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domingo, 25 de outubro de 2015

João 14.1-31 - JESUS DÁ RESPOSTA A TRÊS PERGUNTAS

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 14, da parte III.
Breve síntese do capítulo 14
Em João 14, Jesus responde a uma pergunta de um de seus discípulos, Tomé, quando este não sabendo para onde ia Jesus, disse que não conhecia o caminho e Jesus lhe dá a resposta: EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA E NINGUÉM VEM AO PAI SE NÃO POR MIM.
Jesus disse que estava indo para algum lugar. Tomé, francamente, diz que não sabia para onde ele estava indo e, portanto não saberia o caminho. Jesus, então, ao invés de apontar caminhos ou um caminho que era o que se esperava, anula tudo e faz uma afirmação, uma declaração poderosa de que ele era o próprio caminho e não somente isso, mas a verdade e a vida!
Óbvio que o discurso de Jesus era sobre o Pai e sua morada nos céus e ele estava preparando os discípulos para o que iria acontecer em breve com ele quando morreria e depois ressuscitaria.
Quem começa o discurso do capítulo 14 é Jesus e quase todo ele é a fala de Jesus em resposta a três questões.
(1)   Primeira: a pergunta de Tomé sobre o caminho.
(2)   Segunda: a solicitação de Filipe para Jesus mostrar o Pai e isto bastar.
(3)   Terceira: a pergunta de Judas, não o Iscariotes, sobre que Jesus estaria para manifestar-te a eles e não ao mundo.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. O MINISTÉRIO DE JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS (13.1-17.26) - continuação.
Como já falamos, em seus últimos dias, Jesus concentrou-se em ministrar a seus discípulos para prepará-los para a sua partida; ele os serviu, os confortou e orou por eles.
Assim, dividimos essa terceira parte em três seções: A. A cerimônia do lava-pés e a profecia da traição (13.1-38) – já vimos; B. O discurso de despedida (14.1-16.33) – começaremos a ver agora; e, C. A oração intercessória (17.1-26).
B. O discurso de despedida (14.1-16.33).
O discurso de despedida ocupa os capítulos 14 a 16. João registra as várias maneiras pelas quais Jesus confortou os seus discípulos enquanto eles enfrentavam a iminência de sua morte e quanto às provações que viriam nos anos seguintes.
Esse material está dividido em cinco seções: a. A morada (14.1-4) – veremos agora; b. O caminho (14.5-14) – veremos agora; c. O Espírito Santo (14.15-31) – veremos agora; d. A videira e os ramos (15.1-17); e, e. O consolo durante a perseguição (15.18-16.33).
a. A morada (14.1-4).
Ele começa dizendo para não deixarmos turbar os nossos corações. Essa passagem de consolo supremo foi oferecida por Jesus num momento de muito sofrimento por causa da iminente traição de Judas e da deserção de Pedro.
Além do que foi dada somente algumas horas antes da agonia do Getsêmani e do tormento da cruz (13.21). No entanto, suas afirmações estão impregnadas de um tom de paz sublime, cuja intenção era ministrar ao coração temeroso dos discípulos, e não focalizar nas dificuldades de Jesus.
Ele os confortava dizendo que na casa de seu Pai havia muitas moradas. A ênfase está mais na amplidão do que nos compartimentos. Embora o caminho seja apertado e a porta estreita (Mt 7.14), é também verdade que o número dos filhos de Abraão é semelhante à areia do mar ou às estrelas do céu (Gn 22.17), uma "grande multidão que ninguém podia enumerar" (Ap 7.9).
Cristo está preparando um lugar nos céus para os que lhe pertencem, e o Espírito Santo está preparando os eleitos aqui na Terra para habitarem no céu.
Jesus se referiu a si mesmo como aquele que serve de escada entre o céu e a terra (1.51), e será ele quem levará o seu povo para o céu.
Por isso que ele pode dizer que eles já sabiam e conheciam o caminho. Possivelmente essa frase teve a intenção de induzir a pergunta receosa de Tomé e assim dar oportunidade para Jesus dar a sua resposta sublime.
b. O caminho (14.5-14).
Diante da pergunta de Tomé ele pode responder:
ü  Que era a verdade - não apenas aquilo que está de acordo com a realidade, mas também o que é completo e perfeito, em contraste com as coisas que começam e ficam incompletas.
ü  Que era a vida - não apenas a existência, que, aliás, é eterna para todas as pessoas, mas uma plenitude de vida em perfeita realização com o propósito de Deus (1.4).
ü  Que era o caminho - ninguém vem ao Pai senão por ele. Uma afirmação poderosa do caráter exclusivo de Cristo como o caminho para a salvação. Propor e afirmar outros caminhos é iludir as pessoas e desfazer a necessidade da encarnação e redenção de Jesus (At 4.12; Rm 10.14-15; l Jo 5.12).
Todas as bênçãos nomeadas anteriormente são resumidas no conhecimento de Deus, que é muito mais do que uma percepção intelectual, pois envolve um compromisso de coração.
Felipe não resistiu e foi muito objetivo. Ele queria ver o Pai e isso bastava a ele e aos demais, assim entendia. O pedido de Filipe revela o seu equívoco, porém fornece a oportunidade para o comentário que vem em seguida.
Jesus lhe responde que quem o vê, vê o Pai. Essa afirmação não é uma negação da distinção das pessoas da Trindade, mas sim uma recusa ao pedido de Filipe para fornecer revelações adicionais do Pai. Jesus é a revelação mais completa do Pai que o mundo já viu, ou precisa ver.
Ele continua a dizer e a explicar que ele estava no Pai, e o Pai, nele. É uma união reciproca em 10.38 (veja o vs. 20; 17.21).
Há três uniões magnificas proclamadas pela Escritura:
ü  A união das três pessoas da Trindade  num único Deus.
ü  A união da natureza divina e humana na pessoa de Jesus Cristo.
ü  A união de Cristo com o seu povo na realização da redenção.
O Pai e o Filho trabalham em perfeita harmonia; portanto, os milagres que Jesus realizou são evidências dessa cooperação perfeita entre Pai e Filho.
A História tem demonstrado que aqui, Jesus não está afirmando – vs. 12 - que cada cristão fará milagres maiores do que ele fez.
Essas obras "maiores” podem se referir a viver no poder do Espírito Santo que ele derramaria sobre os seus depois que fosse para o Pai. Também é possível que Jesus estivesse se referindo ao trabalho ministerial feito no poder do Espírito Santo, que seria "maior" do que o de Jesus em relação ao seu alcance geográfico e numérico.
Jesus para consolá-los faz uma promessa poderosa a eles e a todos nós no vs. 13, pois tudo quanto pedirmos em meu nome, ele nos concederá a fim de que seu Pai seja glorificado.
Não é uma garantia de que Deus nos dará, automaticamente, qualquer coisa que pedirmos em oração simplesmente por acrescentarmos ao final "em nome de Cristo", como se fosse uma fórmula mágica.
Orar no nome de Jesus é orar corno o seu representante, especialmente aqueles nomeados para exercer a sua autoridade e, portanto, de acordo com a sua vontade. Jesus estava, principalmente, assegurando aos seus apóstolos, seus representantes com autoridade dada por ele, que Deus atenderia   às suas orações no decurso de seus respectivos ministérios.
Essa garantia também se aplica, em menor grau, à igreja, que também representa Cristo na terra (veja 1 Co 5.4), embora com menos autoridade do que os apóstolos. Veja também 15.7,16.
Tudo isso a fim de que o Pai fosse glorificado no Filho. O relacionamento íntimo entre as pessoas da Trindade é manifestado na doutrina da oração.
Aqui, o Filho é apresentado como fazendo o que é pedido; em outras passagens, é o Pai quem concede (15.16: 16.23).
Aqui, o Pai é glorificado no Filho pela eficácia na resposta da oração. O Espírito Santo nos ajuda em nossas orações e intercede por nós (Rm 8.26-27), e Jesus Cristo também intercede por nós (Rm 8.34; Hb 7.25). Essas declarações são todas verdadeiras e elas não são contraditórias; elas se complementam.
c. O Espírito Santo (14.15-31).
O que eles pedissem em oração, Jesus atenderia para a glória do Pai – vs. 14 –, mas tinha uma condição importante que provaria que eles o amavam: eles deveriam guardar os seus mandamentos.
A verdadeira prova de amor não é uma expressão oral, mas um modo de vida em obediência. A desobediência persistente e teimosa fornece boas razões para duvidarmos da realidade do amor, ainda que seja confessado (vs. 21,23-24).
Assim sendo, ele rogaria ao Pai, e ele daria a eles outro Conselheiro. Tanto o Pai como o Filho estão envolvidos no envio do Espirito Santo, que é chamado de:
ü  O Espírito de Deus (Gn 1 2; Rm 8.9).
ü  O Espirito do Senhor (Is 11.22).
ü  O Espirito de vosso Pai (Mt 10.20).
ü  O Espírito de seu filho (Gl 4.6).
ü  O Espírito de Jesus (Fp 1.19).
ü  O Espírito de Cristo (1Pe 1.11).
Ele é que é o outro Consolador, o Espírito Santo, que no Pentecoste iniciaria um relacionamento profundo com os cristãos. Algo que ninguém ainda havia experimentado, é enfatizado aqui. O discurso de despedida de Jesus diz respeito, compreensivelmente, a essa verdade gloriosa (vs. 26; 15.26; 16.7-15).
O termo "Consolador” ("Paracleto”) era utilizado na linguagem jurídica para indicar o advogado de defesa (I Jo 2.1); porém, em termos gerais significa alguém que é "chamado para prestar socorro”. Jesus vinha sendo esse auxilio para os seus discípulos, mas após a sua ascensão, o Espírito Santo ocuparia essa função.
Esse termo enfatiza não apenas a personalidade do Espirito Santo como alguém distinto do Pai e do Filho, mas também a sua união perfeita com eles na obra da redenção.
Ele também é chamado de o Espírito da verdade. O Espirito está em associação perfeita com o Pai (Is 65.16) e com o Filho (Jo 14.6).
O mundo - a humanidade pecadora, em contraste com o povo redimido de Deus (15.18-19; 17.9; I Jo 2.15-17; 4.5: 5.4-5,19) – não poderia recebê-lo porque não o viam nem o conheciam, mas os discípulos o conheciam e vivia com eles e estaria com eles – vs. 17. O Espirito habita no coração, na vida, no corpo e na alma de cada cristão (1Co 3.16-17; 6.19; 2Co 6.16; Ef 2.21).
Jesus então diz que não os deixará órfãos, mas voltará para eles. Refere-se, principalmente, à vinda do Espírito Santo no Pentecostes, mas também à esperança da igreja: o glorioso Mediador. Jesus Cristo, voltará para buscar os remidos (vs. 3,18,28).  
A vida se encontra somente em Jesus (1.4; 14.6), por isso pode dizer que ele vivia e, portanto, todos nós também vivemos – vs. 19; 11.25-26. E promete que naquele dia entenderíamos que ele estava no Pai, e ele nos seus discípulos, e os discípulos nele.
Do mesmo modo que há reciprocidade de vivência interior, há também amor mútuo e profundo. Amar implica revelação; a indiferença impede o conhecimento.
Judas entendeu corretamente a afirmação de Jesus, mas suas expectativas a respeito do Messias provavelmente incluíam um triunfo político que seria visível para todos, talvez por causa das imagens apresentadas em Hc 3.3-15 e Zc 9.9-17. Jesus reforçou a necessidade de obediência.
Jesus continua a fortalecer seus discípulos, agora fazendo promessa de neles fazer morada. Na verdade, o Espírito Santo, o Pai e o Filho, todos moram dentro do cristão (Rm 8.9-11; Ap 3.20).
Existe harmonia perfeita entre o ensino do Pai e o ensino do Filho (7.16; 14.10), por isso que quem o amasse, guardaria as suas palavras, pois elas não eram dele, mas do Pai.
Jesus falava e ensinava, mas prometia o Espírito Santo, a quem o Pai enviaria.
Em 15.26 é o Filho quem envia o Espírito. Logo, o Pai e o Filho cooperam para enviá-lo. Ele ensinaria todas as coisas a eles. Ou seja, todas as coisas de que eles precisariam saber para cumprirem a sua missão (16.13). Também haveria de lembrá-los de tudo o que Jesus tinha dito.
O ensino do Espírito Santo está em total harmonia com os ensinos de Jesus, e ele auxiliará a memória humana frágil e assegurará que as palavras de Jesus sejam preservadas para instruir o povo de Deus (Mt 24.35).
Essas promessas aos apóstolos foram cumpridas na pregação apostólica e na inspiração dos escritos do Novo Testamento. Num certo sentido, essas promessas continuam sendo cumpridas à medida que o povo de Deus é relembrado e ensinado por meio da Escritura inspirada.
A igreja cristã é apostólica porque os apóstolos, pelo auxílio especial do Espírito Santo, perpetuaram e esclareceram os ensinos de nosso Senhor.
Finalmente, Jesus deixava a sua paz para eles. Uma frase hebraica comum que é usada tanto para saudar como para se despedir. Jesus usou essa frase num sentido novo e mais profundo: a sua paz é a firmeza e segurança de alguém que estabeleceu a salvação, alguém que está reconciliando com Deus.
Essa paz é algo que o mundo nunca poderá oferecer, e foi comprada com a morte e ressurreição de Jesus (cf. At 10.36; Rm 5.1;14.17; Ef 2.14-17; Fp 4.7; Cl 3.15). Ela é a solução para todos os medos (vs. 1) e o legado que Jesus nos deixou como seus herdeiros.
O retomo de Cristo para o Pai e a sua segunda vinda finalizam a sua obra de mediação (vs. 3). Sua ascensão põe fim ao período de sua humilhação (isto é, sua vida terrena e o seu ministério) e inicia a sua glorificação. Ele irá receber glória muito maior quando retornar para conquistar todos os seus inimigos e santificar definitivamente os cristãos.
Aquele que ama a Cristo deve almejar vê-lo glorificado (cf. Ap 1.5-6).
Essa afirmação “o Pai é maior do que eu” – vs. 28 - deve ser entendida à luz do testemunho desse Evangelho quanto à completa divindade do Alho e sua igualdade e unidade com o Pai (1.1; 10.30; 14.9).
Aqui, o contexto indica a disposição do Filho de se tornar 'menor' ao abdicar voluntariamente de sua glória como Filho divino de Deus, e seguir pelo caminho da humildade e obediência ao Pai por meio de sua encarnação e morte sacrifical (Fp 2.6-11).
O cumprimento da profecia de Jesus confirmaria a origem divina da sua missão reta (Dt 18.22).
Ele então fala do príncipe do mundo que estaria por vir. Refere-se a Satanás (cf. 12.31; 16.11) e ao sofrimento temporário que Jesus experimentou durante sua prisão, julgamento e crucificação.
Dele, Jesus comenta que nada tem em comum. Essa é uma reafirmação da natureza sem pecado de Jesus (vs. 31; 8.29,46; 2Co 5.21; Hb 7.26-27). Ele é o único membro da raça humana de quem se pode fazer essa afirmação. A obediência que Jesus exigiu de seus discípulos foi exemplificada em seu próprio ministério terreno (Rm 5.19; Fp 2.8; Hb 5.8).
Estava chegando a hora! Eles se levantaram para saírem dali. Essa declaração de saírem seria bastante apropriada se Jesus e os discípulos estivessem deixando o cenáculo; porém, parece que os caps. 15-17 ainda se referem a esse lugar. Várias opções são possíveis, conforme a BEG:
(1)   Jesus fez menção de sair, mas transcorreu um período de tempo até que eles deixassem o cenáculo.
(2)   Eles saíram imediatamente, porém Jesus continuou o seu sermão a caminho do Getsêmani. Essa opção faria da oração em Jo 17 um contraste nítido com a agonia experimentada no jardim.
(3)   João organizou o seu material em tópicos, e não em ordem cronológica.
(4)   Essa declaração de Jesus foi um desafio para se encontrar com Satanás, e não uma ordem para deixar o cenáculo (isto é, levantai-vos e vamos encontrar o inimigo).
Jo 14:1 Não se turbe o vosso coração;
credes em Deus,
crede também em mim.
Jo 14:2 Na casa de meu Pai há muitas moradas.
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.
Pois vou preparar-vos lugar.
Jo 14:3 E, quando eu for e vos preparar lugar,
voltarei
e vos receberei para mim mesmo,
para que, onde eu estou,
estejais vós também.
Jo 14:4 E vós sabeis o caminho
para onde eu vou.
Jo 14:5 Disse-lhe Tomé:
Senhor, não sabemos para onde vais;
como saber o caminho?
Jo 14:6 Respondeu-lhe Jesus:
Eu sou o caminho,
e a verdade,
e a vida;
ninguém vem ao Pai
senão por mim.
Jo 14:7 Se vós me tivésseis conhecido,
conheceríeis também a meu Pai.
Desde agora o conheceis
e o tendes visto.
Jo 14:8 Replicou-lhe Filipe:
Senhor, mostra-nos o Pai,
e isso nos basta.
Jo 14:9 Disse-lhe Jesus:
Filipe, há tanto tempo estou convosco,
e não me tens conhecido?
Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu:
Mostra-nos o Pai?
Jo 14:10 Não crês que eu estou no Pai
e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo
não as digo por mim mesmo;
mas o Pai, que permanece em mim,
faz as suas obras.
Jo 14:11 Crede-me que estou no Pai,
e o Pai, em mim;
crede ao menos por causa das mesmas obras.
Jo 14:12 Em verdade, em verdade vos digo
que aquele que crê em mim
fará também as obras que eu faço
e outras maiores fará,
porque eu vou para junto do Pai.
Jo 14:13 E tudo quanto pedirdes em meu nome,
isso farei,
a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.
Jo 14:14 Se me pedirdes alguma coisa em meu nome,
eu o farei.
Jo 14:15 Se me amais,
guardareis os meus mandamentos.
Jo 14:16 E eu rogarei ao Pai,
e ele vos dará outro Consolador,
a fim de que esteja para sempre convosco,
Jo 14:17 o Espírito da verdade,
que o mundo não pode receber,
porque não o vê,
nem o conhece;
vós o conheceis,
porque ele habita convosco
e estará em vós.
Jo 14:18 Não vos deixarei órfãos,
voltarei para vós outros.
Jo 14:19 Ainda por um pouco,
e o mundo não me verá mais;
vós, porém, me vereis;
porque eu vivo,
vós também vivereis.
Jo 14:20 Naquele dia,
vós conhecereis
que eu estou em meu Pai,
e vós, em mim,
e eu, em vós.
Jo 14:21 Aquele que tem os meus mandamentos
e os guarda,
esse é o que me ama;
e aquele que me ama
será amado por meu Pai,
e eu também o amarei
e me manifestarei a ele.
Jo 14:22 Disse-lhe Judas, não o Iscariotes:
Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós
e não ao mundo?
Jo 14:23 Respondeu Jesus:
Se alguém me ama,
guardará a minha palavra;
e meu Pai o amará,
e viremos para ele
e faremos nele morada.
Jo 14:24 Quem não me ama
não guarda as minhas palavras;
e a palavra que estais ouvindo não é minha,
mas do Pai,
que me enviou.   
Jo 14:25 Isto vos tenho dito,
estando ainda convosco;
Jo 14:26 mas o Consolador,
o Espírito Santo,
a quem o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas
e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.
Jo 14:27 Deixo-vos a paz,
a minha paz vos dou;
não vo-la dou como a dá o mundo.
Não se turbe o vosso coração,
nem se atemorize.
Jo 14:28 Ouvistes que eu vos disse:
vou
e volto para junto de vós.
Se me amásseis,
alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai,
pois o Pai é maior do que eu.
Jo 14:29 Disse-vos agora,
antes que aconteça,
para que, quando acontecer,
vós creiais.
Jo 14:30 Já não falarei muito convosco,
porque aí vem o príncipe do mundo;
e ele nada tem em mim;
Jo 14:31 contudo,
assim procedo para que o mundo saiba
que eu amo o Pai
e que faço como o Pai me ordenou.
Levantai-vos,
vamo-nos daqui
Jesus nos deixou a sua paz e afirmou que não é como a paz que o mundo dá. Sempre que Jesus aparecia aos seus ele sempre ministrava a paz. A nossa saudação cristã é a paz do Senhor.
A Trindade: Um Deus ou três?[1]
O Judaísmo, o Islamismo e varias seitas do Cristianismo muitas vezes acusam os cristãos ortodoxos de adorarem três Deuses: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa acusação reflete uma compreensão seriamente distorcida do cristianismo ortodoxo. O Cristianismo afirma que um único Deus existe numa Trindade: Deus possui “três pessoas”, mas apenas urra "essência".
Tertuliano (160 - 220 d.C.) foi o primeiro a formular a doutrina da Trindade, quando falou de "pessoas" e "essência". Escreveu que Deus existe em três Pessoas, - o Pai, o Filho e Espírito Santo: três, não em condição, mas em grau; não em substância, mas em forma; não em poder, mas em aspecto, todavia de uma única substância, e de uma única condição, de um único poder, assim como ele é um Deus, de quem três formas e aspectos são percebidos, sob o nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Contra Práxeas, cap. 2). A doutrina da Trindade foi afirmada, em princípio, no Concilio de Niceia (32 5 d.C.) e teve repercussões posteriores no Concílio de Constantinopla (381 d.C.). Esses concílios declararam solenemente que essa doutrina havia sido transmitida à igreja pelos próprios apóstolos.
O credo reconhecido pela maioria das igrejas de hoje como Credo Niceno (que, na verdade, foi formalizado no Concilio de Constantinopla em 381 d.C.) é, possivelmente, a formulação antiga mais conhecida da doutrina da Trindade. Considera o Pai, o Filho e o Espírito Santo claramente como pessoas individuais dentro do Ser divino. Em sua Carta Sinodal de 382 d.C., o Concilio de Constantinopla também formulou a versão ecuménica mais antiga dessa doutrina ao empregar os termos "pessoa" e "essência": "Há uma única Divindade, um único Poder e uma única Substância do Pai e do Filho e do Espírito Santo, de igual dignidade e igual majestade nas três hipóstases perfeitas, ou seja, nas três pessoas perfeitas" (PNPN 2, vol. 14, pp. 188-190).
Em essência, a ideia é que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são centros coiguais e coeternos de autoconsciência, cada um sendo "eu" em relação aos outros dois que são "vós" e cada um participando da essência divina plena juntamente com os outros dois. Não são três papéis diferentes desempenhados pela mesma pessoa (modalismo), nem três deuses reunidos num conjunto (triteísmo). As três pessoas estão eternamente juntas e em cooperação. Cada pessoa está envolvi da em tudo o que as outras fazem, pois o Pai está no Filho e o Filho está no Pai (Jo 10.38), e o Espírito é tanto Espírito de Deus quanto Espírito de Cristo (Rm 8.9). No entanto, as Escrituras também enfatizam distinções gerais entre as obras das três pessoas, sendo que o Pai inicia, o Filho concorda e o Espirito executa a vontade conjunta dos três. Devemos dedicar a mesma atenção e honra às três pessoas, lembrando-nos que adoramos somente um Deus nessas três pessoas.
Embora a doutrina da Trindade não seja afirmada explicitamente na Bíblia, é uma síntese apropriada dos ensinamentos das Escrituras a esse respeito. O Antigo Testamento afirma a existência de somente um Deus, o Criador que revelou a si mesmo e que deve ser adorado e amado de maneira exclusiva (Dt 6.4-5; Is 44.6-45.25). O Novo Testamento concorda (Mc 12.29-30; 1 Co 8.4; Ef 4.6; 1 Tm 2.5) referindo-se, porém, a três agentes pessoais plenamente divinos: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Novo Testamento afirma a divindade de Jesus e mostra que é apropriado adorá-lo e orar a ele (Jo 1.1-5; 20.28-31; cf. Jo 1.6-18; At 7.59; Rm 9,5;10.9-13; 2Co 12.7.9; Fp 2.5-6; Cl 1.15-17; 2.9; Hb 1.1-12; 1Pe 3.15; veja também o artigo teológico "Jesus Cristo, Deus e homem", em Jo 1). Também indica que o Espírito Santo é um "Consolador" como Cristo (Jo 14.16) e que é, no mínimo, tão maravilhoso e precioso para a igreja quanto o Senhor encarnado (Jo 14.1 6-1 7, 26: 1 5.26-2 7; 1 6.7-1 5). A fim de ser tão valioso para a igreja quanto Jesus, o Espírito Santo também deve ser Deus, um fato que a igreja reconheceu desde o princípio (At 5.3-4).
O próprio Cristo pressupôs a doutrina da Trindade ao instituir o batismo "em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19) - as três pessoas compartilham um único nome porque são um único Deus. Também encontramos a doutrina da Trindade em passagens que mostram as contribuições iguais de cada pessoa. Por exemplo, no batismo de Jesus, o Pai reconheceu o Filho e o Espírito mostrou a sua presença na vida e no ministério do Filho (Mc 1.9-11). Em Ef 1.3-14, lemos que a salvação é uma obra operada pela Trindade: o Pai elege, o Filho realiza e o Espirito aplica. Muitas outras passagens do Novo Testamento falam do Pai, do Filho e do Espírito Santo como pessoas de mesma posição e importância (p. ex., Rm 15.16; 2Co 1 3.1 4; Hb 9.14; 1Ft. 1.2). Embora a linguagem técnica teológica usada para descrever a Trindade (isto é, "três pessoas, uma essência") não seja usada no Novo Testamento, a fé e o pensamento trinitários estão presentes em todas as suas páginas. Devemos reconhecer, portanto, que a Trindade é uma doutrina bíblica.
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Extraído da Bíblia de Estudo de Genebra em João 14.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.