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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Oseias 7:1-16 - A INIQUIDADE DOS REIS E DOS PRÍNCIPES QUE NÃO SE VOLTAVAM PARA DEUS DE CORAÇÃO.

Estamos fazendo nossa devocional de hoje no capítulo 7, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2) – finalizaremos agora; c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16) – veremos agora; e, d. A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2) - continuação.
Até o segundo versículo, deste, estaremos, como já dissemos, vendo que o arrependimento hipócrita resultou em derrota.
Se o povo sinceramente se arrependesse, o Senhor o perdoaria. De qualquer modo, as ações do povo revelavam o seu verdadeiro caráter. Deus estava querendo mudar a sorte deles e promover a cura, mas o povo não se arrependia.
ü  Descobrem-se a corrupção de Efraim deixando destarte o seu mal exposto.
ü  Descobrem-se também as maldades de Samaria, pois:
§  Praticavam a falsidade.
§  Entravam os ladrões nas casas.
§  Bandidos roubavam nas ruas.
Eles estavam se enganando a si mesmos com a sua hipocrisia (GI 6.7). O falso arrependimento deles não era suficiente porque Deus conhecia os pecados do povo. Compare com SI 51.3.
c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16)
Doravante, até o final deste capítulo estaremos vendo a corrupção política que resultou em derrota. Oseias tratou da corrupção política como a causa da iminente derrota na guerra.
Eles estavam sendo chamados de adúlteros e comparados ao forno aceso pelo padeiro que somente cessava de atiçar o fogo desde que sovou a massa até que ela toda fosse levedada.
Era essa uma metáfora que Oseias usou para pintar um quadro vívido da malícia, infidelidade e maldade que se auto propagavam, que infestaram a vida política de Israel durante seus últimos dias e levaram a uma série de assassinatos violentos de seus reis (2Rs 15.8-30). O assassinato de Peca, por Oseias (2Rs 15.30), pode ter estado por trás dessa profecia.
Aqueles falsos sacerdotes que se aliaram aos usurpadores do trono se aproximavam do rei e dos príncipes para os alegrarem com suas malícias. Mas eram justamente os reis e os príncipes aqueles que deveriam proporcionar uma liderança ética, no entanto, estavam saboreando, em vez disso, a maldade e a traição das pessoas ao seu redor (2Rs 15.8-30).
Estavam sendo chamados de adúlteros – vs. 4 – aqueles que eram infiéis à aliança (cf. 2.4; 4.13-14; Jr 9.2; 23.10).
Além de adúlteros, na coroação ou o aniversário real, o motivo gerava oportunidades para a bebedeira, que inflamava a perversidade (cf. 1Rs 16.9-10; Is 28.7-10; Am 6.1-7). Eles ficavam completamente excitados pelo vinho e essa condição destituía a casa real da capacidade de julgar de maneira sóbria (Pv 31.4,5).
Os sacerdotes estavam tão acostumados com o pecado e com a luxuria que eles mesmos eram os escarnecedores que se ardiam de paixões políticas.
Mesmo no meio do tumulto em que quatro reis foram assassinados em vinte anos (2Rs 15.8-30), nenhum dos juízes (que deveriam dar o exemplo) clamou a Deus.
E o que faziam? Somente se misturavam com os povos, com inconstantes alianças de Israel com o Egito, a Filístia, a Síria e a Assíria. Foram comparados a um pão que não fora virado, uma massa colocada sobre o carvão ou prensada nas laterais do forno quente, que devia ser virada uma ou duas vezes para que ficasse devidamente assada.
Israel era como um inútil pão semiassado ou queimado porque se recusou a voltar ao Senhor. Era essa uma ilustração sarcástica para os incompetentes políticos da nação.
Nações estrangeiras estavam sugando sua força e energia, mas não percebiam. A cinza estava se espalhando pelo seu cabelo, mas ele nem reparava. A falta de autoconhecimento político estava levando eles à falta do conhecimento de Deus.
A arrogância de Israel – esse orgulho inflexível que cegou Israel e testificou contra a nação (cf. 5.5) - testificava contra ele, mas, apesar de tudo isso, ele não se voltavam para o Senhor, para o seu Deus, e não o buscavam. Voltar-se para o Senhor era a única esperança de Israel (3.5; 5.4; Am 4.6-12).
Efraim, no verso 11, está sendo comparado a uma pomba, um pássaro que tinha a fama de ter pouca inteligência e de ser facilmente pego. Além de estar sendo enganada e não ter entendimento, chamavam pelo Egito e iam para a Assíria. Como um pássaro confuso, Israel voava alvoroçado, de uma nação para a outra, em busca de segurança e proteção.
Conforme a BEG, o rei Menaém se sujeitou à Assíria e pagou um pesado tributo (2Rs 15.19-20), mas o rei Peca era contra os assírios, e formou uma coalizão com a Síria (2Rs 15.29,37; 16.5), e o rei Oseias trocou a aliança com a Assíria pela aliança com o Egito (2Rs 17.3-4).
De nada iria adiantar coisa alguma que fizessem em aliança, pois que a rede do julgamento do Senhor iria cair sobre o inconstante Israel.
Ai deles é a exclamação do vs. 13 que introduz uma terrível ameaça. O ai era devido porque fugiram do Senhor, porque se rebelaram contra o Deus de Israel e assim a destruição viria sobre eles.
Deus mesmo diz que ele os remiria. A complexidade do relacionamento de Deus com Israel é expressa. Diz-nos a BEG que Ele ansiava por redimir o seu povo assim como Jesus ansiava pela redenção de Jerusalém (Mt 23.37), mas a redenção não aconteceria por causa da contínua rebelião do povo.
O termo também usado na lei mercantil, “remir” que significa "comprar de volta" (Lv 27.27-31), foi usado para referir-se à libertação de Israel da escravidão (13.14; Ex 15.13; Dt 7.8; 9.26; Os 13.14).
No entanto, não valorizavam a remissão, antes falavam mentiras contra o Senhor. Talvez (BEG) uma referência às falsas ideias sobre o Senhor incorporadas à religião israelita ou a palavras não sinceras de arrependimento (6.1-3) ou, de modo mais genérico, às promessas quebradas da aliança.
Ao invés de clamarem a Deus por salvação imitavam outros povos com suas rezas e mandingas, clamando, dando uivos e se ajuntando licenciosamente.
O grito de socorro dado por Israel, usando essas práticas adotadas na adoração cananeia (clamar, uivar, reunir-se ou, talvez, automutilar-se - cf. Lv 19.28; Dt 14.1; 1 Rs 18.26-29) não seria levado em conta diante da aliança quebrada.
Não era de coração que estariam voltando. O povo fingia o arrependimento, mas essa dissimulação não era aceitável (6.1-4).
O que adianta voltar, mas não para Deus? Em vez de se voltar para Deus (7.14), os israelitas se voltaram para as nações estrangeiras e para as práticas religiosas cananeias.
Livro de Oseias – capítulo 7:
1 ao querer eu sarar a Israel,
descobrem-se a corrupção de Efraim
e as maldades de Samária;
porque praticam a falsidade;
o ladrão entra, e a horda dos salteadores despoja por fora.
2 Não consideram no seu coração que eu me lembro
de toda a sua maldade;
agora, pois, os cercam as suas obras;
diante da minha face estão.
3 Com a sua malícia alegram ao rei,
e com as suas mentiras aos príncipes.
4 Todos eles são adúlteros;
são semelhantes ao forno aceso,
cujo padeiro cessa de atear o fogo desde
o amassar a massa até que seja levedada.
5 E no dia do nosso rei os príncipes se tornaram doentes
com a excitação do vinho; o rei estendeu a sua mão
com escarnecedores.
6 Pois têm preparado o coração como um forno,
enquanto estão de espreita;
toda a noite dorme a sua ira;
pela manhã arde como fogo de chama.
7 Eles estão todos quentes como um forno,
e devoram os seus juízes;
todos os seus reis caem;
ninguém entre eles há que me invoque.
8 Quanto a Efraim, ele se mistura com os povos;
Efraim é um bolo que não foi virado.
9 Estrangeiros lhe devoram a força,
e ele não o sabe;
 também as cãs se espalham sobre ele,
e não o sabe.
10 E a soberba de Israel testifica contra ele;
todavia, não voltam para o Senhor seu Deus,
nem o buscam em tudo isso.
11 Pois Efraim é como uma pomba, insensata, sem entendimento;
invocam o Egito, vão para a Assíria.
12 Quando forem, sobre eles estenderei a minha rede,
 e como aves do céu os farei descer;
castigá-los-ei, conforme o que eles têm ouvido
na sua congregação.
13 Ai deles! porque se erraram de mim;
destruição sobre eles!
porque se rebelaram contra mim.
Quisera eu remi-los, mas falam mentiras contra mim.
14 Não clamam a mim de coração,
mas uivam nas suas camas;
para o trigo e para o mosto se ajuntam,
mas contra mim se rebelam.
15 Contudo fui eu que os ensinei,
e lhes fortaleci os braços;
entretanto maquinam o mal contra mim.
16 Eles voltam, mas não para o Altíssimo.
Fizeram-se como um arco enganador;
caem à espada os seus príncipes,
por causa da insolência da sua língua;
este será o seu escárnio na terra do Egito.
Eles então, por não se voltarem a Deus, se fizeram como um arco enganoso ou defeituoso - compare com SI 78.57. Eles se fizeram inúteis e como líderes seriam mortos à espada, justamente por causa dessa insolência na língua deles na qual se dirigiam contra Deus e contra os seus profetas (6.5). O tema principal em toda essa seção é a derrota na guerra.
Os egípcios logo escarneceriam diante da queda daqueles que solicitaram a sua ajuda apenas de modo intermitente. 
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.