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sábado, 26 de setembro de 2015

Lucas 9.1-62 - UM DESAFIO PARA VOCÊ: SIGA A JESUS!

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 9, parte III.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50) - continuação.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o ministério público de Jesus na Galileia.
Para melhor compreendermos os detalhes desta parte, dividimos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão em Nazaré (4.14-30) – já vimos; B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – já vimos; C. A escolha dos doze (6.12-16) – já vimos; D. O sermão na planície (6.17-49) – já vimos; E. Curas milagrosas (7.1-17) – já vimos; F João Batista (7.18-35) – já vimos; G. Jesus e uma mulher (7.36-50) – já vimos; H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56) – já vimos; e, I. Jesus prepara os doze (9.1-50) – veremos agora.
Uma breve síntese do capítulo 9.
Dos versos de 1 a 50, veremos que Jesus prepara os doze. Lucas encerra o seu relato a respeito do ministério de Jesus na Galileia ao narrar as várias maneiras que Jesus utilizou para preparar seus discípulos, visando ao futuro ministério deles.
Evidentemente, os doze não estavam juntos o tempo todo (alguns tinham lar e família), mas aqui Jesus os reuniu para essa missão importante. Ele "deu-lhes poder e autoridade" sobre demônios e doenças, e comissionou-os para continuarem a sua obra de pregação e cura.
Deu-lhes poder e autoridade e os enviou a pregar e a curar. Eu creio nisso piamente, mas não creio que sou Deus ou que tenha a solução dos problemas de cada um ou que possa, milagrosamente, pregar e ministrar a cura eficazmente. Eu bem que gostaria! Não me faltarão a fé e a ousadia necessárias para pregar e curar.
Os discípulos deveriam levar para a viagem apenas o mínimo, confiando em Deus para suprir suas necessidades. Eles não deveriam levar com eles: nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas – vs. 3.
O relato paralelo em Marcos permitia que levassem um bordão (Mc 6.8). Mt 10.9-10 registra que não deveriam levar bordão, presumivelmente além daquele que já possuíam. Já o alforje era uma espécie de bolsa dupla carregada sobre os ombros, onde o viajante guarda suas coisas.
Também os discípulos deveriam contar com a hospitalidade das pessoas. A ordem para permanecerem em apenas uma casa limitava o período de tempo que ficariam em cada lugar.
Em qualquer casa que entrassem, poderiam ficar nela, mas se não o recebessem, era para eles sacudirem o pó dos seus pés. Os judeus rigorosos retiravam o pó de seus pés quando retornavam de território gentio. A ação dos discípulos simbolizava que aqueles que rejeitassem a pregação estariam excluídos da aliança com Deus.
Herodes Antipas, que governava a Galileia ouvira todas as coisas que por ele foram feitas e estava em dúvida se João tinha ressuscitado dentre os mortos. No final, até Herodes passou a adotar essa opinião (Mc 6.16), porém aqui ele apenas refletiu que João estava morto. O próprio Herodes havia mandado decapitar João.
Ao regressarem, alegres, os discípulos contaram tudo o que tinha acontecido com eles. Jesus os toma consigo e os leva para um lugar deserto, em Betsaida. Este era um lugar reservado, evidentemente com a finalidade de relatar a viagem para Jesus e descansar. Betsaida, deve significar "na vizinhança de Betsaida", uma vez que era um "lugar deserto" (vs. 12).
Veremos dos vs. 11 ao 17, o único milagre, além da ressurreição, registrado em todos os Evangelhos.
Onde Jesus estava, ali estava uma multidão sedenta que o seguia – vs. 11 – e ele as acolhia. Um ato gracioso de Jesus, uma vez que buscava uma oportunidade para descansar.
As multidões seguiam a Jesus e em dado momento não tinham o que comer e estavam longe. Qual a saída? Dar-lhes de comer!
Jesus lhes tinha dado um problemão e os testara para ver suas reações. Ele poderia ter deixado o povo sem o alimentar. Porque Jesus se preocupou com isso uma vez que cada um tinha sua própria vida? A razão, para mim, é que Deus se importa conosco!
Qual era o desafio proposto aos discípulos? Alimentar o povo (saciar uma necessidade básica e fundamental do povo). O que percebemos:
ü  Foi Jesus que viu o povo
ü  Foi Jesus que identificou a necessidade do povo (o povo nem estava pedindo comida!).
ü  Foi Jesus que se propôs saciar a necessidade do povo – ele até instigou os discípulos para ver o que fariam
ü  Foi Jesus que saciou a necessidade do povo.
A lição de Jesus ali era clara: era como se ele estivesse dizendo nas entrelinhas: eu sou o pão da vida! O verdadeiro pão que alimenta e satisfaz! Aquele que comer do pão que eu lhe der, jamais terá fome. (Jo 6: 33-40). Vejam mais desta pregação e confiram no link abaixo:
Depois de comerem todos e ficarem saciados, ainda colheram do que sobrou doze alcofas de pedaços.
Agora estava ele só, orando, como costume. O tempo todo Jesus e seus discípulos estavam ORANDO, saindo, percorrendo aldeias, povoados e ministrando ao povo a palavra de Deus e curando toda sorte de doenças e enfermidades dentre o povo.
Ele então pergunta aos seus qual era a fama que tinha ou o que o povo dizia sobre ele, até que lhes pergunta diretamente a eles: e vós o que dizeis que eu sou? A palavra "vós" é enfática e separa os discípulos da multidão.
Pedro é quem responde sem vacilar que ele era o Cristo. Um termo que significa "ungido" (isto é, separado para uma missão especial). Quando o artigo definido é acrescentado, “o Cristo", a referência passa a ser àquele que Deus escolheu acima de todos os outros, aquele que traria a salvação, "o Ungido".
A resposta de Pedro foi uma análise perspicaz, porém não foi uma descoberta humana, mas uma revelação de Deus (Mt 16.17).
Os discípulos seriam quase que certamente mal compreendidos se tivessem dito isso a qualquer pessoa, pois as pessoas pensariam que estavam proclamando um salvador político. Jesus explicou que o seu papel como Cristo exigiria sofrimento, rejeição e morte, mas ressuscitaria – vs. 22.
Agora ele dizia a todos que deveriam segui-lo para tomarem a sua cruz. Significa renunciar às ambições egoístas, implicando na morte de todo um estilo de vida.
Jesus e o apelo para segui-lo – se não o seguirmos, para onde iremos nós? É forte isso! Não adiantaria ganhar o mundo inteiro e estar sem ele. Qualquer um que dele se envergonhasse também, logo dele se envergonharia o Filho do homem, em sua volta.
Dos ali presentes, alguns não morreriam ser verem o reino de Deus. Sugestões quanto ao significado dessa frase incluem: a transfiguração de Jesus, a ressurreição e a ascensão de Jesus, o Pentecostes, a expansão do evangelho, a destruição de Jerusalém ou a segunda vinda de Cristo (Mt 16.28).
O tempo passa e já depois de oito dias ocorre a transfiguração de Jesus com o aparecimento de Moisés e Elias e o testemunho do Pai sobre o Filho na nuvem.
Lucas menciona com frequência as orações de Jesus, deixando claro que Jesus orava repetidamente. Nessa ocasião em particular, a aparência de Jesus mudou enquanto orava, embora a natureza dessa transformação não seja explicada.
A expressão relacionada aos oito dias era usada com frequência para indicar "aproximadamente uma semana". Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e a João e subiram a um monte. Não sabemos a localização desse monte. Embora tradicionalmente o monte Tabor seja apontado, fica longe de Cesareia de Filipe e era habitado nessa época. O monte Hermom é o local mais plausível.
Foi durante sua oração que ele se transfigurou diante deles e até suas vestes ficaram brancas e resplandecentes. Nesse momento é que surgem dois varões. Moisés, o doador da lei, e Elias, o representante dos profetas.
Eles apareceram a eles em glória e falavam da sua morte, ou se sua partida, a qual deveria se cumprir em Jerusalém. Literalmente, essa partida era "seu êxodo" (isto é, sua morte; 2Pe 1.15 usa o mesmo termo grego). Somente o Evangelho de Lucas registra essa conversa. O fato de que a partida, ou morte, de Jesus tenha sido abordada até mesmo durante a revelação de sua glória demonstra a sua centralidade.
A transfiguração pode ter ocorrido à noite, pois o vs. 37 se refere ao "dia seguinte"; além do mais, às vezes Jesus orava a noite inteira (6.12). Eles estavam sonolentos e dormiram, mas despertaram e vira a glória de Jesus e dos dois homens que estavam com ele.
Pedro, sem saber o que dizer, fala de construir ali três tendas. Pedro queria prolongar essa experiência ao sugerir a construção das tendas para acomodar, e possivelmente deter, os visitantes celestiais.
Ato contínuo, uma nuvem os envolve. Assim como no Antigo Testamento, as nuvens são associadas à presença de Deus. De dentro da nuvem, uma voz que testemunhava aos homens de Cristo: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi – vs. 35.
Essa frase enfatiza a escolha divina e o relacionamento com o Pai, destacando a superioridade de Jesus em relação a Moisés e Elias. A ele ouvi significa que as palavras de Jesus têm autoridade divina.
Depois disso, desceram e já, novamente, uma grande multidão em torno deles. O alvoroço na multidão apontava para um homem que tinha um problema com seu filho que estava possesso, mas os discípulos que ficaram no pé do monte não puderam expulsá-lo. Observe o contraste entre a glória no topo do monte e a inabilidade dos discípulos para derrotar as forças do mal na planície. É interessante observar que eles já haviam expulsado demônios antes disso (vs. 1-6; cf. Mc 9.29).
Jesus os repreende e os chama de geração incrédula e perversa! Até quando – ele pergunta – estaria com eles e eles sofreriam? Essas palavras parecem ter sido dirigidas ao povo sem fé que ia até Jesus, certamente presumindo que ele não tivesse poder para ajudá-los.
Em contraste, o pai demonstrou fé, ainda que imperfeita (Mc 9.24). Jesus então repreende o espírito imundo, cura o menino e o entrega são e salvo ao seu pai. Diante disso, todos ficaram pasmos e maravilhados.
No entanto, Jesus adverte os seus discípulos que sua hora estava chegando apressadamente. Uma palavra enfática: em contraste com a descrença geral, os discípulos deveriam agir de modo diferente. Jesus profetizou a sua paixão em termos gerais, mas eles não compreenderam.
A palavra de Jesus tinha sido a eles encoberta – vs. 45. Pode significar que as forças do mal impediam os discípulos de compreender, ou que, antes da ressurreição, seria difícil para seus seguidores aceitarem a verdade de que a salvação teria de vir por meio da morte de Jesus.
Agora surgia uma questão sobre quem seria o maior no reino de Deus. Parece mesmo que não tinham entendido nadinha. Lucas faz um contraste entre a preocupação de Jesus com os outros e a preocupação dos discípulos com eles mesmos.
Na antiguidade, a criança era indefesa e considerada sem importância. Preocupar-se com elas e assumir voluntariamente as menores posições é o que significa ser grande. A pessoa verdadeiramente grande é aquela humilde e que não procura se impor (como os discípulos presumiram erroneamente).
Em seguida viu João alguém pregar e expulsar demônios e proibiu-o por não estar com eles. Para João, não era suficiente que esse homem realizasse milagres em nome de Jesus; o escritor do Evangelho pensava que ele também deveria "seguir conosco".
Jesus salientou que não existe neutralidade na guerra contra o mal; logo, aqueles que não são contra nós, estão a nosso favor - um teste que podemos aplicar adequadamente aos outros. Em Lc 11.23, encontramos um teste que devemos aplicar a nós mesmos.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27).
Quando Jesus deixou a Galileia, muitas coisas ocorreram enquanto viajava para Jerusalém: ele ensinou as multidões e realizou muitos milagres. Lucas salientou a misericórdia de Jesus ao ministrar às mulheres, às crianças e aos pecadores, e também enfatizou o custo de ser um discípulo de Jesus.
Até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Essa quarta parte será dividida conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – começaremos a ver agora; B. Ensino sobre oração (11.1-13); C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26); D. Bênção e julgamento (11.27-13.9); E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17); F O reino de Deus (13.18-14.24); G. Ensino sobre discipulado (14.25-35); H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32); I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42).
Doravante até o próximo capítulo, veremos o ensino sobre o discipulado. À medida que Jesus caminhava para Jerusalém, fornecia instruções aos seus discípulos que seriam de grande importância posteriormente, quando eles teriam de dar prosseguimento à liderança cristã sem a presença física de Jesus.
O grupo de pessoas que viajava com Jesus era grande o suficiente para esgotar os recursos de uma pequena aldeia, caso aparecessem sem avisar. Assim, Jesus mandou mensageiros para prevenir com antecedência, mas deparou com a tradicional hostilidade dos samaritanos contra os judeus.
Eles não o receberam e seus discípulos já pensavam em fazer cair sobre eles fogo dos céus, mas Jesus os repreendeu dizendo que não sabiam de que espírito eles eram, pois Jesus tinha vindo ao mundo para salvar os pecadores e não destruí-los. Com a recusa, Jesus se dirigiu com seus discípulos a outra aldeia.
No caminho, surge alguém que queria seguir a Jesus. Jesus testava as pessoas que queriam ser discípulos; o primeiro homem fez uma boa profissão, porém não percebeu que o custo do discipulado poderia envolver a privação do lar.
Se o pai desse homem estava vivo, então suas palavras indicam que ele queria tomar conta do pai até que este morresse. Se o pai estava morto, as palavras de Jesus foram mais chocantes, pois a piedade paternal exigia que o filho cuidasse dos preparativos para o enterro do pai. Em qualquer dos casos, Jesus estava dizendo que as exigências do reino ultrapassam qualquer lealdade terrena.
Depois outro que queria seguir a Jesus queria primeiramente se despedir dos que estavam em sua casa. Pode ter havido alguma relutância por trás da disposição de servir desse homem. Jesus deixa claro que o reino exige que seus seguidores, quando chamados, caminhem para frente e não olhem para trás.
Lc 9:1 Tendo Jesus convocado os doze,
deu-lhes
poder
e autoridade
sobre todos os demônios,
e para efetuarem curas.
Lc 9:2 Também os enviou
a pregar o reino de Deus
e a curar os enfermos.
Lc 9:3 E disse-lhes:
Nada leveis para o caminho:
nem bordão,
nem alforje,
nem pão,
nem dinheiro;
nem deveis ter duas túnicas.
Lc 9:4 Na casa em que entrardes,
ali permanecei
e dali saireis.
Lc 9:5 E onde quer que não vos receberem,
ao sairdes daquela cidade,
sacudi o pó dos vossos pés
em testemunho contra eles.
Lc 9:6 Então, saindo,
percorriam todas as aldeias,
anunciando o evangelho
e efetuando curas por toda parte.
Lc 9:7 Ora, o tetrarca Herodes soube de tudo o que se passava
e ficou perplexo, porque alguns diziam:
João ressuscitou dentre os mortos;
Lc 9:8 outros:
Elias apareceu;
e outros:
Ressurgiu um dos antigos profetas.
Lc 9:9 Herodes, porém, disse:
Eu mandei decapitar a João;
quem é, pois, este a respeito do qual
tenho ouvido tais coisas?
E se esforçava por vê-lo.
Lc 9:10 Ao regressarem,
os apóstolos relataram a Jesus
tudo o que tinham feito.
E, levando-os consigo,
retirou-se à parte para uma cidade chamada Betsaida.
Lc 9:11 Mas as multidões,
ao saberem,
seguiram-no.
Acolhendo-as,
falava-lhes a respeito do reino de Deus
e socorria os que tinham necessidade de cura.
Lc 9:12 Mas o dia começava a declinar.
Então,
se aproximaram os doze e lhe disseram:
Despede a multidão,
para que, indo às aldeias e campos circunvizinhos,
se hospedem e achem alimento;
pois estamos aqui em lugar deserto.
Lc 9:13 Ele, porém, lhes disse:
Dai-lhes vós mesmos de comer.
Responderam eles:
Não temos mais que cinco pães e dois peixes,
salvo se nós mesmos formos comprar comida
para todo este povo.
Lc 9:14 Porque estavam ali cerca de cinco mil homens.
Então, disse aos seus discípulos:
Fazei-os sentar-se em grupos de cinqüenta.
Lc 9:15 Eles atenderam,
acomodando a todos.
Lc 9:16 E, tomando os cinco pães e os dois peixes,
erguendo os olhos para o céu,
os abençoou,
partiu
e deu aos discípulos
para que os distribuíssem entre o povo.
Lc 9:17 Todos comeram e se fartaram;
e dos pedaços que ainda sobejaram
foram recolhidos doze cestos.
Lc 9:18 Estando ele orando à parte,
achavam-se presentes os discípulos, a quem perguntou:
Quem dizem as multidões que sou eu?
Lc 9:19 Responderam eles:
João Batista, mas outros, Elias; e ainda outros dizem
que ressurgiu um dos antigos profetas.
Lc 9:20 Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou?
Então, falou Pedro e disse:
És o Cristo de Deus.
Lc 9:21 Ele, porém,
advertindo-os,
mandou que a ninguém declarassem tal coisa,
Lc 9:22 dizendo:
É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas,
seja rejeitado
pelos anciãos,
pelos principais sacerdotes
e pelos escribas;
seja morto
e, no terceiro dia, ressuscite.
Lc 9:23 Dizia a todos:
Se alguém quer vir após mim,
a si mesmo se negue,
dia a dia
tome a sua cruz
e siga-me.
Lc 9:24 Pois quem quiser salvar a sua vida
perdê-la-á;
quem perder a vida por minha causa,
esse a salvará.
Lc 9:25 Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro,
se vier a perder-se
ou a causar dano a si mesmo?
Lc 9:26 Porque qualquer que de mim
e das minhas palavras se envergonhar,
dele se envergonhará o Filho do Homem,
quando vier na sua glória
e na do Pai e dos santos anjos.
Lc 9:27 Verdadeiramente, vos digo:
alguns há dos que aqui se encontram que,
de maneira nenhuma,
passarão pela morte até que vejam
o reino de Deus.
Lc 9:28 Cerca de oito dias depois de proferidas estas palavras,
tomando consigo a Pedro, João e Tiago,
subiu ao monte com o propósito de orar.
Lc 9:29 E aconteceu que,
enquanto ele orava,
a aparência do seu rosto se transfigurou
e suas vestes resplandeceram de brancura.
Lc 9:30 Eis que dois varões falavam com ele:
Moisés e Elias,
Lc 9:31 os quais apareceram em glória
e falavam da sua partida,
que ele estava para cumprir em Jerusalém.
Lc 9:32 Pedro e seus companheiros
achavam-se premidos de sono;
mas, conservando-se acordados,
viram a sua glória
e os dois varões
que com ele estavam.
Lc 9:33 Ao se retirarem estes de Jesus, disse-lhe Pedro:
Mestre, bom é estarmos aqui;
então, façamos três tendas:
uma será tua,
outra, de Moisés,
e outra, de Elias,
não sabendo, porém, o que dizia.
Lc 9:34 Enquanto assim falava,
veio uma nuvem
e os envolveu;
e encheram-se de medo
ao entrarem na nuvem.
Lc 9:35 E dela veio uma voz, dizendo:
Este é o meu Filho, o meu eleito;
a ele ouvi.
Lc 9:36 Depois daquela voz,
achou-se Jesus sozinho.
Eles calaram-se
e, naqueles dias,
a ninguém contaram coisa alguma do que tinham visto.
Lc 9:37 No dia seguinte,
ao descerem eles do monte,
veio ao encontro de Jesus grande multidão.
Lc 9:38 E eis que,
dentre a multidão,
surgiu um homem, dizendo em alta voz:
Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único;
Lc 9:39 um espírito se apodera dele,
e, de repente, o menino grita,
e o espírito o atira por terra,
convulsiona-o até espumar;
e dificilmente o deixa,
depois de o ter quebrantado.
Lc 9:40 Roguei aos teus discípulos que o expelissem,
mas eles não puderam.
Lc 9:41 Respondeu Jesus:
Ó geração incrédula e perversa!
Até quando estarei convosco e vos sofrerei?
Traze o teu filho.
Lc 9:42 Quando se ia aproximando,
o demônio o atirou no chão
e o convulsionou;
mas Jesus
repreendeu o espírito imundo,
curou o menino
e o entregou a seu pai.
Lc 9:43 E todos ficaram maravilhados
ante a majestade de Deus.
Como todos se maravilhassem de quanto Jesus fazia,
disse aos seus discípulos:
Lc 9:44 Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras:
o Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens.
Lc 9:45 Eles, porém, não entendiam isto,
e foi-lhes encoberto para que o não compreendessem;
e temiam interrogá-lo a este respeito.
Lc 9:46 Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.
Lc 9:47 Mas Jesus, sabendo o que se lhes passava no coração,
tomou uma criança,
colocou-a junto a si
Lc 9:48 e lhes disse:
Quem receber esta criança em meu nome
a mim me recebe;
e quem receber a mim
recebe aquele que me enviou;
porque aquele que entre vós for o menor de todos,
esse é que é grande.
Lc 9:49 Falou João e disse:
Mestre, vimos certo homem que,
em teu nome,
expelia demônios
e lho proibimos,
porque não segue conosco.
Lc 9:50 Mas Jesus lhe disse:
Não proibais;
pois quem não é contra vós outros
é por vós.
Lc 9:51 E aconteceu que,
ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu,
manifestou, no semblante,
a intrépida resolução de ir para Jerusalém
Lc 9:52 e enviou mensageiros
que o antecedessem.
Indo eles,
entraram numa aldeia de samaritanos
para lhe preparar pousada.
Lc 9:53 Mas não o receberam,
porque o aspecto dele era de quem,
decisivamente, ia para Jerusalém.
Lc 9:54 Vendo isto,
os discípulos Tiago e João perguntaram:
Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?
Lc 9:55 Jesus, porém,
voltando-se os repreendeu [e disse:
Vós não sabeis de que espírito sois].
Lc 9:56 [Pois o Filho do Homem não veio para destruir
as almas dos homens, mas para salvá-las.]
E seguiram para outra aldeia.
Lc 9:57 Indo eles caminho fora, alguém lhe disse:
Seguir-te-ei para onde quer que fores.
Lc 9:58 Mas Jesus lhe respondeu:
As raposas têm seus covis,
e as aves do céu, ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
Lc 9:59 A outro disse Jesus:
Segue-me!
Ele, porém, respondeu:
Permite-me ir primeiro sepultar meu pai.
Lc 9:60 Mas Jesus insistiu:
Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.
Tu, porém,
vai
e prega o reino de Deus.
Lc 9:61 Outro lhe disse:
Seguir-te-ei, Senhor;
mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa.
Lc 9:62 Mas Jesus lhe replicou:
Ninguém que, tendo posto a mão no arado,
olha para trás
é apto para o reino de Deus.
Vamos seguir a Jesus? Ou será que ainda temos de ficar enterrando mortos ou se despedindo dos de casa? Jesus não tinha onde reclinar a cabeça e eu tenho de ter o melhor desta terra? Estranho discurso da teologia da prosperidade... Eu prefiro mesmo a glória de Deus! E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Lucas 9:58. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. Lucas 9:62.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.