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terça-feira, 9 de junho de 2015

Oseias 11:1-12 - O ALVO DE DEUS É A RESTAURAÇÃO E NÃO A DESTRUIÇÃO.

Estamos fazendo nossa devocional de hoje no capítulo 11, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9) – já vista.
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14) – já vimos.
3. O lamento pela derrota (9.1-9) – já vimos.
B. Reflexões históricas e o futuro de Israel (9.10-13.16) – estamos vendo.
Como já dissemos, esses capítulos da seção “B” contêm uma variedade de profecias em torno de reflexões metafóricas sobre o passado e o futuro de Israel. As profecias falam do julgamento pelos assírios e da restauração após o exílio.
Conforme a BEG, cinco metáforas organizam esse material em quatro grupos: 1. Uvas e figos (9.10-17) – já vimos; 2. Uma vide luxuriante (10.1-10) – já vimos; 3. Uma bezerra domada (10.11-15) – já vimos; 4. Uma criança em desenvolvimento (11.1-13.16) – começaremos a ver agora.
4. Uma criança em desenvolvimento (11.1-13.16).
Conforme BEG, Oseias associou Israel a uma criança que, quando em desenvolvimento, era amada e gentilmente cuidada por seu pai, todavia, a criança cresceu e se rebelou contra o pai.
Várias profecias de julgamento e salvação estão representadas nessa última metáfora e posteriormente reunidas por repetidas referências à saída do Egito (11.1; 12.9,13; 13.4), mencionada uma única vez em Oseias (2.15).
Além disso, a última seção (13.1-16) desses capítulos lembra a metáfora de uma criança (13.13), emoldurando todo o material e, dessa maneira, indicando a sua unidade.
Nos próximos onze versículos, deste capítulo, veremos numa linguagem ainda mais sensível que a da história do filho perdido (Lc 15.11-32), Deus, o pai amoroso, confessou que não poderia ajudar o seu filho, Israel, mas apenas demonstrar-lhe compaixão apesar de sua rebelião (9.10).
Apesar de pronunciar julgamento sobre o povo, o Senhor simultaneamente ofereceu a esperança de que seus filhos seriam restaurados e renovados, e não totalmente destruídos.
A linguagem de amor empregada no primeiro versículo, conforme a BEG, descrevia tanto a relação entre pai e filho como a relação entre vassalo e suserano nos tratados do antigo Oriente Próximo (cf. Dt 6.5; 7.8,13; 10.15; 23.5).
As referências aqui que do Egito chamara o seu filho e no v. 4 são à libertação de Israel da escravidão no Egito pela mão de Deus (cf. Êx 4.22). A libertação do Egito serviu como um modelo ou tipo da salvação que estava por vir em Cristo (1Co 10.1-10). Jesus, o rei de Israel, e assim, seu representante, cumpriu esse tipo em sua própria infância (Mt 2.15).
No entanto, quanto mais Deus os chamava, tanto mais se afastavam dele indo após os baalins. A adoração a Baal representava uma violação da aliança, a base do relacionamento de Israel com Deus. Para Baal e suas imagens esculpidas, sacrificavam e queimavam incenso – vs. 2.
O cuidado de Deus para com Efraim era como um pai ensinando o filho a andar; ele havia guiado Israel pelo deserto rumo à Terra Prometida e os curava, ou seja, Deus tinha poupado Israel de muitos males durante aquele período formativo (cf. Êx 15.26).
Deus tinha tido um cuidado especial para com eles, os conduzindo com laços de bondade e de amor, tirando o jugo de seu pescoço e se inclinando para alimentá-los. As figuras retornaram a Israel, comparando-o a um animal de carga (cf. 10.11), mas, aqui, Deus mimou o animal.
O grande problema de Israel era o seu coração endurecido que se recusava arrepender-se dos seus maus caminhos diante do Senhor. Apesar do julgamento merecido, seu efeito seria ao final muito brando (v. 11).
A consequência devida à falta de arrependimento seria a espada que viria sem piedade em suas cidades, símbolos de sua autoconfiança (8.14). No entanto, seriam destruídas as trancas das portas e posto fim aos seus planos – vs. 6.
O povo estava firme em seus propósitos malignos. Eles estavam decididos a se desviarem do Senhor. Embora eles estivessem sendo conclamados a servir ao Altíssimo, de modo algum o exaltavam.
Deus falou diretamente aos israelitas, e não sobre eles. O contraste com os vs. 5-7 destaca o impacto dessa confissão profundamente pessoal de uma compaixão inflexível.
Segundo o seu caráter fiel, Deus mudaria a ira contra o pecado pela compaixão para com o povo da sua aliança – vs. 8.
Por isso que não faria a eles como fez à Admá e Zeboim. Ambas eram duas cidades na planície próxima ao extremo sul do mar Morto (Gn 10.19; 14.2,8) que foram destruídas com Sodoma e Gomorra (Gn 19.23-25) e, desse modo, serviram como exemplos da ira de Deus (Dt 29.23; cf. Jr 49.18).
A partir desse momento, a visão de Oseias é quanto ao futuro. Esses versículos finais 9-11, que são o restante do capítulo, apontam para o futuro.
Deus declara que não é homem como nós, mas Santo no meio de nós. A santidade faz a distinção entre Deus e os homens. As pessoas exigiriam a vingança, mas Deus trabalha pela salvação.
Tanto o amor como a ira de Deus são descritos em termos humanos; todavia, são ditados pelo seu caráter divino.
A restauração, e não a destruição, era o objetivo do julgamento de Deus contra o povo de sua aliança, por isso que seguiriam ao Senhor que rugiria como um leão. Ao rugir para seus filhos, a expectativa era que viessem tremendo desde o Ocidente.
Deus compassivamente abrandou o efeito do julgamento pronunciado no vs. 5. Havia refugiados israelitas no Egito e deportados em exílio na Assíria (cf. 9.3; 11.5). Eles viriam do Egito como aves, voando; e da Assíria, como pombas. Ao chegarem, seriam estabelecidos pelo próprio Senhor em seus lares.
A traição de Israel e o seu julgamento.
A partir do verso 12, deste, até o verso 14, do próximo capítulo (11.12-12.14), Israel será acusado de traição e sobre ele será pronunciado o julgamento.
Os temas recorrentes são a traição de Israel no passado (artisticamente ligada por episódios da vida de Jacó/Israel) e a rejeição da palavra do Senhor proferida pelos profetas, cometida por Israel.
O Reino do Norte havia sitiado a Deus, ou seja, havia cercado a ele com mentiras e enganos.
Livro de Oseias – capítulo 11:
1 Quando Israel era menino,
eu o amei,
e do Egito
chamei a meu filho.
2 Quanto mais eu os chamava,
tanto mais se afastavam de mim;
sacrificavam aos baalins,
e queimavam incenso às imagens esculpidas.
3 Todavia, eu ensinei aos de Efraim a andar;
tomei-os nos meus braços;
mas não entendiam que eu os curava.
4 Atraí-os com cordas humanas,
com laços de amor;
e fui para eles como os que tiram o jugo
de sobre as suas queixadas,
e me inclinei para lhes dar de comer.
5 Não voltarão para a terra do Egito;
mas a Assíria será seu rei;
porque recusam converter-se.
6 Cairá a espada sobre as suas cidades,
e consumirá os seus ferrolhos;
e os devorará nas suas fortalezas.
7 Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim;
ainda que clamem ao Altíssimo,
nenhum deles o exalta.
8 Como te deixaria, ó Efraim?
 como te entregaria, ó Israel?
como te faria como Admá? ou como Zeboim?
Está comovido em mim o meu coração,
as minhas compaixões à uma se acendem.
9 Não executarei o furor da minha ira;
não voltarei para destruir a Efraim,
porque eu sou Deus e não homem,
o Santo no meio de ti;
eu não virei com ira.
10 Andarão após o Senhor;
ele bramará como leão;
e, bramando ele, os filhos, tremendo,
virão do ocidente.
11 Também, tremendo, virão como um passarinho os do Egito,
e como uma pomba os da terra da Assíria;
e os farei habitar em suas casas, diz o Senhor.
12 Efraim me cercou com mentira,
e a casa de Israel com engano;
mas Judá ainda domina com Deus,
e com o Santo está fiel. 
Com relação à Judá, na NVI, Judá era rebelde contra Deus, a saber, contra o Santo fiel.
Já na BEG (ARA), o termo Judá ainda domina, ou "perambula, anda com" (trata-se de uma palavra difícil, no hebraico); alguns estudiosos acreditam que o profeta falou da fidelidade de Judá para com Deus ou em relação a algum deus cananeu e seus "santos". E a palavra Deus também pode ser traduzida por "deus" ou até mesmo "El", o mais importante do panteão cananeu. E Santo, no hebraico, é uma forma plural, potencialmente referindo-se aos "santos" de El.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.