Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado
visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua
importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a
igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas
as nações. Estamos no capítulo 5, parte III.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50) - continuação.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o
ministério público de Jesus na Galileia.
Para melhor compreendermos os detalhes
desta parte, dividimos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão em
Nazaré (4.14-30) – já vimos; B.
Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – continuaremos
a ver; C. A escolha dos doze (6.12-16); D. O sermão na planície (6.17-49);
E. Curas milagrosas (7.1-17); F João Batista (7.18-35); G. Jesus e uma mulher
(7.36-50); H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56); e, I. Jesus prepara os
doze (9.1-50).
Uma breve síntese do capítulo 5 de Lucas.
Com tantos barcos a escolher, Jesus escolhe
o barco de Pedro. Bem poderia Pedro, estando cansado de pescar toda a noite e
nada encontrar, ter dado um fora em Jesus, mas não, acudiu a ele e fez
exatamente o que ele queria.
Afastou o barco um pouco e ao invés de
vermos ele trovejando, gritando, vibrando os seus braços, senta-se tranquilo e
começa a falar ensinando o povo. Interessante que Jesus me parecia alguém muito
calmo e tranquilo. Ao fim de sua prédica, reconhecendo o cansaço e a frustração
da pesca dá uma dica a Pedro.
Pedro conhecia a sua profissão e era
especialista em pesca, mesmo assim, deu créditos a quem lhe falava e apanharam
tanto peixe que nem vizinhos podiam ajudar ou as redes suportarem. Pedro não
teve dúvidas de crer estar diante de alguém muito importante e pediu que se
afastasse por ser ele pecador.
Jesus se agradou dele e o transformou em
pescador de homens. Ali o resultado daquela grande pescaria não foram as
multidões de peixe pescados, mas um só: Pedro!
Depois disso, Jesus cura um leproso que
roga por sua cura e é atendido. Se queres... Jesus disse: - Eu quero!
Interessante esta cura da lepra. Quem tem problemas de saúde, procurará por
alívio daquilo e, se possível, a cura. Deus nos proporciona o tratamento quer
pela medicina, quer pelos medicamentos, quer pela natureza, quer pelo seu
poder, quer pelos que ele tem enviado a exercerem a cura.
Depois Jesus cura um paralítico cujos
amigos demonstraram muita fé ao aproximá-los de Jesus de forma inusitada.
Elogiou-lhes a fé! A fé e a demonstração da fé genuína diante de Deus sempre
será correspondida por Deus. Quando Jesus vai tratar de sua paralisia, ele fala
do perdão que estaria concedendo àquele paralítico.
Aquilo foi demais para eles que viviam
presos em seu mundo de prisão. Não entenderam nada do que Jesus dizia e fazia
por causa de seus corações comprometidos com sua própria religiosidade.
Agora, iremos ver com maiores detalhes, com
a boa ajuda da BEG.
B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, os
ensinamentos e milagres de Jesus.
Eles queriam ouvir a palavra de Deus - o
que provinha de Deus e falava de Deus - e Jesus reunia as credenciais de um
excelente pregador e o povo sabia disso, por isso procuravam por ele que estava
junto ao lago de Genesaré.
Lucas sempre se refere a essa massa de água
como um lago, porém os outros escritores dos Evangelhos o chamam de "mar
da Galileia" (Genesaré só ocorre aqui).
Para facilitar as coisas, Jesus resolveu
entrar num barco cujos pescadores tinham descido para lavavam as redes. Após
cada retorno dos pescadores, as redes eram verificadas, remendadas e lavadas
para a pesca seguinte. Os barcos não estavam em uso nesse momento, por isso
Jesus utilizou o barco de Simão para fugir da pressão da multidão.
Dali, Jesus pode ministrar a multidão e
tendo concluído disse para Pedro que voltasse ao mar alto para lançar a rede
novamente para pescar. Pedro responde se referindo a ele como Mestre. Essa
palavra é utilizada somente por Lucas e sempre em referência a Jesus. Em termos
gerais, refere-se a qualquer pessoa com autoridade.
Pedro comunica a Jesus que faria o que ele
pedia, mas por pura fé, pois devido sua experiência e tino de pescador, o mar
não estava para peixe.
Pedro obedeceu e lançou a sua rede que
ficou tão repleta que teve de chamar todos ao seu lado para o ajudarem, pois
havia o perigo real da rede ceder com o peso de tantos peixes.
Simão Pedro não resistiu e inclinou-se
diante de Jesus e disse para ele se afastar dele, pois que era pecador. Pedro
conhecia muito bem o ofício de pescador e esse acontecimento milagroso o
colocou na presença de Deus, onde reconheceu a sua natureza pecaminosa (cf. Gn
18.27; Jó 42.6; Is 6.5).
Jesus, então, completa a obra na vida de
Pedro e o chama para o ministério e este, prontamente, se dispôs a segui-lo. Os
barcos, as pescas, sua empresa e negócios ficaram ali, na praia, onde
certamente havia alguém que deles cuidassem.
Ato contínuo, surge no caminho deles um
homem cheio de lepra. Muitas doenças com diferentes graus de severidade e prognóstico
eram diagnosticadas como "lepra". Em sua forma mais grave, além de
ser considerada uma moléstia que tornava a pessoa cerimonialmente impura,
causava desfiguração e levava à morte. A única defesa conhecida nessa época era
isolar o doente.
O leproso vendo a Jesus, prostrou-se sobre
o rosto e rogou-lhe para curá-lo dizendo que se ele quisesse, seria curado.
Jesus foi rápido e preciso: “Quero, sê limpo” – vs. 13. Imediatamente, foi
limpo o que tivera lepra, mas Jesus ordenou a ele que não dissesse isso a
ninguém, mas fosse a um sacerdote. O sacerdote iria certificar-se de que a
lepra havia sido curada, e também faria o sacrifício apropriado para a situação
(Lv 14).
No entanto, sua fama crescia
assustadoramente e ajuntava-se a ele mais e mais multidões para ouvi-lo e para
poderem ser curadas de suas enfermidades. A sua atitude, porém, era se retirar
para os desertos e ali orar a Deus. Jesus, de fato, eram homem de oração.
Houve um daqueles dias em que Jesus estava
ali ensinando, pregando e curando na presença de doutores da lei e de fariseus.
Quanto aos fariseus, Josefo estimou que
havia mais de seis mil fariseus nesses dias. Estes se viam como
"separados" por Deus e procuravam servi-lo da melhor maneira
possível. Muitos eram piedosos, mas a ênfase em atos de justiça externos, bem
como certos tabus, fazia com que se tornassem rígidos e formais. Foram eles que
se opuseram vigorosamente a Jesus.
Já os mestres da Lei eram os escribas, cujo
trabalho era principalmente estudar a lei de Deus; muitos eram também fariseus.
Jesus estava cercado de visitas e lá estava
ele no meio da casa e todas as portas e janelas estavam ocupadas. Quem quisesse
se aproximar dele, ali, teria de se virar e muito.
O grupo que conduzia um paralítico resolveu
ir a Jesus custasse o que custasse. Eles não enxergaram problemas, mas viram a
oportunidade por onde ninguém jamais teria visto. Pelo telhado da casa, abrindo
nela um buraco, desceram um paralítico em sua cama, bem onde Jesus estava.
O eirado das casas daquela época possuíam
telhado plano, com escadas externas que lhe davam acesso.
Vendo-lhes a fé - além da fé do paralítico,
Jesus incluiu a fé dos homens que o haviam levado -, Jesus não resistiu e logo
tratou de oferecer a ele o que ele mais precisava, que também seria na vida
daqueles fariseus e doutores da lei um golpe certeiro contra suas crenças
equivocadas.
Eles perguntavam entre si quem seria aquele
que tinha poder para liberar perdão de pecados. Jesus uniu o poder do perdão ao
poder para curar (já falamos disso em Mt 9.1-8 e Mc 2.1-12). Também se
identificou como o Filho do Homem. Era a autodesignação preferida de Jesus,
usada mais de oitenta vezes nos Evangelhos e quase sempre pelo próprio Jesus.
Refere-se a sua origem celestial e sua vocação (Dn 7.13-14).
Depois disso, passando Jesus viu um
publicano chamado Levi, assentado na recebedoria, ou seja trabalhando. Também
ele Jesus convidou e este prontamente aceitou e passo a segui-lo, deixando tudo.
Levi pode ter, literalmente, saído nesse exato momento, deixando os registros e
o dinheiro no posto; ou, a frase pode indicar que ele abandonou de modo
definitivo o seu ofício de cobrador de impostos.
Levi ficou tão feliz que resolveu fazer um
banquete em sua casa, mas os invejosos dos fariseus e dos mestres da lei
estavam procurando algo para poderem manchar a honra de Jesus. Os fariseus
estavam do lado de fora, uma vez que consideravam que compartilhar uma refeição
com pecadores era um ato especialmente desonroso.
Eles não conseguiam enredá-lo em suas
tramas e a cada argumento que levantavam, Jesus mostrava a eles o verdadeiro
sentido da lei, das cerimônias e tradições.
O único jejum exigido pela Lei era aquele
ordenado para o Dia da Expiação, mas o povo jejuava em outras ocasiões (p. ex.,
Zc 7.3,5). Jesus não ordenou o jejum, embora ele mesmo tenha jejuado (Lc 4.2) e
permitido essa prática entre os seus seguidores (Mt 6.16-18).
Em seguida conta-lhes uma parábola e nela
explica suas razões, mas eles ficam perdidos. Um remendo novo numa roupa velha
iria arruinar ambos: o novo se perde, porque o remendo tirado do tecido novo o
deixaria danificado; e o velho, porque o remendo novo não combina. Colocar
vinho novo em odres velhos faz com que a fermentação cause a ruptura do odre, e
assim se perca tanto o odre quanto o vinho.
Lc 5:1 Aconteceu que,
ao apertá-lo
a multidão
para
ouvir a palavra de Deus,
estava
ele junto ao lago de Genesaré;
Lc 5:2 e viu
dois barcos junto à praia do lago;
mas
os pescadores,
havendo
desembarcado,
lavavam
as redes.
Lc 5:3
Entrando em um dos barcos,
que
era o de Simão,
pediu-lhe
que o afastasse um pouco da praia;
e,
assentando-se,
ensinava
do barco as multidões.
Lc 5:4 Quando
acabou de falar, disse a Simão:
Faze-te
ao largo,
e
lançai as vossas redes para pescar.
Lc 5:5
Respondeu-lhe Simão:
Mestre,
havendo trabalhado toda a noite,
nada
apanhamos,
mas
sob a tua palavra lançarei as redes.
Lc 5:6 Isto
fazendo,
apanharam
grande quantidade de peixes;
e
rompiam-se-lhes as redes.
Lc 5:7 Então,
fizeram sinais aos companheiros do outro barco,
para
que fossem ajudá-los.
E foram e
encheram ambos os barcos,
a
ponto de quase irem a pique.
Lc 5:8 Vendo
isto, Simão Pedro
prostrou-se
aos pés de Jesus, dizendo:
Senhor,
retira-te de mim,
porque
sou pecador.
Lc 5:9 Pois,
à vista da pesca que fizeram,
a
admiração se apoderou dele
e
de todos os seus companheiros,
Lc
5:10 bem como de Tiago e João,
filhos
de Zebedeu, que eram seus sócios.
Disse Jesus a
Simão:
Não
temas;
doravante
serás pescador de homens.
Lc 5:11 E,
arrastando eles os barcos sobre a praia,
deixando
tudo,
o
seguiram.
Lc 5:12 Aconteceu que,
estando ele
numa das cidades,
veio
à sua presença um homem coberto de lepra;
ao
ver a Jesus,
prostrando-se
com o rosto em terra, suplicou-lhe:
Senhor, se
quiseres, podes purificar-me.
Lc 5:13 E
ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero,
fica limpo!
E,
no mesmo instante,
lhe
desapareceu a lepra.
Lc
5:14 Ordenou-lhe Jesus
que
a ninguém o dissesse, mas vai, disse,
mostra-te
ao sacerdote e oferece,
pela
tua purificação,
o sacrifício
que Moisés determinou,
para
servir de testemunho ao povo.
Lc 5:15 Porém o que se dizia a seu
respeito
cada vez mais
se divulgava,
e grandes
multidões afluíam
para
o ouvirem e serem curadas de suas enfermidades.
Lc 5:16 Ele,
porém,
se
retirava para lugares solitários
e
orava.
Lc 5:17 Ora, aconteceu que,
num daqueles
dias, estava ele ensinando,
e achavam-se
ali assentados fariseus e mestres da Lei,
vindos
de todas as aldeias da Galiléia, da Judéia
e
de Jerusalém.
E o poder do
Senhor
estava
com ele para curar.
Lc 5:18
Vieram, então, uns homens
trazendo
em um leito um paralítico;
e procuravam
introduzi-lo
e pô-lo diante
de Jesus.
Lc 5:19 E,
não achando por onde introduzi-lo por causa da multidão,
subindo
ao eirado,
o
desceram no leito, por entre os ladrilhos,
para
o meio, diante de Jesus.
Lc 5:20
Vendo-lhes a fé,
Jesus
disse ao paralítico:
Homem,
estão perdoados os teus pecados.
Lc 5:21 E os
escribas e fariseus arrazoavam, dizendo:
Quem
é este que diz blasfêmias?
Quem
pode perdoar pecados, senão Deus?
Lc 5:22
Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes:
Que
arrazoais em vosso coração?
Lc
5:23 Qual é mais fácil, dizer:
Estão
perdoados os teus pecados ou:
Levanta-te e
anda?
Lc 5:24 Mas,
para que saibais que o Filho do Homem
tem
sobre a terra autoridade para perdoar pecados
-
disse ao paralítico:
Eu
te ordeno:
Levanta-te,
toma
o teu leito
e
vai para casa.
Lc 5:25
Imediatamente,
se
levantou diante deles
e,
tomando o leito
em
que permanecera deitado,
voltou
para casa,
glorificando
a Deus.
Lc 5:26 Todos
ficaram atônitos,
davam
glória a Deus
e,
possuídos de temor, diziam:
Hoje,
vimos prodígios.
Lc 5:27 Passadas estas coisas,
saindo, viu
um publicano, chamado Levi, assentado na coletoria,
e
disse-lhe:
Segue-me!
Lc 5:28 Ele
se levantou
e, deixando
tudo,
o
seguiu.
Lc 5:29
Então, lhe ofereceu Levi
um
grande banquete em sua casa;
e
numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa.
Lc 5:30 Os
fariseus e seus escribas
murmuravam
contra os discípulos de Jesus, perguntando:
Por que
comeis e bebeis com os publicanos e pecadores?
Lc 5:31
Respondeu-lhes Jesus:
Os
sãos não precisam de médico,
e
sim os doentes.
Lc 5:32 Não
vim chamar justos,
e
sim pecadores, ao arrependimento.
Lc
5:33 Disseram-lhe eles:
Os
discípulos de João e bem assim os dos fariseus
freqüentemente
jejuam
e
fazem orações;
os teus,
entretanto,
comem
e bebem.
Lc
5:34 Jesus, porém, lhes disse:
Podeis fazer
jejuar os convidados para o casamento,
enquanto
está com eles o noivo?
Lc 5:35 Dias
virão, contudo,
em
que lhes será tirado o noivo;
naqueles
dias, sim,
jejuarão.
Lc 5:36
Também lhes disse uma parábola:
Ninguém
tira um pedaço de veste nova
e
o põe em veste velha; pois rasgará a nova,
e
o remendo da nova não se ajustará
à
velha.
Lc
5:37 E ninguém põe vinho novo em odres velhos,
pois
o vinho novo romperá os odres;
entornar-se-á
o vinho,
e
os odres se estragarão.
Lc
5:38 Pelo contrário,
vinho
novo
deve ser
posto em odres novos
[e ambos se
conservam].
Lc
5:39 E ninguém,
tendo
bebido o vinho velho,
prefere
o novo;
porque
diz:
O
velho é excelente.
Aqui está Jesus
na casa de Levi e os fariseus e os escribas estão indignados com isso. A nossa
religiosidade quando extremada perde o seu foco em rituais tolos que não
refletem a verdade, a justiça e o amor de Deus. Jesus enxergou a salvação de
Levi e se alegrou; eles, enxergaram quebras de regras e leis e se indignaram.
Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado
visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua
importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a
igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas
as nações. Estamos no capítulo 4, parte II.
II. PREPARAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.5-4.13) – continuação.
Como já dissemos, veremos até o capítulo 4,
verso 13, que Lucas registrou acontecimentos importantes antes do início do
ministério público de Jesus; salientou que os papéis de João e de Jesus estavam
interligados, e que Deus estava intervindo para trazer salvação a seu povo.
Destarte, essa segunda parte, conforme a
BEG, foi dividida em três: A. Duas mães, duas crianças (1.5-2.52) – já vimos; B. O ministério de João como o
precursor (3.1-20) – já vimos; e, C.
A iniciação de Jesus (3.21-4.13) – veremos
agora.
Uma breve síntese deste capítulo.
Jesus estava sendo tentado no deserto. Quem
o conduziu até lá foi o Espírito Santo e dele, Jesus estava cheio. O diabo se
lhe opôs e tinha esperança de apanhá-lo, mas nada conseguiu. Sua poderosa arma (uma
espada afiada de dois gumes) mostrou sua força e nos ensinou a vencer o diabo
quando este vier nos atacar com seus ardis.
Se não fosse a poderosa arma que Jesus
carregava, a salvação não teria alcançado os homens. Em primeiro lugar não foi
Jesus que foi ao deserto, mas foi o Espírito Santo que o conduziu. Então estando
cheio do Espírito Santo e guiados por ele não haverá lugar que ele nos leve que
trará ruínas à glória de Deus.
Em segundo lugar, Jesus estava cheio do
Espírito Santo! E como é que ficamos cheios do Espírito Santo? Vejamos o que
nos diz Paulo sobre isso em sua Epístola aos Efésios: “Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução,
mas enchei-vos do Espírito, Efésios 5:19 falando entre vós com salmos, entoando
e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, Efésios 5:20
dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, Efésios 5:21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”
Em terceiro lugar, Jesus usou a Espada do
Espírito, a Palavra de Deus e não sua inteligência, capacidade, razão,
sentimentos. Nos três ataques, sua resposta foi “ESTÁ ESCRITO”.
Também Jesus depois curou, pregou, ensinou,
expulsou demônios e todos se admiraram de sua doutrina por que falava com
autoridade e poder.
Vejamos os fatos em maiores detalhes, com a
boa ajuda da BEG.
C. A iniciação de Jesus (3.21-4.13) - continuação.
Como dissemos, estamos vendo até o verso
13, deste, a iniciação de Jesus em seu ministério.
O fato de Jesus estar cheio do Espírito
Santo e ser guiado pelo Espírito demonstra que a tentação ocorreu dentro do
plano de Deus. Exatamente no início do seu ministério, Jesus enfrentou a
questão sobre que tipo de Messias que ele seria.
Assim, ele passou 40 dias no deserto em
jejum. Elias e Moisés, os mesmos que junto com ele aparecem no monte da
transfiguração, também jejuaram por 40 dias seguidos. Depois dos 40 dias, teve
fome.
Dos versos 3 ao 13, veremos Satanás procurando
desviar Jesus de sua missão divina. Ao obter vitória sobre Satanás, Jesus
desarmou o valente e conquistou os seus despojos (11.21-22). O relato de Lucas
enfatiza o paralelo entre a experiência de Jesus na tentação e a experiência da
antiga Israel no deserto.
Jesus foi tentado por quarenta dias no
deserto, enquanto Israel perambulou por quarenta anos no deserto (Nm 14.34).
Todavia, a diferença no resultado final é crucial: Jesus foi obediente ao Pai,
enquanto Israel não conseguiu passar no seu teste de obediência.
Jesus venceu o diabo apenas com a Bíblia e esta,
sendo usada de forma correta, pois que no ataque de Satanás contra ele, até a
Bíblia, ele usou.
A sua primeira tentação aqui foi aquela
relacionada à sua necessidade básica de alimento e o poder de Deus. O diabo o
provoca a usar o poder de Deus para transformar pedras em pães, mas Jesus usa a
palavra de Deus para vencê-lo.
A segunda tentação – vs. 5 a 8 - em que o
diabo o leva a um alto monte e lhe mostra por um tempo todos os reinos do mundo
aparece por último – como a terceira - no relato de Mateus, e não sabemos a
razão para essa inversão de ordem. A tentação tinha o objetivo de levar Jesus a
estabelecer um poderoso império mundial, mas ao custo de adorar a Satanás.
Jesus rejeitou essa tentação citando as
Escrituras (Dt 6.13). Satanás podia lhe oferecer as nações gentias porque
detinha poder e influência sobre elas, especialmente por meio da idolatria (Dn
10.13,20). Contudo, uma das tarefas principais de Jesus era justamente quebrar
esse poder e influência de Satanás sobre essas nações (veja Ap 20.1-3).
Também o diabo o levou ao pináculo do
templo para desafiá-lo a realizar um grande sinal para todos verem. Pode ter
sido no topo do muro que dava para o vale de Cedrom, ou talvez na parte mais
alta da estrutura do templo. De qualquer modo, aqui Jesus foi tentado a
realizar um milagre público para demonstrar o seu poder, porém novamente ele
respondeu com uma citação das Escrituras (Dt 6.16).
Essa tentação relembra a experiência de
Israel no deserto; porém, Jesus não se rebelou contra Deus, como havia feito a
sua nação: embora Israel tenha falado, Jesus foi vencedor e, assim, cumpriu
toda a justiça.
Acabadas as tentações, o diabo se ausentou
por um tempo – vs. 13.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50).
Lucas descreveu muitos acontecimentos por
ocasião do ministério de Jesus na região da Galileia, registrando que Jesus
anunciou o seu ministério de proclamação do ano aceitável do Senhor (4.19).
Lucas, que era gentio, escreveu sobre esses
acontecimentos visando demonstrar o profundo interesse de Jesus não apenas
pelos judeus da Judeia, mas também pelos judeus de todas as tribos, bem como
pelos gentios.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o
ministério público de Jesus na Galileia. Lucas relata que Jesus, depois de ter
passado no teste do deserto, foi ministrar na Galileia, uma região conhecida
por ser habitada por muitos gentios. O extenso ministério de Jesus nessa região
indica que o seu reino não era somente para os judeus, mas também incluía os
gentios.
Para melhor compreendermos os detalhes
desta parte, dividiremos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão
em Nazaré (4.14-30) – veremos agora; B.
Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – começaremos
a ver agora; C. A escolha dos doze (6.12-16); D. O sermão na planície
(6.17-49); E. Curas milagrosas (7.1-17); F João Batista (7.18-35); G. Jesus e
uma mulher (7.36-50); H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56); e, I. Jesus
prepara os doze (9.1-50).
A. O sermão em Nazaré (4.14-30).
Do 14 ao 30, veremos o seu sermão em
Nazaré. Dos quatro Evangelhos, apenas Lucas registra esse acontecimento. O anúncio
de Jesus, dizendo, ter vindo para "evangelizar" (vs. 18), foi
particularmente importante para Lucas, por causa do conteúdo desse evangelho.
Evidentemente, Jesus não retornou
imediatamente para Nazaré. Mt 4.12 parece sugerir que ele voltou para a Galileia
depois da prisão de João, e Jo 3.23-24 sugere que transcorreu algum tempo entre
o batismo de Jesus e a prisão de João. Durante esse tempo, Jesus pode ter
ministrado na Judeia.
Além disso, parece que ele visitou outras
cidades na Galileia antes de retornar para Nazaré. Seu ministério foi extenso o
suficiente para que as notícias sobre ele se espalhassem pela região antes que
ele voltasse para Nazaré.
Dos versos 16 ao 21, veremos Jesus pregando
em Nazaré, mas sendo rejeitado. Esse é o relato mais antigo que se conhece
sobre um culto numa sinagoga.
É improvável que houvesse leituras
pré-fixadas; Jesus ou o dirigente da sinagoga pode ter escolhido a passagem de
Is 61.1-2; 58.6. Na sinagoga, era costume a assembleia se levantar para a
leitura e sentar-se para ouvir o sermão. A passagem escolhida demonstra a
grande preocupação de Jesus pelos pobres.
O evangelho (ou as boas-novas) que Jesus
proclamou foi citado de Is 61.1-2, uma passagem que profetiza o fim glorioso do
exílio de Israel. Jesus declarou que ele era o começo do fim do exílio de
Israel.
Esse relato da rejeição em Nazaré, apresentado
logo no início do ministério de Jesus, salienta certas características do seu
ministério:
(1)A
atitude de deslumbramento das pessoas, combinando descrença persistente com rejeição
(vs. 22,28).
(2)Seu
ministério como cumprimento da Escritura (vs. 21).
(3)Sua
preocupação com os pobres e oprimidos (vs. 18-19).
(4)Seu
empenho extremo para incluir os gentios como povo de Deus (vs. 26-27).
B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11).
A partir do verso 31 até o capítulo 6,
veremos os ensinamentos e milagres de Jesus. Lucas registra certos
acontecimentos milagrosos intercalados com os ensinamentos de Jesus.
Todos os Evangelhos seguem esse padrão
porque os ensinamentos e os milagres de Jesus se apoiam e se explicam
mutuamente. Como Messias, Jesus não apenas ensinou a verdade, mas também trouxe
redenção ao seu povo, como ficou demonstrado em seus milagres.
Na cidade de Cafarnaum, na Galileia, ele
começou a ensinar o povo num sábado.
Todos se admiravam dele porque em seu
ensino havia autoridade. Em contraste com os fariseus e escribas, que apelavam
para as tradições e os mestres do passado, Jesus não citava nenhuma autoridade.
Essa discordância em relação ao modelo praticado pelos escribas maravilhava as
pessoas.
Não demorou muito para ali se manifestar um
homem possesso que gritava muito e chamava a atenção de todos. Esse demônio foi
exorcizado no sábado. O Evangelho de Lucas relata cinco exorcismos e curas que
Jesus realizou no sábado (aqui; v. 38; 6.6; 13.14; 14.1), comparado com apenas
dois registrados em João ((o 5.8-9; 9.14).
Há poucos casos de possessão demoníaca
tanto no Antigo como no Novo Testamento, com exceção dos Evangelhos. Nas
Escrituras, essas possessões são descritas como a oposição do mal para impedir
a vinda do Filho de Deus.
O demônio reconheceu Jesus como "o
Santo de Deus", um termo que designa o relacionamento especial de Jesus
com Deus e com o poder do Espírito (Jo 6.69). O Evangelho de Lucas esclarece
que parte da missão de Jesus era derrotar os poderes do mal.
Depois disso, desse breve diálogo entre o demônio
e Jesus, Jesus o expulsa e todos se maravilham disso, pois ele dava ordens com
autoridade e poder e os demônios saiam. Sua fama, então, cresceu muito.
Mateus e Marcos registram esse milagre da
sogra de Simão, mas somente Lucas menciona a febre alta, possivelmente uma
indicação do interesse de Lucas pela medicina. A repreensão da febre pode
indicar que Jesus percebeu, de algum modo, a atuação de Satanás.
Assim que curada, cobrou ânimo e passou a
servi-los. O pessoal que estava ali não perdeu tempo e trouxeram a Jesus muitos
doentes e Jesus, pacientemente, impondo as suas mãos sobre cada um deles,
trouxe-lhes cura e alívio.
Também de muitas pessoas saiam espíritos
imundos gritando que Jesus érea o Filho de Deus! Novamente, são os demônios que
percebem que Jesus é o Filho de Deus. Talvez o povo visse Jesus apenas como
mais um homem, mas as forças do mal o reconheciam como o Filho de Deus.
Eles sabiam que ele era o Cristo. Um termo
grego que traduz a palavra hebraica mashiach,
que significa "o ungido" (isto é, separado por Deus para um serviço
especial). Jesus não queria essa publicidade deles, por isso os repreendia e os
advertia a ficarem em silêncio.
Jesus era muito requisitado pela multidão
sofredora. Ao romper do dia, Jesus tinha ido para um lugar solitário, mas as multidões
o procuravam, e, quando chegavam até onde ele estava, insistiam que não as
deixasse.
Jesus então lhes explicava que era necessário
ir. Essa frase indicava a compulsão divina de Jesus pela sua missão: o reino
era o mais importante. Aqui, no verso 43, encontramos a primeira menção que
Lucas fez do reino de Deus, um dos assuntos mais frequentes de Jesus. O
capítulo termina com Jesus continuando com suas pregações nas sinagogas da
Judéia.
Lc 4:1 Jesus,
cheio do
Espírito Santo,
voltou
do Jordão
e
foi guiado pelo mesmo Espírito,
no
deserto,
Lc 4:2
durante quarenta dias,
sendo
tentado pelo diabo.
Nada comeu
naqueles dias,
ao
fim dos quais teve fome.
Lc 4:3
Disse-lhe, então, o diabo:
Se
és o Filho de Deus,
manda
que esta pedra se transforme em pão.
Lc 4:4 Mas
Jesus lhe respondeu:
Está
escrito:
Não
só de pão viverá o homem.
Lc 4:5 E,
elevando-o,
mostrou-lhe,
num momento,
todos
os reinos do mundo.
Lc
4:6 Disse-lhe o diabo:
Dar-te-ei
toda esta autoridade
e
a glória destes reinos,
porque ela me
foi entregue,
e
a dou a quem eu quiser.
Lc
4:7 Portanto, se prostrado me adorares,
toda
será tua.
Lc 4:8 Mas
Jesus lhe respondeu:
Está
escrito:
Ao
Senhor, teu Deus, adorarás
e
só a ele darás culto.
Lc 4:9 Então,
o levou a Jerusalém,
e
o colocou sobre o pináculo do templo, e disse:
Se
és o Filho de Deus,
atira-te
daqui abaixo;
Lc
4:10 porque está escrito:
Aos
seus anjos ordenará a teu respeito
que
te guardem;
Lc
4:11 e: Eles te susterão nas suas mãos,
para
não tropeçares nalguma pedra.
Lc 4:12
Respondeu-lhe Jesus:
Dito
está:
Não
tentarás o Senhor, teu Deus.
Lc 4:13
Passadas que foram as tentações de toda sorte,
apartou-se
dele o diabo,
até
momento oportuno.
Lc 4:14 Então,
Jesus, no
poder do Espírito,
regressou
para a Galiléia,
e
a sua fama correu por toda a circunvizinhança.
Lc 4:15 E
ensinava nas sinagogas,
sendo
glorificado por todos.
Lc 4:16 Indo
para Nazaré,
onde
fora criado,
entrou,
num sábado, na sinagoga,
segundo
o seu costume,
e
levantou-se para ler.
Lc 4:17
Então,
lhe
deram o livro do profeta Isaías,
e,
abrindo o livro,
achou
o lugar onde estava escrito:
Lc 4:18 O
Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu
para
evangelizar os pobres;
enviou-me
para
proclamar libertação aos cativos
e
restauração da vista aos cegos,
para
pôr em liberdade os oprimidos,
Lc
4:19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.
Lc 4:20 Tendo
fechado o livro,
devolveu-o
ao assistente
e
sentou-se;
e
todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele.
Lc 4:21
Então,
passou
Jesus a dizer-lhes:
Hoje,
se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.
Lc 4:22 Todos lhe davam testemunho,
e se
maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios,
e
perguntavam:
Não
é este o filho de José?
Lc 4:23
Disse-lhes Jesus:
Sem
dúvida, citar-me-eis este provérbio:
Médico,
cura-te a ti mesmo;
tudo o que
ouvimos ter-se dado em Cafarnaum,
faze-o
também aqui na tua terra.
Lc 4:24 E
prosseguiu:
De
fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido
na
sua própria terra. Lc
4:25 Na
verdade vos digo que muitas viúvas
havia
em Israel no tempo de Elias,
quando
o céu se fechou por três anos e seis meses,
reinando
grande fome em toda a terra;
Lc 4:26 e a
nenhuma delas foi Elias enviado,
senão
a uma viúva de Sarepta de Sidom.
Lc
4:27 Havia também muitos leprosos em Israel
nos
dias do profeta Eliseu,
e nenhum
deles foi purificado,
senão
Naamã, o siro.
Lc 4:28 Todos
na sinagoga,
ouvindo
estas coisas,
se
encheram de ira.
Lc 4:29 E,
levantando-se,
expulsaram-no
da cidade
e
o levaram até ao cimo do monte
sobre
o qual estava edificada,
para,
de lá, o precipitarem abaixo.
Lc 4:30
Jesus, porém,
passando
por entre eles,
retirou-se.
Lc 4:31 E desceu a Cafarnaum,
cidade da
Galiléia,
e os ensinava
no sábado.
Lc 4:32 E muito se maravilhavam da sua
doutrina,
porque a sua
palavra era com autoridade.
Lc 4:33 Achava-se na sinagoga
um homem
possesso de um espírito de demônio imundo,
e bradou em
alta voz:
Lc
4:34 Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno?
Vieste
para perder-nos?
Bem
sei quem és:
o
Santo de Deus!
Lc 4:35 Mas
Jesus o repreendeu, dizendo:
Cala-te
e
sai deste homem.
O demônio,
depois
de o ter lançado por terra no meio de todos,
saiu
dele sem lhe fazer mal.
Lc 4:36 Todos
ficaram grandemente admirados
e
comentavam entre si, dizendo:
Que
palavra é esta, pois,
com
autoridade e poder,
ordena
aos espíritos imundos,
e
eles saem?
Lc 4:37 E a sua fama corria
por todos os
lugares da circunvizinhança.
Lc 4:38 Deixando ele a sinagoga,
foi para a
casa de Simão.
Ora,
a sogra de Simão achava-se enferma,
com
febre muito alta;
e rogaram-lhe
por ela.
Lc 4:39
Inclinando-se ele para ela,
repreendeu
a febre,
e
esta a deixou;
e
logo se levantou,
passando
a servi-los.
Lc 4:40 Ao pôr-do-sol,
todos os que
tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam;
e ele os
curava,
impondo
as mãos sobre cada um.
Lc 4:41 Também de muitos saíam demônios,
gritando e
dizendo:
Tu
és o Filho de Deus!
Ele, porém,
os repreendia para que não falassem,
pois
sabiam ser ele o Cristo.
Lc 4:42 Sendo dia,
saiu e foi
para um lugar deserto;
as
multidões o procuravam,
e
foram até junto dele,
e
instavam para que não os deixasse.
Lc 4:43 Ele,
porém, lhes disse:
É
necessário que eu anuncie
o
evangelho do reino de Deus
também
às outras cidades,
pois
para isso
é
que fui enviado.
Lc
4:44 E pregava
nas
sinagogas da Judéia.
Que tal apanhar
as palavras de Jesus em Lucas 4:43-44 e assumi-las como nossas e de todos os
crentes vivos na face da terra? “É
necessário que eu [Pr. Daniel Deusdete – você coloca o seu nome aqui] pregue as boas novas do Reino de Deus
noutras cidades também, porque para isso fui enviado". E continuava
pregando em todo lugar.”.
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