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sábado, 12 de setembro de 2015

Marcos 11.1-33 - ELES PREPARAVAM A ARAPUCA PARA JESUS, MAS QUEM CAIA NELA ERAM OS PRÓPRIOS ARMADORES.

Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na última parte, a III, no capítulo 11.
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor. Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os ensinos durante a jornada (10.1-45) – já vista; B. A cura em Jericó (10.46-52) – já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – veremos agora; D. A purificação do templo (11.12-26) – veremos agora; E. Controvérsias no templo (11.27--12.44) – começaremos a ver agora; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção em Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono, julgamento e morte (14.32 15.47); e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
Um breve resumo do capítulo 11.
Não poderia ter sido mais simples a tarefa de encontrar um jumentinho? Eu creio piamente que Jesus nada tinha consultado nem combinado com “alguém” alguma coisa. No entanto, foi perfeito. Assim como ele disse, assim os discípulos seguiram suas instruções e tudo deu certinho.
Quem dera assim fizéssemos com tudo o que Jesus nos disse para fazermos. No entanto, queremos ficar inventando as coisas e nada dá certo. Jesus entrou triunfante em Jerusalém montado em um jumentinho para que se cumprissem as Escrituras. E tudo foi cumprido!
Depois, o episódio da figueira com folhas e sem frutos. Estes são os crentes e religiosos que somente tem aparência. O Senhor espera o fruto devido daquele que está ligado à Videira e quando o procura, nada encontra. O fim daquela figueira foi cruel e logo secou.
Também Jesus ensinou sobre a fé e a oração! Que lição incrível, principalmente relacionado ao perdão sendo a máxima o perdoar. O segredo para ser perdoado sempre é perdoar sempre!
Vejamos com maiores detalhes este maravilhoso capítulo, com a valorosa ajuda da BEG:
C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11).
Marcos registra agora o estágio final do ministério terreno de Jesus, a semana da Paixão em Jerusalém, e já começa descrevendo a entrada triunfal de Jesus na cidade. É nesse momento que a essência da mensagem do evangelho cristão começa a entrar sob o foco.
A viagem que começou em 10.1 atinge o clímax aqui. A decisão de Jesus de ir a Jerusalém foi determinada pelo seu entendimento do Antigo Testamento e estava em conformidade com as suas próprias profecias (8.31).
Eles se aproximaram de Betfagé - atual Kefr-et-Tur, uma vila pequena a leste de Jerusalém e de Betânia - hoje identificada como a atual El-Azariet, distante cerca de 4 km a leste de Jerusalém – ambas próximas ao monte das Oliveiras - situado a leste de Jerusalém, com aproximadamente 810 m de altura, esse monte apresenta uma vista espetacular da cidade, e nos dias de Jesus avistava-se também especialmente o templo. Naquela época o monte estava coberto de oliveiras.
Jesus pode ter recebido essa informação pela qual ele instruiu os seus discípulos por meios sobrenaturais (cf. Jo 1.48-50), mas também estava familiarizado com a região e já havia estado ali anteriormente.
Eles iriam encontrar um jumentinho (Veja Mt 21.2; Jo 12.15). Novamente o Antigo Testamento prediz as ações de Jesus (Zc 9.9) — que nesse caso era com certeza messiânica — pois Zacarias profetizou a vinda de um rei justo e humilde que traria salvação.
O fato é que tudo se sucedeu como Jesus os instruíra e eles trouxeram a ele o jumentinho e ele montou nele. Um reconhecimento da dignidade e realeza de Jesus.
Muitos estendiam suas vestes pelo caminho e outros cortavam ramos das árvores e iam espalhando pelo caminho (Veja o SI 118.27). Esse salmo messiânico celebra a procissão do Messias, "A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular" (SI 118.22) — uma passagem que Jesus citou pouco depois da purificação do templo (12.10). Jesus caminhou em direção ao templo ouvindo exclamações de "Hosana” (vs. 9; veja o SI 118.19-21).
Hosana é um termo grego transliterado do hebraico hoshi' a na, que significa "Oh! Salva-nos, SENHOR" (veja o SI 118.25). A multidão clamava frases de SI 118.
E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze. De acordo com Mt 21.12-22, ao chegar ao templo Jesus o purificou, e no dia seguinte amaldiçoou a figueira.
De acordo com Marcos, Jesus retornou para Betânia para passar a noite, e pela manhã, a caminho do templo uma segunda vez, primeiro amaldiçoou a figueira e então purificou o templo.
Mateus provavelmente organizou o material em tópicos (não há uma referência temporal específica a respeito da purificação; Mt 21.12) enquanto Marcos (que gostava de colocar histórias dentro de histórias; veja também 5.21-43; 6.7-30) organizou-o cronologicamente.
Mais uma vez Marcos salienta que esses acontecimentos messiânicos foram presenciados em primeiro lugar e principalmente pelos doze.
D. A purificação do templo (11.12-26).
Marcos relata a maldição da figueira e a purificação do templo como as primeiras ações de Jesus em Jerusalém. Seu relato revela como Jesus desafiou abertamente a hipocrisia e o fracasso da mais importante instituição religiosa em Jerusalém.
Esse registro é um prelúdio adequado para a morte e a ressurreição de Jesus, acontecimentos que acabariam por eliminar completamente a corrupção terrena do templo.
O dia seguinte do vs. 12 quando saíram para Betânia e teve fome era a segunda-feira da semana da Paixão.
Ele tinha avistado uma figueira que tinha folhas. A temporada de figos começa em junho, e a Páscoa acontece ao final de março. Algumas figueiras dão fruto fora da temporada, e o sinal disso é a presença de folhas.
Essa figueira lembrou Jesus da hipocrisia, pois tinha os sinais de haver frutos (folhas haviam aparecido), porém não tinha fruto algum.
Por não ter encontrado os frutos nela, ele a amaldiçoou dizendo que nunca jamais coma alguém fruto dela! Esse relato, vindo imediatamente antes da purificação do templo, teve um sentido simbólico.
Jesus amaldiçoou a árvore pela falsa aparência, do mesmo modo que julgaria o templo (11.15-17) e profetizaria a sua destruição (13.2). Com isso ele quis dizer que a restauração do templo em Jerusalém não seria mais o objetivo da história da redenção.
Em seguida vieram a Jerusalém e entraram no templo – vs. 15. No átrio dos gentios, a única área onde os gentios eram permitidos. Esses acontecimentos seriam particularmente interessantes para os leitores gentios de Marcos.
O Evangelho de João traz uma descrição da purificação que Jesus fez no templo no começo do seu ministério (Jo 2.12-22), embora todos os três sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) situem esse acontecimento ao final do seu ministério (como aqui).
Conforme a BEG, é possível que Jesus tenha purificado o templo duas vezes, visto que:
(1)   O relato de João traz uma data específica (Jo 2.20; Mc 1.9).
(2)   Os relatos não são idênticos e as citações das Escrituras do Antigo Testamento são diferentes — em João, são citados SI 69.9 e Zc 14.21; nos sinóticos, Is 56.7 e Jr 7.11.
(3)   Em João, Jesus entrou sozinho, enquanto nos sinóticos fez uma entrada triunfal em sua glória messiânica.
(4)   Jesus, que na última purificação citou Jeremias, sem dúvida estava ciente de que o profeta Jeremias havia amaldiçoado o templo duas vezes (Jr 7.1-14; 26.2-6), sendo que na segunda usou o figo simbolicamente (Jr 24.1-10; veja Mc 11.12-14).
Trocar dinheiro era um serviço necessário, pois as taxas e as ofertas do templo tinham de ser pagas em moeda local. A prática desonesta levou Jesus a descrever o lugar como "covil de salteadores" (11.17).
Jesus julgou as famílias dos sumos sacerdotes saduceus que se beneficiavam desse abuso e que haviam perdido todo o senso de santidade do templo (12.18-27).
Ele então começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo. Ele derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas. Ele não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo. Ele os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
O átrio dos gentios havia se tornado um mercado agitado. Marcos enxergou no gesto de Jesus uma defesa dos direitos dos gentios e talvez uma indicação da reunião futura com estes.
Essa ação de Jesus provocou aqueles que iriam matá-lo (8.31). Esses escribas e fariseus procuravam uma boa oportunidade para mesmo matarem este profeta ousado, mas temiam o povo que se maravilhava da sua doutrina.
Saindo dali, já tarde foram para fora da cidade e, pela manhã, viram que a figueira que Jesus amaldiçoou estava seca até as raízes. Era esta a manhã da terça-feira da semana da Paixão. Essa frase indica a total destruição da árvore (vs. 14).
Pedro é que chama a atenção de Jesus para a figueira e Jesus aproveita para ensinar a eles que deveriam, igualmente, terem fé em Deus e diz, provocando-os, que qualquer que disser a um monte para ele erguer-se e lançar-se no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Ele conclui seu ensino da fé aliando isso à oração, ou seja, todas as coisas que pedirmos, orando, é para crer que receberemos, e isso será feito. (Marcos 11:23, 24).
E. Controvérsias no templo (11.27--12.44).
Veremos doravante até o próximo capítulo, verso 44 as controvérsias no templo.
Marcos revelou a autoridade de Jesus para desafiar os líderes religiosos corruptos e as instituições de Jerusalém. Assim, Marcos estabeleceu Jesus como o único fundamento da fé e salvação para judeus e gentios em todo o mundo.
Vendo a ousadia, os feitos e a autoridade de Jesus, foram questioná-lo. As autoridades de Jerusalém queriam mostrar que Jesus era apenas uma pessoa arrogante e não possuía nenhum cargo oficial para que pudesse agir dentro do templo.
Aproveitando a deixa, Jesus também os desafia com uma pergunta intrigante sobre o batismo de João se era do céu ou dos homens?
A resposta brilhante de Jesus silenciou as autoridades e os teólogos profissionais, pois demonstrou que todas as autoridades "oficiais" humanas devem se curvar à autoridade que Deus delega a seus profetas.
Significa que a autoridade profética, a qual Jesus afirmava (implicitamente) que possuía, não podia, por definição, ter origem humana (cf. Cl 1.11-12).
A autoridade profética não é outorgada por mediação humana, mas é reconhecida corno definitiva e auto certificada, exigindo submissão.
Assim, Jesus deixou aos seus ouvintes (e Marcos, aos seus leitores) uma pergunta subentendida: "Vocês reconhecem e se submetem à minha autoridade?".
Mc 11:1 Quando se aproximavam de Jerusalém,
de Betfagé e Betânia,
junto ao monte das Oliveiras,
enviou Jesus dois dos seus discípulos
Mc 11:2 e disse-lhes:
Ide à aldeia que aí está diante de vós
e, logo ao entrar,
achareis preso um jumentinho,
o qual ainda ninguém montou;
desprendei-o
e trazei-o.
Mc 11:3 Se alguém vos perguntar:
Por que fazeis isso?
Respondei: O Senhor precisa dele
e logo o mandará de volta para aqui.
Mc 11:4 Então,
foram e acharam o jumentinho preso,
junto ao portão,
do lado de fora,
na rua,
e o desprenderam.
Mc 11:5 Alguns dos que ali estavam reclamaram:
Que fazeis, soltando o jumentinho?
Mc 11:6 Eles, porém, responderam conforme as instruções de Jesus;
então, os deixaram ir.
Mc 11:7 Levaram o jumentinho,
sobre o qual puseram as suas vestes,
e Jesus o montou.
Mc 11:8 E muitos estendiam as suas vestes no caminho,
e outros, ramos que haviam cortado dos campos.
Mc 11:9 Tanto os que iam adiante dele
como os que vinham depois clamavam:
Hosana!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Mc 11:10 Bendito
o reino que vem,
o reino de Davi, nosso pai!
Hosana, nas maiores alturas!
Mc 11:11 E, quando entrou em Jerusalém,
no templo,
tendo observado tudo,
como fosse já tarde,
saiu para Betânia com os doze.
Mc 11:12 No dia seguinte,
quando saíram de Betânia,
teve fome.
Mc 11:13 E,
vendo de longe uma figueira com folhas,
foi ver se nela,
porventura, acharia alguma coisa.
Aproximando-se dela,
nada achou,
senão folhas;
porque não era tempo de figos.
Mc 11:14 Então, lhe disse Jesus:
Nunca jamais coma alguém fruto de ti!
E seus discípulos ouviram isto.
Mc 11:15 E foram para Jerusalém.
Entrando ele no templo,
passou a expulsar os que ali vendiam e compravam;
derribou as mesas dos cambistas
e as cadeiras dos que vendiam pombas.
Mc 11:16 Não permitia que alguém conduzisse
qualquer utensílio pelo templo;
Mc 11:17 também os ensinava e dizia:
Não está escrito:
A minha casa será chamada casa de oração
para todas as nações?
Vós, porém, a tendes transformado
em covil de salteadores.
Mc 11:18 E os principais sacerdotes e escribas
ouviam estas coisas
e procuravam um modo de lhe tirar a vida;
pois o temiam,
porque toda a multidão
se maravilhava de sua doutrina.
Mc 11:19 Em vindo a tarde,
saíram da cidade.
Mc 11:20 E, passando eles pela manhã,
viram que a figueira secara desde a raiz.
Mc 11:21 Então, Pedro,
lembrando-se, falou:
Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou.
Mc 11:22 Ao que Jesus lhes disse:
Tende fé em Deus;
Mc 11:23 porque em verdade vos afirmo
que, se alguém disser a este monte:
Ergue-te
e lança-te no mar,
e não duvidar no seu coração,
mas crer que se fará o que diz,
assim será com ele.
Mc 11:24 Por isso,
vos digo que tudo quanto em oração pedirdes,
crede que recebestes,
e será assim convosco.
Mc 11:25 E, quando estiverdes orando,
se tendes alguma coisa contra alguém,
perdoai,
para que vosso Pai celestial
vos perdoe as vossas ofensas.
Mc 11:26 [Mas, se não perdoardes,
também vosso Pai celestial
não vos perdoará as vossas ofensas.]
Mc 11:27 Então,
regressaram para Jerusalém.
E,
andando ele pelo templo,
vieram ao seu encontro
os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos
Mc 11:28 e lhe perguntaram:
Com que autoridade fazes estas coisas?
Ou quem te deu tal autoridade
para as fazeres?
Mc 11:29 Jesus lhes respondeu:
Eu vos farei uma pergunta;
respondei-me,
e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.
Mc 11:30 O batismo de João
era do céu ou dos homens? Respondei!
Mc 11:31 E eles discorriam entre si:
Se dissermos:
Do céu, dirá:
Então, por que não acreditastes nele?
Mc 11:32 Se, porém, dissermos:
dos homens,
é de temer o povo.
Porque todos consideravam a João
como profeta.
Mc 11:33 Então, responderam a Jesus:
Não sabemos.
E Jesus, por sua vez, lhes disse:
Nem eu tampouco vos digo
com que autoridade faço estas coisas.
Ainda tentaram achar defeitos em Jesus e o provocaram com uma pergunta complexa cuja resposta iria colocar Jesus numa situação muito difícil, mas como prender o Mestre e Senhor? No laço que armaram, os armadores foram laçados.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.