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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Oseias 6:1-11- CONHEÇAMOS E PROSSIGAMOS EM CONHECER AO SENHOR.

Estamos fazendo nossa devocional de hoje no capítulo 6, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2) – começaremos agora; c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16); e, d. A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2).
Até o segundo versículo, do próximo capítulo, estaremos vendo o arrependimento hipócrita resultou em derrota.
Esse é o arrependimento hipócrita que resulta em derrota. A menção do arrependimento como a solução para o julgamento divino levantou a questão do arrependimento hipócrita de Israel.
Esse cântico de arrependimento usa as imagens de 5.11-14, mas parece superficial em sua entonação (cf. 6.4). O Senhor respondeu a essa hipocrisia com um julgamento severo.
Enquanto os capítulos 4 e 5 começam com “ouvi”, este começa com um “vinde e tornemo-nos para o Senhor”. Talvez os sacerdotes tenham sido citados aqui como Israel o foi em 2.7.
O chamado para o retorno ao Senhor é uma das principais mensagens do livro (2.7; 3.5; 5.4,15). Os verdadeiros arrependimento e conversão deveriam trazer a reconciliação que pode incluir a cura e o cuidado das feridas (cf. Dt 32.39). As palavras que se seguem, todavia, indicam que esse arrependimento não foi genuíno.
O versículo de fato é muito bonito:
·         Vinde, e tornemos para o Senhor,
ü  porque ele despedaçou
§  e nos sarará;
ü  fez a ferida,
§  e no-la atará.
Ele é o Senhor que em sua soberania permite que sejamos despedaçados para correção e depois o mesmo que nos sarará; o Deus que faz em nós a ferida e o mesmo que nos atá para curar.
A quem devemos temer então? Ao diabo e aos seus anjos? Aos poderes das trevas e as forças ocultas?
Não! Devemos temer somente a Deus e dar-lhe glórias – Ap. 14.7 -, mas devemos ser sábios que nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra esses principados nas regiões celestes – Ef 6.11-13.
ü  A quem devemos temer? Somente a Deus!
ü  Contra quem devemos lutar? Contra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.
A hipocrisia fica evidente pelo fato de o povo ainda não reconhecer quão sérias haviam sido suas ofensas.
No entanto, Deus prometeu que nos ressuscitaria e nos levantaria novamente. Uma clara alusão ao ressuscitamento do Messias e de todos os que nele têm essa vívida esperança.
A BEG nos diz que a palavra hebraica significa "levantar"; uma forma parecida é traduzida por "despertai", em Is 26.19. Paulo, possivelmente, fez alusão a esse versículo em 1 Co 15.4, ao falar da ressurreição de Cristo Jesus.
Após isso é que poderíamos viver diante dele para sempre. (Veja o SI 16.11.) Uma esperança central de restauração era que a presença de Deus seria restaurada entre o seu povo (Jr 24.7; Ez 37.27).
É somente depois desse ressuscitamento e desse levantar que o desafio é feito para conhecermos e prosseguirmos em conhecer ao Senhor.
Esse segundo chamado (cf. 6.1) para conhecer e aceitar a aliança do Senhor com o coração e a vida é o centro da mensagem de Oseias (2.8,20; 4.1,6; 5.4; 6.6).
Na versão NVI, o mesmo versículo é traduzido da seguinte forma: Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra.
Oséias emprega metáforas que comparam a confiabilidade de Deus aos recorrentes fenômenos da natureza. Ou seja, a certeza do nascer do sol para os vivos e a vinda das chuvas de primavera que regam a terra são eventos que estão intimamente atrelados à vida, dando-lhe suporte e a sustentando.
O verbo conhecer em Oséias se refere ao verbo hebraico yadha que, conforme à época não tinham o mesmo significado que conhecer, ginoskw, no grego. O conhecer da filosofia grega é mais abstrato, enquanto que o conhecer do hebraico é mais prático e experimental.[1]
ü  yada: conhecer[2]
ü  Original Word: יָדַע
ü  Part of Speech: Verbo
ü  Transliteration: yada
ü  Phonetic Spelling: (yaw-dah')
ü  Short Definition: conhecer, conhecimento.
Até ao verso 11, Deus responderá ao arrependimento hipócrita que estava acontecendo em Israel.
No verso quatro, Deus lamentou a qualidade transitória da aliança de amor de Israel e Judá, fazendo um contraste entre esse amor e a sua própria fidelidade (vs. 3) usando mais ilustrações da natureza. Enquanto Deus era o sol e a chuva serôdia, aqui eles eram a nuvem da manhã e o orvalho que logo passa, ou seja, não tinham raízes em si mesmos.
No verso cinco, Deus responde a pergunta do vs. 4. Deus usava os profetas para transmitir mensagens de advertência e julgamento. Como a luz do sol que a cada manhã dissipa as trevas, a justiça de Deus prossegue consistente e inevitavelmente (cf. SI 37.6), expondo os pecados dos que quebraram a aliança.
Deus estava requerendo deles conversão e arrependimento verdadeiros e não rituais e cerimonias ocas e vazias que serviam apenas para ilusão e engano do que para mostrar piedade e temor a Deus. A fidelidade à aliança - lealdade não rituais mecânicos -, era requerida do povo da aliança (veja SI 51; Mq 6.8).
Dos versos de 7 ao 10, Deus demonstrou a hipocrisia da nação ao apresentar rapidamente a lista de seus pecados. Esses versículos apresentam vários locais considerados de má fama nos dias de Oseias. Embora não saibamos os detalhes, o registro serve para incriminar toda a nação (vs. 10).
A BEG nos diz sobre o uso de Adão como referencia da transgressão que a alusão não está clara. Três possíveis referências são propostas:
(1)   Adão como sendo o primeiro homem (Gn 3).
(2)   Ou como sendo um local, a antiga cidade de Adã, próxima ao rio Jordão (Js 3.16), junto a Gileade, no vs. 8 e Siquém, no vs. 9. Essa é a tradução proposta pela NVI.
Com relação à Gileade, região montanhosa ao norte da Transjordânia, mas a palavra pode referir-se a uma cidade chamada Adã. Ela era considerada a cidade dos que praticavam a injustiça. Termo usado frequentemente nos Salmos para descrever os inimigos dos justos e do Senhor. Outra característica dela era o fato de estar manchada de sangue, talvez uma alusão aos cinquenta homens de Gileade envolvidos no assassinato de Pecaías (2Rs 15.25).
(3)   Ou ainda, como sendo a humanidade. A doutrina da aliança de Deus com Adão baseia-se em fatores diferentes da interpretação dessa passagem: os elementos de uma aliança estavam presentes no relacionamento de Deus com Adão (Gn 1-3).
Independente delas, o fato é que eles haviam se portado aleivosamente contra o Senhor, ou seja, quebraram a aliança e foram infiéis.
Os sacerdotes que teriam a função de serem os representantes do povo diante de Deus ao intercederem por eles, aqui, no verso 9, são citados como hordas de salteadores que espreitam alguém na estrada de Siquém (importante centro religioso e político - Dt 27.4,12-14; Js 8.30; 20.7; 24.1,25; Jz 9; 1Rs 12.1,25) e ainda como aqueles que estariam cometendo outros crimes vergonhosos.
Livro de Oseias – capítulo 6:
1 Vinde,
e tornemos para o Senhor,
porque ele despedaçou e nos sarará;
fez a ferida, e no-la atará.
2 Depois de dois dias nos ressuscitará:
ao terceiro dia nos levantará,
e viveremos diante dele.
3 Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor;
a sua saída, como a alva, é certa;
e ele a nós virá como a chuva,
como a chuva serôdia que rega a terra.
4 Que te farei, ó Efraim? que te farei, ó Judá?
porque o vosso amor é como a nuvem da manhã,
e como o orvalho que cedo passa.
5 Por isso os abati pelos profetas;
pela palavra da minha boca os matei;
e os meus juízos a teu respeito sairão como a luz.
6 Pois misericórdia quero,
e não sacrifícios;
e o conhecimento de Deus,
mais do que os holocaustos.
7 Eles, porém, como Adão, transgrediram o pacto;
nisso eles se portaram aleivosamente contra mim.
8 Gileade é cidade de malfeitores, está manchada de sangue.
9 Como hordas de salteadores que espreitam alguém,
assim é a companhia dos sacerdotes
que matam no caminho para Siquém;
sim, cometem a vilania.
10 Vejo uma coisa horrenda na casa de Israel;
ali está a prostituição de Efraim;
Israel está contaminado.
11 Também para ti, ó Judá,
está determinada uma ceifa.
Ao querer eu trazer do cativeiro o meu povo. 
A BEG nos diz que a alusão não está clara, mas pode ser uma referência ao papel dos sacerdotes numa conspiração contra a família real (vs. 8).
A coisa horrenda que ele via - compare com Jr 5.30-31, 18.13; 23.14 – era a prostituição de Efraim na casa de Israel. Talvez uma figura para indicar a sua infidelidade religiosa ou política.
Dos versos 11, deste ao primeiro verso do próximo capítulo, veremos uma metáfora para o julgamento de Deus (Jr 51.33; JI 3.13) onde ocorrerá a mudança de sorte para fins de cura do povo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


2 comentários:

Excelente texto, gostaria de saber o que é BEG? Sigla tão citada durante as postagens.

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.