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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Esdras 10:1-44 - ESDRAS, UM LÍDER QUE SOUBE CONDUZIR O POVO AO ARREPENDIMENTO

Estamos no último capítulo de Esdras, na segunda parte onde Esdras deu continuidade aos trabalhos dos primeiros exilados que regressaram.
Parte II – O REGRESSO DE ESDRAS E A RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 – 10:44.
B. A reconstrução do Povo de Deus como nação – 9:1 a 10:44.
Estamos hoje concluindo o livro de Esdras e a sua parte “B”, da parte II, onde estava sendo feita a reconstrução do Povo de Deus como nação, ou seja, dos remanescentes do pós-exílio ou da nova nação unificada de Israel. Primeiro Esdras se preocupou com a questão física do templo e depois foi a hora de tratar da purificação dos judeus que haviam regressado.
Também dividimos essa parte “B”, para melhor compreensão assunto em duas outras partes. 1. A reação de Esdras aos casamentos mistos – 9:1-15 – já vista. 2 A reação do povo a Esdras – 10:1-44 – veremos e concluiremos agora.
2 A reação do povo a Esdras – 10:1-44
O povo tinha reagido de maneira positiva à atitude de Esdras quanto aos casamentos mistos. Entenderam a mensagem e a pregação desse líder e mestre da lei que os ensinava a genuína Palavra de Deus.
Esse último capítulo poderia ser dividido didaticamente da seguinte maneira. Primeiro veio a tristeza sobre o povo depois da poderosa pregação de Esdras sobre os casamentos mistos – vs. 1. Depois, no vs 2, há a confissão deles que aponta para o  arrependimento. Em seguida, o arrependimento é demonstrado nos vs. de 3 ao 17 e, finalmente, uma lista dos culpados é apresentada – vs. 18 ao 44.
Os líderes – os príncipes e magistrados - haviam dado o exemplo de pecado (9:2). Aqui, Esdras – o governador e mestre da lei - dá o exemplo de arrependimento, não exortando o povo a se lamentar, mas ele próprio se lamentando.
O seu exemplo funcionou perfeitamente, pois viram em sua atitude um homem de valor que sabia do que falava e que já sofria pelas consequências dos atos tresloucados, principalmente de seu corpo de liderança.
A estratégia e condução do negócio por Esdras estava funcionando muito bem. Aquela sua confissão – 9:14 - se tornou modelo da confissão do povo por meio de Secanias, um de seus líderes. Quando um líder perde o poder de persuasão sobre o seu corpo de lideres, toda a sua estrutura esta acabada, mas aqui, Esdras consegue que seus líderes sigam o seu exemplo.
Eles mesmos pensavam, tanto que Esdras estava entristecido, que Esdras tinha perdido toda a esperança. Secanias, tomando as suas dores, o encoraja afirmando que nem tudo está perdido.  Haveria uma saída e uma solução para aquele delicado caso e pecado grave.
O resultado é que todo o povo foi comovido e se arrependeu de fato. A tristeza e confissão levaram o povo ao arrependimento total.
Em função disso, resolveram renovar a aliança deles. Não se tratava de fazer uma aliança inteiramente nova, mas de renovar a aliança mosaica mediante um juramento (vs. 5) de guardar as estipulações referentes aos casamentos mistos (os trechos de Dt 7:3; Jr 34:8-22 mostram uma renovação semelhante da aliança).
O termo hebraico empregado como “despediremos” aqui não é a palavra comum para divórcio; aparece somente nessa passagem com referência a mandar uma esposa embora. Do mesmo modo, o termo hebraico do vs. 2 traduzido como "casando" não costuma ser usado para o matrimônio, mas também e empregado desse modo em Ne 13 - uma situação parecida. Ademais, a palavra hebraica para "mulheres estrangeiras" (vs. 2) aparece em Provérbios como referência a meretrizes.
Essa linguagem escolhida – “despediremos”; “casando” e outras - pelo autor parece indicar que ele não julgava essas uniões legítimas nem considerava como divórcio o ato de mandar as mulheres embora.
A lei não contém prescrições para essa precisa situação. A expressão pode se referir a mandar a mulher embora com os filhos, junto com algumas provisões (Gn 21:14) e certos direitos legais (Dt 21:10-14).
Paulo instrui os cristãos a não se casarem com incrédulos (I Co 7:39); mas também a não procurarem se divorciar de seus cônjuges incrédulos, apesar de permitir que um cônjuge incrédulo se separe se assim o desejar: No Novo Testamento, num certo sentido, o incrédulo é santificado por meio daquele que crê, tornando santos os filhos dessa união (1Co 7.14).
Na situação de Esdras, porém, os incrédulos haviam profanando a nação de tal modo que era preciso tomar atitudes radicais. Ou seja, essas uniões precisavam ser desfeitas de todo modo por causa do laço que era para os israelitas continuarem unidos a elas de forma ilegítima.
Secanias, no vs 4 percebeu claramente a desesperança de Esdras, por isso lhe pediu para se levantar e ser forte, pois a situação exigia isso. No verso 5, Esdras se levantou. Esdras respondeu ao encorajamento de Secanias e colocou seu conselho em prática.
Ele ajuntou todo o Israel e ajuramentou os principais sacerdotes, os levitas e todo o Israel de que fariam segundo aquela palavra e todos juraram. A aliança era condicional, como indica o juramento feito pelo povo - e não pelo Senhor.
No verso 6, Esdras se encontra na Casa de Deus, na câmara de Joanã, situada no templo, onde não comeu pão nem bebeu água e ali permaneceu em jejum total (o jejum total era uma prática rara - Dt 9.18). Esse jejum indicava que Esdras não considerava que os exilados estivessem a salvo das maldições da aliança com base apenas em seu juramento. O juramento tinha de ser confirmado por esse ato de contrição.
Um pregão foi passado e o prazo para que tomassem providencias reais seria de três dias, ou seja, tempo suficiente para qualquer pessoa que desejasse viajar até Jerusalém, tendo em vista o território reduzido de Judá. Aqueles do povo que não obedecessem ao pregão anunciado perderiam suas propriedades e seriam expulsos do meio do povo (7:26).
O povo como um todo respondeu à proclamação e assim, todos os homens de Judá e Benjamim, no dia vinte do mês nono – era dezembro - um dos meses de chuvas mais intensas (vs. 13), estavam ali temerosos e tremendo por causa da questão dos casamentos mistos e da copiosa chuva.
Raramente alguém se afligia em função das chuvas, pois estas costumavam ser consideradas uma bênção (Dt 11:13-15; 28:12), no entanto, essas chuvas torrenciais foram tidas como um sinal da ira de Deus (Ez 13:10-13).
A angústia de Esdras havia contagiado todo o povo (10:1).
No verso 11, há o apelo para o povo fazer confissão, ou seja, literalmente, "dai graças/louvai a". Quando alguém confessava o seu pecado e confiava que Deus lhe concederia sua misericórdia, ele também louvava a Deus (veja o Sl 103, em que o salmista louva a Deus ao confessar quem Deus é o que ele fez).
Eu gostei deste salmo 103 o qual é bom para pregar a palavra de Deus aos homens. Toda a palavra é inspirada e útil para pregação, mas tem algumas que parecem nos encontrar no momento perfeito para a produção do sermão de Deus e este salmo me apanha assim.
Ele já começa bendizendo e não maldizendo ou reclamando e murmurando. Não podemos fechar os olhos para a graça de Deus em função do que não temos ou do que ainda não alcançamos ou parece até que nunca alcançaremos. É como se fosse uma escolha: ao invés de gratidão no coração por tudo que você recebeu e ainda está recebendo, você escolhe reclamar e viver triste pelo que não recebeu ainda.
O salmista aqui é diferente e seu coração está cheio de gratidão a Deus pelos grandes benefícios que tem recebido e entre eles o perdão de seus pecados e o reconhecimento de que Deus é bom demais para nós ainda que muitos de nossos sonhos parecem até perdidos. Não podemos desanimar por que nada parece ter dado certo até agora. Ou será que estamos atrás de reconhecimentos e glórias?
Precisamos acreditar em nosso chamado e vocação. Ainda que ninguém acredite, você precisa acreditar e lutar se não você estará reprovado. Seja durão e somente desista dele no dia em que morrer ou que Deus te der outro plano e propósito para você cumprir. Acredite! Lute! Busque sempre a Deus para fortalecer a sua fé ou te mostrar outros caminhos. Não aceite derrota para o seu passado, para os seus inimigos que querem te destruir. Seus piores inimigos não estão lá fora, mas dentro de você!
O salmista lembrou, neste salmo, que o Senhor faz justiça, que julga e que manifesta seu caminho e seus feitos a Moisés e aos filhos de Israel. Tanto um como o outro, agora, no século XXI estão mortos, mas a palavra de Deus está viva, portanto Moisés e os filhos de Israel agora é você! Deus irá fazer justiça, julgar e manifestar seus caminhos e feitos para você. Acredite!
Outra coisa interessante neste salmo é que Deus não retribui a nós conforme as nossas iniquidades e pecados, se não já estaríamos todos acabados. Sem ser injusto e sem abandonar os seus juízos, Deus mediante a sua graça e misericórdia, permite a nós mais uma chance e tantas quantas forem necessárias, enquanto houver em nós fôlego de vida.
Calvino em sua introdução neste salmo fala de ações de graça a que devemos fazer diante de Deus tão misericordioso e bom para conosco.
Sl 103:1 Bendize,
ó minha alma,
ao SENHOR,
e tudo o que há em mim
bendiga
ao seu santo nome.
Sl 103:2 Bendize,
ó minha alma,
ao SENHOR,
e não te esqueças
de nem um só de seus benefícios.
Sl 103:3 Ele é
quem perdoa todas as tuas iniquidades;
quem sara todas as tuas enfermidades;
Sl 103:4 quem da cova redime a tua vida
e te coroa de graça e misericórdia;
Sl 103:5 quem farta de bens a tua velhice,
de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.
Sl 103:6 O SENHOR
faz justiça
e julga
a todos os oprimidos.
Sl 103:7 Manifestou os seus caminhos
a Moisés
e os seus feitos
aos filhos de Israel.
Sl 103:8 O SENHOR
é misericordioso e compassivo;
longânimo e assaz benigno.
Sl 103:9 Não repreende perpetuamente,
nem conserva para sempre a sua ira.
Sl 103:10 Não nos trata segundo os nossos pecados,
nem nos retribui consoante as nossas iniquidades.
Sl 103:11 Pois quanto o céu se alteia acima da terra,
assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
Sl 103:12 Quanto dista o Oriente do Ocidente,
assim afasta de nós as nossas transgressões.
Sl 103:13 Como um pai se compadece de seus filhos,
assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
Sl 103:14 Pois ele conhece a nossa estrutura
e sabe que somos pó.
Sl 103:15 Quanto ao homem,
os seus dias são como a relva;
como a flor do campo,
assim ele floresce;
Sl 103:16 pois,
soprando nela o vento,
desaparece;
e não conhecerá,
daí em diante,
o seu lugar.
Sl 103:17 Mas a misericórdia do SENHOR
é de eternidade a eternidade,
sobre os que o temem,
e a sua justiça,
sobre os filhos dos filhos,
Sl 103:18 para com os que guardam a sua aliança
e para com os que
se lembram dos seus preceitos
e os cumprem.
Sl 103:19 Nos céus,
estabeleceu o SENHOR o seu trono,
e o seu reino
domina sobre tudo.
Sl 103:20 Bendizei ao SENHOR,
todos os seus anjos,
valorosos em poder,
que executais as suas ordens
e lhe obedeceis
à palavra.
Sl 103:21 Bendizei ao SENHOR,
todos os seus exércitos,
vós, ministros seus,
que fazeis a sua vontade.
Sl 103:22 Bendizei ao SENHOR,
vós, todas as suas obras,
em todos os lugares
do seu domínio.
Bendize,
ó minha alma,
ao SENHOR.
Um conselho final eu dou para você minha alma: BENDIZE AO SENHOR!
A verdadeira confissão deve nos conduzir ao arrependimento verdadeiro que se manifesta com as obras decorrentes dela, em seguida, ato contínuo, o louvor e as ações de graça como o Sl 103 acima explicado.
Os homens presentes não apenas expressaram a sua angústia (vs. 9), como também concordaram com Esdras quanto ao seu pecado e culpa.
Ed 10:1 E enquanto Esdras orava, e fazia confissão,
                chorando e prostrando-se diante da casa de Deus,
                               ajuntou-se a ele, de Israel, uma grande congregação,
                                               de homens, mulheres e crianças;
                                                               pois o povo chorava com grande choro.
                Ed 10:2 Então Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elão,
                               tomou a palavra e disse a Esdras:
                               Nós temos transgredido contra o nosso Deus,
                                               e casamos com mulheres estrangeiras
                                               dentre os povos da terra, mas, no tocante a isto,
                                                               ainda há esperança para Israel.
                               Ed 10:3 Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus
                                               de que despediremos todas as mulheres,
                                               e os que delas são nascidos, conforme ao conselho
                                               do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do
                                                               nosso Deus; e faça-se conforme a lei.
                               Ed 10:4 Levanta-te, pois, porque te pertence este negócio,
                                               e nós seremos contigo; esforça-te, e age.
                Ed 10:5 Então Esdras se levantou, e ajuramentou os chefes
                               dos sacerdotes e dos levitas, e a todo o Israel,
                                               de que fariam conforme a esta palavra;
                                                               e eles juraram.
                Ed 10:6 E Esdras se levantou de diante da casa de Deus,
                               e entrou na câmara de Joanã, filho de Eliasibe;
                               e, chegando lá, não comeu pão, e nem bebeu água;
                               porque lamentava pela transgressão dos do cativeiro.
                Ed 10:7 E fizeram passar pregão por Judá e Jerusalém,
                               a todos os que vieram do cativeiro,
                                               para que se ajuntassem em Jerusalém.
                Ed 10:8 E que todo aquele que em três dias não viesse,
                               segundo o conselho dos príncipes e dos anciãos,
                               toda a sua fazenda se poria em interdito,
                               e ele seria separado da congregação dos do cativeiro.
                Ed 10:9 Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias
                               se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias
                                               do mês; e todo o povo se assentou na praça da casa
                                               de Deus, tremendo por este negócio
                                                               e por causa das grandes chuvas.
                Ed 10:10 Então se levantou Esdras, o sacerdote, e disse-lhes:
                               Vós tendes transgredido, e casastes com mulheres
                                               estrangeiras, aumentando a culpa de Israel.
                Ed 10:11 Agora, pois, fazei confissão ao SENHOR Deus de vossos
                               pais, e fazei a sua vontade; e apartai-vos dos povos das
                                               terras, e das mulheres estrangeiras.
                Ed 10:12 E respondeu toda a congregação, e disse em altas vozes:
                               Assim seja, conforme às tuas palavras nos convém fazer.
                Ed 10:13 Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas,
                               e não se pode estar aqui fora; nem é obra de um dia nem de
                               dois, porque somos muitos os que transgredimos
                                               neste negócio.
                Ed 10:14 Ora, ponham-se os nossos líderes, por toda a congregação
                               sobre este negócio; e todos os que em nossas cidades
                               casaram com mulheres estrangeiras venham em tempos
                               apontados, e com eles os anciãos de cada cidade,
                               e os seus juízes, até que desviemos de nós o ardor
                                               da ira do nosso Deus, por esta causa.
                Ed 10:15 Porém, somente Jônatas, filho de Asael, e Jaseías,
                               filho de Ticva, se opuseram a isto; e Mesulão, e Sabetai,
                                               levita, os ajudaram.
                Ed 10:16 E assim o fizeram os que voltaram do cativeiro;
                               e o sacerdote Esdras e os homens, chefes dos pais,
                               segundo a casa de seus pais, e todos pelos seus nomes,
                                               foram apontados; e assentaram-se no primeiro dia
                                               do décimo mês, para inquirirem neste negócio.
                Ed 10:17 E no primeiro dia do primeiro mês acabaram de tratar
                               com todos os homens que casaram
                                               com mulheres estrangeiras.
Ed 10:18 E acharam-se dos filhos dos sacerdotes que casaram
                com mulheres estrangeiras:
                Dos filhos de Jesuá, filho de Jozadaque, e seus irmãos,
                                Maaséias, e Eliezer, e Jaribe, e Gedalias.
                                Ed 10:19 E deram as suas mãos prometendo que despediriam
                                               suas mulheres; e, achando-se culpados,
                               ofereceram um carneiro do rebanho pelo seu delito.
                Ed 10:20 E dos filhos de Imer: Hanani e Zebadias.
                Ed 10:21 E dos filhos de Harim: Maaséias, Elias, Semaías, Jeiel
                               e Uzias.
                Ed 10:22 E dos filhos de Pasur: Elioenai, Maaséias, Ismael, Netanel,
                               Jozabade e Eleasa.
                Ed 10:23 E dos levitas: Jozabade, Simei, Quelaías (este é Quelita),
                               Petaías, Judá e Eliezer.
                Ed 10:24 E dos cantores: Eliasibe; e dos porteiros: Salum,
                               Telém e Uri.
                Ed 10:25 E de Israel, dos filhos de Parós: Ramias, Jezias, Malquias,
                               Miamim, Eleazar, Malquias e Benaia.
                Ed 10:26 E dos filhos de Elão: Matanias, Zacarias, Jeiel, Abdi,
                               Jeremote e Elias.
                Ed 10:27 E dos filhos de Zatu: Elioenai, Eliasibe, Matanias, Jeremote,
                               Zabade e Aziza.
                Ed 10:28 E dos filhos de Bebai: Joanã, Hananias, Zabai e Atlai.
                Ed 10:29 E dos filhos de Bani: Mesulão, Maluque, Adaías, Jasube,
                               Seal, Jeremote.
                Ed 10:30 E dos filhos de Paate-Moabe: Adna, Quelal, Benaia,
                               Maséias, Matanias, Bezalel, Binui e Manassés.
                Ed 10:31 E dos filhos de Harim: Eliezer, Josias, Malquias, Semaías,
                                Simeão, Ed 10:32 Benjamim, Maluque, Semarias.
                Ed 10:33 Dos filhos de Hasum: Matenai, Matatá, Zabade, Elifelete,
                               Jeremai, Manassés e Simei.
                Ed 10:34 Dos filhos de Bani: Maadai, Anrão, Uel, Ed 10:35 Benaia,
                               Bedias, Queluí, Ed 10:36 Vanias, Meremote, Eliasibe,
                               Ed 10:37 Matanias, Matnai e Jaasai, Ed 10:38 E Bani, Binui,
                                               Simei, Ed 10:39 E Selemias, Natã e Adaías,
                               Ed 10:40 Macnadbai, Sasai, Sarai, Ed 10:41 Azareel,
                                               Selemias, Semarias, Ed 10:42 Salum, Amarias
                                               e José.
                Ed 10:43 Dos filhos de Nebo: Jeiel, Matitias, Zabade, Zebina, Jadai,
                               Joel e Benaia.
Ed 10:44 Todos estes tomaram mulheres estrangeiras;
                e alguns deles tinham mulheres de quem tiveram filhos.
No verso 13, há uma preocupação quanto ao povo no cumprimento de maneira adequada de suas obrigações que eles entendiam deveriam ser tomadas atitudes a partir daquele momento. Eles eram muitos, havia muita chuva e muita coisa a se fazer, portanto, tudo deveria ser feito com cautela.
Já no verso 14, parece que decidiram, por causa das chuvas, então que todos os casos viriam a eles somente em tempos oportunos, sem pressa.
No entanto, está dito que “se opuseram a esta coisa”, obtendo inclusive o apoio de Sabetai. Provavelmente se opuseram ao adiamento – isto é, receberem cada caso em tempos oportunos mais para frente. A angústia e a confissão conduziram ao arrependimento e as ações tinham de ser tempestivas e imediatas.
Tomando por base essa lista dos culpados de casamento misto, fica evidente que os pecados individuais não podiam ser aceitos dentro da comunidade com um todo (Dt 29:19-21). Mas sempre há perdão para aqueles que se valem do sacrifício que Deus provê (veja o vs. 19).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Esdras 9:1-15 - ESDRAS E OS PROBLEMAS COM OS CASAMENTOS MISTOS

Estamos no penúltimo capítulo de Esdras, na segunda parte onde Esdras deu continuidade aos trabalhos dos primeiros exilados que regressaram.
Parte II – O REGRESSO DE ESDRAS E A RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 – 10:44.
B. A reconstrução do Povo de Deus como nação – 9:1 a 10:44.
A reconstrução do Povo de Deus como nação, ou seja, dos remanescentes do pós-exílio ou da nova nação unificada de Israel. Primeiro Esdras se preocupou com a questão física do templo e agora era a hora de tratar da purificação dos judeus que haviam regressado.
Também dividimos essa parte “B”, para melhor compreensão assunto em duas outras partes. 1. A reação de Esdras aos casamentos mistos – 9:1-15. 2 A reação do povo a Esdras – 10:1-44.
1. A reação de Esdras aos casamentos mistos – 9:1-15.
Esdras ficou sabendo que a maioria dos judeus que regressaram havia se casado com mulheres de fora do povo de Israel e havia adotado suas práticas religiosas. A reação de Esdras a essa corrupção da comunidade é enérgica.
Poderemos perceber na narrativa uma sequência lógica do texto. Primeiro ele recebe a notícia trágica – vs 1 e 2. Segundo, ele reage a isso e se entristece muito – vs 3 e 4. Terceiro, ele toma a atitude de buscar ao Senhor e confessar a ele os pecados de toda a nação – vs 5 ao 15.
No vs 1, ele diz que acabadas, pois, estas coisas, quatro meses e meio depois da sua chegada - cf. 8.31; 10.9 - os seus príncipes vieram a ele com uma grave notícia relacionada aos seus relacionamentos amorosos.
Esdras havia voltado a Jerusalém como governador e também para ensinar a lei, e, talvez em resposta ao seu ensino, os líderes o colocaram a par de um pecado que vinha sendo tolerado há algum tempo a qual era a mistura das raças, mas não se tratava de algum problema étnico, mas sim religioso, como os versículos subsequentes indicam (vs. 10-12, confirmados pelo Novo Testamento - I Co 7:39).
Dos povos relacionados no vs 1, na época de Esdras, somente haviam os amonitas, os moabitas e os egípcios. Os outros povos citados, cananeus, heteus, ferezeus e jebuzeus habitavam a Terra Prometida no tempo da conquista.  As proibições aos casamentos mistos são encontrados nos textos bíblicos de Ex 34:10-16; Dt 7:1-4).
Como já deve ter ficado claro, o problema não era étnico, mas religioso. Podemos nos misturar a outras raças e culturas, mas o fator das outras religiões pode se constituir em grande laço tanto ao homem quanto às mulheres, tanto aos mais simples, quanto aos príncipes e magistrados – vs 2.
A primeira reação de Esdras aos pecados do povo foi se entristecer e lamentar pelos judeus.  Ele rasga as suas vestes e o seu manto o qual era uma maneira típica de expressar tristeza profunda – II Sm 13:19 – também foi ao extremo de sua indignação ao arrancar os cabelos da sua cabeça e também de sua barba – essa expressão de tristeza somente aparece aqui nessa passagem, em toda a Bíblia. Mais para frente, é curiosos observar que Neemias enfrentará o mesmo problema, mas em vez de arrancar seus próprios cabelos, arrancará os cabelos dos seus transgressores - Ne 13:.25.
Em todo lugar há os remanescentes... aqui há um grupo que não havia se casado com gente de outras nações se juntou a Esdras em sua dor. Esses judeus haviam temido ao Senhor e guardado sua lei - Is 66:2. Com ele ficaram – vs 4 – até o sacrifício da tarde, o qual era realizado por volta das três horas da tarde. Este era um período não apenas de sacrifício, mas também de oração - Sl 141:2 “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.”.
De uma tristeza profunda e reflexiva, vem um pedido intercessório de perdão – vs 5 ao 15 - para ele e toda a nação que estava apenas recomeçando e não poderia ser assim.
Ajoelhado (humildade) e de mãos estendidas (petição) – vs 5 -, Esdras se derrama como a cera diante do sol da presença do Senhor.
Aquele valente e ousado Esdras que teve vergonha de pedir a Artaxerxes proteção para a viagens de volta – 8:22 - agora, experimenta um outro tipo de vergonha associada à culpa resultante do pecado. As iniquidades se multiplicaram acima da nossa cabeça e a nossa culpa cresceu até aos céus, dizia ele em confissão.
Há uma progressão em sua fala quando primeiro fala de "iniquidade" (a transgressão da lei) e depois da "culpa" (a condição e os sentimentos resultantes) que também pode ser comparada, primeiro com o fato de ser "sobre a nossa cabeça" e depois de ir "até aos céus".
Percebe-se no texto que Esdras estava profundamente consciente da culpa do povo diante de Deus. Observe também a mudança repentina de "eu" para "nós" – “Meu Deus”, “Estou...”, “... porque as nossas”, “...e a nossa culpa...”, dentro do mesmo parágrafo.
Apesar de Esdras não ser pessoalmente culpado do pecado específico em questão, ele se identificou com o povo em seu pecado, como o fez Neemias com referência à usura – Ne 5:1-13 -, como fez Daniel 9:4-19, e, como faria o servo sofredor – o Messias - que estava por vir - Is 53:12;  II Co 5:21.
A condição dos judeus que haviam regressado como beneficiários do favor de Deus estava em risco. A justiça exigia o extermínio total do povo de Deus, - mas a graça preservou um remanescente. Por meio desse remanescente, o Messias viria e a redenção seria realizada (Is 1.9;10.20-22).
Assim como havia sido destruído no passado devido à infidelidade do povo à aliança, o templo podia ser destruído novamente em decorrência de uma infidelidade pactual semelhante. No entanto, ali estava o templo que iria receber o Messias e depois, sim, seria destruído, como profetizado e anunciado pelo próprio Senhor em sua primeira vinda.
Nunca foram fieis à aliança ao Senhor, apesar da possibilidade da obediência, por isso até ao dia de hoje permanecem sem nada do que os levou a ser a nação que trouxe o Messias ao mundo.
Lamentavelmente, serão enganados por um falso messias aos quais lhe darão crédito para sua própria ruina e destruição final. Talvez o próprio templo seja reerguido, mas somente para as profecias se cumprirem e trazerem pela segunda vez o Messias que veio e que disse que voltaria.
A graça de Deus – vs 8 – se manifestou a eles, aos remanescentes e Esdras alude a isso reivindicando estabilidade (como se fosse mesmo uma estaca, daquelas que se usavam para fixar as tendas – Is 54:2 – ou para pendurar objetos – Is 22:23) para assim alumiar os seus olhos – a esperança.
Apesar de ter sido restaurado à sua terra, o povo de Deus não era politicamente independente – eles eram servos, vs 9 -, como havia sido durante a monarquia. Mesmo sendo servos, não desamparou Deus a eles, antes foi misericordioso e favorável a eles perante os reis da Pérsia. A palavra traduzida como "desamparou" é o mesmo termo traduzido como "deixamos" no v. 10 e em outros versículos (p. ex., 2Cr 29.6).
A promessa de Deus de não desamparar a nação era, como todas as bênçãos tipológicas da aliança mosaica, de ordem condicional – vs 10.5. Se Israel abandonasse a Deus e a aliança, mostrando-se negligente à lei, perderia o direito às bênçãos e experimentaria as maldições (Dt 28:20; 29:24-25; 31:16-17).
Por fim, Deus desertou a nação para executar a sua justiça sobre Israel e para prefigurar o que acontecerá no dia do julgamento com todos os que se encontrarem diante de Deus com base em sua própria observância da lei.
Esdras estava apavorado – vs 10 – pois a nação havia se afastado de modo tão evidente dos mandamentos de Deus que as maldições da aliança poderiam sobrevir ao povo a qualquer momento.
Os versos 11 e 12 são um resumo da teologia da separação encontrada em vários outros textos – Lv 18:25; Dt 4:5; 7:3; 18:9; 27:23; II Re 21:16 – que enfatiza, como já dissemos não aspectos étnicos, mas religiosos. Casamentos mistos poderiam resultar no abandono da adoração ao Deus vivo. Quem primeiro falou do assunto foi Moisés – Dt 7:1-3 -, mas outros profetas também reiteraram essa ideia em suas pregações – Mt 2:11,12; 9:13,14.
Ed 9:1 Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os príncipes, dizendo:
                O povo de Israel, os sacerdotes e os levitas,
                               não se têm separado dos povos destas terras,
                                               seguindo as abominações dos cananeus, dos heteus,
                                               dos perizeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos
                                                               moabitas, dos egípcios, e dos amorreus.
                Ed 9:2 Porque tomaram das suas filhas para si e para seus filhos,
                               e assim se misturou a linhagem santa com os povos dessas
                                               terras; e até os príncipes e magistrados foram os
                                                               primeiros nesta transgressão.
                Ed 9:3 E, ouvindo eu tal coisa, rasguei as minhas vestes
                               e o meu manto, e arranquei os cabelos da minha cabeça
                                               e da minha barba, e sentei-me atônito.
                Ed 9:4 Então se ajuntaram a mim todos os que tremiam das palavras
                               do Deus de Israel por causa da transgressão
                                               dos do cativeiro; porém eu permaneci sentado
                                                               atônito até ao sacrifício da tarde.
                Ed 9:5 E perto do sacrifício da tarde me levantei da minha aflição,
                               havendo já rasgado as minhas vestes e o meu manto, e me pus
                                               de joelhos, e estendi as minhas mãos
                                                               para o SENHOR meu Deus;
                Ed 9:6 E disse:
                               Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti
                               a minha face, meu Deus; porque as nossas iniquidades
                               se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem
                                               crescido até aos céus.
                Ed 9:7 Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje
                               estamos em grande culpa, e por causa das nossas iniquidades
                               somos entregues, nós e nossos reis e os nossos sacerdotes,
                                               na mão dos reis das terras, à espada, ao cativeiro,
                                               e ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê.
                Ed 9:8 E agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da
                               parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que
                               escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar;
                                               para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso,
                               e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão.
                Ed 9:9 Porque somos servos; porém na nossa servidão não nos
                               desamparou o nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua
                                               benignidade perante os reis da Pérsia,
                                                               para que nos desse vida,
                               para levantarmos a casa do nosso Deus, e para restaurarmos
                                               as suas assolações; e para que nos desse uma parede
                                                               de proteção em Judá e em Jerusalém.
                Ed 9:10 Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disto?
                               Pois deixamos os teus mandamentos,
                Ed 9:11 Os quais mandaste pelo ministério de teus servos, os profetas,
                               dizendo: A terra em que entrais para a possuir, terra imunda
                                               é pelas imundícias dos povos das terras, pelas suas                                                 
                                                          abominações com que, na sua corrupção
                                                               a encheram, de uma extremidade à outra.
                Ed 9:12 Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos,
                               e suas filhas não tomareis para vossos filhos,
                                               e nunca procurareis a sua paz e o seu bem;
                                               para que sejais fortes, e comais o bem da terra,
                                               e a deixeis por herança a vossos filhos para sempre.
                Ed 9:13 E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas
                               más obras, e da nossa grande culpa, porquanto tu,
                                               ó nosso Deus, impediste que fôssemos destruídos,
                                                               por causa da nossa iniquidade,
                                               e ainda nos deste um remanescente como este.
                Ed 9:14 Tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos
                               e a aparentar-nos com os povos destas abominações?
                               Não te indignarias tu assim contra nós até de todo nos
                                               consumir, até que não ficasse remanescente
                                                               nem quem escapasse?
                Ed 9:15 Ah! SENHOR Deus de Israel, justo és, pois ficamos
                               qual um remanescente que escapou, como hoje se vê;
                                               eis que estamos diante de ti, na nossa culpa,
                                                               porque ninguém há que possa estar
                                                                              na tua presença, por causa disto.
O exílio, como já falamos, foi uma execução da justiça divina e a restauração do povo de Deus, com os remanescentes, se deu com base na sua graça e na promessa da aliança abraâmica – Dt 4:25 a 31.
O temor de Esdras, e estava ele certo em seu modo de pensar, era que a transgressão presente da aliança pudesse resultar em um julgamento definitivo do povo de Deus. De fato, o julgamento novamente aconteceu destruindo toda a nação – Lc 20:9-19; Hb 8:13 -, mesmo assim, ainda houve um outro remanescente escolhido pela graça soberana de Deus – Rm 11:1-5.
Esdras, no verso 15, parece cansado e desanimado, sabendo que a justiça viria sobre eles apesar de tudo, por isso que não se nota nele nenhuma esperança. Ele não pede perdão nem restauração, pois já crê piamente que a justiça prevalecerá e o juízo de Deus será inevitável. No entanto, como bem salienta a BEG, “onde abundou o pecado, superabundou a graça” – Rm 5:20.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 2 de novembro de 2014

A oração é um privilégio! Eu creio na oração!


Se você crê na oração, então se junte a nós em nossa campanha de oração!


Eu acredito na oração! Sabe por quê? Por que Deus controla todas as coisas e tudo está em seu controle! Quando ele nos leva à oração, é porque ele quer nos conceder um privilégio fantástico de participar com ele da regência e do governo de todas as coisas, conosco! Por isso que entendo que isso é um privilégio!

Não podemos orar de nós mesmos, nem carne alguma é chamada a oração, mas respondemos ao chamado de Deus pela fé nele, pelo Espírito Santo que nos move a orar! Simples assim! Ele nos quer abençoar e nos levanta para orar.

Não fique de fora dessa grande oportunidade!