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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Oseias 10:1-15 - ISRAEL SEMEOU MALÍCIA, SEGARÁ DESTRUIÇÃO.

Estamos fazendo nossa devocional de hoje no capítulo 10, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9) – já vista.
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14) – já vimos.
3. O lamento pela derrota (9.1-9) – já vimos.
B. Reflexões históricas e o futuro de Israel (9.10-13.16) - continuação.
Como já dissemos, esses capítulos contêm uma variedade de profecias em torno de reflexões metafóricas sobre o passado e o futuro de Israel. As profecias falam do julgamento pelos assírios e da restauração após o exílio.
Conforme a BEG, cinco metáforas organizam esse material em quatro grupos: 1. Uvas e figos (9.10-17) – já vimos; 2. Uma vide luxuriante (10.1-10) – veremos agora; 3. Uma bezerra domada (10.11-15) – veremos também agora; 4. Uma criança em desenvolvimento (11.1-13.16).
2. Uma vide luxuriante (10.1-10).
Oseias anunciou que Israel era como uma vide luxuriante. Oseias equiparou Israel a uma vide que cresceu em tamanho e produtividade. Porém, à medida que o crescimento ocorria, a nação atribuiu os créditos aos ídolos e não ao Senhor.
Conforme a BEG, esses versículos se dividem em três conjuntos de acusações (10.1-2a,4,9a) e julgamentos (10.2b-3,5-8,9b-10).
Acusação 1 – 10.1 a 2a.
Israel tinha se saído bem por causa da bênção de Deus. Nos dias de Jeroboão II (703-753 a.C.), sua prosperidade havia sido muito grande.
Porém, em 922 a.C., Jeroboão I havia erigido altares idólatras em Dã e em Betel, levando o povo à idolatria (veja 1 Rs 12.25-33), prática que cresceu junto com a prosperidade de Israel.
O crédito pela prosperidade não foi dado ao Senhor, mas às contribuições materiais feitas ao culto idólatra.
Israel é comparado a uma vide frondosa. A vide é uma metáfora muitas vezes usada para Israel (Dt 32.32; SI 80.8-11; Is 1.5; Jr 2.21). Israel havia se afastado de Deus, mas o remanescente chamado por Jesus se tornaria novamente uma vide frutífera (Jo 15.1-8).
Os israelitas precisavam de uma renovação que viesse do seu interior. O seu coração deveria ser inteiramente do Senhor e ai, sim, as bênçãos ganhariam proporções inimagináveis.
Julgamento 1 – 10.2b a 3.
O SENHOR, literalmente, "ele", o pronome hebraico substitui o nome próprio de Deus nesse contexto, quebraria os seus altares. Deus destruiria os ídolos em quem Israel confiava.
Então, em resposta, eles diriam que não tinham nenhum rei porque não reverenciavam ao Senhor. Mas, mesmo que tivessem um rei, o que ele poderia fazer? Eles perguntavameles nham a eles diriam que no Senhor e ai, sim, as b.
Estivesse o rei ainda no trono, prestes a ser deposto, ou já deposto, ele era inútil sem a bênção de Deus.
Acusação 2 – 10.4.
A acusação era de que eles – os reis ou as nações:
·         Estavam falando palavras vãs. As alianças do rei poderiam ser de vassalagem em relação à Assíria
·         Jurando falsamente. Esses tratados poderiam ser considerados falsos porque eram ratificados mediante a invocação de um ou vários deuses assírios (cf. v. 6).
·         Fazendo pactos indevidos. É mais provável que as obrigações não cumpridas tenham sido as dos reis para com o seu povo (cf. 2Sm 3.21; 5.3), principalmente sua falha em manter a justiça.
Seria por isso que o juízo iria brotar como uma erva venenosa - comparar com Am 6.12.
Julgamento 2 – 10.5-8.
Dos versos de 5 ao 8, com palavras de julgamento pelas violações do v. 4, Oseias zombou das emoções religiosas que o povo manifestava por um ídolo, que visivelmente eram inexistentes com relação a Deus.
Sua pecaminosidade estava ligada às suas origens. O bezerro e seus sacerdotes (cf. 2Rs 23.5; Sf 1.4) provavelmente não eram estrangeiros, mas representavam uma forma tradicional (porém pervertida) de adorar o Senhor em Israel (1 Rs 12.31-33).
Por isso que o rei de Israel ou, talvez mais provável, o ídolo em forma de bezerro seria desfeito ou arrastado como um graveto nas águas.
A palavra de juízo alcançava os altares da impiedade que foram os pecados de Israel, pois eles seriam destruídos e no lugar dele cresceriam espinhos e ervas daninhas.  O desespero tomaria conta deles de tal forma que sairiam gritando aos montes e aos outeiros para os cobrirem e caírem sobre eles, escondendo-os da face do reto Juiz de toda a terra.
As palavras ditas aos montes para os cobrirem e às colinas para caírem sobre eles sugerem uma devastadora calamidade climática da parte do Senhor. O povo preferiria morrer a ter de enfrentar o futuro julgamento divino.
Essa passagem – vs. 8 - foi citada por Jesus em Lc 23.30, e há uma alusão a ela em Ap 6.16, porque o julgamento dos últimos dias também envolverá o severo castigo para a infidelidade no meio do povo de Deus.
Acusação 3 – 9a.
Nos vs. 9 e 10, Oseias declarou que Israel havia semeado a perversidade e que, portanto, colheria os frutos correspondentes.
Julgamento 3 – 10.9b a 10.
Se a semeadura foi a perversidade, o que deveria ser a colheita? Se foram ventos, certamente que voltariam tempestades.
O fato era que Deus os castigaria no tempo dele e nações seriam reunidas contra eles para prendê-los por causa do seu duplo pecado. Provavelmente, o pecado do passado, em Gibeá, e o atual de Israel, ou as infidelidades política e religiosa de Israel, ou, simplesmente, suas contínuas e ininterruptas transgressões.
3. Uma bezerra domada (10.11-15).
Dos vs. 11 ao 15, encerraremos esta seção 3, da bezerra domada. Oseias comparou Israel a uma bezerra domada que deveria arar a terra a fim de semear a justiça; porém, em vez disso semeou apenas a perversidade.
A nação toda, de norte a sul gostava de trilhar como uma bezerra domada. Era esta uma imagem positiva do início do chamado de Israel, como um animal dócil, sem jugo, debulhando o grão ceifado, livre para comer enquanto trabalhava (cf. 11.4; Dt 25.4; Pv 12.10; Ir 50.11). Jesus colocou um fardo leve em seus discípulos (Mt 11.28-30).
O seu pescoço forte podia suportar o trabalho pesado de arar e rastelar a terra com um jugo.
Deus escolheu Israel para encher a terra de justiça, para semear a retidão e colher o fruto da lealdade. Semear o que é justo e bom levaria a uma colheita de lealdade. Quando um solo virgem ou não cultivado é arado, ele produz uma colheita muito abundante.
A hora era, portanto, de buscar ao SENHOR, de voltar-se para ele naquele momento de angústia ou aflição (veja Dt 4.29-31), pois ele faria chover a justiça sobre eles - vs. 12. Ele, Deus, garantiria a colheita da justiça se o seu povo se voltasse para ele com sinceridade (1Co 3.6).
No entanto, aconteceu justamente o contrário e semearam a malícia. Em vez de cultivar um relacionamento frutífero com Deus (v. 12), Israel plantou, ceifou e comeu malícia, perversidade e mentira ou desonestidade (7.3; 10.4; 12.1).
Eles se deixaram enganar pelas aparências e confiaram em seus carros. O castigo que Deus traria (derrota militar, vs. 14) estava diretamente relacionado ao crime cometido por Israel de depender de sua própria força militar e não do Senhor (Jr 9 23-24).
Visto que eles tinham confiado na sua própria força e nos seus muitos guerreiros, o fragor da batalha se levantaria contra eles, de maneira que todas as suas fortalezas seriam devastadas, como Salmã devastou Bete-Arbel no dia da batalha, quando mães foram pisadas e estraçalhadas junto com seus filhos.
O fato que os ouvintes de Oseias tiveram de relembrar como particularmente brutal não é desconhecido. Salmã tem sido diferentemente identificado como Salmaneser III da Assíria (859-824 a.C.), Salmaneser V (727-722 a.C.) ou Salamanu, um contemporâneo rei moabita.
1 Israel é vide frondosa que dá o seu fruto;
conforme a abundância do seu fruto,
assim multiplicou os altares;
conforme a prosperidade da terra,
assim fizeram belas colunas.
2 O seu coração está dividido, por isso serão culpados;
ele derribará os altares deles,
e lhes destruirá as colunas.
3 Certamente agora dirão:
Não temos rei, porque não tememos ao Senhor;
e o rei, que pode ele fazer por nós?
4 Falam palavras vãs;
juram falsamente, fazendo pactos;
por isso brota o juízo como erva peçonhenta
nos sulcos dos campos.
5 Os moradores de Samária serão atemorizados
por causa do bezerro de Bete-Áven.
O seu povo se lamentará por causa dele,
como também prantearão os seus sacerdotes
idólatras por causa da sua glória,
que se apartou dela.
6 Também será ele levado para Assíria
como um presente ao rei Jarebe;
Efraim ficará confuso,
e Israel se envergonhará por causa
do seu próprio conselho.
7 O rei de Samária será desfeito como a espuma sobre a face da água.
8 E os altos de Áven, pecado de Israel, serão destruídos;
espinhos e cardos crescerão sobre os seus altares;
e dirão aos montes:
Cobri-nos!
e aos outeiros:
Caí sobre nós!
9 Desde os dias de Gibeá tens pecado, ó Israel;
ali permaneceram; a peleja contra os filhos da iniqüidade
não os alcançará em Gibeá.
10 Quando eu quiser, castigá-los-ei;
 e os povos se congregarão contra eles,
quando forem castigados pela sua dupla transgressão.
11 Porque Efraim era uma novilha domada,
que gostava de trilhar;
e eu poupava a formosura do seu pescoço;
mas porei arreios sobre Efraim;
Judá lavrará;
Jacó desfará os torrões.
12 Semeai para vós em justiça,
colhei segundo a misericórdia;
lavrai o campo alqueivado;
porque é tempo de buscar ao Senhor,
até que venha e chova a justiça sobre vós.
13 Lavrastes a impiedade,
segastes a iniqüidade,
e comestes o fruto da mentira;
porque confiaste no teu caminho,
na multidão dos teus valentes.
14 Portanto, entre o teu povo se levantará tumulto de guerra,
e todas as tuas fortalezas serão destruídas,
como Salmã destruiu a Bete-Arbel no dia da batalha;
a mãe ali foi despedaçada juntamente com os filhos.
15 Assim vos fará Betel,
por causa da vossa grande malícia;
de madrugada será o rei de Israel
totalmente destruído.
Conforme nossa BEG, Bete-Arbel é normalmente identificado com Irbid, em Gileade, onde as mães ali foram despedaçadas com seus filhos. Atrocidades assim eram muito comuns no antigo Oriente Próximo (veja 13.16; 2Rs 8.12; 15.16; S1 137.8-9, Is 13.16; Am 1.13; Na 3.10).
O terrível disso era que porque falhou em perseverar em sua aliança de relacionamento, Israel seria destruído de maneira semelhante. O verso 15 conclui dizendo que o mesmo aconteceria com Betel por causa de sua grande impiedade.
Betel – vs. 15 – era um local normalmente conhecido por Bete-Áven. Em Oseias (4.15; 5.8; 10.5), alguns estudiosos preferem a versão da Septuaginta (a tradução grega do AT), "casa de Israel". Betel foi um dos locais onde Jeroboão I estabeleceu a adoração ilegítima em Israel (veja 1 Rs 12.25-33).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.