terça-feira, 28 de abril de 2015
terça-feira, abril 28, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 29:1-21 - PROFECIAS CONTRA O EGITO.
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Ainda, estamos na parte II, no capítulo 29, seção F.
Ressaltamos que entre os oráculos de
advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de
esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem,
incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – já vista; F. Egito (29.1-32.32) – começaremos agora.
F. Egito (29.1-32.32).
Nesses quatro capítulos finais desta parte
II, veremos que Ezequiel profetizou contra o Egito, um dos grandes impérios do
mundo antigo. Todas as profecias são datadas (29.1,17; 30.20; 31.1; 32.1,17),
com exceção do oráculo que se inicia em 30.1.
Os capítulos seguem o padrão geral visto na
seção anterior: um primeiro julgamento contra o Egito (29.1-16), um segundo
julgamento (29.17-21), um lamento sobre o Egito (30.1-19), um terceiro
julgamento (30.20-26), um quarto julgamento (31.1-18), um lamento por Faraó
(32.1-16) e um lamento sobre o Egito e sobre Faraó (32.17-32).
Propomos, destarte, seguindo a BEG a
seguinte divisão dessa seção “F”: 1. Julgamento contra o Egito (29.1-6) – veremos agora; 2. Segundo julgamento
contra o Egito (29.17-21) – veremos
também agora; 3. Lamento sobre o Egito (30.1-19); 4. Terceiro julgamento
contra o Egito (30.20-26); 5. Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18); 6.
Lamento por Faraó (32.1-16); 7. Lamento pelo Egito e por Faraó (32.17-32).
1. Julgamento contra o Egito (29.1-6).
No primeiro julgamento contra o Egito que
vai até o verso 16, Ezequiel condenou o Egito à destruição.
Aconteceu no décimo ano, no décimo mês, aos
doze dias do mês do reinado de Joaquim; janeiro de 587 a.C., cerca de um ano
depois que Nabucodonosor instituiu o cerco contra Jerusalém - 24.1 – que veio
ao seu profeta a palavra de Deus dizendo para ele dirigir o seu rosto contra
Faraó e, consequentemente, contra todo o Egito.
Era para ele falar e dizer que Faraó, rei
do Egito, era o grande dragão, ou crocodilo, que pousava no meio dos seus rios
e que dizia que o rio era seu e que o tinha feito para si mesmo.
Ezequiel equipara o Egito – estamos nos
baseando no texto da BEG - a um monstro do mar (vs. 2-5). O termo usado poderia
designar tanto os abundantes crocodilos do Nilo, como o monstro do mar que
representava o caos na mitologia do antigo Oriente Próximo.
A Bíblia chama essa criatura mitológica de
"monstro marinho", "dragão", "leviatã" (em
algumas traduções) ou "Raabe" (32.2; Jó 3.8; 7.12; 26.12-13; 41.1; SI
74.13-14; 89.10; Is 27.1; 51.9; cf. Ap 12.13; 20.2); o termo Raabe era também
uma designação poética para o Egito (Jó 9.13; SI 87.4; Is 30.7).
Na mitologia das culturas que rodeavam
Israel, esse monstro marinho era um deus que competia com outros deuses, mas na
Bíblia ele era simplesmente outra criatura viva submissa ao comando de Yahweh.
Ele se dizia rei, deus, e que tinha os rios
sob o seu domínio e que ainda os tinha criado para ele mesmo, no entanto, o
Criador Bendito, tal qual um pescador iria lançar sobre ele a sua isca presa
num anzol e iria fisgá-lo, ou pescá-lo juntamente com os outros peixes dos seus
rios que se apegariam às suas escamas e todos seriam tirados dos rios.
Deus arrancaria esse monstro do mar com
tanta facilidade quanto os pescadores arrastam o peixe que serve de alimento,
mas Deus o deixaria apodrecendo na praia - 28.2-10.
Depois de tirado dos rios seriam lançados
no deserto e seus corpos seriam expostos a todo tipo de animal terrestre e
celeste, servindo, assim, como pasto – vs. 5.
As aves e os animais foram dados como
alimento para a humanidade (Gn 1.30; 9.2); o reverso desse relacionamento era
urna maldição pactual comum (32.4; Dt 28.26; SI 79.2; Is 17.4-6; Jr 7.33; 15.3;
16.4; 19.7; 34.20).
Por conta de tudo isso, os moradores do
Egito iriam saber que o Senhor é Deus, principalmente porque tem sido um bordão
de cana para a casa de Israel. A descrição de Ezequiel do Egito como uma cana
quebrada relembra os comentários semelhantes feitos pelo comandante assírio a
Ezequias (2Rs 18.21,24).
Porquanto tinha o Egito dito que o rio era
seu e que o tinha criado para si, o Senhor não o pouparia de jeito algum e
lançaria sobre ele a sua espada e exterminaria dali tanto homens como animais e
toda a terra do Egito se tornaria em desolação e deserto – vs. 7-10. Pela
segunda vez, aqui, Deus afirma que após isso, saberiam que o Senhor é Deus.
Isso se cumpriria desde Migdol até Sevene.
Isto é, do norte ao sul. Migdol ficava no norte do Egito, provavelmente no
delta leste do Nilo; era uma localidade na rota do êxodo (Ex 14.2; cf. Ez 30.6;
Nm 33.7; Jr 44.1; 46.14). Sevene ficava ao sul do Egito, junto à primeira
catarata do Nilo; era o ponto terminal para a navegação em águas profundas e
representava a fronteira sul do Egito.
O seu castigo duraria 40 anos. É difícil
fixar um período histórico definido de quarenta anos para um exílio egípcio; o
número pode ter sido simbólico em vez de representar um período definido. O seu
deserto seria tão terrível que nem pé de animal ou de homem haveria de passar
por ela, nos 40 anos – vs. 11.
Seria assim tornada a terra do Egito em
desolação no meio das terras assoladas, ficando deserta por 40 anos e com os
egípcios espalhados entre as nações e disperso pelos países. Ao final desse
tempo seriam ajuntados os egípcios que foram espalhados e restaurados do
cativeiro e Deus os faria voltar à terra de Patros, à sua terra natal, a partir
do qual se tornariam, doravante, um reino humilde.
Na verdade, depois de sua época áurea de
grandes conquistas e importância no cenário mundial, o Egito nunca mais se
levantou e atualmente é um país sem expressão alguma que depende em grande
parte de seu turismo para ganhar fundos e se manter entre as nações, de forma
bem humilde.
O Egito nunca reconquistou o poderio e a
bravura militar que havia caracterizado a sua história no período bíblico – vs.
15. Israel que antes se confiava neles, agora nem olhava mais para ele, nem
olhará pois nunca mais se exaltará sobre as nações, sendo diminuídos para que
não mais dominem e, via de regra, pela terceira vez neste capítulo, saberiam
que o Senhor é Deus.
Verdade! Quer uma prova da existência de
Deus? A sua palavra proferida nos tempos do Egito e até hoje – século XXI - preservada
de que o Egito nunca mais se ergueria sobre as nações.
2. Segundo julgamento contra o Egito (29.17-21).
Dos versos de 17 ao 21, um segundo
julgamento contra o Egito. Ezequiel pronunciou um segundo e extenso discurso
contra o Egito.
A palavra do Senhor veio ao seu profeta no
tempo e no espaço, conforme registrada: no vigésimo sétimo ano, no mês primeiro,
no primeiro dia do mês, do reinado de Joaquim. O dia de ano-novo, abril de 571
a.C., dezesseis anos depois do oráculo anterior (29.1).
O cerco erguido por Nabucodonosor contra
Tiro durou treze anos (veja a nota sobre 26.7), terminando provavelmente no ano
anterior a essa profecia de Ezequiel (572 a.C.). O cerco havia sido demorado e
caro, e não compensou o esforço.
Para compensá-lo, Deus estaria dando a ele,
Nabucodonosor, rei da Babilônia, toda a terra do Egito para ser totalmente
dele. E aí poderia tomar de todo despojo e roubar toda presa – vs. 19 – e isso
seria a sua paga para ele e seu exército, como se fosse isso a sua recompensa,
pois trabalhou para Deus e Deus lhe pagaria com a terra do Egito.
veio a mim a
palavra do Senhor, dizendo:
Ez
29:2 Filho do homem, dirige o teu rosto contra Faraó,
rei
do Egito, e profetiza contra ele
e
contra todo o Egito.
Ez 29:3 Fala, e dize:
Assim diz o
Senhor Deus:
Eis-me
contra ti, ó Faraó, rei do Egito,
grande
dragão, que pousas no meio dos teus rios,
e
que dizes:
O
meu rio é meu, e eu o fiz para mim.
Ez 29:4 Mas
eu porei anzóis em teus queixos,
e
farei que os peixes dos teus rios se apeguem
às
tuas escamas;
e tirar-te-ei
dos teus rios, juntamente com todos os peixes
dos
teus nos que se apegarem as tuas escamas.
Ez 29:5 E te
lançarei no deserto, a ti e a todos os peixes dos teus rios;
sobre
a face do campo cairás;
não
serás recolhido nem ajuntado.
Aos animais
da terra e às aves do céu te dei por pasto.
Ez 29:6 E
saberão todos os moradores do Egito que eu sou o Senhor,
porque
tu tens sido um bordão de cana para a casa de Israel.
Ez 29:7
Tomando-te eles na mão, tu te quebraste
e
lhes rasgaste todo o ombro; e quando em ti se apoiaram,
tu
te quebraste, fazendo estremecer todos os seus lombos.
Ez 29:8 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Eis que eu
trarei sobre ti a espada,
e
de ti exterminarei homem e animal.
Ez 29:9 E a
terra do Egito se tornará em desolação e deserto;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Porquanto
disseste:
O
rio é meu, e eu o fiz;
Ez 29:10 por
isso eis que eu estou contra ti e contra os teus rios;
e
tornarei a terra do Egito em desertas e assoladas solidões,
desde
Migdol de Sevené até os confins da Etiópia.
Ez 29:11 Não
passará por ela pé de homem,
nem
pé de animal passará por ela,
nem
será habitada durante quarenta anos.
Ez 29:12
Assim tornarei a terra do Egito em desolação
no
meio das terras assoladas,
e
as suas cidades no meio das cidades assoladas
ficarão
desertas por quarenta anos;
e espalharei
os egípcios entre as nações,
e
os dispersarei pelos países.
Ez 29:13 Pois assim diz o Senhor Deus:
Ao cabo de
quarenta anos ajuntarei os egípcios dentre os povos
entre
os quais foram espalhados.
Ez 29:14 E
restaurarei do cativeiro os egípcios,
e
os farei voltar à terra de Patros, à sua terra natal;
e
serão ali um reino humilde;
Ez 29:15 mais
humilde se fará do que os outros reinos,
e
nunca mais se exalçará sobre as nações;
e
eu os diminuirei, para que não mais dominem
sobre
as nações.
Ez 29:16 E
não será mais a confiança da casa de Israel
e
a ocasião de ser lembrada a sua iniqüidade,
quando
se virarem para olhar após eles;
antes
saberão que eu sou o Senhor Deus.
Ez 29:17 E sucedeu que, no ano vinte e
sete, no mês primeiro,
no primeiro
dia do mês, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez
29:18 Filho do homem,
Nabucodonosor,
rei de Babilônia,
fez
com que o seu exército prestasse
um
grande serviço contra Tiro.
Toda cabeça
se tornou calva, e todo ombro se pelou;
contudo
não houve paga da parte de Tiro para ele,
nem
para o seu exército,
pelo
serviço que prestou contra ela.
Ez 29:19 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Eis que eu
darei a Nabucodonosor, rei de Babilônia,
a
terra do Egito; assim levará ele a multidão dela,
como
tomará o seu despojo e roubará a sua presa;
e
isso será a paga para o seu exército.
Ez 29:20 Como
recompensa do serviço que me prestou,
pois
trabalhou por mim, eu lhe dei a terra do Egito,
diz
o Senhor Deus.
Ez 29:21
Naquele dia farei brotar um chifre para a casa de Israel;
e
te concederei que abras a boca no meio deles;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Bem naquele dia, Deus faria brotar ali um chifre
para a casa de Israel. No original, "chifre", este era um símbolo do
poder político (Dt 33.17; 1 Sm 2.10; 2Sm 22.3; SI 18.2; 75.4-5,10; 89.24;
92.10; 112.9; 132.17; 148.14; Jr 48.25; Lm 2.3,17, Dn 7.7-8,20-21; Zc 1.1841;
Ap 17.12). Esse oráculo contra o Egito termina com esperança para Israel;
compare com 28.24-26.
Naquele dia, Ezequiel poderá falar
livremente, pois o Senhor iria conceder isso a ele que abriria a boca no meio
deles e, dessa forma, novamente, saberão que o Senhor é Deus - 24.27; 33.22.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.