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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

I Coríntios 2 1-16 - NÓS TEMOS A MENTE DE CRISTO!

Como já dissemos, Coríntios foi escrita para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto. Estamos vendo a parte II, cap. 2/16.
Breve síntese do capítulo 2.
O capítulo 2 de I Co se inicia com Paulo afirmando que a base de sustentação da fé deles não deveria estar firmada em sabedoria humana, mas no poder de Deus! Sobre a sabedoria, ele afirma contundentemente que descartou tudo para saber apenas uma coisa: Jesus Cristo e este crucificado!
Ele diz que decidiu nada saber entre eles! Está assim claro que a sua palavra foi entregue em demonstração do Espírito e em poder e não em outras coisas.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. RELATÓRIO FEITO PELOS DA CASA DE CLOE (1.10-6.20) - continuação.
Dos vs. 1.10 ao 6.20, estaremos vendo esse relatório feito pelos da casa de Cloe. Paulo volta a sua atenção para algumas questões que haviam sido relatadas a ele "pelos da casa de Cloe" (1.11). Ele tem duas preocupações principais, que formarão nossas divisões, seguindo a BEG: A. Divisões na igreja (1.10-4.21); B. Problemas morais e éticos (5.1-6.20).
A. Divisões na igreja (1.10-4.21) - continuação.
Como falamos, estamos vendo dos vs. 10 ao 4.21, essas divisões na igreja. As pessoas da casa de Cloe informaram que havia um movimento de separação muito sério dentro da igreja.
Para melhor entender isso, nós fizemos as seguintes divisões: 1. Relatório (1.10-17) – já vimos; 2. A sabedoria e o poder de Deus (1.18-3.4) – estamos vendo; e, 3. Ministério e apostolado (3.5-4.21).
2. A sabedoria e o poder de Deus (1.18-3.4) - continuação.
Estamos vendo dos vs. 18 ao 3.4, Paulo falando da verdadeira sabedoria e do poder de Deus.
Paulo, no vs. 1, deve estar se referindo à sua primeira visita a Corinto, conforme registrado em At 18.1-17 na qual ele fez não com ostentação de linguagem ou de sabedoria, pois não era esse o seu objetivo.
Alguns cristãos em Corinto, influenciados pela cultura grega, talvez estivessem criticando Paulo por não utilizar as técnicas retóricas de seus contemporâneos (2Co 11.5-6).
Paulo afirma que não decidiu saber nada entre eles, mas tão somente sobre Jesus Cristo e este crucificado.
Separados do contexto, esses versículos – vs. 3 a 5 - podem sugerir que Paulo era um pregador tímido e sem instrução, incapaz de falar com persuasão e eloquência.
Tanto o livro de Atos (p. ex., At 19.8) como as epístolas (p. ex., 1Co 13) provam o contrário. Sabendo que o ser humano é persuadido somente pela “demonstração do Espírito e de poder", Paulo confiava inteiramente nos dons e no treinamento que Deus lhe deu, e não na retórica secular (2Co 3.5,12).
O objetivo do apóstolo Paulo era que a fé de quem alcançasse a fé era que esta tivesse sua base em Deus, em seu poder, em sua própria sabedoria, por isso que ele fala que expunha sua sabedoria - refere-se ao evangelho, à proclamação do Cristo crucificado - entre os maduros ou experimentados. Literalmente, "perfeitos". Compare o uso do termo "espiritual" nos vs. 13,15; 3.1, que claramente se refere ao Espírito Santo.
A pessoa espiritual é aquela que tem o Espírito Santo e vive em conformidade com ele (veja o vs. 14; 3.1). Uma vez que todo cristão verdadeiro recebeu o Espírito, cada um deles é espiritual e consegue entender, num certo grau, a sabedoria de Deus (o evangelho de Jesus Cristo). No entanto, o cristão experimentado pode compreender muito mais.
Paulo fala da sabedoria de Deus em mistério. A sabedoria revelada na mensagem de Paulo, ainda que estivesse "escondida" no período do Antigo Testamento, agora é revelada plenamente pelo Espírito (vs. 10).
Nesse contexto, o termo "mistério" tem um forte significado temporal (Ef 3.2-6): é unia mensagem que "em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens" (Ef 3.5) e estava "guardado em silêncio nos tempos eternos" (Rm 16.25).
Visto que os cristãos atuais vivem no período do cumprimento, a verdade tem sido revelada claramente para aqueles que têm o Espírito, pois é para estes que "o fim dos séculos têm chegado" (10.11).
Era essa sabedoria e esse mistério que Deus preordenou, antes do princípio das eras, para nossa glória. Ou, "destinou". Uma palavra semelhante, porém mais específica, é encontrada em Rm 8.29 e Ef 1.5 ("predestinou") e expressa a infalibilidade da vontade de Deus para o seu povo.
Era para os poderosos dessa era evitarem a sua morte. Nenhum dos poderosos deste século o reconheceu. Os incrédulos ainda fazem parte de uma era antiga e, por isso, não recebem a sabedoria de Deus (vs. 14). Paulo salienta essa questão quando se refere aos membros mais influentes da sociedade (1.20).
Em contraste com a sabedoria deste século, que não é capaz de conceber a grandeza da salvação divina, aqueles que amam a Deus conhecem a salvação e participam de suas bênçãos.
A citação do vs. 9 se baseia em Is 64.4, mas inclui ideias encontradas em outras passagens do Antigo Testamento. Deus a todas as coisas perscruta. A ideia de Deus investigando (como no SI 139.1; Rm 8.27) serve para salientar a onisciência de Deus, em particular o seu poder para compreender coisas imperceptíveis aos seres humanos (Jo 2.25).
Isso não implica que o Espírito Santo precisa obter com o Pai conhecimento que porventura lhe falte. O Espírito sonda, por assim dizer, as profundezas do conhecimento de Deus em nosso benefício.
Apesar de olho nenhum ter visto, ouvido nenhum ter ouvido, mente nenhuma ter imaginado o que Deus preparou para aqueles que o amam, Deus o revelou a nós por meio do Espírito que a todas as coisas perscruta.
A ideia desse versículo é demonstrar uma observação elementar e de bom senso, e não revelar algum mistério sobre constituição da psique humana. Aqui, a palavra "espírito" é uma referência geral ao aspecto não material da existência humana, em particular às faculdades mentais.
Apesar dessa observação inteligente da BEG, sabemos que Deus tem Espírito e nós temos nosso espírito e que um comunica com o outro as verdades de Deus.
Ninguém conhece a mente de Deus, mas somente o seu Espírito que nele está, como também ninguém pode conhecer a mente de uma pessoa, a não ser o seu espírito que também está nela.
No entanto, o Espírito de Deus comunica com nosso espírito as verdades de Deus, conferindo coisas espirituais com pessoas espirituais ou nascidas de novo, pelo espírito.
Já o homem natural – vs. 14 - ou "o homem sem o Espírito", não pode jamais entender ou discernir tais coisas. "Natural" é a tradução do termo grego psychikós que Paulo usou para descrever a pessoa que pertence à era antiga, em contraste com aquela que é "espiritual" (v. 15), tradução do grego pneumatikós.
Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente, mas o homem espiritual – vs. 15 – julga todas as coisas.
Julgar aqui, literalmente, seria "examina" ou "avalia". Por três vezes, Paulo utilizou usou o mesmo verbo numa sequência rápida, mas esse jogo de palavras não pode ser reproduzido em português.
O primeiro verbo é traduzido como "discernem", no final do v. 14, e o terceiro como "não é julgado por ninguém", no final do v. 15. É possível que aqui Paulo esteja, novamente, argumentando contra pessoas que se opunham a ele e o julgavam de modo negativo.
Afinal de contas, quem conheceu a mente do Senhor – vs. 16. Paulo cita Is 40.13 ("o Espírito do SENHOR") e reproduz essa expressão no final do versículo como "a mente de Cristo".
Possuir o Espírito de Cristo é o mesmo que possuir a mente do Senhor, e os inimigos de Paulo, que ignoravam essa verdade, não estavam em condições de instruir ou examinar o apóstolo.
Por implicação, quem aceita a verdade do ensinamento de Paulo mostra que possui o Espírito/a mente de Cristo e, desse modo, é capaz de entender as coisas de Deus.
I Co 2:1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco,
                anunciando-vos o testemunho de Deus,
                               não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
                                               I Co 2:2 Porque decidi nada saber entre vós,
                                                               senão a Jesus Cristo
                                                               e este crucificado.
                                               I Co 2:3 E foi em fraqueza,
                                                               temor
                                                               e grande tremor que eu estive entre vós.
I Co 2:4 A minha palavra
e a minha pregação
                não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria,
                               mas em demonstração do Espírito
                               e de poder,
                                               I Co 2:5 para que a vossa fé
                                                               não se apoiasse em sabedoria humana,
                                                               e sim no poder de Deus.
I Co 2:6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados;
                não, porém, a sabedoria deste século,
                nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;
                               I Co 2:7 mas falamos a sabedoria de Deus
                                               em mistério, outrora oculta,
                                                               a qual Deus preordenou desde a eternidade
                                                                              para a nossa glória;
I Co 2:8 sabedoria essa
                que nenhum dos poderosos deste século conheceu;
                               porque, se a tivessem conhecido,
                                               jamais teriam crucificado o Senhor da glória;
                               I Co 2:9 mas, como está escrito:
                                               Nem olhos viram,
                                               nem ouvidos ouviram,
                                               nem jamais penetrou em coração humano
                               o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
I Co 2:10 Mas Deus
                no-lo revelou pelo Espírito;
                               porque o Espírito a todas as coisas perscruta,
                                               até mesmo as profundezas de Deus.
I Co 2:11 Porque qual dos homens
                sabe as coisas do homem,
                               senão o seu próprio espírito, que nele está?
Assim, também as coisas de Deus,
                ninguém as conhece,
                               senão o Espírito de Deus.
I Co 2:12 Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo,
                e sim o Espírito que vem de Deus,
                               para que conheçamos o que por Deus
nos foi dado gratuitamente.
I Co 2:13 Disto também falamos,
                não em palavras ensinadas pela sabedoria humana,
                               mas ensinadas pelo Espírito,
                                               conferindo coisas espirituais com espirituais.
I Co 2:14 Ora, o homem natural
                não aceita as coisas do Espírito de Deus,
                               porque lhe são loucura;
                e não pode entendê-las,
                               porque elas se discernem espiritualmente.
I Co 2:15 Porém o homem espiritual
                julga todas as coisas,
                               mas ele mesmo não é julgado por ninguém.
I Co 2:16 Pois quem conheceu a mente do Senhor,
                que o possa instruir?
                               Nós, porém,
                                               temos a mente de Cristo.
Quem conhece as coisas que estão na sua mente se não você mesmo? Da mesma forma, quem conhece as coisas que estão na mente de Deus, se não ele mesmo? Queridos, temos o Espírito de Deus e portanto, a mente de Cristo! um bom dia a todos.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.