INSCREVA-SE!

terça-feira, 7 de abril de 2015

Ezequiel 8:1-18 - EZEQUIEL E A EXPERIÊNCIA DE UM TRANSPORTE VISIONÁRIO.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na primeira seção “1”, estamos no capítulo 8:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
Esta segunda série vai do capítulo 8 ao 24. Ela é o segundo conjunto de visões, a vocação, os atos simbólicos e as mensagens relacionadas.
Uma segunda seção, aproximadamente paralela à anterior, apresenta uma relação das visões, da vocação, dos atos e das mensagens (8.1-11.25; 12.1-20; 12.21-24.27) que serão as próximas divisões em seções: 1. Visões e vocação (8.1-11.25); 2. Os atos simbólicos (12.1-20); 3. Discursos relacionados (12.21-24.27)
1. Visões e vocação (8.1-11.25).
Até o capítulo 11, estaremos vendo as visões e a vocação. Ezequiel teve uma visão de Jerusalém durante a qual testemunhou os pecados do povo e foi chamado para profetizar contra eles (11.4).
Quando a visão terminou, ele comunicou aos exilados tudo o que havia visto (11.24-25). O castigo sobre Jerusalém não havia terminado, a destruição de 586 a.C. ainda permanecia no futuro.
Esses capítulos se dividem em seis partes: a. O transporte de Ezequiel até Jerusalém (8.1-4); b. A sua visão da idolatria no templo (8.5-18); c. Executores para os não arrependidos (9.1-11); d. A retirada da glória de Deus de sobre o templo (10.1-21); e. A execução dos maus líderes em Jerusalém (11.1-21); f. O transporte de Ezequiel de volta para a Babilônia (11.22-25).
a. O transporte de Ezequiel até Jerusalém (8.1-4).
Novamente Ezequiel tem uma visão da carruagem divina e a especifica no tempo e no espaço com precisão. Aconteceu no dia 05/06/0006 – ano de sua contagem, provavelmente de seu exílio -, estando ele assentado em sua casa e os anciãos de Judá também assentados diante dele que a mão do Senhor veio sobre ele e ele teve visões de Deus
Uma visão da carruagem divina aparece diante de Ezequiel como já havia acontecido anteriormente (v. 4). Agora, entretanto, uma mão se estende, segura Ezequiel e o transporta para Jerusalém para que ele pudesse ver por que a cidade e o seu templo tinham de ser destruídos.
Ele olhou e viu:
Alguém parecendo usar trajes afogueados desde os seus lombos até os seus pés e dos lombos para cima de um grande resplendor como o brilho de âmbar que estendeu as suas mãos sobre ele e o tomou por uma trança de seu cabelo e no Espírito o levantou entre o céu e a terra e o transportou até Jerusalém.
Alguns sugerem que Ezequiel foi fisicamente transportado para Jerusalém pelo Espírito de Deus, ou que ele fez realmente uma viagem até lá (6.1-3). Isso seria desnecessário. Ezequiel experimentou um transporte visionário, não diferente de outras experiências que ele teria ou que outros haviam experimentado ou experimentariam (3.12,14; 37.1; 40 1; 2Rs 5.26; 6.32-33; 2Co 12.2).
O detalhe da visão importa? Qual a razão do ser afogueado, do estender a sua mão, do apanhar ele pelas suas tranças, do fazê-lo ficar suspenso entre os céus e a terra, do conduzi-lo de um lugar para outro, mesmo que em visões?
O ser o trouxe até a entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte. Esta levava do átrio externo para o átrio interno do templo. Exatamente onde estava o assento da imagem de ciúme ou que provoca ciúme.
b. A sua visão da idolatria no templo (8.5-18).
Dos vs. 8 ao 18, veremos a idolatria no templo. Foram mostrados a Ezequiel quatro tipos de idolatria florescentes na cidade:
(1) O culto à "imagem dos ciúmes" (vs. 5-6).
(2) O culto a "animais" (vs.7-13).
(3) O culto a Tamuz (vs.14-15).
(4) O culto ao "sol" (v. 16).
Todos os segmentos da sociedade estavam envolvidos: os anciãos (vs. 11-12), as mulheres (v. 14) e os sacerdotes (v. 16).
(1) O culto à "imagem dos ciúmes" (vs. 5-6).
A imagem dos ciúmes. Definida no v. 3 como "imagem... que provoca o ciúme de Deus"; ou seja, provocava a ira de Deus, que zelava pela sua própria honra (Êx 20.5).
A glória de Deus pertencia àquele lugar (v.4); a imagem, não. Esse ídolo era, provavelmente uma Aserá, a imagem de uma deusa cananeia, possivelmente vista como a consorte do Senhor (veja 2Rs 21.7; 23.6).
A Ezequiel foi mostrada a imagem e a fala de Deus que aquilo era um absurdo, pois que o estavam provocando à ira.
 (2) O culto a "animais" (vs.7-13).
Ele continuou a levar Ezequiel em sua visão, certamente pelos seus cabelos e de forma suspensa entre os céus e a terra e o levou agora à porta do átrio e ele olhou.
Ele viu um buraco na parede. Deus o instruiu a cavar naquele buraco e acabou achando uma porta e o instruiu a entrar por ela e ver as ímpias abominações que eles faziam ali.
Ezequiel entra e olha e vê que toda a forma de repteis, de animais abomináveis, e todos os ídolos da casa de Israel estavam pintados na parede em todo o redor.
Cultuar animais era adorar a criatura ao invés de adorar o Criador (Rm 1.25). Animais sobre os quais a humanidade havia recebido o domínio, tinham, ao contrário, se tornado objeto de veneração (Gn 1.28).
Ele vê que 70 homens dos anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, no meio deles, estavam em pé diante das pinturas em veneração com incensários, em rituais de adoração. Esse Safã havia sido útil na reforma empreendida por Josias (2Rs 22.3-14; 2Cr 34.8,15-20). Queimar incenso no templo era um rito reservado para os sacerdotes (Êx 30.1-10; Nm 16.40; 18.1-7; 2Cr 26.16-21).
Deus mostrou a Ezequiel o que faziam aqueles anciãos – ele começou a contar a sua visão estando sentado junto com os anciãos! (vs. 1) – faziam nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens.
Eles faziam isso e ainda diziam que o Senhor não os podia ver porque tinha abandonado a terra.
 (3) O culto a Tamuz (vs.14-15).
Depois ainda o levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz, por um deus que não é Deus.
Tamuz era cultuado como um deus da fertilidade e senhor do mundo inferior. Seus ritos estavam ligados aos ciclos anuais de morte e rejuvenescência da vegetação. Quando a vegetação morria sob o sol do verão, pensava-se que Tamuz havia morrido e descido ao mundo inferior, e o povo lamentava a sua morte.
O reflorescimento da vegetação era visto corno o retorno de Tamuz; ritos de fertilidade procuravam assegurar a fertilidade do solo (veja Dt 28.11-12,17-24; SI 104.10-30; JI 2.18-27; Am 9.13-15; Ag 1.10-11; 2.15-19; Zc 8.10-12).
 (4) O culto ao "sol" (v. 16).
Ainda continuou o Espírito a conduzi-lo e dessa vez o levou para o átrio interior da casa do Senhor; e eis que estavam à entrada do templo do Senhor vinte e cinco homens.
Provavelmente sacerdotes, uma vez que o acesso à área entre o altar e o pórtico era normalmente restrito aos sacerdotes. O templo estava voltado para o leste.
Ao invés de olhar para o templo para lamentar e chorar pelos seus pecados e interceder peia nação como deveriam estar fazendo (9.4; cf. JI 2.17), esses homens literalmente davam as costas para a casa de Deus e para o Senhor ali entronizado acima dos querubins (10.3) para adorar o sol nascente (2Rs 21.5; 23.11).
O culto aos astros era comum no antigo Oriente Próximo; eram proeminentes na Mesopotâmia, mas também nativos de Canaã.
Ez 8:1 Sucedeu pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês,
estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentados
diante de mim, que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim.
Ez 8:2 Então olhei,
e eis uma semelhança como aparência de fogo.
Desde a aparência dos seus lombos, e para baixo, era fogo;
e dos seus lombos, e para cima, como aspecto de resplendor,
como e brilho de âmbar.
Ez 8:3 E estendeu a forma duma mão,
e me tomou por uma trança da minha cabeça;
e o Espírito me levantou entre a terra e o céu,
e nas visões de Deus me trouxe a Jerusalém,
até a entrada da porta do pátio de dentro,
que olha para o norte,
onde estava o assento da imagem do ciúme,
que provoca ciúme.
Ez 8:4 E eis que a glória do Deus de Israel estava ali,
conforme a semelhança que eu tinha visto no vale.
Ez 8:5 Então me disse:
Filho do homem, levanta agora os teus olhos para o caminho do norte.
Levantei, pois, os meus olhos para o caminho do norte,
e eis que ao norte da porta do altar,
estava esta imagem do ciúme na entrada.
Ez 8:6 E ele me disse:
Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo?
as grandes abominações que a casa de Israel faz aqui,
para que me afaste do meu santuário;
Mas verás ainda outras grandes abominações.
Ez 8:7 E levou-me à porta do átrio;
então olhei,
e eis que havia um buraco na parede.
Ez 8:8 Então ele me disse:
Filho do homem, cava agora na parede.
E quando eu tinha cavado na parede,
eis que havia uma porta.
Ez 8:9 Disse-me ainda:
Entra, e vê as ímpias abominações que eles fazem aqui.
Ez 8:10 Entrei, pois, e olhei:
E eis que toda a forma de répteis, e de animais
abomináveis, e todos os ídolos da casa de
Israel,
estavam pintados na parede em todo o redor.
Ez 8:11 E setenta homens dos anciãos da casa de Israel,
com Jaazanias, filho de Safã, no meio deles,
estavam em pé diante das pinturas,
e cada um tinha na mão o seu incensário;
e subia o odor de uma nuvem de incenso.
Ez 8:12 Então me disse:
Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel
fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras
pintadas de imagens?
Pois dizem:
O Senhor não nos vê;
o Senhor abandonou a terra.
Ez 8:13 Também me disse:
Verás ainda maiores abominações que eles fazem.
Ez 8:14 Depois me levou à entrada da porta da casa do Senhor,
que olha para o norte; e eis que estavam ali
mulheres assentadas chorando por Tamuz.
Ez 8:15 Então me disse:
Viste, filho do homem?
Verás ainda maiores abominações do que estas.
Ez 8:16 E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor;
e eis que estavam à entrada do templo do Senhor,
entre o pórtico e o altar,
cerca de vinte e cinco homens,
de costas para o templo do Senhor,
e com os rostos para o oriente;
e assim, virados para o oriente, adoravam o sol.
Ez 8:17 Então me disse:
Viste, filho do homem?
Acaso é isto coisa leviana para a casa de Judá,
o fazerem eles as abominações que fazem aqui?
pois, havendo enchido a terra de violência,
tornam a provocar-me à ira;
e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.
Ez 8:18 Pelo que também eu procederei com furor;
o meu olho não poupará,
nem terei piedade.
Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz,
contudo não os ouvirei.
O povo está regressando...
Depois de lhe mostrar essas terríveis abominações, o Senhor lhe fala da sua indignação com abominações feitas e com a terra cheia de violência para provocá-lo à ira.
Os pecados denunciados nesse capítulo de modo especial, mas não exclusivamente, envolviam práticas religiosas corruptas. A religião corrupta era inevitavelmente acompanhada por relacionamentos corruptos entre as pessoas, de sorte que toda a terra é descrita como cheia de violência e injustiça, um tema desenvolvido mais amplamente em 9.9; 11.6.
Alguns relevos assírios retratam pessoas levando ramos ao nariz, num gesto de reverência e culto; essa pode ser uma referência a essa prática ou a um rito cultual semelhante.
Em consequência, também Deus procederá com furor e seu olho não poupará, nem terá piedade, pois ainda que clamem a plenos pulmões, Deus não os ouvirá.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...

1 comentários:

ao se referir o criador em Ez 8:17 de eles levarem os ramos ao nariz e cheirar não é a mesma pratica que fazem hoje os maçons na cerimonia dos mortos quando eles levam o ramo de acácia ao nariz e cheiram

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.