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sábado, 19 de dezembro de 2015

I Coríntios 4 1-21 - PEDE PARA SAIR!

Como já dissemos, Coríntios foi escrita para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto. Estamos vendo a parte II, cap. 4/16.
Breve síntese do capítulo 4.
Será que os homens nos têm visto como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus? E o que se requer de todo despenseiro? A palavra de Deus nos diz que deve ser achado fiel. Pedro também fala do despenseiro “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (I Pedro 4:10).
Somente nestes dois apóstolos vemos que há um despenseiro que o é dos mistérios de Deus e da multiforme graça de Deus. Quem mais fala, na Bíblia, de despenseiros? Vejamos:
Gênesis 43:16 Vendo José a Benjamim com eles, disse ao despenseiro de sua casa: Leva estes homens para casa, mata reses e prepara tudo; pois estes homens comerão comigo ao meio-dia.

I Coríntios 9:17 Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada.
Tito 1:7 Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;
Em Tito, mais uma vez, Paulo fala do despenseiro de Deus como quem está falando do bispo e lhe apontando suas qualidades e características fundamentais.
Temos algo para entregarmos da parte de Deus que nos foi confiado e pelo qual somos chamados de despenseiros! Seria interessante o aprofundamento deste estudo para fins de pregação, ensino e prática.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. RELATÓRIO FEITO PELOS DA CASA DE CLOE (1.10-6.20) - continuação.
Dos vs. 1.10 ao 6.20, estamos vendo esse relatório feito pelos da casa de Cloe. Paulo volta a sua atenção para algumas questões que haviam sido relatadas a ele "pelos da casa de Cloe" (1.11). Ele tem duas preocupações principais, que formarão nossas divisões, seguindo a BEG: A. Divisões na igreja (1.10-4.21); B. Problemas morais e éticos (5.1-6.20).
A. Divisões na igreja (1.10-4.21) - continuação.
Como falamos, estamos vendo dos vs. 10 ao 4.21, essas divisões na igreja. As pessoas da casa de Cloe informaram que havia um movimento de separação muito sério dentro da igreja.
Para melhor entender isso, nós fizemos as seguintes divisões: 1. Relatório (1.10-17) – já vimos; 2. A sabedoria e o poder de Deus (1.18-3.4) – estamos vendo; e, 3. Ministério e apostolado (3.5-4.21).
3. Ministério e apostolado (3.5-4.21) - continuação.
Estamos estudando o ministério e o apostolado de Paulo com o objetivo de entender as divisões que assolavam a igreja de Corinto. Paulo fornece a perspectiva correta para definir um líder de verdade e explica por que esses líderes não devem ser motivo de disputa na igreja.
A preocupação de Paulo era de que os outros os vissem como despenseiros de Deus, como ministros de Cristo. Essas palavras e os versículos seguintes não deixam dúvidas de que Paulo estava sendo atacado e condenado por pelo menos alguns dos coríntios.
Uma das primeiras coisas requeridas de tais encarregados era a fidelidade. Embora Paulo tivesse uma consciência limpa (vs. 4), no final das contas quem determina se alguém permanece fiel, ou não, é Deus.
O critério válido para todos os casos era não ser precipitado no julgamento. Não é uma proibição contra o discernimento e a formação de opinião em geral (cf. 5.3; 6.2), mas uma referência às críticas sem fundamento formuladas contra Paulo.
Paulo defendia e ensinava que nada passará despercebido no julgamento de Deus (Mt 10.26; Mc 4.22; Lc 8.17).
Paulo tinha aplicado essas coisas sobre si mesmo e sobre Apolo, por amor deles e ele entendeu que não era para ultrapassar o que estava escrito – vs. 6. Talvez Paulo esteja citando um provérbio popular semelhante a "jogar conforme as regras", ou exortando os coríntios a viver de acordo com os princípios bíblicos. Nesse último caso, talvez esteja aludindo especificamente a 1.31.
Nenhum dos despenseiros poderia se gabar de algo como se não o tivesse recebido – vs. 7. Na verdade, o que temos nós que seja de nós mesmos e não de Cristo, das Escrituras? Gabar-se disso ou defender alguém nisso não era condizente com Cristo. A única glória devida e justa pertence ao Senhor.
Nessa passagem vigorosa – de 8 ao 13 -, Pauto faz uso de ironia e sarcasmo para demonstrar aos coríntios a insignificância das preocupações deles e a injustiça da crítica que lhe dirigem.
Os sofrimentos de Paulo são comparáveis às dores físicas e à humilhação pública dos prisioneiros condenados à morte (2Co 11.23-30). Em contraste, alguns coríntios se imaginavam superiores em fé e sabedoria, mas agiam assim apenas porque não compreendiam o significado verdadeiro de ser louco por causa de Cristo.
Paulo diz deles que já estariam ricos e abastados e que não precisariam mais dele, nem de ninguém mais – vs. 8 “já estais ricos; chegastes a reinar”. Essa é uma descrição do pensamento de alguns coríntios sobre si mesmos, que acreditavam que eram tão abençoados que se imaginavam acima de todos os outros. Paulo revela o problema central da igreja em Corinto: os cristãos não reconheciam que, na verdade, eram muito fracos.
Mais sarcasmo da parte de Paulo no vs. 10. Vivendo numa cultura sofisticada, os coríntios demonstravam arrogância quanto à superioridade de suas bênçãos.
Em contraste, os apóstolos, os líderes dotados da autoridade de Cristo na igreja, sofriam ao extremo e pareciam agir como loucos. O sofrimento dos apóstolos demonstrava que os coríntios não chegavam nem perto da glória que pensavam possuir.
Paulo expõe as lutas, os trabalhos dos apóstolos, os sofrimentos – vs. 9 ao 13:
·         Os apóstolos estavam em último lugar, como condenados à morte.
·         Eram eles um espetáculo para o mundo, tanto diante de anjos como de homens.
·         Eles eram considerados por causa de Cristo, loucos, fracos, desprezados!
·         Passavam fome, sede e necessidade de roupas.
·         Estavam sendo tratados brutalmente.
·         Não tinham residência certa.
·         Trabalhavam arduamente com as próprias mãos.
·         Quando eram amaldiçoados, abençoavam.
·         Quando perseguidos, suportavam.
·         Quando caluniados, respondiam amavelmente.
·         Até agora tinham se tornado a escória da terra, o lixo do mundo.
Paulo dizia isso não para envergonhá-los, mas para adverti-los. O vocabulário áspero da passagem anterior tinha a intenção não apenas de mostrar a inferioridade dos coríntios, mas ajudá-los a perceber a verdadeira situação em que se encontravam.
Eles poderiam até ter milhares de preceptores. "Preceptores" (ou "aios", "tutores") é uma tradução do termo grega paidagogos, que no Novo Testamento ocorre apenas aqui e em Gl 3.24-25. Eram escravos encarregados da educação e da proteção dos filhos do seu senhor até que eles chegassem à maturidade. O trabalho do aio começava quando o das amas terminava.
Embora haja discordância sobre a natureza do papel que desempenhavam, aparentemente a função do aio era treinar as crianças nos bons modos e padrões morais, porém não nos estudos acadêmicos, embora uma de suas funções incluísse levar as crianças à escola e depois buscá-las.
O aio deveria proteger e conter as crianças, disciplinando-as quando necessário. Nessa analogia, Paulo dá a entender que esses "preceptores" eram aqueles que ministravam aos coríntios depois que ele havia plantado a igreja, tal como Apolo, que a havia regado (3.6) e edificaram sobre o fundamento que Paulo havia posto lá (3.10).
Ao vangloriarem-se por pertencer a Apolo, Pedro e outros, os coríntios sugeriam que não precisavam de Paulo. No entanto, Paulo chamou a atenção para o seu relacionamento paternal singular com a igreja de Corinto, e afirmou que eles não tinham nenhum bom motivo para atacá-lo.
Ainda que muitos ministros tivessem vindo depois da partida dele ("milhares" representa, sem dúvida, uma hipérbole), os coríntios deveriam ter um respeito especial por ele, uma vez que havia sido Paulo quem os havia levado à fé.
Embora Timóteo era outro bom exemplo que esses filhos espirituais de Paulo deveriam seguir (vs. 17), Paulo no vs. 16 os convida ousadamente a serem seus imitadores: "Portanto, suplico-lhes que sejam meus imitadores“. Será que temos muitos pastores e mestres, apóstolos que poderiam falar do mesmo jeito de Paulo aos membros de suas respectivas igrejas hoje?
Era por essa razão que Paulo tinha enviado Timóteo, seu filho amado na fé e fiel no Senhor, aos coríntios. O verbo também pode ser traduzido no gerúndio, "estou lhes enviando". No entanto, é bastante provável que Timóteo tivesse partido antes mesmo de Paulo começar a escrever a carta (16.10). A missão dele seria levar à lembrança deles a maneira de viver de Paulo em Cristo Jesus, de acordo com o que ele ensinava por toda parte, em todas as igrejas.
Posteriormente, outro grupo de coríntios começou a dizer que Paulo mostrava coragem somente por meio de cartas, e que teria medo de falar com autoridade pessoalmente (2Co 10.1-2).
É possível que nesse momento essa ideia ainda estivesse presente em Corinto e Paulo tenha decidido enviar Timóteo (vs. 17) em vez de ir ele mesmo, justamente para evitar um confronto desagradável (vs. 21; 2Co 13.1-10).
Para Paulo, o Reino de Deus não consistia de palavras, mas de poder. Ele, então pergunta para eles o que eles queriam, se ele iria a eles com vara ou com amor e espírito de mansidão – vs. 20-21.
I Co 4:1 Assim, pois, importa que os homens
nos considerem como ministros de Cristo
e despenseiros dos mistérios de Deus.
I Co 4:2 Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros
é que cada um deles seja encontrado fiel.
I Co 4:3 Todavia, a mim mui pouco se me dá
de ser julgado por vós ou por tribunal humano;
nem eu tampouco julgo a mim mesmo.
I Co 4:4 Porque de nada me argúi a consciência;
contudo, nem por isso me dou por justificado,
pois quem me julga é o Senhor.
I Co 4:5 Portanto, nada julgueis antes do tempo,
até que venha o Senhor,
o qual não somente trará à plena luz
as coisas ocultas das trevas,
mas também manifestará os desígnios dos corações;
e, então, cada um receberá o seu louvor
da parte de Deus.
I Co 4:6 Estas coisas, irmãos,
apliquei-as figuradamente a mim mesmo
e a Apolo, por vossa causa,
para que por nosso exemplo aprendais isto:
não ultrapasseis o que está escrito;
a fim de que ninguém se ensoberbeça
a favor de um
em detrimento de outro.
I Co 4:7 Pois quem é que te faz sobressair?
E que tens tu que não tenhas recebido?
E, se o recebeste, por que te vanglorias,
como se o não tiveras recebido?
I Co 4:8 Já estais fartos,
já estais ricos;
chegastes a reinar sem nós;
sim, tomara reinásseis para que também
nós viéssemos a reinar convosco.
I Co 4:9 Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós,
os apóstolos, em último lugar,
como se fôssemos condenados à morte;
porque nos tornamos espetáculo ao mundo,
tanto a anjos,
como a homens.
I Co 4:10 Nós somos loucos por causa de Cristo,
e vós, sábios em Cristo;
nós, fracos,
e vós, fortes;
vós, nobres,
e nós, desprezíveis.
I Co 4:11 Até à presente hora,
sofremos fome, e sede, e nudez;
e somos esbofeteados,
e não temos morada certa,
I Co 4:12 e nos afadigamos,
trabalhando com
as nossas próprias mãos.
Quando somos injuriados, bendizemos;
quando perseguidos, suportamos;
I Co 4:13 quando caluniados, procuramos conciliação;
até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo,
escória de todos.
I Co 4:14 Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar;
pelo contrário, para vos admoestar como a filhos meus amados.
I Co 4:15 Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo,
não teríeis, contudo, muitos pais;
pois eu, pelo evangelho,
vos gerei em Cristo Jesus.
I Co 4:16 Admoesto-vos, portanto,
a que sejais meus imitadores.
I Co 4:17 Por esta causa, vos mandei Timóteo,
que é meu filho amado
e fiel no Senhor,
o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus,
como, por toda parte, ensino em cada igreja.
I Co 4:18 Alguns se ensoberbeceram,
como se eu não tivesse de ir ter convosco;
I Co 4:19 mas, em breve, irei visitar-vos,
se o Senhor quiser,
e, então, conhecerei não a palavra,
mas o poder dos ensoberbecidos.
I Co 4:20 Porque o reino de Deus
consiste não em palavra,
mas em poder.
I Co 4:21 Que preferis?
Irei a vós outros com vara
ou com amor
e espírito de mansidão?
Aqui, aquele que nos chama a atenção dizendo que devemos ser despenseiros de Deus, nos aponta um exemplo para termos de referência: ele mesmo! E você pastor, reverendo, bispo, presbítero, diácono, despenseiro de Deus pode também dizer: sede meus imitadores como eu sou de Cristo? Se não pode, “... pede para sair! ...” Não brinquemos com as coisas de Deus!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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1 comentários:

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.