIEL - OS QUATRO ANIMAIS.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12.
Começaremos agora vendo as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Parte II - AS VISÕES (7.1-12.13)
As visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para os relatos de visões.
Essas visões dependem dos dois temas centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü  O Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü  Daniel era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü  Os quatro animais (7.1-28).
ü  Um carneiro e um bode (8.1-27).
ü  As "setenta semanas" (9.1-27).
ü  O futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – veremos agora; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27); C. A visão das setenta semanas (9.1-27); e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – a quarta seção também será dividida em quatro partes: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) ; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
A. A visão dos quatro animais (7.1-28).
Veremos no capítulo 7, de apensas 28 versículos, a visão dos quatro animais. Daniel relata o seu sonho com quatro animais.
O sonho traça a história de reinos estrangeiros até que seus domínios terrestres são entregues a "um como o Filho do Homem" e aos santos.
O capítulo começa falando que Daniel teve, na sua cama, sonhos e visões, no primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia.
Conforme a BEG, não se sabe se a corregência de Belsazar e Nabonido teve início no mesmo ano da ascensão de Nabonido (556 a.C.) ou alguns anos mais tarde. Qualquer que seja o caso, entendemos que os acontecimentos desse capítulo (e do cap. 8) devem ser cronologicamente colocados entre os acontecimentos dos caps. 4-5.
Em sua visão noturna, Daniel viu quatro animais se agitando no Mar Grande. Se essa é uma referência ao mar Mediterrâneo ou não, é irrelevante. O que está claro é que o mar é simbólico da inquietação característica das nações pecaminosas opressoras de Israel. Veja a interpretação dada no v. 17 e em Is 17.12-13; 57.20. Provavelmente, seja mesmo a representação de todos os povos, nações, tribos e línguas da face da terra.
Eram os quatro ventos que agitavam esse Mar Grande de onde subiram do mar quatro animais.
Esses quatro animais representam quatro reinos (vs. 17,23). Está claro que existe uma estreita correspondência entre os quatro reinos representados na visão da imagem de Nabucodonosor no cap. 2 e aqueles simbolizados pelos quatro animais nesse capítulo.
 A BEG recomenda, para melhor entendimento, um exame para a identificação dos quatro reinos, em seu quadro "Visões em Daniel', que se localiza em Dn 7.
O primeiro anima era como leão com asas de águia.
O leão com "asas de águia" é um símbolo apropriado para o Império Babilônico (cf. Jr 50.44; Ez 17.3). Leões alados eram uma forma comum de arte babilônica, frequentemente colocados na entrada de edifícios públicos importantes.
Foram-lhe arrancadas as asas e lhe foi dada mente de homem. Talvez isso seja uma referência à humilhação de Nabucodonosor e sua posterior restauração após um período de sete anos de insanidade (4.1-37).
O segundo animal era como um urso.
O Império Medo-Persa é simbolizado por um animal com apetite voraz. O lado levantado pode representar a posição superior da Pérsia e as três costelas possivelmente apontam para a conquista da Pérsia da Lídia (546 a.C.), da Babilônia (539 a.C.) e do Egito (525 a.C.).
O terceiro anima era como um leopardo com quatro asas e quatro cabeças.
O Império Grego era simbolizado por um leopardo, conhecido pela sua rapidez. Alexandre o Grande (356-323 a.C.) conquistou o Império Persa com grande rapidez. Ele se confrontou com os persas em três batalhas principais:
(1)    Junto ao rio Granico (334 a.C.) através da qual conquistou a entrada na Ásia Menor.
(2)    Em Issus (333 a.C.) quando conseguiu ocupar a Síria, Canaã e o Egito.
(3)    em Arbela (331 a.C.) ele destruiu o último exército persa e seguiu em direção à Índia.
Logo depois de sua morte prematura, com a idade de trinta e três anos, o império que ele havia estabelecido dividiu-se em quatro partes:
1.      A Macedônia sob Cassandro.
2.      A Trácia e a Ásia Menor sob Lisímaco.
3.      A Síria sob Seleuco.
4.      O Egito sob Ptolomeu.
O quarto animal tinha dentes de ferro e dez chifres e era terrível, espantoso e sobremodo forte.
A História tem revelado que esse animal não identificado representa Roma, o império que finalmente assimilou as várias partes do dividido Império Grego.
Os dez chifres simbolizam os dez reis ou reinos que se originaram do Império Romano (v. 24). Não está claro se esses chifres são sucessivos ou simultâneos.
Alguns sugerem que eles representam uma segunda fase do quarto império, um "Império Romano revivificado" dos últimos tempos, mas não há nenhuma evidência de tal distinção.
Os dez chifres são anteriores ao "pequeno chifre" – vs. 8 -, o qual arranca três deles. Aqui está uma nova fase do quarto império. Muitos intérpretes têm sugerido que o pequeno chifre simboliza o aparecimento do anticristo (2Ts 2.3-4,8). Se o for, essa é primeira referência escriturística ao anticristo. Também a simbologia usada sugere que esse chifre se refere a um indivíduo e não a um reino. Nesse chifre havia olhos como os de homem e uma boca que proferia palavras insolentes.
Ele continua olhando e viu que foram postos tronos e nele se assentou o Ancião de Dias. O título "Ancião de Dias" ocorre na Bíblia apenas nesse capítulo (vs. 13,22). Uma expressão semelhante aparece em textos ugaríticos para designar o grande Deus El.
É claramente usado como uma designação para Deus, que se assenta para julgar e subentende que o Senhor é eterno ou que tem governado desde tempos imemoriais.
Embora Deus se apresente a Daniel em magnífica glória, ele ainda se revela numa forma humana reconhecível, para que Daniel pudesse compreender o que via.
A revelação do trono divino lembra a visão de Ezequiel (Ez 1.15-28) Como em outras partes do mundo antigo, o trono divino é apresentado como tendo rodas como um trono-carruagem móvel usado mais especificamente em batalhas.
Motivos semelhantes estão por trás do pilar de fogo que orientou Israel durante o Êxodo (Ex 13.21-22). 7.10 e se abriram os livros. Veja 12.1 (veja também Êx 32.32; SI 149.9; Is 4.3; 65.6; MI 3.16; Lc 10.20; Ap 5.1-5; 6.12-16; 20.12).
Ele continuava olhando por causa da voz insolente que aquele chifre proferia e viu que o animal foi morto, o seu corpo desfeito e ele foi entregue para ser queimado.
Um contraste é estabelecido entre a destruição total do quarto reino e a medida de continuidade conferida aos reinos precedentes, à medida que os seus povos e costumes eram absorvidos pelos reinos que se sucediam.
Com relação aos outros animais, o domínio lhes fora tirado e suas vidas foram prolongadas por um tempo e tempos.
Ele continuava olhando em suas visões e agora via que vinha com as nuvens do céu, um como o Filho do Homem. Essa expressão pode significar simplesmente "um homem". O equivalente hebraico é usado para Daniel em 8.17e também muitas vezes para Ezequiel, contemporâneo de Daniel (p. ex., Ez 2.1,3,6).
Em contraste com os animais que governavam mal a terra, esse "um" presidirá sobre a criação como Deus havia planejado antes da queda; ele terá domínio sobre todos os animais (Gn 1.26-28; SI 8).
Daniel pode ter sido a mais antiga testemunha desse uso especial da expressão "filho do homem". A literatura apocalíptica judaica posterior, escrita entre o Antigo e o Novo Testamento, recorre a essa passagem e fala do "filho do homem" como um ser humano sobrenatural que traz o poder do céu para a terra.
Daniel viu alguém como um homem, ou seja, alguém que poderia ser comparado a um homem, mas que, de certo modo, era qualitativamente diferente (v. 14).
A expressão "filho do homem" é usada sessenta e nove vezes nos Evangelhos sinóticos e doze vezes no Evangelho de João para referir-se a Cristo. Ela é, de fato, o título mais comum usado por Jesus em referência a si mesmo.
Em outras passagens do Antigo Testamento, apenas com referência a Deus é dito que ele aparece sobre as nuvens (SI 104.3; Is 19.1).
Esse "um como o Filho do Homem" origina-se no céu e vem por iniciativa divina. Ele é idêntico à pedra cortada da montanha, mas não por mãos humanas (2.45; 7.14).
A ele foram dados o domínio e a glória, e o reino para que os povos, nações e os homens de todas as línguas o servissem, torando o seu domínio eterno, que não haverá de passar e cujo reino jamais será abalado, como os dos homens. Deus lhe dá a vice-regência sobre todas as nações e Ele cumpre o governo simbólico da pedra cortada da montanha (2.44-45).
O "Filho do Homem", na visão de Daniel, não era outro senão o grande filho de Davi, o Messias. Isaías também falou de seu reino como não tendo fim (Is 9.7).
Jesus claramente confirmou essa relação messiânica numa alusão a essa passagem. Por isso, foi acusado de blasfêmia pelos líderes religiosos do seu tempo (Mt 26.64-65; Mc 14.62-64).
A partir do verso 15, Daniel fala que aquelas visões o deixaram cansado e o seu espírito alarmado causando-lhe muita perturbação. Daniel ficou horrorizado com o que viu e pediu ao anjo que elucidasse a visão – vs. 16.
Em resposta a Daniel este alguém (o qual ele chegou perto – vs. 16) o atendeu e lhe explicou, fazendo-o compreender e interpretar todas essas coisas.
Ele começa a lhe explicar a partir do vs. 17 falando que os quatro animais serão quatro reinos que se levantarão na terra. Também fala – vs. 18 - que os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre e de eternidade a eternidade.
Não os anjos, mas verdadeiros crentes serão os que participarão da responsabilidade de administrar o reino (1Co 6.1-11; 2Tm 2.12; Ap 22.5). Há uma estreita identificação entre o "Filho do Homem” como rei (vs. 13-14) e os "santos do Altíssimo" como aqueles que participam do seu reino.
Daniel relata uma informação adicional a respeito do pequeno chifre (v. 8) em relação ao povo de Deus (cf. Ap 13.7). Daniel de fato se inquietou com aquele desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal que era diferente de todos os outros, muito terrível, com dentes de ferro, unhas de bronze e que devorava e fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava.
Também queria saber mais sobre os dez chifres e, especialmente, de um que surgiu e que ao subir, derrubou logo três e possuía aquela boca insolente e parecia mais robusto do que todos os seus companheiros.
Na sua visão o incomodava saber que ele fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles até que veio o Ancião de Dias – vs. 22 – e fez justiça aos santos do Altíssimo e, desta forma, chegou o tempo em que os santos possuirão o reino para sempre.
Em atendimento a Daniel aquele ser lhe disse que o quarto animal seria um quarto reino na terra que seria mesmo diferente de todos os demais e que devoraria toda a terra pisando e fazendo em pedaços quem encontrasse pelo caminho.
Ele continua explicando que os dez chifres eram dez reis que se levantarão daquele mesmo reino e que ainda um outro rei se lentaria deles e abateria logo três ao subir. São características dele – vs. 24 e 25:
·         É diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
·         Proferirá palavras contra o Altíssimo.
·         Consumirá os santos do Altíssimo.
·         Cuidará em mudar os tempos e a lei.
·         Os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Essa intervenção de Deus na História levará àquela realidade que o Novo Testamento chama de "reino de Deus" (sugestão da BEG para leitura de seu artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4).
Embora o pequeno chifre (vs. 8) viesse a prevalecer durante um tempo contra o povo de Deus, no final ele cairia sob o seu julgamento (cf. Zc 14.1-4; Ap 13.7-17; 19-20).
O pequeno chifre de fala insolente perseguirá o povo de Deus por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. A palavra "tempo" é a mesma palavra usada em 4.16,23 e, como nessas passagens (4.16) pode ser entendida como representando um período de um ano (cf. Ap 12.14).
Entretanto, é mais bem compreendido como um período simbólico de tempo que será encurtado quando Deus subitamente intervier.
No verso 26, ele fala que apesar disso tudo, o tribunal se assentará em juízo e lhe tirará o domínio para o destruir e para o desfazer até o fim, ou seja, ninguém o abaterá, senão Deus.
O tribunal do céu (veja o v. 10). 7.27 serão dados ao povo dos santos. Depois que o povo de Deus enfrentar as provações dos reinos opressores, esse povo reinará para sempre.
Dn 7:1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia,
teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça.
Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas.
Dn 7:2 Falou Daniel, e disse:
Eu estava olhando, numa visão noturna,
e eis que os quatro ventos do céu agitavam
o Mar Grande.
Dn 7:3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros,
subiam do mar.
Dn 7:4 O primeiro era como leão,
e tinha asas de águia;
enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas,
e foi levantado da terra,
e posto em dois pés como um homem;
e foi-lhe dado um coração de homem.
Dn 7:5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal,
semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado,
tendo na boca três costelas entre os seus dentes;
e foi-lhe dito assim:
Levanta-te, devora muita carne.
Dn 7:6 Depois disto, continuei olhando,
e eis aqui outro, semelhante a um leopardo,
e tinha nas costas quatro asas de ave; t
inha também este animal quatro cabeças;
e foi-lhe dado domínio.
Dn 7:7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas,
e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso,
e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro;
ele devorava e fazia em pedaços,
e pisava aos pés o que sobejava;
era diferente de todos os animais que apareceram antes dele,
e tinha dez chifres.
Dn 7:8 Eu considerava os chifres,
e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno,
diante do qual três dos primeiros chifres
foram arrancados;
e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem,
e uma boca que falava grandes coisas.
Dn 7:9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos,
e um ancião de dias se assentou;
o seu vestido era branco como a neve,
e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima;
o seu trono era de chamas de fogo,
e as rodas dele eram fogo ardente.
Dn 7:10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele;
 milhares de milhares o serviam,
e miríades de miríades assistiam diante dele.
Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos.
Dn 7:11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras
que o chifre proferia;
estive olhando até que o animal foi morto,
e o seu corpo destruído;
pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.
Dn 7:12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio;
todavia foi-lhes concedida prolongação de vida
por um prazo e mais um tempo.
Dn 7:13 Eu estava olhando nas minhas visões noturnas,
e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem;
e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele.
Dn 7:14 E foi-lhe dado domínio, e glória,
e um reino, para que todos os povos, nações
e línguas o servissem;
o seu domínio é um domínio eterno, que não passará,
e o seu reino tal, que não será destruído.
Dn 7:15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo,
e as visões da minha cabeça me perturbavam.
Dn 7:16 Cheguei-me a um dos que estavam perto,
e perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo isso.
Ele me respondeu e me fez saber a interpretação das coisas.
Dn 7:17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis,
que se levantarão da terra.
Dn 7:18 Mas os santos do Altíssimo receberão
o reino e o possuirão para todo o sempre, sim,
para todo o sempre.
Dn 7:19 Então tive desejo de conhecer a verdade
a respeito do quarto animal,
que era diferente de todos os outros,
sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze;
 o qual devorava, fazia em pedaços,
e pisava aos pés o que sobrava;
Dn 7:20 e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça,
e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é,
daquele chifre que tinha olhos,
e uma boca que falava grandes coisas,
e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros.
Dn 7:21 Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre
fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles,
Dn 7:22 até que veio o ancião de dias,
e foi executado o juízo a favor
dos santos do Altíssimo;
e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.
Dn 7:23 Assim me disse ele:
O quarto animal será um quarto reino na terra,
o qual será diferente de todos os reinos;
devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.
Dn 7:24 Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino
se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro,
o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
Dn 7:25 Proferirá palavras contra o Altíssimo,
e consumirá os santos do Altíssimo;
cuidará em mudar os tempos e a lei;
os santos lhe serão entregues na mão
por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Dn 7:26 Mas o tribunal se assentará em juízo,
e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer
até o fim.
Dn 7:27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos
debaixo de todo o céu serão dados
ao povo dos santos do Altíssimo.
O seu reino será um reino eterno,
e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.
Dn 7:28 Aqui é o fim do assunto.
Quanto a mim, Daniel,
os meus pensamentos muito me perturbaram
e o meu semblante se mudou;
mas guardei estas coisas no coração.
Pensamentos a respeito de Israel caindo sob opressão repetida e prolongada de poderes estrangeiros ainda perturbavam Daniel, embora o resultado final fosse a intervenção divina que resultaria na vitória do povo de Deus.
Daniel mencionou isso para informar a seus leitores que ele não se alegrava com o prospecto de tal futuro para o povo de Deus. A despeito de sua autoridade nas cortes gentílicas da Babilônia e da Pérsia, ninguém poderia, com justiça, acusá-lo de trair sua lealdade para com o povo de Deus. Ele falou sobre esses acontecimentos futuros com pesar.
O importante é que no final, no tempo de Deus, e essa é nossa esperança, o reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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