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quinta-feira, 3 de julho de 2014

II Reis 18:1-37 - EZEQUIAS MODELO E PADRÃO DE CONFIANÇA EM DEUS

Parte III – SOMENTE JUDÁ (715-586 A.C.) – 18:1 – 25:30
Estava, agora, Israel, o Reino do Norte, no cativeiro da Assíria, de seu rei Sargão II. Porquanto ele e os seus reis, no total 20, incluindo-se Oseias, haviam abandonado a Deus e tinham adorado deuses pagãos – II Re 17:7-18; 21-23; 18:12.
Essa deportação de populações inteiras para outras regiões do império tinha por objetivo a garantia de seu domínio. Assim ficavam eliminados os possíveis focos de resistência nos territórios submetidos – II Re 17:6,24. Mais tarde, os babilônios empregariam o mesmo método - II Re 25:1-12, com Judá.
Isso também afetava de um modo especial as classes dirigentes, como funcionários do reino, sacerdotes, administradores dos bens da coroa e grandes latifundiários – II Re 24:14.
Os deportamentos, diz a BEG,  eram feitos levando-os para o norte da Mesopotânia e para a região da Média, a leste do rio Tigre. Tanto Gozã como “as cidades dos medos” ficavam na fronteira do império assírio, em áreas que haviam sido anexadas ao império pouco tempo antes.
Agora, o narrador bíblico estava concentrado com a narrativa de somente para Judá para continuar com a descrição dos reis de Judá.
Veremos que os últimos anos de Judá revelarão como Deus recompensará a fidelidade de modo maravilhoso e como julgará a casa de Davi com severidade por causa de sua apostasia ostensiva. E, no entanto, a história se encerrará com um lembrete sutil de que Deus havia prometido restaurar a casa de Davi depois do exílio.
Essa última parte de I e II de Reis será dividida em 9 partes, indo de “A” até “I”, que abordará as histórias dos reis Ezequias, Manassés, Amom, Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias e, finalmente, o exílio.
A. Ezequias (715-686 a.C.) – 18:1 – 25:30.
A história do rei Ezequias, muito elogiado, no início deste capítulo pelo narrador bíblico, a ponto de considerá-lo o melhor antes e não havendo melhor depois dele, também dividiremos em quatro partes. 1. O início do reinado – 18:1-4. 2. Resumo do reinado de Ezequias – 18:5-8. 3. As invasões assírias – 18:9-20:19. 4. O final do reinado – 20:20-21.
1. O início do reinado – 18:1-4.
Ao contrário de seu pai Acaz, Ezequias foi um exemplo no seu reinado. Ele foi um rei extraordinário  em vários sentidos, inclusive na sua oposição à idolatria.
O ano em que começou a reinar foi o terceiro do rei Oseias, filho de Elá, rei de Israel. Começou com apenas 25 anos e reinou por 29 anos. Sua mãe se chamava Abi, filha de Zacarias. Fez o que era reto diante do Senhor, conforme fez Davi, seu pai.
É interessante que o modelo de comparação dos reis de Judá sempre tiveram por base o rei Davi – I Re 3:14; 9:4; 11:4; 14:8; 15:3; II Re 8:18,19; 22:2. Davi, como pai de Salomão, cometeu muitos erros – II Sm 11; 12; 24:1-15; I Re 15:5 – porém, mesmo quando pecava, a atitude contrita de Davi era exemplar – II Sm 12:16,17; 24:9-17.
Em nenhuma ocasião o narrador bíblico registra que Davi tenha adorado a algum deus falso. Sua devoção constante a Deus era inabalável. Por isso que era, é e sempre será um modelo a ser seguido como rei e um modelo de homem segundo o coração de Deus.
Ezequias, inclusive, removeu os altos, coisa que nenhum rei antes dele teve coragem de fazer. Ele reformou o culto do se povo destruindo os santuários pagãos. Ainda quebrou ele as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquela época os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã.
Essa serpente foi preservada no inicio como memorial da misericórdia de Deus para com os israelitas quando estavam no deserto – Nm 21:6-9 -, com o tempo, havia se tornado um objeto de adoração idólatra que fazia o povo pecar. Ezequias, temente a Deus e zeloso dele, a destruiu evitando assim que novas gerações caíssem nesse erro maligno.
2. Resumo do reinado de Ezequias – 18:5-8.
Aqui nesses versos, o escritor apresenta uma visão geral do caráter e das realizações de Ezequias.
Já começa rasgando um elogio a ele de forma muito especial porquanto sua opção foi a de confiar no Senhor. É uma das qualidades de homem de Deus que mais prezo e a que mais mexe comigo em meu ser.
Ezequias foi especialmente notável – padrão - na maneira como confiou no Senhor – vs 5, assim, como foram notáveis também, Salomão pela sua sabedoria – I Re 3:12 – e Josias, pela reforma que fez – II Re 23:25.
Sendo essa a sua opção a de confiar no Senhor e a ele se apegar não deixando de segui-lo e guardando os seus mandamentos, o Senhor foi com ele. Para onde ia, lograva bom êxito e assim, rebelou-se contra o rei da Assíria e não o serviu; feriu os filisteus até Gaza e seus limites, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada.
3. As invasões assírias – 18:9-20:19.
O narrador bíblico descreve vários aspectos importantes das invasões assírias à Terra Prometida. Seu registro apresenta duas partes principais:  a destruição anterior de Samaria – 18:9 a 12 - e o ataque de Senaqueribe a Judá – 18:13 – 20:19.
a. A queda de Samaria – 18:9-12.
Nesses versos, o narrador fornece um resumo da queda de Samaria, um acontecimento narrado em detalhes em 17:1-6 e comentado em 17:7-23 o que serve de prelúdio para o conteúdo a seguir.
O interessante é o período do cerco que durou três anos. Tempo esse que daria condições de se arrepender e ter assim mudada a sua história, no entanto a opção deles foi pelo endurecimento de seus corações. Não obedeceram à voz do SENHOR seu Deus, antes transgrediram a sua aliança; e tudo quanto Moisés, servo do SENHOR, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram.
b. A invasão de Judá por Senaqueribe - 18:13 – 20:19.
Já se havia passado alguns anos do exílio de Israel, mais precisamente, 10 anos, se contados a partir do cerco de Israel, e Senaqueribe, rei da Assíria subiu contra as cidades fortificadas de Judá e as tomou. Este tinha substituído a Sargão II, em 705 a.C.
Percebendo o perigo do cerco de Judá, Ezequias reúne mensageiros para irem ao encontro de Senaqueribe para pagar tributos a fim de ficar livre. O rei assírio diz o valor dos tributos que seria de trezentos talentos de prata e trinta de ouro.
Ezequias, inadvertidamente, indo contra a sua fé e confiança característica dele, usa os recursos do tesouro do templo e do palácio para pagá-lo. Ao fazer isso se fez igual aso reis que o antecederam Asa – I RE 15:18 – e seu próprio pai, Acaz – II Re 16:8-9.
Nos anais de Senaqueribe, conforme BEG, constam uma campanha contra a Fenícia, Judá e cidades da Filístia e o Egito. Ele declara ter tomado 46 cidades e muitos vilarejos. Também se orgulha de ter prendido Ezequias em Jerusalém, como “um pássaro na gaiola”, mas os mesmos registros não declaram que tenha conquistado Jerusalém. Em seus anais também contam que Ezequias lhe enviou um grande tributo.
A partir do verso 17, começa a descrição do ataque à Jerusalém, onde Senaqueribe a sitiou fazendo a destruição de Ezequias parecer inevitável.
Estudiosos do assunto, afirmam que essa investidura de Senaqueribe tenha se dado uns 12 a 13 anos depois de sua primeira investida contra Ezequias. O fato é que Ezequias enviou o tributo a ele, mas não abdicou, como era o costume dos reis assírios fazer com os reis que eles dominavam de alguma forma.
Rabsaqué, da parte do rei da Assíria, começa a afrontar tanto a Ezequias quanto ao Senhor – vs 19 a 26. E o tema da afronta é, principalmente, a confiança no Senhor é inútil diante dos assírios.
Naquele momento pediram a Rabsaqué para falar  em aramaico somente para que não caísse no ouvido do povo, pois eles lhes falavam em judaico.
Foi então que Rabsaqué ficou ainda mais ousado e atrevido e falava em judaico abertamente para que todos ouvissem e ficassem atemorizados com os assírios.
A sua afronta atingiu o ápice quando disse em alto e bom som que como eram eles, os deuses das nações que não puderam livrá-los de suas mãos, tal seria para o Senhor ser impossível o seu socorro – vs 33 a 35.
O povo ficou calado e nada respondeu, pois assim tinha ensinado o rei Ezequias para que ficassem calados. Todos estavam apavorados, em pânico, em panos de saco e cinzas, com suas vestes rasgadas e humilhando-se diante do Senhor.
II Re 18:1 E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel,
            começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.
            II Re 18:2 Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar,
                        e vinte e nove anos reinou em Jerusalém;
                        e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias.
            II Re 18:3 E fez o que era reto aos olhos do SENHOR,
                        conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.
            II Re 18:4 Ele tirou os altos, quebrou as estátuas,
                        deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal
                                   que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos
                                               de Israel lhe queimavam incenso,
                                                           e lhe chamaram Neustã.
            II Re 18:5 No SENHOR Deus de Israel confiou,
                        de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse
                                   semelhante entre todos os reis de Judá,
                                               nem entre os que foram antes dele.
            II Re 18:6 Porque se chegou ao SENHOR, não se apartou dele,
                        e guardou os mandamentos que o SENHOR tinha dado
                                   a Moisés.
            II Re 18:7 Assim foi o SENHOR com ele; para onde quer que saía
                        se conduzia com prudência; e se rebelou contra o rei da Assíria,
                                   e não o serviu.
            II Re 18:8 Ele feriu os filisteus até Gaza, como também os seus
                        termos, desde a torre dos atalaias até à cidade fortificada.
            II Re 18:9 E sucedeu, no quarto ano do rei Ezequias
                        (que era o sétimo ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel),
                        que Salmanasar, rei da Assíria, subiu contra Samaria,
                                   e a cercou.
            II Re 18:10 E a tomaram ao fim de três anos, no ano sexto de
                        Ezequias, que era o ano nono de Oséias, rei de Israel,
                                   quando tomaram Samaria.
            II Re 18:11 E o rei da Assíria transportou a Israel para a Assíria;
                        e os fez levar a Hala e a Habor, junto ao rio de Gozã,
                                   e às cidades dos medos;
            II Re 18:12 Porquanto não obedeceram à voz do SENHOR
                        seu Deus, antes transgrediram a sua aliança;
                                   e tudo quanto Moisés, servo do SENHOR,
                                   tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram.
            II Re 18:13 Porém no ano décimo quarto do rei Ezequias subiu
                        Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades
                                   fortificadas de Judá, e as tomou.
            II Re 18:14 Então Ezequias, rei de Judá, enviou ao rei da Assíria,
                        a Laquis, dizendo:
                                   Pequei; retira-te de mim; tudo o que me impuseres
                                               suportarei.
            Então o rei da Assíria impôs a Ezequias, rei de Judá,
                        trezentos talentos de prata e trinta talentos de ouro.
            II Re 18:15 Assim deu Ezequias toda a prata que se achou na casa
                        do SENHOR e nos tesouros da casa do rei.
            II Re 18:16 Naquele tempo cortou Ezequias o ouro das portas do
                        templo do SENHOR, e das ombreiras, de que ele,
                                   rei de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria.
            II Re 18:17 Contudo enviou o rei da Assíria a Tartã, e a Rabe-Saris,
                        e a Rabsaqué, de Laquis, com grande exército ao rei
                                   Ezequias, a Jerusalém; subiram, e vieram a
                                               Jerusalém.
                        E, subindo e vindo eles, pararam ao pé do aqueduto da piscina
                                   superior, que está junto ao caminho do campo
                                               do lavandeiro.
            II Re 18:18 E chamaram o rei; e saíram a eles Eliaquim,
                        filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão,
                                   e Joá, filho de Asafe, o cronista.
            II Re 18:19 E Rabsaqué lhes disse:
                        Ora, dizei a Ezequias:
                                   Assim diz o grande rei, o rei da Assíria:
                                               Que confiança é esta em que te estribas?
                        II Re 18:20 Dizes tu (porém são palavras só de lábios):
                                   Há conselho e poder para a guerra. Em quem, pois,
                                               agora confias, que contra mim te rebelas?
                        II Re 18:21 Eis que agora tu confias naquele bordão de cana
                                   quebrada, no Egito, no qual, se alguém se encostar,
                                   entrar-lhe-á pela mão e a furará; assim é Faraó,
                                   rei do Egito, para com todos os que nele confiam.
                        II Re 18:22 Se, porém, me disserdes:
                                   No SENHOR nosso Deus confiamos;
                                               porventura não é esse aquele cujos altos
                                               e cujos altares Ezequias tirou, dizendo a
                                                           Judá e a Jerusalém:
                                   Perante este altar vos inclinareis em Jerusalém?
            II Re 18:23 Ora, pois, dá agora reféns ao meu senhor,
                        o rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos,
                                   se tu puderes dar cavaleiros para eles.
            II Re 18:24 Como, pois, farias virar o rosto de um só capitão
                        dos menores servos de meu senhor, quando tu confias no Egito,
                                   por causa dos carros e cavaleiros?
            II Re 18:25 Agora, pois, subi eu porventura sem o SENHOR contra
                        este lugar, para o destruir? O SENHOR me disse:
                                   Sobe contra esta terra, e destrói-a.
            II Re 18:26 Então disse Eliaquim, filho de Hilquias, e Sebna e Joá,
                        a Rabsaqué:
                                   Rogamos-te que fales aos teus servos em siríaco;
                                   porque bem o entendemos; e não nos fales em judaico,
                                   aos ouvidos do povo que está em cima do muro.
            II Re 18:27 Porém Rabsaqué lhes disse:
                        Porventura mandou-me meu senhor somente a teu senhor e a ti,
                                   para falar estas palavras e não antes aos homens, que
                                   estão sentados em cima do muro, para que juntamente
                                               convosco comam o seu excremento
                                                           e bebam a sua urina?
            II Re 18:28 Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz em
                        judaico, e respondeu, dizendo:
                                   Ouvi a palavra do grande rei, do rei da Assíria.
            II Re 18:29 Assim diz o rei:
                        Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da
                                   sua mão; II Re 18:30 Nem tampouco vos faça
                                               Ezequias confiar no SENHOR, dizendo:
                        Certamente nos livrará o SENHOR, e esta cidade não será
                                   entregue na mão do rei da Assíria.
                        II Re 18:31 Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz
                                   o rei da Assíria:
                        Contratai comigo por presentes, e saí a mim, e coma cada um
                                   da sua vide e da sua figueira, e beba cada um a água
                                               da sua cisterna;
                        II Re 18:32 Até que eu venha, e vos leve para uma terra como
                                   a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de
                                   vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim
                                               vivereis, e não morrereis;
                                   e não deis ouvidos a Ezequias; porque vos incita,
                                               dizendo: O SENHOR nos livrará.
            II Re 18:33 Porventura os deuses das nações puderam livrar,
                        cada um a sua terra, das mãos do rei da Assíria?
            II Re 18:34 Que é feito dos deuses de Hamate e de Arpade?
            Que é feito dos deuses de Sefarvaim, Hena e Iva?
                        Porventura livraram a Samaria da minha mão?
            II Re 18:35 Quais são eles, dentre todos os deuses das terras,
                        que livraram a sua terra da minha mão,
                        para que o SENHOR livrasse a Jerusalém da minha mão?
            II Re 18:36 Porém calou-se o povo, e não lhe respondeu uma só
                        palavra; porque mandado do rei havia, dizendo:
                                   Não lhe respondereis.
            II Re 18:37 Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna,
                        o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram a Ezequias
                                   com as vestes rasgadas, e lhe fizeram saber as
                                               palavras de Rabsaqué.
Para um rei cuja bandeira dele era a confiança em Deus, agora havia uma situação que exigiria dele total confiança no Senhor, pois Senaqueribe estava ali em cerco a Jerusalém pronto para a devorar e nada parecia que pudesse ser feito para impedir o grande massacre.
Ezequias como bom servo do Senhor buscando uma saída resolve fazer uma consulta ao Senhor por meio do seu servo, seu profeta, Isaias. Continuaremos no próximo capítulo essa história fantástica que Paulo comenta em Romanos ao falar do medo da morte e do domínio do pecado! Não perca!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

II Reis 17:1-35 - O EXÍLIO DO REINO DO NORTE

Nós estaremos vendo agora as duas últimas divisões da Parte II: A MONARQUIA DIVIDIDA - I Reis 12:1 a II Reis17:41.
P. Em Israel (732-722 a.C.): Oseias de Israel 17: 1-6
Esta é a parte “P”, a penúltima, que vai de “A” até “Q”. O historiador agora está de volta para Israel e vai descrever a história do último rei antes do exílio.
O ano era o 12º de Acaz, rei de Judá, quando começou a reinar o último rei de Israel, antes do exílio, Oseias, filho de Elá. Ele reinará por nove anos e como todos os demais reis antes dele, no total, 19 reis, este também fez o que era mau diante do Senhor, contudo não exatamente como foram os seus pais.
Foi contra ele que subiu Salmaneser, rei da Assíria e o fez seu servo e lhe pagava tributos até que viu que ele tramava contra seu domínio quando soube de sua tentativa de união com o Egito e seu rei Sô e já não era fiel na arrecadação anual de tributos ao rei da Assíria.
Por conta disso o prendeu em grilhões, num cárcere, sitiou Israel por três anos e no seu nono ano de reinado, o rei da Síria, agora Sargão II, levou cativo todo Israel – cerca de 27.290 habitantes - para a Assíria, onde os fez habitar em Hala – situada a nordeste de Nínive -, junto a Habor e ao rio Gozã e nas cidades dos medos.
Essa captura pois fim ao Reino do Norte – I Cr 5:25, 26. No total, durante o período de 208 anos (de 930 a.C. até 77 a.C.), tivemos em Israel 20 reis que foram unânimes em fazer o que era mau aos olhos do Senhor.
Q. O exílio de Israel 17: 7-41.
Esta é a parte “Q”, a última, que vai de “A” até “Q”. O historiador narra o exílio de Israel. Ele dividiu este final em duas partes: 1.  Reflexão sobre o exílio de Israel – 17:7-23. 2. Recolonização com deportados assírios – 17:24-41.
1.  Reflexão sobre o exílio de Israel – 17:7-23.
Aqui, o escritor de Reis relatará e interpretará a deportação do Reino do Norte por entender que isso merece uma explicação. Em várias ocasiões durante o relato, o escritor chamava a atenção para os pecados dos reis de Israel e, agora, resumirá sua opinião acerca do Reino do Norte e explicará por que o rei e o povo mereciam ser exilados.
A causa já está patente no primeiro versículo da explicação: tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus que se houvera maravilhosamente para eles os libertando do Egito e temeram outros deuses. Pecaram, rejeitaram a Deus e depois temeram outros deuses.
Foi por conta dessa sua rejeição a Deus que eles passaram a andar nos estatutos das nações desprezadas e nos seus costumes, fazendo o que não era reto aos olhos do Senhor edificando para si mesmos altares de adorações a deuses estranhos.
Eles passaram a ser como as nações que era para eles expulsarem. Imitaram e copiaram os seus costumes, fizeram alianças proibidas, rejeitaram e desprezaram ao Senhor e, por conta disso, amontoaram mais e mais pecados.
O Senhor ainda foi paciente, misericordioso e cheio de graça por que para eles enviou seus servos, os profetas e outros homens de Deus para anunciarem a eles a Palavra de Deus e o tempo oportuno do arrependimento, mas não quiseram ouvir.
A proposta era: Convertei-vos de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos,           os profetas – vs 13.
Antes, a escolha deles foi pelo endurecimento de seus corações e se tornaram obstinados, de dura cerviz como os seus pais que não criam no Senhor, seu Deus.
O verso 15 fala que rejeitaram os seus estatutos, e a sua aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências, com que protestara contra eles; e seguiram a vaidade, e tornaram-se vãos; como também seguiram as nações, que estavam ao redor deles, das quais o SENHOR lhes tinha ordenado que não as imitassem. O verso 16 continua a falar: e deixaram todos os mandamentos do SENHOR seu Deus, e fizeram imagens para substituir ao Senhor de forma que agora o Senhor seria como eles queriam e não como deveria de ser.
Por conta disso, de tão cegos e tolos que se tornaram, queimaram a seus filhos e filhas como sacrifício e se entregaram às práticas proibidas de adivinhações, agouros e se venderam para fazer com volúpia cada vez maior o que era mau perante o Senhor para o provocar à ira.
Embora esteja mais concentrado em Israel, ele já aproveita para falar de Judá – vs 19 - que em breve cairá no mesmo erro de Israel e sofrerá igualmente o exílio também.
A terrível consequência da rejeição ao Senhor é a rejeição do Senhor por eles o que lhes trará aflições com domínio de outras nações sobre eles de forma não piedosa e expulsão da sua presença, como tinha falado pelo ministério de todos os seus servos, os profetas.
Eu fico pensando numa aplicação deste texto para os dias de hoje. Não temos mais o Reino do Norte, nem quero me ater ao Israel de hoje, mas à igreja do Senhor espalhada pelos quatro cantos da terra. Como está nossa fidelidade ao Senhor? Será que por que nós somos filhos, estamos livres para imitar o mundo e rejeitar ao Senhor que nos fala hoje pela pregação da fé – Gl 3:2, 5?
2. Recolonização com deportados assírios – 17:24-41.
O rei da Assíria, muito provavelmente Sargão II, recolonizou Samaria e as cidades ao seu redor com pessoas deportadas de outros países. Tal estratégia militar tinha por objetivo evitar que os povos se reerguessem.
Quando chegaram a Samaria e habitaram ali, não temeram ao Senhor, por isso que mandou o Senhor para o meio deles leões que passaram a matar alguns dos povos e amedrontar toda a cidade. Os leões, ou as bestas-feras, em algumas ocasiões eram usados por Deus como instrumentos de julgamento – I Re 13:24; 20:36; Am 3:12.
Qual era o deus da terra que eles deveriam adorar para evitar os males dos leões, eles perguntavam. Eles sabiam que tinham de fazer algo, pois a praga dos leões estava terrível. O rei da Assíria, então, envia um dos sacerdotes de Israel para ensinarem a eles como agradar o “deus da terra” a fim de que afastassem os leões dali.
Logo um sacerdote de Israel para ensinarem a lidar com o Senhor? Que desastre! No entanto, parece que este era uma exceção e os ensinou como deveriam servir ao Senhor.
Então o povo passou a fazer as duas coisas: serviam ao Senhor e aos seus deuses! Bem que eu estava desconfiado desse sacerdote de Israel! Virou uma salada religiosa, uma babel de religiões onde cada um tinha o seu deus e mais o Deus dos deuses. Menos pior, pois antes somente tinham deuses que nem são deuses e agora também o Senhor.
Veja o que diz a própria palavra no verso 33: “Assim temiam ao SENHOR, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.”. Deus mesmo tinha dito a eles que guardassem a aliança que fez com eles e que não temessem a esses outros deuses e agora estavam divididos.
II Re 17:1 No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oséias,
            filho de Elá, e reinou sobre Israel, em Samaria, nove anos.
            II Re 17:2 E fez o que era mau aos olhos do SENHOR,
                        contudo não como os reis de Israel que foram antes dele.
            II Re 17:3 Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria;
                        e Oséias ficou sendo servo dele, e pagava-lhe tributos.
            II Re 17:4 Porém o rei da Assíria achou em Oséias conspiração;
                        porque enviara mensageiros a Só, rei do Egito, e não pagava
                                   tributos ao rei da Assíria cada ano, como dantes;
                                               então o rei da Assíria o encerrou
                                                           e aprisionou na casa do cárcere.
            II Re 17:5 Porque o rei da Assíria subiu por toda a terra,
                        e veio até Samaria, e a cercou três anos.
            II Re 17:6 No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria,
                        e levou Israel cativo para a Assíria; e fê-los habitar em Hala
                        e em Habor junto ao rio de Gozã, e nas cidades dos medos,
            II Re 17:7 Porque sucedeu que os filhos de Israel pecaram contra o
                        SENHOR seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito,
                                   de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito;
                                               e temeram a outros deuses.
            II Re 17:8 E andaram nos estatutos das nações que o SENHOR
                        lançara fora de diante dos filhos de Israel, e nos dos reis de
                                   Israel, que eles fizeram.
            II Re 17:9 E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não
                        eram retas, contra o SENHOR seu Deus;
                                   e edificaram altos em todas as suas cidades,
                                   desde a torre dos atalaias até à cidade fortificada.
            II Re 17:10 E levantaram, para si, estátuas e imagens do bosque,
                        em todos os altos outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes.
            II Re 17:11 E queimaram ali incenso em todos os altos,
                        como as nações, que o SENHOR expulsara de diante deles;
                                   e fizeram coisas ruins, para provocarem à ira
                                               o SENHOR.
            II Re 17:12 E serviram os ídolos, dos quais o SENHOR lhes dissera:
                        Não fareis estas coisas.
            II Re 17:13 E o SENHOR advertiu a Israel e a Judá,
                        pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes,
                                   dizendo:
                        Convertei-vos de vossos maus caminhos,
                        e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos,
                                   conforme toda a lei que ordenei a vossos pais
                                   e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos,
                                               os profetas.
            II Re 17:14 Porém não deram ouvidos; antes endureceram a sua cerviz,
                        como a cerviz de seus pais, que não creram no SENHOR
                                   seu Deus.
            II Re 17:15 E rejeitaram os seus estatutos, e a sua aliança que fizera
                        com seus pais, como também as suas advertências,
                        com que protestara contra eles; e seguiram a vaidade,
                        e tornaram-se vãos; como também seguiram as nações,
                                   que estavam ao redor deles, das quais o SENHOR
                                               lhes tinha ordenado que não as imitassem.
            II Re 17:16 E deixaram todos os mandamentos do SENHOR
                        seu Deus, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros;
                                   e fizeram um ídolo do bosque, e adoraram perante
                                               todo o exército do céu, e serviram a Baal.
            II Re 17:17 Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos
                        e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros;
                        e venderam-se para fazer o que era mau
                                   aos olhos do SENHOR, para o provocarem à ira.
            II Re 17:18 Portanto o SENHOR muito se indignou contra Israel,
                        e os tirou de diante da sua face; nada mais ficou, senão somente
                                   a tribo de Judá.
            II Re 17:19 Até Judá não guardou os mandamentos do SENHOR
                        seu Deus; antes andaram nos estatutos de Israel,
                                   que eles fizeram.
            II Re 17:20 Por isso o SENHOR rejeitou a toda a descendência
                        de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores,
                                   até que os expulsou da sua presença.
            II Re 17:21 Porque rasgou a Israel da casa de Davi;
                        e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate.
            E Jeroboão apartou a Israel de seguir ao SENHOR,
                        e os fez cometer um grande pecado.
            II Re 17:22 Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados
                        que Jeroboão tinha feito; nunca se apartaram deles;
            II Re 17:23 Até que o SENHOR tirou a Israel de diante da sua
                        presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos,
                                   os profetas; assim foi Israel expulso da sua terra
                                               à Assíria até ao dia de hoje.
            II Re 17:24 E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta,
                        de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades
                                   de Samaria, em lugar dos filhos de Israel;
                        e eles tomaram a Samaria em herança,
                                   e habitaram nas suas cidades.
            II Re 17:25 E sucedeu que, no princípio da sua habitação ali,
                        não temeram ao SENHOR; e o SENHOR mandou entre
                                   eles, leões, que mataram a alguns deles.
            II Re 17:26 Por isso falaram ao rei da Assíria, dizendo:
                        A gente que transportaste e fizeste habitar nas cidades de
                                   Samaria, não sabe o costume do Deus da terra;
                                   assim mandou leões entre ela, e eis que a matam,
                                               porquanto não sabe o culto do Deus da terra.
            II Re 17:27 Então o rei da Assíria mandou dizer:
                        Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá;
                                   e vá e habite lá, e ele lhes ensine
                                               o costume do Deus da terra.
            II Re 17:28 Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram
                        de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam
                                   temer ao SENHOR.
            II Re 17:29 Porém cada nação fez os seus deuses,
                        e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram,
                                   cada nação nas cidades, em que habitava.
            II Re 17:30 E os de Babilônia fizeram Sucote-Benote;
                        e os de Cuta fizeram Nergal; e os de Hamate fizeram Asima.         
            II Re 17:31 E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque;
                        e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque,
                                   e a Anameleque, deuses de Sefarvaim.
            II Re 17:32 Também temiam ao SENHOR;
                        e dos mais baixos do povo fizeram sacerdotes dos lugares altos,
                                   os quais lhes faziam o ministério
                                               nas casas dos lugares altos.
            II Re 17:33 Assim temiam ao SENHOR, mas também serviam a
                        seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais
                                   tinham sido transportados.
            II Re 17:34 Até ao dia de hoje fazem segundo os primeiros costumes;
                        não temem ao SENHOR, nem fazem segundo os seus
                                   estatutos, segundo as suas ordenanças, segundo a lei e
                                   segundo o mandamento que o SENHOR
                                               ordenou aos filhos de Jacó,
                                                           a quem deu o nome de Israel.
            II Re 17:35 Contudo o SENHOR tinha feito uma aliança com eles,
                        e lhes ordenara, dizendo:
                                   Não temereis a outros deuses, nem vos inclinareis
                                   diante deles, nem os servireis, nem lhes sacrificareis.
            II Re 17:36 Mas o SENHOR, que vos fez subir da terra do Egito
                        com grande força e com braço estendido, a este temereis,
                                   e a ele vos inclinareis e a ele sacrificareis.
            II Re 17:37 E os estatutos, as ordenanças, a lei e o mandamento,
                        que vos escreveu, tereis cuidado de fazer todos os dias;
                                   e não temereis a outros deuses.
            II Re 17:38 E da aliança que fiz convosco não vos esquecereis;
                        e não temereis a outros deuses.
            II Re 17:39 Mas ao SENHOR vosso Deus temereis,
                        e ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos.
            II Re 17:40 Porém eles não ouviram; antes fizeram segundo o seu
                        primeiro costume.
            II Re 17:41 Assim estas nações temiam ao SENHOR
                        e serviam as suas imagens de escultura; também seus filhos,
                                   e os filhos de seus filhos, como fizeram seus pais,
                                               assim fazem eles até ao dia de hoje.
Pode um reino dividido prosperar? Jesus nos ensinou que não! Assim, eles queriam agradar todo mundo, incluindo Deus e deuses, o Senhor e os senhores, a fim de tirar proveito de cada um naquilo que entendiam que fossem bons. Que raciocínio pífio!
É o sistema de crenças – este que o Reino do Norte vivia - que todo filho de Belial sonha: um deus segundo o seu coração maligno e perverso que esteja pronto a satisfazer todas as suas vontades, conforme o seu jeito no cronos e no kairos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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terça-feira, 1 de julho de 2014

23ª Bienal Internacional do Livro no Parque Anhembi 22 a 31 de agosto

Estaremos lá pela SCORTECCI...
Você é o meu convidado!!!