Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 18/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 18/19, explicado
pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/KvAs9LT4bhk.
Breve
síntese do capítulo 18.
Estamos no julgamento da grande cidade, Babilônia, poderosa e famosa.
Impressiona-nos a riqueza de detalhes da descrição da cidade e de sua
importância no mundo junto com a sua capacidade de causar danos aos santos,
apóstolos e profetas do Senhor.
Ela é riquíssima e poderosa! Reis e mercadores ficaram ricos à custa de
sua luxúria. De nada tinha falta e devia se achar inatingível, mas em uma hora
somente veio o seu juízo.
Reparem que há um alerta ao povo de Deus que nela se encontra: -
Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, nem
participarem de seus flagelos. É um alerta que veio do céu por meio de uma voz.
Uma
cidade rica, poderosa e maligna com povo de Deus dentro dela! Bem-aventurados
são os que ouvirem este alerta por meio dessa voz vinda dos céus e saírem e não
se tornarem cúmplices de seus pecados. Deus jamais desamparará os seus.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5,
estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos
(22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)Sete
selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)Sete
anjos e trombetas (8.2-11.19) – já vimos.
(3)Sete
histórias simbólicas (12.1-14.20) – já
vimos.
(4)Sete
taças de ira (15.1-16.21) – já vimos.
(5)Babilônia
e a igreja (17.1-19.10) - estamos vendo.
(6)A
batalha final (19.11-21).
(7)O
reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da
nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir
e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus,
para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o
resultado do conflito.
5. O quinto ciclo: o julgamento da Babilônia e a defesa da igreja
(17.1-19.10).
Como falamos, estamos vendo dos vs. 17.1 ao
19.10, o quinto ciclo: julgamento da Babilônia e defesa da igreja.
Dos vs. 1 ao 24, veremos que sete mensagens
de julgamento sobre a Babilônia são reunidas em grupos maiores:
·Três
mensagens angélicas de condenação e destruição (17.7-18; 18.1-3; 4-8).
·Três
lamentos por parte dos que estão comprometidos com Babilônia (vs. 9-10,11-17a,17b-19).
·Um
pronunciamento definitivo sobre a queda final e permanente da Babilônia (vs.
21-24). Observar também as muitas alusões a Jr 50-51 e a Ez 27.
Segunda mensagem angélica de condenação e destruição (vs. 1 ao 3).
João viu outro anjo que descia do céu.
·Tinha
grande autoridade.
·A
terra foi iluminada por seu esplendor.
Em
razão de sua grandiosa missão, a glória do anjo reflete a própria glória de Deus
(10 1).
·E
ele bradou com voz poderosa:
"Caiu!
Caiu a grande Babilônia!
Ela
se tornou habitação (ou covil - veja Jr 50.39) de demônios e antro de todo
espírito imundo antro de toda ave impura e detestável, pois todas as nações
beberam do vinho da fúria da sua prostituição.
Os
reis da terra se prostituíram com ela; à custa do seu luxo excessivo os
negociantes da terra se enriqueceram".
Terceira mensagem angélica de condenação e destruição (vs. 4 ao 8).
Dos vs. 4 ao 8, João agora ouviu outra voz
do céu que dizia: "Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não
participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os
atinjam! (Veja Is 48.20; 52.11; veja também Jr 50.8; 51.6,45; 2Co 6.17.)
A voz pede para sairmos da cidade e explica
o motivo:
·Pois
os pecados da Babilônia acumularam-se até o céu (uma reminiscência irônica de
Jr 51.9 - cf. Gn 11.4), e Deus se lembrou dos seus crimes.
·Agora
tinha chegado o momento da retribuição na mesma moeda, ou seja, iria receber em
dobro pelo que fez; iria ser misturado para ela uma porção dupla no seu próprio
cálice.
O
julgamento condiz com a natureza da ofensa (Êx 21.23-25).
·Ela
iria sofrer tanto tormento e tanta aflição como a glória e o luxo a que ela se
entregou.
·No
entanto, em seu coração ela se vangloriava:
“Estou
sentada como rainha.
Não
sou viúva e jamais terei tristeza’.
Por
essa razão, sendo poderoso o Senhor Deus que a julga, em um só dia as suas
pragas a alcançarão:
Morte.
Tristeza.
Fome.
O
fogo a consumirá (veja Jr 50.32).
Primeiro lamento por parte dos que estão comprometidos com Babilônia
(vs. 9-10).
Serão os reis da terra que se prostituiram
com ela e participaram do seu luxo que amedrontados por causa do tormento dela,
ficarão de longe e gritarão:
· “Ai! A grande cidade! Babilônia, cidade
poderosa!
·Em
apenas uma hora chegou a sua condenação!”
Isso ocorrerá quando virem a fumaça do seu
incêndio. Eles chorarão e se lamentarão por ela.
Segundo lamento por parte dos que estão comprometidos com Babilônia (11-17a).
No primeiro lamento foram os reis da terra
e agora os negociantes ou mercadores da terra.
·Eles
chorarão e se lamentarão por causa dela.
A
razão de seu choro e lamento é porque ninguém mais compra a sua mercadoria (reis,
mercadores e marinheiros tinham sido seduzidos a adorar a luxúria):
artigos
como ouro, prata, pedras preciosas e pérolas;
linho
fino, púrpura, seda e tecido vermelho;
todo
tipo de madeira de cedro e peças de marfim, madeira preciosa,
bronze,
ferro e mármore;
canela
e outras especiarias,
incenso,
mirra e perfumes,
vinho
e azeite de oliva;
farinha
fina e trigo,
bois
e ovelhas, cavalos e carruagens,
e
corpos e almas de seres humanos.
·"Eles
dirão:
“Foram-se
as frutas que tanto lhe apeteciam!
Todas
as suas riquezas e todo o seu esplendor se desvaneceram;
nunca
mais serão recuperados’.
·Eles
que foram os negociantes dessas coisas, que enriqueceram à custa dela, ficarão
de longe, amedrontados com o tormento dela, e chorarão e se lamentarão,
·Eles
estarão gritando:
‘Ai!
A grande cidade, vestida de linho fino, de roupas de púrpura e vestes
vermelhas, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas!
Em
apenas uma hora, tamanha riqueza foi arruinada! ’
Terceiro lamento por parte dos que estão comprometidos com Babilônia (17b-19).
No primeiro lamento foram os reis, depois,
no segundo, foram os negociantes ou mercadores e agora se lamentam todos os
pilotos, todos os passageiros e marinheiros dos navios e todos os que ganham a
vida no mar, pois ficarão de longe e ao verem a fumaça do incêndio dela:
·Eles
exclamarão:
‘Que
outra cidade jamais se igualou a esta grande cidade? ’
·Eles
lançarão pó sobre a cabeça, e lamentando-se e chorando, gritarão:
‘Ai!
A grande cidade!
Graças
à sua riqueza, nela prosperaram todos os que tinham navios no mar!
Em
apenas uma hora ela ficou em ruínas!
Um pronunciamento definitivo sobre a queda final e permanente da
Babilônia (vs. 21-24).
Nesse pronunciamento definitivo, podemos observar
também as muitas alusões a Jr 50-51 e a Ez 27.
Aquela voz do céu – vs. 4 - continuou a
falar com os céus, obviamente com João e com todos os crentes - santos,
apóstolos e profetas -, para celebrarem o que se deu com a cidade, a grande
Babilônia!
Chegou a hora da vingança de Deus e ele a julgou,
retribuindo-lhe o que ela fez com todos os crentes.
Para selar em definitivo essa questão, então
um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho,
lançou-a ao mar e disse:
"Com
igual violência será lançada por terra a grande cidade da Babilônia, para nunca
mais ser encontrada.
A irrevogabilidade da queda de Babilônia é
descrita pelo ato irreversível de atirar uma enorme pedra no mar (Jr 51.63-64;
cf. Mt 18.6).
Doravante e por toda a eternidade (vs. 22 e 23) a palavra chave relativa
a grande Babilônia é “nunca mais”:
·Nunca
mais se ouvirá em seu meio o som de harpistas, dos músicos, dos flautistas e
dos tocadores de trombeta.
·Nunca
mais se achará dentro de seus muros artífice algum, de qualquer profissão.
·Nunca
mais se ouvirá em seu meio o ruído das pedras de moinho.
·Nunca
mais brilhará dentro de seus muros a luz da candeia.
·Nunca
mais se ouvirá ali a voz do noivo e da noiva.
Aquele anjo poderoso ainda reforçou o que já fora dito antes:
·Que
os seus mercadores eram os grandes do mundo.
·Que
todas as nações tinham sido seduzidas por suas feitiçarias.
·Que
nela foi encontrado sangue de profetas e de santos, e de todos os que foram
assassinados na terra.
Ap 18:1 Depois destas coisas, vi
descer do céu outro
anjo,
que
tinha grande autoridade,
e a
terra se iluminou com a sua glória.
Ap
18:2 Então, exclamou com potente voz, dizendo:
Caiu!
Caiu a grande Babilônia
e
se tornou morada de demônios,
covil
de toda espécie de espírito imundo
e
esconderijo de todo gênero de ave imunda
e detestável,
Ap 18:3 pois todas as nações
têm bebido do vinho
do furor da sua prostituição.
Com ela se prostituíram
os reis da terra.
Também os mercadores
da terra se enriqueceram
à custa da sua luxúria.
Ap 18:4 Ouvi outra voz do céu, dizendo:
Retirai-vos dela,
povo meu,
para
não serdes cúmplices em seus pecados
e
para não participardes dos seus flagelos;
Ap
18:5 porque os seus pecados se acumularam
até ao céu,
e
Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.
Ap 18:6 Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu,
pagai-lhe em dobro segundo as suas obras
e, no cálice em que ela misturou bebidas,
misturai dobrado
para ela.
Ap 18:7 O quanto a si mesma se glorificou
e viveu em luxúria,
dai-lhe em igual
medida tormento e pranto,
porque
diz consigo mesma:
Estou
sentada como rainha.
Viúva,
não sou.
Pranto,
nunca hei de ver!
Ap 18:8 Por isso, em um só dia,
sobrevirão os seus
flagelos:
morte,
pranto
e
fome;
e
será consumida no fogo,
porque
poderoso é o Senhor Deus,
que
a julgou.
Ap 18:9 Ora, chorarão
e se lamentarão sobre ela
os reis da terra,
que
com ela se prostituíram
e
viveram em luxúria,
quando
virem a fumaceira do seu incêndio,
Ap 18:10 e,
conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento,
dizem: Ai! Ai! Tu, grande
cidade, Babilônia,
tu, poderosa cidade!
Pois,
em uma só hora, chegou o teu juízo.
Ap 18:11 E, sobre
ela, choram e pranteiam
os
mercadores da terra, porque já ninguém
compra
a sua mercadoria,
Ap 18:12 mercadoria de
ouro,
de
prata,
de
pedras preciosas,
de
pérolas,
de
linho finíssimo,
de
púrpura,
de
seda,
de
escarlata;
e
toda espécie de madeira odorífera,
todo
gênero de objeto de marfim,
toda
qualidade de móvel
de
madeira preciosíssima,
de
bronze,
de
ferro
e
de mármore;
Ap
18:13 e canela de cheiro,
especiarias,
incenso,
ungüento,
bálsamo,
vinho,
azeite,
flor
de farinha,
trigo,
gado
e ovelhas;
e
de cavalos,
de
carros,
de
escravos
e
até almas humanas.
Ap 18:14 O fruto sazonado,
que a tua alma tanto
apeteceu,
se
apartou de ti,
e
para ti se extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido,
e nunca
jamais serão achados.
Ap 18:15 Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se
enriqueceram,
conservar-se-ão de
longe,
pelo
medo do seu tormento,
chorando
e pranteando, Ap 18:16 dizendo:
Ai!
Ai da grande cidade, que estava vestida
de
linho finíssimo,
de
púrpura,
e
de escarlata, adornada de ouro,
e
de pedras preciosas,
e
de pérolas,
Ap 18:17 porque, em uma só hora,
ficou devastada
tamanha riqueza!
E todo piloto,
e todo aquele que navega livremente,
e marinheiros,
e quantos labutam no mar
conservaram-se de
longe.
Ap
18:18 Então, vendo a fumaceira do seu incêndio, gritavam:
Que
cidade se compara à grande cidade?
Ap
18:19 Lançaram pó sobre a cabeça
e, chorando e
pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande
cidade,
na qual se enriqueceram
todos
os que possuíam navios no mar, à custa da sua opulência,
porque, em uma só hora,
foi devastada!
Ap 18:20 Exultai sobre ela,
ó céus,
e vós,
santos,
apóstolos
e profetas,
porque
Deus contra ela julgou a vossa causa.
Ap 18:21 Então, um anjo forte
levantou uma pedra
como grande pedra de moinho
e
arrojou-a para dentro do mar, dizendo:
Assim,
com ímpeto,
será
arrojada Babilônia,
a
grande cidade,
e
nunca jamais será achada.
Ap
18:22 E voz
de
harpistas,
de
músicos,
de
tocadores de flautas
e
de clarins
jamais
em ti se ouvirá,
nem artífice algum
de qualquer arte
jamais
em ti se achará,
e
nunca jamais em ti se ouvirá
o
ruído de pedra de moinho.
Ap
18:23 Também jamais em ti
brilhará
luz de candeia;
nem
voz de noivo ou de noiva jamais
em ti se ouvirá,
pois os teus mercadores foram
os
grandes da terra,
porque
todas as nações foram seduzidas
pela
tua feitiçaria.
Ap 18:24 E nela se achou
sangue
de
profetas,
de
santos
e de
todos
os
que foram mortos sobre a terra.
CAIU! CAIU A GRANDE BABILÔNIA!
O
lamento dos reis:
Ø‘Ai!
A grande cidade! Babilônia, cidade poderosa! Em apenas uma hora chegou a sua
condenação! ’
O
lamento dos negociantes/mercadores:
Ø‘Ai!
A grande cidade, vestida de linho fino, de roupas de púrpura e vestes
vermelhas, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas! Em apenas uma hora,
tamanha riqueza foi arruinada! ’
O lamento
dos pilotos, dos que navegam livremente, dos marinheiros e trabalhadores do
mar:
Ø‘Ai!
A grande cidade! Graças à sua riqueza, nela prosperaram todos os que tinham
navios no mar! Em apenas uma hora ela ficou em ruínas! O povo de Deus é convocado a se alegrar com esta terrível destruição e
julgamento porque foram vingados o sangue dos profetas, dos santos e de todos
os que foram mortos sobre a terra. Deus a julgou por causa deles: dos profetas,
dos apóstolos e santos.
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