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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Jonas 1 1-17 - A INCRÍVEL HISTÓRIA DO PROFETA JONAS.

Sobre o livro de Jonas.
Autor:
·           O autor dessa narrativa é desconhecido.
·           É o quinto livro dos profetas menores e toma o seu nome do seu personagem principal, Jonas, filho de Amitai (1.1), de quem nada se sabe.
·           Outras citações bíblicas de Jonas se encontram:
ü  Em 2Reis, onde é descrito como o profeta que proclamou a bênção de Deus ao Reino do Norte durante o reinado de Jeroboão II (786-746 a.C.).
Esse monarca estendeu as fronteiras do seu reino à custa da Síria "segundo a palavra do SENHOR... a qual falara por intermédio do seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, o qual era de Gate-Hefer" (2Rs 14.25).
ü  Em Mt 12.39-41 e Lc 11.29-32, onde Jesus também citou Jonas ao repreender os mestres da lei e fariseus que lhe pediram para ver da parte dele um milagre.
Propósito:
Encorajar os israelitas a atenderem ao chamado de Deus para estender sua misericórdia às nações.
Verdades fundamentais – conforme BEG:
·           Deus conclama o seu povo a tentar conseguir que as nações se arrependam.
·           O povo de Deus irá sofrer descontentamento divino se não estender a misericórdia de Deus às nações.
·           Deus tem prazer em mostrar misericórdia aos gentios arrependidos.
Contextualização:
·           Provavelmente foi escrito no período entre 750 e 613 a.C.
·           Com base em 2Rs 14.25, os acontecimentos registrados no livro de Jonas deveriam ser atribuídos ao século 8. a.C.
·           Seu foco no chamado de Jonas para Nínive seria particularmente pungente depois de Israel ter sofrido a destruição de Samaria por Nínive, a capital da Assíria em 722-721 a.C.
·           Provavelmente esse livro tenha sido escrito já no reinado de Jeroboão II (786-746 a.C.) e um pouco antes da derrota de Nínive em 612 a.C.
·           O reinado de Jeroboão II (786-746 a.C.) fornece o cenário para a história de Jonas. Esse monarca foi um dos mais fortes líderes militares da história de Israel.
·           De acordo com 2Rs 14.25-28, Jonas apoiou Jeroboão ao profetizar bênçãos para o reino dele, especialmente a expansão do território de Israel para Damasco e Hamate, desse modo restaurando a fronteira norte de Israel como era nos dias de Salomão (1 Rs 8.65).
·           Está claro que o reinado de Jeroboão, juntamente com o reinado de seu contemporâneo judaíta Uzias (783-742 a.C.), introduziu um período de memorável paz e prosperidade.
·           O reino gozou de expansão populacional e territorial, crescimento comercial e atividade industrial florescente. Segundo todas as aparências externas, a nação estava gozando da bênção de Deus. O futuro parecia brilhante.
·           Mesmo assim, os profetas Oseias e Amós declararam que o reino de Israel estava num estado de decadência social, moral e religiosa.
·           Suas mensagens consistiam, em parte, de condenação, acusação e julgamento por sincretismo religioso e injustiça social (Os 1.2-8; 2.1-13; 4.1-5.14; 6.1-6; 7.11-16; 8.1-9.17; 11.1-12; 12.1-8; Am 2.6-16; 3.9-15; 5.21-27; 7.7-17).
·           Nesse contexto histórico, Jonas resistiu ao chamado de Deus para Nínive. Ele obedeceu relutantemente depois de experimentar o julgamento de Deus e finalmente aprendeu a percepção de Deus do valor dos ninivitas.
·           O Deus de Israel pretendia espalhar o seu reino para todas as nações. No entanto, dada a relação única entre o Senhor e o povo de sua aliança, Jonas e muitos de seus compatriotas haviam se prendido a intenso nacionalismo e particularismo étnico, o que os cegava para o propósito da eleição de Israel.
·           Por meio de Jonas, Deus ofereceu a Jeroboão a bênção da vitória militar ao retomar porções perdidas do reino de Deus, incluindo a Síria (2Rs 14.25-28).
·           Os acontecimentos registrados nesse livro, no entanto, mostram que Jonas também aprendeu a importância de se arrepender da sua desobediência e de estender a misericórdia de Deus para as outras nações.
·           Os leitores dessa narrativa deveriam aprender, pela experiência de Jonas, que eles deveriam arrepender-se de sua própria desobediência e ajudar a levar as bênçãos de Deus para todas as nações (Gn 12.3).
Propósitos e características – conforme a BEG:
Além de ensinar que a misericórdia e o amor de Deus têm aspectos universais, o livro mantém o tema da soberania universal de Deus, apresentando-o como o Criador, o "o Deus do céu, que fez o mar e a terra" (1.9).
A criação responde de maneira obediente a todas as ordens dele (1.4,15,17; 2.10; 4.6-8), assim como os assírios dos dias de Isaías haviam feito (Is 10.5-6,12).
O livro de Jonas enfatiza o poder universal e o controle soberano de Deus sobre a humanidade e a natureza, sobre a vida e a morte (A BEG propõe conhecer seus excelentes artigos teológicos "Soberania divina", em SI 97, e "Deus, o Criador do céu e da terra", em SI 104).
Quatro estratégias interpretativas básicas foram pressupostas para o livro, conforme a BEG:
·           Alegoria.
Uma alegoria é uma técnica de criar e interpretar literatura de modo a transmitir mais de um nível de significado.
ü O texto de Jonas não apresenta os indícios típicos que peçam um entendimento alegórico o texto é apresentado na forma de narrativa histórica.
·           Midrash.
O midrash faz referência a um tipo de interpretação da Escritura que é basicamente expositiva por natureza.
ü Aplicada a Jonas, essa abordagem trata o livro como comentário sobre passagens como Ex 34.6-7 (Jo 4.2) um comentário no qual os acontecimentos aos quais se faz referência não são necessariamente históricos.
ü Essa abordagem está em desacordo com defesas críveis da historicidade do livro, para não mencionar o testemunho de Cristo (Mt 12.39-42; Lc 11.29-32).
·           Parábola.  
Interpretar Jonas como uma parábola é talvez a abordagem mais comum.
ü Uma parábola é uma metáfora ou um símile ampliado, um relato breve e fictício que ilustra verdades morais, religiosas e espirituais.
ü O conceito de parábola é mais bem ilustrado nos ensinamentos de Jesus (p. ex., Mt 13.45-46; Lc 10.29-37; 15.11-32).
ü Segundo Samuel 11 é um bom exemplo de uma parábola do Antigo Testamento.
ü Essa visão compreende a narrativa como um relato moral com objetivo didático.
ü Há um grande número de objeções a essa interpretação, tais como a complexidade e o tamanho incomum do relato, e a identificação do personagem principal (Jonas) como uma figura histórica (2Rs 14.25).
ü Mais importante, essa interpretação tem uma tendência de privar o livro do seu fundamento histórico, contrário ao testemunho do Novo Testamento.
·           Narrativa histórica. Apesar de suas surpresas e elementos sensacionais, a obra deve ser entendida como uma narrativa histórica (profética).
ü A história é centrada numa figura histórica específica e é apresentada como uma narração fidedigna de acontecimentos reais.
ü A tradição judaica considera a narrativa como História, e as alusões de Cristo ao relato (Mt 12.39-42; Lc 11.29-32) dão ainda mais credibilidade à historicidade da obra.
ü Ainda assim, como todas as narrativas históricas na Escritura, esse livro foi escrito por um outro propósito que não apenas preservar dados.
ü Jonas foi designado a ensinar seus leitores como viver fielmente perante Deus.
Cristo em Jonas – conforme a BEG:
·           Jesus traçou uma ligação entre ele e o sinal do "profeta Jonas" (Mt 12.39; 16.4; Lc 11.29).
·           Numa época em que muitos israelitas se recusavam a obedecer à palavra profética que lhes fora dada, a libertação de Jonas de um peixe enorme após três dias e noites levou os ninivitas ao arrependimento.
·           Jesus previu que sua própria futura libertação da sepultura, após três dias, levaria ao arrependimento dos gentios, conquanto muitos judeus ainda rejeitassem a sua palavra profética.
·           De certa maneira, então, o relato de Jonas chamou seus leitores judeus ao arrependimento ao confirmar o ministério aos gentios, assim como Jesus e seus apóstolos haviam feito.
Divisão e estruturação do livro de Jonas.
Dividiremos o livro de apenas três capítulos em duas partes, seguindo a estruturação proposta da BEG:
1. A DESOBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (1.1 – 2.10).
II. A OBEDIÊNCIA DE NONAS E A REAÇÃO DE DEUS (3.1 – 4.11).
1. A DESOBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (1.1 – 2.10).
O livro de Jonas divide-se em duas seções claras, cada uma delas introduzida pela frase: "Veio a palavra do SENHOR a Jonas" (1.1; 3.1).
Essa primeira seção descreve a resposta desobediente de Jonas ao comissionamento profético e a resposta de Deus ao enviar uma tempestade. Deus enviou castigo contra Jonas por ele ter recusado o seu chamado para estender a sua misericórdia a Nínive. Jonas se arrependeu de sua desobediência e Deus o resgatou.
Ironicamente, a tempestade não levou apenas ao julgamento de Jonas, mas também à adoração de Deus por marinheiros gentios.
Esses versículos da primeira seção se dividem em quatro partes principais: a fuga de Jonas (1.1-3), a grande tempestade (1.4-15), o fim da fuga de Jonas (1.16-17) e a oração de Jonas e a resposta de Deus (2.1-10) que formarão nossa proposta de divisão dessa primeira seção do livro de Jonas, conforme a BEG: A. Jonas foge do chamado de Deus (1.1-3) – veremos agora; B. Deus envia uma grande tempestade (1.4-15) – veremos agora; C. A fuga de Jonas é encerrada (1.16-17) – veremos agora; e, D. A oração de Jonas e a resposta de Deus (2.1-10).
A. Jonas foge do chamado de Deus (1.1-3).
Jonas recebeu o chamado de Deus para Nínive, mas ele correu na direção oposta.
Veio a palavra do SENHOR a Jonas – vs. 1 -, literalmente, "A palavra de Yahweh era para Jonas". Com algumas variações, essa frase é utilizada cento e doze vezes no Antigo Testamento para descrever a entrega de um oráculo divino para um profeta.
Jonas, filho de Amitai, era o destinatário da revelação do Senhor. Jonas (significa "pombo"), o filho de Amitai (significa "verdade").
O profeta é identificado como o personagem histórico de 2Rs 14.25 que proclamou que Jeroboão II (786-746 a.C.) recuperaria território dos sírios ao norte. Conforme a BEG, a mensagem de Jonas para Jeroboão contrastava com as palavras de Amós e Oseias, seus contemporâneos do século 8.
A instrução era clara para Jonas que deveria levantar-se e se dirigir à grande cidade de Nínive. A soberania do Senhor sobre todas as nações está implícita na ordem para Jonas. Deus é o juiz de toda a terra (Gn 6.13; 18.25; 1Cr 16.14; SI 82.8; Jr 25.31).
Conforme a BEG, a cidade de Nínive era uma cidade principal e a última capital do Império Assírio. A cidade estava localizada no lado leste do rio Tigre, diretamente oposta à cidade atual de Mosul, no norte do Iraque. O local foi extensivamente escavado e ostenta uma longa e rica história que remonta aos tempos pré-históricos.
Algumas características básicas sobre Nínive:
·           Capital da Assíria.
·           Em 721 a.C., o império assírio destruiu o Reino do Norte (Israel) e enviou para o exílio muitos dos israelitas.
·           À época em que o livro de Jonas foi redigido, Nínive, em relação ao povo de Deus era:
ü  Símbolo de crueldade.
ü  Símbolo de vidência.
ü  Símbolo de hostilidade contra o povo de Deus.
Ele deveria clamar contra ela. Jonas entendia que o seu pronunciamento do julgamento do Senhor sobre o temido e odiado Império Assírio poderia ser revogável (4.2) e que a sua mensagem era uma ameaça de julgamento que também oferecia bênção no caso de arrependimento.
Tudo isso estava se sucedendo porque a sua malícia tinha subido até o Senhor. Na profecia posterior de Naum (século 7 a.C.), Nínive (representando a Assíria) era o foco de ira divina e era descrita como a personificação do mal e da crueldade (Na 2.13; 3.4-7). A máquina de guerra assíria era culpada de atrocidades horrendas e, com o tempo (612 a.C.), o império cairia vítima do seu próprio tipo de maldade.
Jonas atendeu a primeira parte do pedido do Senhor e se levantou, mas não para ir para Nínive e sim para Társis – vs. 3.
Existem várias interpretações possíveis sobre o termo "Társis" nesse contexto. Pode se referir a um lugar geográfico específico junto ao mar Mediterrâneo, possivelmente entre a costa levantina e o porto de mineração de Tartesso, no Sudoeste da Espanha.
O termo também pode ser entendido como uma maneira genérica de designar distantes regiões costeiras do Mediterrâneo.
Ao receber o chamado, Jonas foi para Jope, o porto do Mediterrâneo mais próximo de Jerusalém, a fim de embarcar para Társis. É difícil determinar a localização exata de Társis. Alguns estudiosos a situam na costa sudoeste da Espanha; outros, na ilha de Sardenha.
Trata-se, de qualquer maneira, de um lugar ao qual era possível chegar de barco através do mar Mediterrâneo e que, para os israelitas, representava o extremo oeste do mundo então conhecido.
Imaginava o profeta Jonas que indo para a direção oposta conseguiria fugir da presença do SENHOR. Embora a presença de Deus esteja até "nos confins dos mares" (SI 139.9), Jonas procurou correr para o mais longe possível de Deus.
B. Deus envia uma grande tempestade (1.4-15).
Dos versos 4 ao 25, veremos que Deus envia uma grande tempestade. Em reação à desobediência de Jonas, Deus enviou uma terrível tempestade para impedir que Jonas escapasse do seu chamado.
Haveria infinitas formas de Deus intervir, mas, aqui, o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento pondo o navio a ponto de quase quebrar-se. Deus é o Criador e Senhor do vento e do mar (Êx 10.13-19; 14.21-22; 15.8,10; Nm 11.31; SI 135.6-7; Am 4.13; Na 1.3). A BEG propõe aqui ler seu excelente artigo teológico "Deus, o Criador do céu e da terra", em SI 104.
Por causa da tempestade, os marinheiros entraram em desespero e passaram a clamar, cada um ao seu deus e começaram também a jogarem cargas para fora do navio para ele se tornar mais leve e Jonas, tranquilo, desceu ao porão para tirar uma soneca.
No entanto, o mestre do navio o encontrou dormindo e repreendeu a ele o chamando de dorminhoco e lhe deu uma ordem: “Levanta-te, clama ao teu Deus; talvez assim ele se lembre de nós para que não pereçamos”. É interessante observar que a ordem do capitão representa a mesma expressão hebraica usada por Deus para ordenar que Jonas fosse pregar contra Nínive.
Eles estavam tão aterrorizados que nem sabiam como lidar com aquela tempestade e resolveram lançar sorte – vs. 7 - para ver de quem era a culpa pela tempestade.
Lançar sorte era um meio usado para discernir a vontade de um deus ou deuses, era uma maneira comum de adivinhação no mundo antigo. A prática não era proibida na antiga Israel, pois o Senhor governava sobre toda sorte e por meio dela (Nm 26.55; 33.54; 34.13; Js 14.2; 18.6-10; 19.1,10,17,24,32,40,51; 21.4-6,8,10; 1Cr 6.54,61,65; Pv 16.33).
É também curioso que, intuitivamente, eles sabiam que a tempestade estava acontecendo por causa de alguém. E quando acontecem tempestades ou fenômenos terríveis da natureza, nós sabemos por que eles ocorrem?
A sorte caiu, curiosamente – coincidência? -, em Jonas, ou seja, deu certo o método empregado por eles de saber por que era que estava vindo aquela terrível tempestade.
As perguntas deles para Jonas foram:
·         Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio este mal.
·         Que ocupação é a tua?
·         Donde vens?
·         Qual é a tua terra?
·         E de que povo és tu? 
Jonas identificou-se primeiro em termos étnicos, dizendo se hebreu e servo temente a Deus, justamente o Deus do céu que fez o mar e a terra seca.
O termo "hebreu" era usado pelos israelitas como uma maneira de se identificarem aos estrangeiros (Gn 40.15; Êx 1.19; 2.7; 3.18; 5.3; 7.16; 9.1,13; 10.3) e, pelos não israelitas, como os filisteus e os egípcios, como um termo étnico em oposição a si mesmo (Gn 39.14,17; 41.12; Êx 1.16; 2.6; 1Sm 4.6,9; 13.3,19; 14.11; 29.3).
Depois, identificou-se em termos religiosos. O Senhor não é apenas uma divindade pessoal, familiar ou de um clã; de fato, ele é mais que um deus nacional. Ele é o supremo e soberano Deus, o Criador do mar e da terra.
Ao dizer para eles “Deus do céu”, ela estava usando um antigo epíteto (Gn 24.3,7) comumente usado no período persa após o exílio (2Cr 36.23; Ed 1.2; Ne 1.4-5; 2.4). Novamente, neste capítulo a BEG recomenda a leitura de seus excelentes artigos teológicos "Soberania divina", em SI 97, e "Deus, o Criador do céu e da terra", em SI 104. Deus do céu.
Eles então souberam que Jonas estava fugindo de Deus, repreenderam-no por isso e ficaram com grande medo sem saber o que poderia ser feito, pois o mar ia se tornando cada vez pior.
Jonas muito corajoso – curioso esse profeta – assumiu a culpa, reconheceu que a situação estava fora de controle por causa dele e acabou propondo a eles que o jogassem no mar e tudo estaria resolvido para eles. No entanto, temeram em fazer isso e a situação deles se agravava ainda mais.
Por fim, resolveram tentar a saída de Jonas, mas antes se dirigiram a Deus em oração e pediram a Deus que não colocassem sobre eles aquele sangue inocente porque a morte de Jonas ali seria mais do que certa.
Jonas não sabia que Deus iria enviar um grande peixe e o livrar da fúria do mar, portanto, lançou-se mesmo para morte por amor aquelas vidas do navio, pois do contrário jamais teria isso proposto a eles.
Um profeta fujão, mas um profeta muito corajoso, temente a Deus e que se importava com a vida alheia.
Ao lançarem Jonas no mar – vs. 15 - cessou o mar da sua fúria. A cena muda enquanto a tempestade que Deus havia enviado (1.4) se acalma.
Eles então ficaram ainda mais com temor a Deus e ofereceram sacrifícios ao Senhor e fizeram votos. Ou seja, aquela atitude de Jonas levou à conversão todos aqueles marinheiros. É incrível como Deus é Deus sobre toda a nossa história de vida e circunstâncias, sejam elas quais forem.
Não existe evento certo ou impossíveis quando Deus está no caso e ele está em todos os casos.
C. A fuga de Jonas é encerrada (1.16-17).
Nos versos 16 e 17, a fuga de Jonas é encerrada. Como consequência da tempestade, um contraste irônico apareceu. Os marinheiros gentios temeram a Deus e o honraram com juramentos, enquanto Deus enviou um grande peixe para engolir o insubordinado Jonas.
Esse contraste antecipa a diferença entre Jonas e os ninivitas, que será vista nos caps. 3-4.
Jonas ficou três dias e três noites no ventre de um grande peixe. Para o peixe, Jonas deveria estar sendo um delicioso petisco ou jantar. Nesse ponto, a situação de Jonas é ambígua. Ele não foi deixado para se afogar, mas também não foi completamente resgatado.
»JONAS [1]
Jn 1:1 Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
Jn 1:2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive,
e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
Jn 1:3 Jonas, porém, levantou-se para fugir
da presença do Senhor para Társis.
E, descendo a Jope,
achou um navio que ia para Társis;
pagou, pois, a sua passagem,
e desceu para dentro dele,
para ir com eles para Társis,
da presença do Senhor.
Jn 1:4 Mas o Senhor lançou sobre o mar um grande vento,
e fez-se no mar uma grande tempestade,
de modo que o navio estava a ponto
de se despedaçar.
Jn 1:5 Então os marinheiros tiveram medo,
e clamavam cada um ao seu deus,
e alijaram ao mar a carga que estava no navio,
para o aliviarem;
Jonas, porém, descera ao porão do navio;
e, tendo-se deitado,
dormia um profundo sono.
Jn 1:6 O mestre do navio, pois, chegou-se a ele, e disse-lhe:
Que estás fazendo, ó tu que dormes?
Levanta-te, clama ao teu deus;
talvez assim ele se lembre de nós,
para que não pereçamos.
Jn 1:7 E dizia cada um ao seu companheiro:
Vinde, e lancemos sortes, para sabermos
por causa de quem nos sobreveio este mal.
E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas.
Jn 1:8 Então lhe disseram:
Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio
este mal.
Que ocupação é a tua?
Donde vens?
Qual é a tua terra?
E de que povo és tu?
Jn 1:9 Respondeu-lhes ele:
Eu sou hebreu,
e temo ao Senhor, o Deus do céu,
que fez o mar e a terra seca.
Jn 1:10 Então estes homens se encheram de grande temor,
e lhe disseram:
Que é isso que fizeste? pois sabiam os homens
que fugia da presença do Senhor,
porque ele lho tinha declarado.
Jn 1:11 Ainda lhe perguntaram:
Que te faremos nós, para que o mar se nos acalme?
Pois o mar se ia tornando cada vez mais tempestuoso.
Jn 1:12 Respondeu-lhes ele:
Levantai-me,
e lançai-me ao mar,
e o mar se vos aquietará;
porque eu sei que por minha causa
vos sobreveio esta grande tempestade.
Jn 1:13 Entretanto os homens se esforçavam
com os remos para tornar a alcançar a terra;
mas não podiam,
porquanto o mar se ia embravecendo
cada vez mais contra eles.
Jn 1:14 Por isso clamaram ao Senhor, e disseram:
Nós te rogamos, ó Senhor, que não pereçamos
por causa da vida deste homem,
e que não ponhas sobre nós o sangue inocente;
porque tu, Senhor, fizeste como te aprouve.
Jn 1:15 Então levantaram a Jonas,
e o lançaram ao mar;
e cessou o mar da sua fúria.
Jn 1:16 Temeram, pois, os homens ao Senhor com grande temor;
e ofereceram sacrifícios ao Senhor,
e fizeram votos.
Jn 1:17 Então o Senhor deparou um grande peixe,
para que tragasse a Jonas;
e esteve Jonas três dias e três noites
nas entranhas do peixe.
Jonas teve algum tempo para refletir sobre o que havia feito e como ele responderia ao julgamento de Deus contra ele.
Jesus fez referência a essa parte da história de Jonas para comunicar verdades a respeito de sua própria mensagem e missão.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.