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domingo, 28 de junho de 2015

Jonas 3 1-11 - A EFICÁCIA DA PREGAÇÃO DE JONAS.

O livro de Jonas divide-se em duas seções claras, cada uma delas introduzida pela frase: "Veio a palavra do SENHOR a Jonas" (1.1; 3.1).
Estamos dando início à segunda parte onde Deus respondeu favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
II. A OBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (3.1-4.11).
Veremos, doravante, até 4.11, a obediência de Jonas e a reação de Deus.
Nessa seção do livro, o Senhor comissionou Jonas pela segunda vez, mas dessa vez o profeta obedeceu. Esses versículos são divididos em três seções: Jonas pregou a mensagem como ordenado (3.1-4), os ninivitas se arrependeram e receberam a misericórdia divina (3.5-10) e Jonas orou com raiva e recebeu a resposta de Deus (4.1-11).
Essas três seções formarão as divisões propostas para estudarmos esta segunda parte de nossa divisão, seguindo a BEG. A. Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4) – veremos agora; B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão (3.5-10) – veremos agora; e, C. A oração de Jonas e a resposta de Deus (4.1-11).
Recapitulando, Deus respondeu favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
A. Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4).
Dessa vez Jonas obedeceu à incumbência renovada do Senhor. O texto não indica que ele foi mais receptivo à possibilidade do arrependimento ninivita, mas apenas que ele obedeceu às instruções de Deus.
A experiência de quase morte e as desventuras decorrentes da não obediência levaram Jonas a refletir um pouco mais e atender, finalmente ao seu chamado.
Semelhantemente à primeira vez, novamente, veio a ele a palavra do Senhor falando para ele se levantar e se dirigir à grande Nínive e lá pregar a palavra de Deus aos ninivitas.
Jonas, obedecendo, levantou-se e se dirigiu a Nínive. O narrador então fala de Nínive como se falasse dela no passado “Nínive era”. Algumas pessoas sugeriram que o uso do tempo passado ("era") indica que a cidade não mais existia no momento em que o texto foi escrito.
Conforme a BEG, dada a destruição da cidade em 612 a.C. pelas mãos dos medos e dos babilônios, essa interpretação dataria a narrativa em algum momento após os últimos anos do século 7 a.C. O tempo passado, no entanto, não necessariamente impede uma cronologia do século 8. Ele pode ser entendido como um indicativo da situação da cidade quando o profeta chegou.
O fato era que a cidade era grande e Jonas começou a pregar a palavra de Deus percorrendo a cidade que levava três dias de caminhada e ia dizendo: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”.
Embora apresentem algumas dificuldades para a tradução e compreensão, essas duas fórmulas descritivas “grande” e “três dias de caminhada” enfatizam a importância e o tamanho de Nínive. Muitos comentaristas entendem que essas expressões se referem exclusivamente ao tamanho físico de Nínive (ou seja, "cidade vasta... três dias para percorrê-la").
Explorações arqueológicas mostraram que a cidade tinha entre 10 e 12 km de circunferência, com uma população estimada em cento e vinte mil pessoas.
Alternativamente, a primeira fórmula poderia ser traduzida como "uma cidade muito importante" em referência a tamanho. Ou, mais literalmente, poderia ser traduzida como "uma cidade importante para Deus".
A última frase se encaixa melhor no contexto. A segunda expressão (literalmente, "jornada de três dias") poderia indicar o tempo necessário para assimilar todas as características da cidade.
B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão (3.5-10).
Jonas foi um profeta bem sucedido porque pregou a simples palavra de Deus e nada acrescentou de si mesmo. A sua palavra pregada foi capaz de gerar nos corações a fé necessária para a obediência.
Dos versos de 5 a 10, veremos que os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão. A pregação de Jonas trouxe dramático arrependimento, o qual evocou a misericórdia de Deus em relação à Nínive.
Que pregação excelente – pregar a pura palavra de Deus, se acréscimos ou invenções - e que eficácia:
·         O povo creu.
·         Arrependeram-se.
·         Proclamaram um jejum.
·         Vestiram-se com panos de saco, a vestimenta tradicional do luto no antigo Oriente Próximo.
·         O arrependimento foi rápido e muito difundido.
Somente ressalte-se, nos lembra a BEG, que como no ministério de Jesus, a palavra "creram" não deve necessariamente ser entendida como indicativo de uma fé salvadora (Jo 2.23).
A cidade toda agitada com aquela pregação e a notícia alcança o rei de Nínive. Parece provável que o título "rei de Nínive" faz referência ao rei da Assíria. A identificação exata do monarca em questão é impossível.
A BEG esclarece que embora seja altamente improvável que os registros assírios notassem tal ocorrência incomum, alguns estudiosos sugeriram uma alusão às reformas religiosas de Adade-Nirari III (811-784 a.C.). Assur-Dan III (773-756 a.C.) também foi sugerido como possível candidato.
Quando a palavra alcançou o coração do rei sua reação rápida causou espécie:
·         Ele levantou-se do seu trono.
·         Tirou de si as suas vestes.
·         Cobriu-se de sacos.
·         Sentou-se sobre cinzas.
A resposta do rei foi tão imediata e espontânea quanto a de seus subalternos. A autoridade real deu lugar à humildade penitente. Ao levantar-se de seu trono, reconheceu alguém maior a quem pertencem todos os tronos e reinos. Suas vestes foram substituídas por pano de saco; seu trono, por uma cama de cinzas (Jó 12.7., Is 58.5).
Em seguida, impactado com a palavra pregada de Jonas, por seu mandado publicou um decreto ordenando:
·         Oração.
·         Cerimônias de luto.
·         Um jejum para homem e animal.
·         Clamores a Deus.
·         Conversão, cada um, de seus maus caminhos e da violência que havia em suas mãos.
O arrependimento de Nínive, finalmente, estava completo. No período persa, era costume que os animais domésticos participassem das cerimônias de luto (cf. JI 1.19-20).
A admoestação real de que a violência deveria ser rejeitada é de certo modo comovente em se tratando período do Império neoassírio (séculos 8/7 a.C.), uma vez que violência física e injustiça social eram pecados característicos de Nínive (Na 2.13; 3.4-7).
O rei entendeu que o recado era sério e que o julgamento seria inevitável e que, portanto, algo deveria ser feito na esperança do arrependimento de Deus. Com suas atitudes sensatas e temerosas a Deus, esperavam que Deus os ouvisse e, de fato, Deus os ouviu.
O rei deu expressão pessoal e corporativa de que a esperança de arrependimento genuíno evitaria o julgamento divino. Somente Deus determina quando o arrependimento irá desviar a sua ira. Então, como outros fizeram em circunstâncias semelhantes (2Sm 12.22; JI 2.14), o rei confessou, "Quem sabe?" A estrutura de 3.5-9 está em conformidade com o padrão típico de declaração de arrependimento no Antigo Testamento (1Sm 7.3-14; 2Sm 24; Jr 36.3; JI 1.1-2.27):
·         A ameaça de julgamento.
·         A resposta do penitente.
·         A decisão divina de suster o julgamento.
O verso dez encerra o presente capítulo falando que Deus viu tudo o que fizeram e como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.
Assim como em muitas predições que não são promessas específicas da aliança, a advertência profética (vs. 4) era uma ameaça, não uma condenação absoluta. A predição ameaçava julgamento imediato caso a cidade não se arrependesse.
Os ninivitas cumpriram essa condição: "se converteram do seu mau caminho". A resposta divina foi anular o julgamento à luz do arrependimento genuíno deles.
JONAS [3]
Jn 3:1 Pela segunda vez veio a palavra do Senhor a Jonas, dizendo:
Jn 3:2 Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive,
e lhe proclama a mensagem que eu te ordeno.
Jn 3:3 Levantou-se, pois, Jonas, e foi a Nínive,
segundo a palavra do Senhor.
Ora, Nínive era uma grande cidade, de três dias de jornada.
Jn 3:4 E começou Jonas a entrar pela cidade,
fazendo a jornada dum dia, e clamava, dizendo:
Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
Jn 3:5 E os homens de Nínive creram em Deus;
e proclamaram um jejum,
e vestiram-se de saco,
desde o maior deles até o menor.
Jn 3:6 A notícia chegou também ao rei de Nínive;
e ele se levantou do seu trono
e, despindo-se do seu manto e cobrindo-se de saco,
sentou-se sobre cinzas.
Jn 3:7 E fez uma proclamação, e a publicou em Nínive,
por decreto do rei e dos seus nobres, dizendo:
Não provem coisa alguma nem homens,
nem animais, nem bois, nem ovelhas;
não comam, nem bebam água;
Jn 3:8 mas sejam cobertos de saco,
tanto os homens como os animais,
e clamem fortemente a Deus;
e convertam-se, cada um do seu mau caminho,
e da violência que há nas suas mãos.
Jn 3:9 Quem sabe se voltará Deus,
e se arrependerá,
e se apartará do furor da sua ira,
de sorte que não pereçamos?
10 Viu Deus o que fizeram,
como se converteram do seu mau caminho,
e Deus se arrependeu do mal que tinha dito
lhes faria, e não o fez.
Conclui a BEG dizendo que o Senhor ordena tanto os meios como os fins do seu plano soberano. Desse modo, dependendo da resposta humana, ele é livre para dar a sua própria resposta (Ir 18.7-10).
Algumas vezes ele anula uma predição; outras vezes ele a adia, ou pode diminuir ou aumentar o grau do castigo que ele havia determinado.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.