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terça-feira, 2 de junho de 2015

Oseias 4:1-19 - PERIGO! PERIGO! PERIGO! NÃO REJEITE O CONHECIMENTO DE DEUS!

Estamos fazendo nossa devocional de hoje no capítulo 4 de Oseias. Começaremos a parte III. Como já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.
Parte III. A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9)
Veremos doravante, conforme a BEG, até ao final do livro de Oseias, que as violações da aliança com Deus, cometidas por Israel levariam à derrota, exílio e profundo lamento.
Israel afastou-se de Deus apesar de suas maravilhosas bênçãos. Essa rebelião resultaria num severo julgamento, mas, mediante o arrependimento, grandes bênçãos seriam restituídas após o exílio. Para que Israel pudesse receber as bênçãos de Deus, era necessário o arrependimento.
Veremos até o final deste livro a mensagem profética de Oseias:
·         Ele declarou explicitamente a mensagem ilustrada em sua experiência profética (1.2-3.5).
·         Ele declarou as transgressões pelas quais Deus puniria o Reino do Norte.
·         Ele assegurou, no entanto, ao povo que, a seu tempo, Deus concederia aos seus filhos arrependimento e reconciliação.
Esses capítulos dividem-se em três seções: A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9) – onde veremos a ação judicial, a iminente destruição da guerra e o consequente lamento; B. Reflexões históricas e o futuro de Israel (9.10-13.16) - onde veremos uma série de profecias construídas sobre reflexões históricas metafóricas; C. O chamado final para o arrependimento (14.1-9).
A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
Até o capítulo 9, versículo 9, veremos a ação judicial, a guerra e o lamento. Muitas das profecias de Oseias estão reunidas num padrão de grande escala que começa com o foco nas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) e se move para a destruição na guerra por vir (5.8-8.14) e no apropriado lamento por causa dessa destruição (9.1-9).
Assim, também dividimos essa seção A em 3 partes: 1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – iniciaremos agora; 2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14); e, 3. O lamento pela derrota (9.1-9).
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7).
Até o próximo capítulo, versículo 7, estaremos vendo essas duas ações judiciais contra Israel. Em duas ações judiciais (4.1-19; 5.1-7), sendo que ambas começam com a intimação para o tribunal - "ouvi" (4.1; 5.1) - Oseias desenvolve uma ação legal contra Israel, demonstrando que a nação merecia o julgamento de Deus.
Primeira ação.
Esses dezenove versículos deste capítulo são para tratar dessa primeira ação, uma ação judicial contra os sacerdotes. Oseias relatou os procedimentos do tribunal celestial (cf. 2.2-13). Ele se concentrou, principalmente, nos falsos sacerdotes que perverteram a adoração e a justiça no Reino do Norte.
O Senhor, o promotor, apresentou uma ação judicial contra Israel nos vs. 1-2 e, então, anunciou o julgamento, no vs. 3.
Ele começa o versículo com um imperativo “ouvi”. Os réus são intimados a ouvir as acusações contra eles (5.1) porque o Senhor tinha contra eles uma contenda - termo técnico e legal para uma acusação formal. Compare com 2.2, onde está traduzido por "repreendei".
Há uma lista de problemas relatados nos dois primeiros versos que refletem bem a nossa presente época, mais de 2500 anos após o fato em Oseias.
O que não existe ou não prevalece:
·         Não há verdade.
·         Nem benignidade.
·         Nem conhecimento de Deus.
O que somente prevalece:
·         O perjurar - (Jz 17.2; 1 Sm 14.24).
·         O mentir - (7.3; cf. Êx 23.1; Dt 25.13-16)
·         O matar - (Ex 20.13)
·         O furtar - (Ex 20.15),
·         O adulterar - (Êx 20.14).
·         Há violências.
·         E homicídios sobre homicídios - (Ex 20.13)
Essa lista de pecados é resultante da recusa de conhecer a Deus (vs. 1), por isso que a terra está de luto – vs. 3. Ou "a terra pranteará".
O julgamento de Deus sempre incluía maldições que exerciam impacto sobre o meio ambiente, como fogo, pragas de gafanhotos e retenção da chuva (Nm 11.1-3; 1Rs 8.35; 2Cr 7.13). O luto da "terra" inanimada faz um contraste com a atitude dos seus habitantes que se recusavam a prantear a perda dos seus direitos.
Os sacerdotes falsamente acusaram o povo de ser o causador do julgamento de Deus, mas o Senhor os acusou de falhar em sua incumbência de instruir o povo de Deus (Dt 31.9-13; 33.10; 2Cr 17.8-9; Ed 7.6,10; Jr 18.18).
Eles eram os responsáveis pela falta de conhecimento de Deus por parte do povo e, consequentemente, enfrentaram o julgamento.
As falhas dos líderes conduziram a um desastre após o outro, por isso que haveriam de tropeçar de dia, e o profeta com eles de noite, e também a mãe que seria destruída, ou seja, a própria nação de Israel (2.2,5; Is 50.1).
A razão para essa destruição é explicada. O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Israel, a nação, passaria por um severo julgamento por causa de sua falta de conhecimento da aliança (4.8,12; 6.11; 11.7).
O conhecimento de Deus era inseparável da lei de Deus. Os sacerdotes seriam castigados por falharem em sua responsabilidade de ensinar a lei (Dt 31.9-13; 33.10; 2Cr 17.8-9; Ed 7.6,10; Jr 18.18), e as futuras gerações seriam castigadas por ignorá-la ou esquecê-la.
A palavra de Deus afirma que nos últimos tempos o amor de muitos se esfriaria e a ciência se multiplicaria. Ensina ainda que os homens se tornariam mais amantes de si mesmos do que preocupados com Deus e o seu reino.
A consequência disso é óbvia e aponta para uma vida egoísta e distante cada vez mais de Deus. Não seria de se esperar, portanto, que tudo estivesse melhor, isso é claro. O mundo está indo de mal a pior, a cada dia que passa.
Sabem porquê? Por que os profetas de Deus não estão pregando a palavra de Deus! O povo se corrompe por falta da profecia! - Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado. – Pv 29.18.
A acusação era contra os sacerdotes, pois quanto mais estes se multiplicavam, tanto mais pecavam contra ele.
O número de sacerdotes aumentava no Reino do Norte à medida que o sincretismo se expandia (2Cr 11.15). Deus insistiu que a multiplicação dos sacerdotes fazia o povo pecar ainda mais. Os sacerdotes eram, de fato, a raiz do problema (cf. vs. 6).
Por isso que o Senhor mudaria a honra deles, ou seja, o Senhor (Is 60.19; Jr 2.11), pela vergonha, ou seja, ídolos ou falsos deuses (Dt 32.15-18).
A advertência de Deus tem limites e quando este é atingido o povo é entregue a si mesmo e aos desejos profundos e teimosos de seus corações. Isso é um perigo terrível! Uma consequência assustadora! – Pv 29:1 Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura.
Tomado no sentido literal, o versículo 8 traduz a mentalidade dos sacerdotes. Eles que que comiam partes dos animais que eram sacrificados pelo pecado incentivavam o povo a pecar mais para que tivessem mais para comer (cf. Lv 6.26). No sentido metafórico, os sacerdotes eram recompensados pelo pecado do povo.
E assim como era o povo, assim era o sacerdote. Ninguém escaparia do julgamento (cf. Is 24.1-3).
A comida não traria satisfação (vs. 8), e o sexo ilícito não produziria o aumento desejado (cf. vs. 14). O povo havia deixado o Senhor, a fonte da vida, para praticar a prostituição/ meretrício (vs. 12,18,2.4; 6.10; 9.1). Comeriam e não se fartariam, entregar-se-iam à luxúria, mas não se multiplicariam porque não estavam atentando para o Senhor.
A luxúria, o vinho e o mosto tiram o entendimento – vs. 11 -, ou seja, literalmente, "tiram o coração (do povo)"; ou seja, sua capacidade de sentir, julgar e pensar claramente (cf. Gn 31.20).
Por conta disso, pois que estão bêbados, passam a consultar o seu pau ou a sua madeira (provavelmente, é uma referência a uma Aserá, um poste-ídolo - 1 Rs 14.15 - junto ao altar cananeu - Dt 16.21; Jz 6.25-32 -, a alguma outra divindade - Hc 2.18-19 - ou a alguma árvore considerada sagrada por fornecer oráculos –cf. Jz 9.37) e o pior é que as suas varas (provavelmente uma varinha de rabdomante - cf. Ez 21.21-22 -, embora talvez uma miniatura de Aserá) lhes davam as respostas que eles queriam, isso porque o espirito de luxuria os estava enganando e eles estavam se prostituindo, cada vez mais se afastando de seu Deus e Senhor.
A fonte de seu adultério espiritual era um poder intoxicante e sedutor que os atraía continuamente para o pecado (cf. "espírito estonteante", Is 19.14; "espírito de profundo sono", Is 29.10).
O que eles faziam parecia inocente, mas não havia nada de inocente em tais práticas e por causa delas é que as suas filhas estavam se prostituindo e as suas noras adulterando.
·         Eles sacrificavam no alto dos montes.
·         Eles queimavam incenso nas colinas, debaixo de um carvalho, de um estoraque ou de um terebinto, onde a sombra é agradável.
Por isso que Deus castigaria as suas filhas quando prostituíssem e as suas noras quando adulterassem.
Deus se recusou a permitir que as mulheres acusadas de prostituição cultual e adultério fossem castigadas porque os homens tinham participação na culpa delas (cf. Gn 38.24; Jo 8.4-7).
O povo insensato que não tem entendimento e que pratica tais coisas corre para a sua perdição. Esse dito de sabedoria final – vs. 14 - anunciou o julgamento sobre a nação moralmente falida (vs. 1-3) cujo envolvimento com a prostituição (vs. 10-14) prejudicava a compreensão e o conhecimento (vs.1,6,11-14).
Oseias adverte o Reino do Sul para não tornar-se semelhante ao Reino do norte e assim se fazerem culpado como eles. Oseias estava fazendo uma advertência para que os leitores do Reino do Sul não seguissem o exemplo do Reino do Norte.
E ele pede que não venham nem para Gilgal, nem subam para Bete-Avem, e nem ainda jurarem ao Senhor dizendo: vive o Senhor! Esse juramento (Jz 8.19; Rt 3.13; 1Sm 14.39) foi proibido porque o povo estava mentindo (vs. 2) e/ou porque estava sendo mal empregado quando o Senhor estava associado a Baal na adoração.
Conforme nos esclarece a BEG, Gilgal era um importante santuário israelita próximo a Jericó, do outro lado do rio Jordão a partir de Baal-Peor (cf. 9.10,15) e por muito tempo associado particularmente a práticas religiosas sincréticas não ortodoxas e perversas (Js 4.19-5.12; 1Sm 11.13-15; Am 4.4; 5.5; cf. Os 9.15; 12.11).
Já a cidade de Bete-Áven, literalmente, "Casa da Iniquidade", era uma desdenhosa alcunha para Betel ("Casa de Deus"), o importante santuário real (cf. 1 Rs 12.28-33, Am 4.4; 5.5; 7 13).
O triste disso era que como uma novilha obstinada ou uma vaca rebelde – vs. 16 - Israel estava dando coices em todos os esforços do Senhor para cuidar dele (cf. Jr 31.18).
Em consequência, Efraim - nome tribal utilizado para todo o Israel, o Reino do Norte (11.8; Gn 48) – estava sendo entregue aos ídolos e deixado de lado, ou à vontade com seu pecado. Acabando ele de beber, lançar-se-ia à luxúria como verdadeiro amante da vergonha, como os seus príncipes.
A BEG nos fala do verso 19 que no original, "um vento/espírito" que os envolveu em suas asas, foi provavelmente uma intenção de fazer um trocadilho com a palavra hebraica que significa "vento/espírito". Não apenas o destrutivo vento da tempestade varreria para longe o povo (cf. Jó 1.19), mas o espírito de prostituição (4.12; 5.4) também o levaria à ruína.
Livro de Oseias – capítulo 4:
1 Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel;
pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra;
 porque na terra
não há verdade,
nem benignidade,
nem conhecimento de Deus.
2 Só prevalecem
o perjurar,
o mentir,
o matar,
o furtar,
e o adulterar;
há violências
e homicídios sobre homicídios.
3 Por isso a terra se lamenta,
e todo o que nela mora desfalece,
juntamente com os animais do campo
e com as aves do céu;
 e até os peixes do mar perecem.
4 Todavia ninguém contenda, ninguém repreenda;
pois é contigo a minha contenda, ó sacerdote.
5 Por isso tu tropeçarás de dia,
e o profeta contigo tropeçará de noite;
e destruirei a tua mãe.
6 O meu povo está sendo destruído,
porque lhe falta o conhecimento.
Porquanto rejeitaste o conhecimento,
também eu te rejeitarei,
para que não sejas sacerdote diante de mim;
visto que te esqueceste da lei do teu Deus,
também eu me esquecerei de teus filhos.
7 Quanto mais eles se multiplicaram
tanto mais contra mim pecaram:
eu mudarei a sua honra em vergonha.
8 Alimentavam-se do pecado do meu povo,
e de coração desejam a iniqüidade dele.
9 Por isso, como é o povo, assim será o sacerdote;
e castigá-lo-ei conforme os seus caminhos,
e lhe darei a recompensa das suas obras.
10 Comerão, mas não se fartarão;
entregar-se-ão à luxúria, mas não se multiplicarão;
porque deixaram de atentar para o Senhor.
11 A incontinência, e o vinho, e o mosto tiram o entendimento.
12 O meu povo consulta ao seu pau,
e a sua vara lhe dá respostas,
porque o espírito de luxúria os enganou,
e eles, prostituindo-se, abandonam o seu Deus.
13 Sacrificam sobre os cumes dos montes;
e queimam incenso sobre os outeiros,
debaixo do carvalho, do álamo, e do terebinto,
porque é boa a sua sombra;
por isso vossas filhas se prostituem,
e as vossas noras adulteram.
14 Eu não castigarei vossas filhas,
quando se prostituem, nem vossas noras, quando adulteram;
porque os homens mesmos com as prostitutas
se desviam,
e com as meretrizes sacrificam;
pois o povo que não tem entendimento
será transtornado.
15 Ainda que tu, ó Israel, te queiras prostituir
contudo não se faça culpado Judá;
não venhais a Gilgal, e não subais a Bete-Ávem
nem jureis, dizendo:
Vive o Senhor.
16 Porque como novilha obstinada se rebelou Israel;
agora o Senhor os apascentará como a um cordeiro
num lugar espaçoso.
17 Efraim está entregue aos ídolos;
deixa-o.
18 Acabando eles de beber,
lançam-se à luxúria;
certamente os seus príncipes amam a vergonha.
19 Um vento os envolveu nas suas asas;
e eles se envergonharão por causa dos seus sacrifícios.
É interessante observar este capítulo e associá-lo com Romanos 1 quando Deus entrega a si mesmo todos aqueles que ousam rejeitar o seu conhecimento. (Poderia alguém rejeitar o que não possui? Logo, todos possuímos, mas nem todos admitimos).
A rejeição do conhecimento de Deus é algo perigoso e o sinal de que o rejeitamos é o nosso visível e claro afastamento de Deus e nossa irresistível atração pelo pecado. Se você está nessa situação, pare! Arrependa-se antes que seja tarde demais! Medite em Oseias 4 e Romanos 1 que você saberá o que fazer.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


1 comentários:

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.