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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ezequiel 9:1-11 - OS EXECUTORES E SUAS ARMAS DESTRUIDORAS.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na primeira seção “1”, estamos no capítulo 9:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
1. Visões e vocação (8.1-11.25) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 11, estaremos vendo as visões e a vocação. Ezequiel teve uma visão de Jerusalém durante a qual testemunhou os pecados do povo e foi chamado para profetizar contra eles (11.4).
Neste capítulo, de apenas onze versículos, veremos os executores sendo convocados para matar os não arrependidos. Ezequiel continuou a observar os acontecimentos em Jerusalém por meio de sua visão, e viu Deus convocar os executores para matar os não arrependidos.
Ezequiel ouviu um grito em alta voz chamando os intendentes ou executores e cada um deles com suas armas destruidoras em suas mãos. São estes descritos como seres humanos (9.1-2), mas provavelmente guerreiros angélicos (Êx 12.23-30, 1Cr 21.15-20), designados para executar os idólatras.
Eles estavam em número de seis deles, com cada um com sua arma em punhos e com eles um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cintura. Eles entraram e se puseram junto ao altar de bronze.
As vestimentas de linho eram o traje dos sacerdotes (Êx 28.29-42), mas os anjos e aqueles que permaneciam na presença de Deus também eram descritos como usando linho (Dn 10.5; 12.6-7; Ap 15.6; 19.8,14).
Quanto aos tinteiros ou estojo de escrever à cintura que estava com o homem vestido de linho pode ser um escriba aparentemente encarregado de manter o registro celestial (Êx 32.32-33; SI 69.28; 139.16; Dn 12.1; Fp 4.3; Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27).
A visão de Ezequiel era uma advertência de que os idólatras não tinham lugar na cidade de Deus (1Co 5.11; 6.9; Ef 5.5; Cl 3.5; Ap 21.8; 22.15; cf. 2Co 15.12-13).
Ezequiel passa a falar da glória de Deus de Israel que se levantara de onde estava – do querubim - e que passou à entrada da casa e que clamou ao homem vestido de linho, aquele que trazia o tinteiro em suas mãos.
A nuvem de glória que simbolizava a presença divina habitava acima do lugar santíssimo no templo; a nuvem iniciou urna jornada retratando visualmente o modo pelo qual Deus abandonaria Jerusalém (10.18-19; 11.22-23).
No verso 4, o Senhor disse para passar pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém e marcar com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas aquelas abominações que se estavam cometendo no meio dela.
Esse simbolismo pode ter influenciado a visão ou o escrito de João em Ap 7.3; 14.9. A marca é uma reminiscência do sangue nas casa dos israelitas durante a primeira Páscoa - o sinal havia salvo todos os primogênitos da morte (Êx 12.12-13).
Quanto aos outros, dos que sobraram e não receberam a marca, a instrução que Ezequiel ouviu foi de que passasse pela cidade após ele e ferisse, sem dó, nem piedade e matasse velhos, mancebos, virgens, criancinhas, mulheres. Era para serem exterminados todos eles, a começar pelo seu santuário. Todos os que não tivessem o sinal iriam ser mortos sem piedade e sem compaixão.
E assim foi que se começou pelos anciãos que estavam diante da casa. E lhes foi dito que profanassem a casa e enchessem os átrios dos mortos. E eles saíram e feriram a cidade. (Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?) - 1 Pedro 4:17.
Enquanto saíram e estavam executando a ordem de destruição, Ezequiel cai com seu rosto em terra e clama e intercede por eles dizendo ou perguntando a Deus se ele iria mesmo destruir todo o restante de Israel ao derramar toda a sua indignação sobre Jerusalém.
Ele, o Senhor, lhe responde – vs. 9 – que a culpa da casa de Israel e de Judá era grandíssima e a terra estava cheia de sangue, de injustiça, principalmente por dizerem que o Senhor tinha abandonado a terra e, portanto nada via.
As acusações no cap. 8 concentraram-se na idolatria e nas violações do culto; aqui, a questão é a justiça social. Ezequiel estendeu-se sobre o tema da violência e da injustiça mencionados em 8.17.
O Senhor estava mesmo decidido a não poupá-los, nem se compadecer e sobre as suas próprias cabeças trazer-lhes seus próprios caminhos e péssimas escolhas.
O homem que estava vestido de linho e que tinha o tinteiro à sua cintura voltou com a resposta dele dizendo que tinha tudo feito como o Senhor tinha mesmo ordenado.
Ez 9:1 Então me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo:
Chegai, vós, os intendentes da cidade,
cada um com as suas armas destruidoras na mão.
Ez 9:2 E eis que vinham seis homens do caminho da porta superior,
que olha para o norte, e cada um com a sua arma
de matança na mão;
e entre eles um homem vestido de linho,
com um tinteiro de escrivão à sua cintura.
E entraram, e se puseram junto ao altar de bronze.
Ez 9:3 E a glória do Deus de Israel se levantou
do querubim sobre o qual estava,
e passou para a entrada da casa;
e clamou ao homem vestido de linho,
que trazia o tinteiro de escrivão à sua cintura.
Ez 9:4 E disse-lhe o Senhor:
Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém,
e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram
e que gemem por causa de todas as abominações
que se cometem no meio dela.
Ez 9:5 E aos outros disse ele, ouvindo eu:
Passai pela cidade após ele, e feri;
não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais.
Ez 9:6 Matai velhos, mancebos e virgens, criancinhas e mulheres,
até exterminá-los; mas não vos chegueis
a qualquer sobre quem estiver o sinal;
e começai pelo meu santuário.
Então começaram pelos anciãos que estavam diante da casa.
Ez 9:7 E disse-lhes:
Profanai a casa, e enchei os átrios de mortos; saí.
E saíram, e feriram na cidade.
Ez 9:8 Sucedeu pois que, enquanto eles estavam ferindo,
e ficando eu sozinho, caí com o rosto em terra,
e clamei, e disse:
Ah Senhor Deus! destruirás todo o restante de Israel,
derramando a tua indignação sobre Jerusalém?
Ez 9:9 Então me disse:
A culpa da casa de Israel e de Judá é grandíssima,
a terra está cheia de sangue,
e a cidade cheia de injustiça; pois eles dizem:
O Senhor abandonou a terra;
o Senhor não vê.
Ez 9:10 Também, quanto a mim, não pouparei nem me compadecerei;
sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho.
Ez 9:11 E eis que o homem que estava vestido de linho,
a cuja cintura estava o tinteiro,
tornou com a resposta, dizendo:
Fiz como me ordenaste.
A oportunidade tinha sido dada ao povo de Israel e de Jerusalém, mas tinham desperdiçado e feito as suas próprias escolhas. O Senhor nada mais estava fazendo do que retornar as consequências devidas de seus atos tresloucados contra eles mesmos.
Vemos aqui neste capítulo que Deus se importa sim com nossas vidas e com a forma como estamos vivendo. Desprezar a justiça e a verdade e do povo se beneficiar ou viver sem regras desrespeitando o próximo é uma grande afronta a Deus que não deixará o pecado impune.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.