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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Marcos 14 1-72 - JESUS VENCEU EM SEU "WAR ROOM", NO GETSÊMANI.

Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na última parte, a III, no capítulo 14.
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor. Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os ensinos durante a jornada (10.1-45) – já vista; B. A cura em Jericó (10.46-52) – já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – já vimos; D. A purificação do templo (11.12-26) – já vimos; E. Controvérsias no templo (11.27 - 12.44) – já vimos; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37) – já vimos; G. Unção em Betânia (14.1-11) – veremos agora; H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31) – veremos agora; I. Abandono, julgamento e morte (14.32 15.47) – começaremos a ver agora; e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
Aquele dia 21 de dezembro de 2012 passou e nada do mundo acabar! Houve, com certeza, uma procura muito grande por psicólogos que estão com a árdua tarefa de integrar esses frustrados no novo mundo que de novo nada tem! Deus tenha misericórdia de nós!
No entanto, inventaram outra data dizendo que está tudo certo, mas a base da contagem do tempo estava errada baseada no calendário gregoriano, assim, ficou adiado o fim do mundo para 2016. O que será que dirão depois?
Em nossos estudos e reflexões veremos que Jesus cumpriu todas as Escrituras e profecias a seu respeito, mas ainda falta cumprir detalhes de sua volta que incluem o fím do mundo do ímpio!
Aquele que iria morrer pelos pecadores, por ora estava sendo entregue nas mãos dos pecadores. O que movia o Senhor era o amor e a sua obediência ao plano de seu Pai. Se ele não fizesse isso, ninguém se salvaria. Se Jesus não tivesse tido essa iniciativa, o homem jazeria em seu próprio pecado.
Fica assim tão claro que o evangelho não é a busca de Deus pelo homem perdido, mas a busca do homem perdido por iniciativa de Deus. Se fosse o contrário, o homem buscando a Deus, então haveria glórias no homem, então ele poderia perder sua salvação, ao desistir, etc. No entanto, é justamente o contrário.
Sumo-sacerdote, sacerdotes, anciãos e escribas, todos reunidos para saberem o que fazer com Jesus. Eles procuravam por testemunhos contra ele para levá-lo à morte. Buscaram, mas nada acharam coerente até que o sumo-sacerdote teve a ‘feliz’ ideia de questionar Jesus diretamente e este lhe respondeu a verdade, mas a verdade ali não interessava... E você qual verdade está procurando que te interessa? Há somente uma verdade: cuidado!
Vejamos, a seguir, com maiores detalhes, este capítulo 14 de Marcos, com a ajuda valorosa da BEG:
G. Unção em Betânia (14.1-11).
Veremos até o vs. 11 Jesus sendo ungido em Betânia. Marcos descreveu a unção de Jesus em Betânia como um prelúdio da chegada da Páscoa e da Festa dos Pães Asmos — o momento da morte e ressurreição de Jesus.
A ênfase de Marcos na primazia de Jesus sobre todas as preocupações da vida ocupa agora o centro das atenções, pois ele procura instruir os cristãos de que Cristo deve ser exaltado em todas as circunstâncias em todo o mundo.
A páscoa e a festa dos pães ázimos estava chegando e seria dali a dois dias e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam prender Jesus em algum dolo e o matarem.
Jo 12.1 relata que Jesus fez sua refeição seis dias antes da Páscoa. Essa aparente discrepância pode ser explicada pelos dois calendários em uso naquele tempo:
(1)     O calendário oficial, que era seguido pelas autoridades de Jerusalém e peio Evangelho de João.
(2)     O calendário do Antigo Testamento, que era seguido por grupos judeus mais restritos, tais como a comunidade de Qumran e os escritores dos Evangelhos sinóticos.
A Páscoa é uma das principais festas do calendário judaico. Ela celebra a libertação do Egito quando o anjo da morte "passou" pelas casas dos israelitas (Ex 12.13ss.).
Na época de Cristo, a Páscoa era celebrada no décimo quinto dia do primeiro mês do calendário judaico (nisã, que corresponde ao mês de abril), que era o último dia antes da lua cheia do equinócio da primavera.
Nesse dia, quando o cordeiro pascal era morto e consumido, todo o fermento (que simboliza o pecado) deveria ser removido do lar e somente pães asmos deveriam ser ingeridos durante sete dias (Êx 12.15-20; cf. Mc 14.12).
A Páscoa atraia para Jerusalém uma quantidade enorme de peregrinos. Josefo calculou que a população local de cinquenta mil pessoas saltava para aproximadamente três milhões durante essa época do ano! Embora essa cifra seja considerada um exagero, indica a razão para o medo das autoridades.
Eles, portanto, tinham pressa em matar a Jesus.
Jesus se encontrava em Betânia, assentado à mesa, na casa de Simão, o leproso. Na antiguidade, as pessoas não se sentavam à mesa, mas se reclinavam em sofás, apoiando-se no cotovelo esquerdo (cf. Jo 13.23).
É provável que Simão, o leproso, tenha sido curado por Jesus e se tornado um membro importante do círculo externo de discípulos, pois foi a casa dele que Jesus escolheu para celebrar a refeição sagrada.
Estando ele ali, uma mulher se aproximou dele. De acordo com Jo 12.3, essa mulher era Maria, irmã de Lázaro e Marta. Ela trazia consigo um vaso de alabastro. Um tipo de mármore que em sua forma pura tem a cor branca ou translúcida Era encontrado em regiões calcárias, em cavernas e perto de nascentes, sendo bastante utilizado para fabricar jarros luxuosos.
Dentro do vaso de alabastro havia nardo puro. Um perfume raro feito de raízes secas de uma planta que cresce no Himalaia. Maria quebrou o vaso porque estava selado. De acordo com Jo 12.3, o vaso continha cerca de 450 g de perfume, e deve ter sido mais que suficiente para cobrir Jesus.
Jesus aprovou aquilo que outros viram como desperdício, pois por meio desse gesto Maria demonstrou o inestimável valor de Jesus e sua morte (vs. 8). Esse gesto relembra a unção com óleo precioso derramado sobre Arão, o sumo sacerdote, que o salmista comparou à bênção inestimável da comunhão entre os cristãos (SI 133).
Alguns deles, entre eles Judas, se indignou com tal desperdício e alegava que poderiam ajudar os pobres. Jesus não desmereceu a causa dos pobres (Mt 11.5; Mc 10.21,46ss.; Lc 14.13). Em vez disso, salientou que a pobreza espiritual e a riqueza espiritual que a sua morte traria seriam muito mais importantes.
Jesus entendeu, com a atitude daquela mulher, que ela tinha feito uma boa obra para com ele. Jesus estava aludindo à unção dos cadáveres com perfume e especiarias, uma prática que era amplamente observada nesse tempo e nessa região climática.
Ele não estava se referindo ao embalsamamento, que era um costume pagão que visava garantir urna melhor condição na vida após a morte. Ele atribuiu um simbolismo profético ao ato da mulher, enxergando isso como um anúncio da sua morte que se aproximava.
Jesus então profetizou que aquele simples ato seria pregado em todo mundo onde o evangelho fosse anunciado. As palavras de Jesus indicam a preocupação de Marcos em demonstrar nessa passagem que a unção de Jesus deve ser lembrada em todo o mundo à medida que o evangelho avança.
Os seguidores de Cristo devem sempre considerar a supremacia de Jesus sobre todos os outros interesses, mesmo durante os momentos de sofrimento e privação (como aqueles que os discípulos estavam prestes a enfrentar).
Isso foi a gota de água para Judas Iscariotes ir realizar seu plano de traição – vs. 10. Ele receberia 30 moedas de prata — nem sequer metade do valor do perfume (vs. 4-5) — para trair Jesus (vs. 11).
De acordo com Jo 12.4-5, ele era um dos que criticaram a atitude de Maria em reconhecer o incalculável valor do seu Salvador. Era ele, mesmo assim, um dos doze. (3.14).
Aquilo foi motivo de alegria e celebração para quem procurava justamente uma oportunidade para matar a Jesus. A iniciativa de Judas simplificou o trabalho dos sacerdotes e alterou a ideia anterior deles quanto ao melhor momento para prender Jesus (vs. 2).
H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31)
A partir do verso 12 até o 31, veremos a refeição de Páscoa em Jerusalém. Marcos passa a registrar a refeição de Páscoa que Jesus compartilhou com seus discípulos. Durante essa refeição, Jesus revelou mais coisas a eles quanto ao significado de sua morte iminente e ressurreição.
Além disso, estabeleceu o sacramento da ceia do Senhor, para que seus seguidores se lembrassem do significado desses acontecimentos para sempre.
A Festa dos Pães Asmos – vs. 12 - simbolizava a eliminação do pecado na vida dos israelitas crentes (Êx 12.14-20). A refeição de Páscoa acontecia no primeiro dia dessa festa (Êx 12.14-15; vs. 1; 12), que era o décimo quarto dia após o começo do ano judaico (Êx 12.6).
É digno de nota que Jesus tenha morrido na Páscoa (ele era o sacrifício do cordeiro pascal), pois essa festa celebra o momento em que o sangue do cordeiro salvou o povo no Egito da ira punitiva de Deus.
Assim, a morte de Jesus revela a continuidade do plano divino para a redenção (cf. 1Co 5.7). O fato de o sacrifício da Páscoa acontecer antes da celebração dos Pães Asmos indica que o ato de graça da salvação de Deus precede os esforços humanos de justiça.
Os discípulos queriam saber de Jesus onde celebrariam a páscoa. Jesus, então, enviou dois de seus discípulos, com instruções específicas. Eles deveriam ira à cidade para encontrarem um homem que estaria levando um cântaro de água e o seguirem. Normalmente eram as mulheres que faziam esse serviço.
Quanto ao conhecimento de Jesus sobre outros acontecimentos distantes no tempo e no espaço, veja 11.1-2 e Jo 1.48; compare com 1Sm 9.19-10.7 Quanto à sua natureza divina, Jesus era onisciente; mas quanto à sua natureza humana, era um profeta inspirado e talentoso.
Ao encontrarem o homem anunciado por Jesus, conseguiram um lugar ideal e prepararam a páscoa. Os quatro Evangelhos (embora não implicitamente em João) registram que aqueles que estavam presentes nesse ponto alto do ministério de Jesus eram os doze, que ele havia escolhido desde o começo (3.14).
De acordo com Lc 22.30, foi nesse momento que Jesus anunciou o ministério futuro deles como juízes do novo povo de Deus. Aqui, eles testemunharam a inauguração da nova aliança.
Durante a ceia da páscoa, Jesus anuncia o traidor e era um dos doze. Eles ficam alvoroçados e começam a indagar uns aos outros. Foi uma ironia dolorosa para Jesus saber que um dos doze iria traí-lo Certamente a sua profecia estava baseada não apenas no conhecimento que ele tinha de Judas, mas também no entendimento que ele tinha das Escrituras, especialmente de SI 41.9. Isso é também insinuado no versículo seguinte.
O que era mergulhado no prato não está escrito em grego. Pode indicar o costume de mergulhar pedaços de pão ou carne numa tigela cheia de molho no centro da mesa, ou, então, um prato único central de comida acessível a todos O que quer que fosse, esse detalhe salienta a natureza pessoal da traição de Judas, uma vez que partilhar uma refeição à mesa era um símbolo de amizade íntima.
O fato era que o Filho do Homem estava indo, como está escrito a seu respeito. E a palavra para o traidor é duríssima, pois seria melhor nem ter nascido.
A refeição sacramental da nova aliança nasceu do Antigo Testamento; veja os paralelos entre essa passagem e Êx 24.9-11.
Jesus tomou dois elementos da refeição pascal — o pão asmos e o vinho (os outros elementos são as ervas amargas, o molho e o cordeiro) — para expressar a sua nova obra de redenção. Isto é o meu corpo. O partir do pão, que depois é compartilhado, representa vividamente o sacrifício de Jesus em oferecer seu próprio corpo para morrer em "favor de muitos" (vs. 24).
As palavras de Jesus sobre o vinho devem ser compreendidas à luz da história da Páscoa, na qual o sangue do cordeiro sacrificado cobriu ou protegeu o povo da ira de Deus contra seus pecados e rebelião (Êx 12.29-30).
Essa frase “o sangue da [nova] aliança” vem de Êx 24.8 e recorda o fato de que as alianças bíblicas eram seladas com sangue (Gn 15.9-21; 17.9-14; Êx 24.4-8).
Alguns manuscritos antigos se referem à "nova aliança", em concordância com Lc 22.20; 1Co 11.25. Seja qual for a leitura original, o significado é claramente o mesmo.
Jesus estava fazendo referência a Is 53.12, uma passagem na qual o servo do Senhor "derramou a sua alma na morte" e "levou sobre si o pecado de muitos".
No vs. 25 Jesus estava profetizando a iminência de sua morte. Literalmente, ele morreria antes que pudesse beber outro copo de vinho, num contexto de refeição.
Nesta frase “até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus” Jesus expressou sua fé em Deus, que em última análise não o abandonaria na morte. Jesus celebrará uma grande festa com seus seguidores na nova terra e no novo céu (Ap 19.7-9).
Em seguida cantaram um hino e foram para o Monte das Oliveiras – vs. 26; 11.1. Essa alusão ao canto recorda o contexto da liturgia da Páscoa que Jesus observou, quando ele e seus discípulos cantaram provavelmente SI 115-118, que ainda hoje encerra tradicionalmente a refeição pascal.
No monte, Jesus falou que eles o abandonariam. A profecia de Jesus quanto à fuga dos doze provém de seu entendimento do livro de Zacarias (Zc 13.7), que havia profetizado sua entrada em Jerusalém – vs. 27. No entanto, ele mesmo anunciou que quando ressuscitasse, iria adiante deles para a Galileia. O anjo que estava no túmulo relembrou-os dessa promessa e aludiu à negação de Pedro (16.7).
Pedro, logo, tratou-se de se defender e anunciou a plenos pulmões que ainda que todos o abandonassem, ele jamais faria isso – vs. 29. No entanto, Jesus o adverte que ele mesmo o negaria três vezes antes que o galo cantasse duas. Pedro, inconformado, ainda falou com mais ênfase ainda que não o negaria mesmo.
I. Abandono, julgamento e morte (14.32 15.47).
Agora, eles foram ao Getsêmani para orar. Desde o verso 32 até o final do próximo capitulo, veremos o abandono, o julgamento e a morte de Jesus. Marcos registra muitos detalhes do sofrimento de Jesus durante o seu julgamento e crucificação, especialmente o abandono de seus discípulos. Contudo, Marcos também deixou bem claro que Jesus sofreu como um homem inocente, de acordo com o plano de Deus para a redenção do seu povo.
Essa palavra hebraica Getsêmani significa "prensa de azeite", em referência ao óleo produzido pelas azeitonas. Uma vez que Jesus saiu em direção ao monte das Oliveiras, sem dúvida se refere a um jardim de oliveiras que fica nessa região (veja Jo 18.2).
Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, os mesmos que subiram ao monte da transfiguração. Jesus estava tomado de pavor e de angústia, No Novo Testamento, o verbo traduzido nessa frase ocorre somente no Evangelho de Marcos (cf. 9.15; 16.5,6), e expressa uma profunda perturbação emocional.
Jesus confessava a eles que sua alma estava angustiada e profundamente triste até à morte. Jesus, ao enfrentar a terrível experiência de se tornar o sacrifício pelo pecado da humanidade, sentiu-se como que morrendo sob o peso dessa tristeza. Ele pedia a eles que ficassem ali e que vigiassem.
Jesus foi um pouco mais adiante e orava. Ele dizia, Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis, passe este cálice de mim. Aba era uma palavra aramaica coloquial e íntima para "pai", que aqui expressa o relacionamento intimo de Jesus com Deus Pai. Era como se ele estivesse dizendo “paizinho”.
É sugerida a mesma perturbação emocional expressada no vs. 34, porém aqui não está explícita ou expressada exaustivamente (novamente Marcos preservou no texto grego o termo semítico original; compare com 5.41; 7.34; 11.9; 14.45;115.22,34).
A incoerência entre o sono dos discípulos e a agonia emocional de Jesus ao confrontar a perspectiva da ira de Deus, lembra a dança de Israel festejando o bezerro de ouro enquanto, no monte, o Senhor dos céus e da terra escrevia para eles em tábuas de pedra a aliança de amor e graça (Êx 32).
Apesar de suas nobres intenções (14.29-31), Pedro não conseguiu ficar acordado nem por uma hora.
Jesus, mesmo assim, continuava a exortá-los a vigiarem. Essa exortação recorda a advertência para estar vigilante e alerta com respeito à vinda do Filho do Homem (13.32-37).
Também é uma instrução para permanecer alerta diante da "tentação". Esse acontecimento foi uma tentação de Satanás visando à queda do povo de Deus (nesse caso, os doze) e, se possível, impedir o plano da redenção.
O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. O cristão deve orar e observar, ou seja, permanecer alerta e em harmonia com Deus, pois a natureza humana é fraca. Intenções sinceras são importantes, mas não são boas o suficiente em si mesmas (14.29,31).
Por três vezes a cena se repetiu e eles, pesados de sono, somente conseguiam dormir.
Então Jesus disse a eles que bastava, pois chegara aquela hora terrível. Pediu ainda que se levantassem, pois estava muito perto o que o haveria de traí-lo. Com certeza um pequeno exército enviado pelo Sinédrio, uma vez que as três classes que o compunham - principais sacerdotes, escribas e anciãos são mencionadas e, além disso, Jesus foi levado perante eles (vs. 53).
O sinal da traição combinado com eles seria um beijo que era um sinal de respeito que os discípulos demonstravam ao mestre. Após comer do mesmo prato, que também era um sinal de amizade (14.20), Judas simulou, hipocritamente, submissão e respeito.
Ele então se aproxima do Mestre e o beija. Eles então prenderam a Jesus. Após falhar no Getsêmani (14.37), Pedro, aparentemente, quis provar que seu o comprometimento não era apenas de palavras (14.29,31) e feriu a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote, mas Jesus o curou instantaneamente.
Jesus não resiste à prisão, mas faz um sermão, pois eles haviam saído com espadas e varapaus a prendê-lo, como se fosse um salteador. O termo grego traduzido aqui como "salteador" (ladrão) também pode significar "líder rebelde" ou "insurrecionista", porém, em face da situação e das acusações contra Jesus em seu julgamento (Lc 23.2), o último sentido é preferível.
Jesus dizia que todos os dias estava com eles ensinando no templo e não o haviam prendido, mas agora o prendiam para que se cumprissem as Escrituras – vs. 49. Em vista da frase seguinte (vs. 50), a passagem específica da Escritura que Jesus tinha em mente pode ter sido Zc 13.67 (veja o vs. 27). Quanto ao cumprimento das Escrituras por Jesus, veja as notas sobre Mt 1.23; 2.6,11,15,18,23; 3.13-15; 4.15-16; 11.4-6; 13.13-15, 34-35; 21.1-11; 26.28,32,54,56; 27.12-14,34,35,43,46,48-49,57.
Nisto, todos os seus discípulos fugiram, inclusive o valentão Pedro. Até mesmo um certo jovem que estava envolto em um lençol fugiu nu ao tomarem ele pelas vestes.
Conforme a BEG, com certeza é válido cogitar se Marcos, ao relatar esse detalhe enigmático, assim como a menção ao lençol (no grego essa palavra também pode significar "manto de linho", o que era um sinal de riqueza), pode estar fazendo uma referência a si próprio, uma vez que ele era membro de uma família rica de Jerusalém (At 12.12).
A nudez era algo vergonhoso para um judeu (Is 20.4; 47.3; Mq 1.11; Ap 3.17-18). Acrescentando-se a essa vergonha a covardia da fuga, isso deve ter marcado para sempre a consciência desse jovem que, como todos os outros, abandonou Jesus (vs. 50).
Começa aqui do vs. 53 a 15.15 a primeira parte da Paixão que aborda o julgamento de Jesus.
De fato, Jesus foi julgado duas vezes, ironicamente pelos dois maiores defensores da justiça no mundo da antiguidade. Ambos os julgamentos foram caracterizados por erros e irregularidades, ficando os princípios da justiça subordinados à conveniência política.
O julgamento judaico de Jesus ocorreu em três lugares:
(1)     A audiência preliminar diante de Anás, o sumo sacerdote anterior (esse julgamento é registrado somente em João [Jo 18.12-14,19-23]).
(2)     O julgamento perante o Sinédrio, dirigido por Caifás (o sumo sacerdote que estava no cargo, genro de Anás), que ocorreu no interior do pátio de sua casa (14.53-65).
(3)     A sessão matinal no Sinédrio (15.1).
O julgamento romano também ocorreu em três partes:
1.    Perante Pilatos (15.2-5).
2.    Perante Herodes Antipas (Lc 23.6-12).
3.    Perante Pilatos pela segunda vez (15.6-15).
Pedro estava por ali, o seguindo de longe até o interior do pátio do sumo sacerdote. Normalmente, o Sinédrio fazia as suas reuniões no templo, porém os portões do templo ficam fechados à noite. Assim, o julgamento aconteceu na residência do sumo sacerdote.
Esse julgamento foi irregular em relação a três detalhes:
1.    A hora (julgamentos à noite eram ilegais).
2.    O lugar (deveria ter ocorrido no recinto do templo).
3.    A pressa em realizá-lo (também ilegal).
Pedro estava se aquentando ao fogo. Literalmente, "diante da luz", porém o fogo fornecia tanto a luz quanto o calor.
Todos buscavam algo para acusá-lo, mas não achavam, mesmo os que testificavam falsamente não eram convincentes. O texto de Dt 19.15-21 dispõe sobre as condições do testemunho nos tribunais de Israel: a culpa deveria ser estabelecida pela corroboração de duas ou três testemunhas, e o falso testemunho era tão abominável quanto o próprio crime (Dt 19.18-20). Nenhuma dessas regulamentações foi observada no caso de Jesus.
Sobre o vs. 58 que o acusavam de destruir o templo erguido com mãos humanas e construir outro, não com mãos humanas em três dias, a BEG explica que em nenhum relato dos sinóticos quanto à purificação do templo Jesus disse qualquer coisa em relação a isso (Mt 21.18-22; Mc 11.12-18; Lc 19.45-47). Porém, na purificação relatada por João no início do ministério de Jesus, ele proferiu uma frase semelhante (Jo 2.19). O lapso de tempo (três anos) explicaria parcialmente a versão adulterada dessas falsas testemunhas.
Também podemos perceber que ele falava da destruição de seu próprio corpo que seria destruído (morto) e reconstruído em três dias (ressuscitado).
Nenhum dos testemunhos parecia coerente com nada. O sumo sacerdote te de intervir e o provocava, mas Jesus nada falava, até que o sumo sacerdote o perguntou diretamente se ele, de fato, era o Cristo, o Filho do Deus Bendito? "Bendito" é uma perífrase para "Deus", usada pelos rabinos para evitar pronunciar o nome de Deus em vão. Assim, em linhas gerais, o titulo deveria ser lido como "Filho de Deus".
Jesus então responde com a verdade a sua pergunta. Imediatamente, Jesus alterou o título "Messias" nos termos da figura divina em Dn 7: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.
O sumo sacerdote tinha agora duas opções: crer na verdade ou continuar com sua péssima escolha, contra a verdade, sendo instrumento da mentira e do diabo.
Ele, simplesmente, rasgou as suas vestes. Um gesto simbólico para expressar muita tristeza ou horror (Gn 37.29; 2Rs 18.37; 19.1; Ed 9.3; Jr 36.24; Jl 2.13) e entendeu que não havia mais necessidade de se ter testemunhas. O sumo sacerdote fez com que todos os membros do Sinédrio testemunhassem a “blasfêmia” de Jesus.
Ironicamente, Jesus acabou sendo condenado não por insurreição ou desordem pública, mas por ter afirmado a sua divindade que, afinal, era a essência de sua mensagem.
A punição por blasfêmia (insultar a honra de Deus) era a morte por apedrejamento (Lv 24.16), mas como somente o tribunal romano poderia impor a pena capital, Jesus foi condenado à morte por crucificação ao estilo romano.
Eles então passaram a insultá-lo veementemente e até cuspiram em seu rosto. Como expressão de consentimento com a acusação do sumo sacerdote, "todos [os membros do Sinédrio] o julgaram réu de morte" (vs. 64). Alguns recorreram a atos de agressão e violência física. Cuspir no rosto simboliza uma rejeição radical e desonra (Nm 12.14-15). Foi nesse momento que a Israel "oficial" rompeu decisivamente com o seu Messias.
Enquanto isso, o galo ainda não tinha cantado e Pedro começava suas negações. Primeiro, diante de uma das criadas do sumo sacerdote. Ele disse que não o conhecia, nem sábia o que ela dizia. O galo canta, então, pela primeira vez. Segundo, diante dos que se aquentavam numa fogueira, ali mesmo perto, tendo a serva o denunciado, mas ele negou novamente. Terceiro, diante ainda dos que ali estavam, que o reconheceram como galileu por causa de seu jeito de falar, mas dessa vez ele chegou até a praguejar e a jurar que não era deles, nem estava com ele.
Os judeus da Judeia desprezavam os judeus da Galileia como sendo inferiores quanto à cultura e religião. As maneiras e o sotaque de Pedro o denunciaram, especialmente no pátio de um aristocrata saduceu.
Nesse momento, a negação solene original de Pedro se deteriorou em mentira e imprecações. Do ponto de vista humano, a linha divisória entre a negação de Pedro e a traição de Judas tornou-se muito tênue aqui. 
Nisso, o galo canta pela segunda vez e Pedro cai em si mesmo ao lembrar-se das palavras de Jesus e de sua arrogância.
Retirou-se Pedro dali e foi chorar (Judas ao também cair em si, retirou-se não para chorar, mas para se matar).
O ministério de Jesus na preparação dos doze (3.14) aparenta ter sido um verdadeiro fracasso. Nesse décimo quarto capítulo crucial de Marcos:
         Eles dormiram no momento mais terrível do sofrimento de Jesus (vs. 37).
         Um deles o traiu (vs. 44-45).
         Todos o abandonaram (vs. 50).
         Um negou até mesmo tê-lo conhecido (vs. 71), chegando mesmo a praguejar e a jurar que não o conhecia.
Não surpreende que eles tenham ficado envergonhados ou que tenham chorado. A mudança radical no comportamento dos onze (excluindo Judas) só pode ser explicada adequadamente pela ressurreição de Jesus.
Mc 14:1 Dali a dois dias,
era a Páscoa
e a Festa dos Pães Asmos;
e os principais sacerdotes
e os escribas procuravam como o prenderiam,
à traição,
e o matariam. Mc 14:2 Pois diziam:
Não durante a festa,
para que não haja tumulto entre o povo.
Mc 14:3 Estando ele em Betânia,
reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso,
veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro
com preciosíssimo perfume
de nardo puro;
e, quebrando o alabastro,
derramou o bálsamo
sobre a cabeça de Jesus.
Mc 14:4 Indignaram-se alguns entre si e diziam:
Para que este desperdício de bálsamo?
Mc 14:5 Porque este perfume poderia ser vendido
por mais de trezentos denários
e dar-se aos pobres.
E murmuravam contra ela.
Mc 14:6 Mas Jesus disse:
Deixai-a; por que a molestais?
Ela praticou boa ação para comigo.
Mc 14:7 Porque os pobres,
sempre os tendes convosco
e, quando quiserdes,
podeis fazer-lhes bem,
mas a mim nem sempre me tendes.
Mc 14:8 Ela fez o que pôde:
antecipou-se a ungir-me para a sepultura.
Mc 14:9 Em verdade vos digo:
onde for pregado em todo o mundo o evangelho,
será também contado o que ela fez,
para memória sua.
Mc 14:10 E Judas Iscariotes,
um dos doze,
foi ter com os principais sacerdotes,
para lhes entregar Jesus.
Mc 14:11 Eles,
ouvindo-o,
alegraram-se
e lhe prometeram dinheiro;
nesse meio tempo,
buscava ele uma boa ocasião
para o entregar.
Mc 14:12 E,
no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos,
quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal,
disseram-lhe seus discípulos:
Onde queres que vamos fazer os preparativos
para comeres a Páscoa?
Mc 14:13 Então, enviou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes:
Ide à cidade,
e vos sairá ao encontro um homem
trazendo um cântaro de água;
Mc 14:14 segui-o
e dizei ao dono da casa
onde ele entrar que o Mestre pergunta:
Onde é o meu aposento
no qual hei de comer a Páscoa
com os meus discípulos?
Mc 14:15 E ele vos mostrará
um espaçoso cenáculo mobilado e pronto;
ali fazei os preparativos.
Mc 14:16 Saíram, pois, os discípulos,
foram à cidade
e, achando tudo como Jesus lhes tinha dito,
prepararam a Páscoa.
Mc 14:17 Ao cair da tarde,
foi com os doze.
Mc 14:18 Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus:
Em verdade vos digo que um dentre vós,
o que come comigo, me trairá.
Mc 14:19 E eles começaram a entristecer-se
e a dizer-lhe, um após outro:
Porventura, sou eu?
Mc 14:20 Respondeu-lhes:
É um dos doze,
o que mete comigo a mão no prato.
Mc 14:21 Pois o Filho do Homem vai,
como está escrito a seu respeito;
mas ai daquele por intermédio de quem
o Filho do Homem
está sendo traído!
Melhor lhe fora não haver nascido!
Mc 14:22 E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão
e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo:
Tomai, isto é o meu corpo.
Mc 14:23 A seguir, tomou Jesus um cálice
e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos;
e todos beberam dele.
Mc 14:24 Então, lhes disse:
Isto é o meu sangue,
o sangue da [nova] aliança,
derramado em favor de muitos.
Mc 14:25 Em verdade vos digo
que jamais beberei do fruto da videira,
até àquele dia em que o hei de beber,
novo, no reino de Deus.
Mc 14:26 Tendo cantado um hino,
saíram para o monte das Oliveiras.
Mc 14:27 Então, lhes disse Jesus:
Todos vós vos escandalizareis, porque está escrito:
                                                               Ferirei o pastor,
e as ovelhas ficarão dispersas.
Mc 14:28 Mas, depois da minha ressurreição,
irei adiante de vós para a Galiléia.
Mc 14:29 Disse-lhe Pedro:
Ainda que todos se escandalizem,
eu, jamais!
Mc 14:30 Respondeu-lhe Jesus:
Em verdade te digo que hoje, nesta noite,
antes que duas vezes cante o galo,
tu me negarás três vezes.
Mc 14:31 Mas ele insistia com mais veemência:
Ainda que me seja necessário morrer contigo,
de nenhum modo te negarei.
Assim disseram todos.
Mc 14:32 Então, foram a um lugar chamado Getsêmani;
ali chegados, disse Jesus a seus discípulos:
Assentai-vos aqui,
enquanto eu vou orar.
Mc 14:33 E, levando consigo a Pedro, Tiago e João,
começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia.
Mc 14:34 E lhes disse:
A minha alma está profundamente triste até à morte;
ficai aqui e vigiai.
Mc 14:35 E, adiantando-se um pouco,
prostrou-se em terra;
e orava para que, se possível,
lhe fosse poupada aquela hora.
Mc 14:36 E dizia:
Aba, Pai, tudo te é possível;
passa de mim este cálice;
contudo, não seja o que eu quero,
e sim o que tu queres.
Mc 14:37 Voltando,
achou-os dormindo;
e disse a Pedro:
Simão, tu dormes?
Não pudeste vigiar nem uma hora?
Mc 14:38 Vigiai e orai,
para que não entreis em tentação;
o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca.
Mc 14:39 Retirando-se de novo,
orou repetindo as mesmas palavras.
Mc 14:40 Voltando,
achou-os outra vez dormindo,
porque os seus olhos estavam pesados;
e não sabiam o que lhe responder.
Mc 14:41 E veio pela terceira vez e disse-lhes:
Ainda dormis e repousais!
Basta!
Chegou a hora;
o Filho do Homem está sendo entregue
nas mãos dos pecadores.
Mc 14:42 Levantai-vos,
vamos!
Eis que o traidor se aproxima.
Mc 14:43 E logo, falava ele ainda,
quando chegou Judas, um dos doze,
e com ele, vinda da parte dos principais sacerdotes,
escribas e anciãos,
uma turba com espadas e porretes.
Mc 14:44 Ora, o traidor tinha-lhes dado esta senha:
Aquele a quem eu beijar,
é esse;
prendei-o
e levai-o com segurança.
Mc 14:45 E, logo que chegou,
aproximando-se, disse-lhe:
Mestre!
E o beijou.
Mc 14:46 Então, lhe deitaram as mãos
e o prenderam.
Mc 14:47 Nisto, um dos circunstantes,
sacando da espada,
feriu o servo do sumo sacerdote
e cortou-lhe a orelha.
Mc 14:48 Disse-lhes Jesus:
Saístes com espadas
e porretes para prender-me,
como a um salteador?
Mc 14:49 Todos os dias
eu estava convosco no templo,
ensinando,
e não me prendestes; contudo,
é para que se cumpram as Escrituras.
Mc 14:50 Então,
deixando-o,
todos fugiram.
Mc 14:51 Seguia-o um jovem,
coberto unicamente com um lençol,
e lançaram-lhe a mão.
Mc 14:52 Mas ele, largando o lençol,
fugiu desnudo.
Mc 14:53 E levaram Jesus
ao sumo sacerdote, e reuniram-se
todos os principais sacerdotes,
os anciãos
e os escribas.
Mc 14:54 Pedro seguira-o de longe
até ao interior do pátio do sumo sacerdote
e estava assentado entre os serventuários,
aquentando-se ao fogo.
Mc 14:55 E os principais sacerdotes
e todo o Sinédrio
procuravam algum testemunho contra Jesus
para o condenar à morte
e não achavam.
Mc 14:56 Pois muitos testemunhavam falsamente
contra Jesus,
mas os depoimentos não eram coerentes.
Mc 14:57 E, levantando-se alguns,
testificavam falsamente, dizendo:
Mc 14:58 Nós o ouvimos declarar:
Eu destruirei este santuário edificado
por mãos humanas
e, em três dias, construirei outro,
não por mãos humanas.
Mc 14:59 Nem assim o testemunho deles era coerente.
Mc 14:60 Levantando-se o sumo sacerdote,
no meio, perguntou a Jesus:
Nada respondes ao que estes depõem contra ti?
Mc 14:61 Ele, porém, guardou silêncio
e nada respondeu.
Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse:
És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?
Mc 14:62 Jesus respondeu:
Eu sou,
e vereis o Filho do Homem assentado
à direita do Todo-Poderoso
e vindo com as nuvens do céu.
Mc 14:63 Então, o sumo sacerdote
rasgou as suas vestes e disse:
Que mais necessidade temos de testemunhas?
Mc 14:64 Ouvistes a blasfêmia;
que vos parece?
E todos o julgaram
réu de morte.
Mc 14:65 Puseram-se alguns
a cuspir nele,
a cobrir-lhe o rosto,
a dar-lhe murros
e a dizer-lhe:
Profetiza!
E os guardas o tomaram
a bofetadas.
Mc 14:66 Estando Pedro embaixo no pátio,
veio uma das criadas do sumo sacerdote
Mc 14:67 e, vendo a Pedro, que se aquentava,
fixou-o e disse:
Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.
Mc 14:68 Mas ele o negou, dizendo:
Não o conheço,
nem compreendo o que dizes.
E saiu para o alpendre.
[E o galo cantou.]
Mc 14:69 E a criada,
vendo-o,
tornou a dizer aos circunstantes:
Este é um deles.
Mc 14:70 Mas ele outra vez o negou.
E, pouco depois, os que ali estavam disseram a Pedro:
Verdadeiramente, és um deles,
porque também tu és galileu.
Mc 14:71 Ele, porém,
começou a praguejar
e a jurar:
Não conheço esse homem de quem falais!
Mc 14:72 E logo cantou o galo
pela segunda vez.
Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera:
Antes que duas vezes cante o galo,
tu me negarás três vezes.
E, caindo em si,
desatou a chorar.
O valentão Pedro agora se sucumbia diante de uma criada que afirmava que ele era um deles e Pedro negava. Ele não somente negava, mas negava com veemência, tanto que até praguejou e jurou. Somente quando o galo canta pela segunda vez é que ele se lembra da palavra de Jesus que o advertira disso e ele se arrepende profundamente.
É tão desagradável quando vemos que caímos por causa do medo e as vezes de razões tão imbecis. Aconteceu assim com Pedro e também com Judas. Se Judas não fosse do maligno, ele não teria apenas se reprovado no que fez, como Pedro, mas teria buscado o arrependimento e o teria encontrado, também como Pedro.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.