INSCREVA-SE!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Ezequiel 21:1-32 - A ESPADA DE DEUS: A BABILÔNIA!

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”, alínea “j”, estamos no capítulo 21:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
3. Discursos relacionados (12.21-24.27) - continuação.
j. Babilônia, a espada de Deus (21.1-32).
Aqui neste capítulo veremos a Babilônia como a espada de Deus.
Essa seção consiste de três oráculos reunidos em torno da imagem de uma espada (21.1-7,8-27,28-32). Com frequência, o Antigo Testamento descreve Deus como um guerreiro.
O mal vem sobre os justos e os injustos – 21:1-7.
Como comandante do exército celestial, ele lutou por Israel as suas batalhas e garantiu a sua segurança (Ex 15.3; Nm 10.9, Dt 7.17-24; Js 6.15-19; Jz 20.28; I Sm 17.47; 2Cr 13.12; 20.15,17; 32.8; S124.8; Is 9.6; 13.2-6; 31.4; 42.13; 113.9-14; Zc 14.3).
Sua espada havia sido empunhada contra os inimigos de Israel (Dt 32.41; Is 31.8; 34.5-8; 66.16; Jr 25.31; 50.35-37; Sf 2.12), mas essa espada estava agora nas mãos dos babilônios e seria brandida contra Judá e Jerusalém (cf. 1 Cr 21.14-16.21).
Foi à palavra do Senhor que veio novamente ao seu profeta para pronunciar a Jerusalém as suas palavras. Ele deveria profetizar contra os santuários e contra a terra de Israel de que o Senhor estava contra eles e, portanto, tiraria a sua espada da bainha para exterminar do meio dela tanto o justo quanto o ímpio – vs. 3 e 4.
Quando isso viesse a ocorrer, todos haveriam de saber que do Senhor procedeu tudo isso, exterminando tanto o justo quanto o ímpio – vs. 4.
Temos de nos lembrar da palavra do Senhor que diz que a chuva e o sol vêm sobre o justo e o ímpio, assim, muitas vezes, o próprio juízo. No entanto, cremos e assim pregamos que haverá depois uma distinção entre um e outro, pois se não qual seria a recompensa ou a punição? – Ec 9:2; Ml 4:1-3; Mt 5:45.
Embora seja real a realidade do mal na vida do próprio justo ou daquele que persevera em continuar firme em sua fé, sabemos que Deus é justo e fará justiça de forma que poderemos dizer que valerá a pena continuarmos perseverantes em nossa fé – Rm 12:12; Rm 8:22, 23.
A espada, a espada – 21:8-27.
De 8 ao 17, embora o texto não especifique, é possível que Ezequiel estivesse novamente usando um ato simbólico (4.1-3). Rodopiando, cortando e golpeando com a espada numa dança dramática como parte do oráculo.
A palavra do Senhor veio a ele pra profetizar que a espada estava afiada e polida. Afiada para matar e para reluzir é que estava polida.
Os versículos 10 e 13 estão relacionados ao v. 27 em parte por suas alusões ao cetro de Judá (Gn 49.10). Um cetro de madeira não tinha como competir contra uma espada de ferro. Judá era o alvo de Nabucodonosor e não era um antagonista à altura da Babilônia.
Seria para Ezequiel gritar e uivar pois que essa espada seria contra o povo e contra os príncipes de Israel, pois todos estariam entregues à espada.
Dos versos 18 a 23, a palavra veio mais uma vez a Ezequiel para propor a eles dois caminhos por onde a espada do rei da Babilônia viria.
Ezequiel provavelmente desenhou um mapa que se assemelhava a um Y invertido rabiscado sobre um tablete de cerâmica ou no chão. Nabucodonosor viria do norte até uma encruzilhada na estrada.
O caminho à esquerda (a leste) seguia a importante estrada Transjordaniana, comumente denominada Estrada Real, através de Amom.
A rota à direita (oeste) levaria os babilônios pela importante estrada internacional, a Via Maris, na planície costeira não muito longe de Jerusalém.
A encruzilhada no caminho se referia provavelmente à interseção dessas duas importantes rotas perto de Damasco. Ali, na encruzilhada estava o rei da Babilônia fazendo suas adivinhações para saber o caminho a tomar.
Os babilônios utilizavam vários meios para discernir a vontade dos deuses: É por isso que o rei:
(1)   Sacode as flechas.
(2)   Interroga os ídolos do lar. Os ídolos eram objetos de culto; não se sabe como eles eram usados para obter oráculos.
(3)   Examina o fígado. A adivinhação mediante o exame do contorno e da saúde assim como das marcas no fígado de ovelhas e pássaros ("hepatoscopia") é uma prática amplamente comprovada no antigo Oriente Próximo.
O povo de Jerusalém talvez desejasse que essas adivinhações fossem falsas (v. 23), mas nesse caso essas sortes estavam sendo controladas pelo Senhor (Nm 23.23; Pv 16.33), por causa de seus propósitos.
Na mente de Nabucodonosor, os seus feitiços é que lhe garantiam boas escolhas, mas mal sabia ele que o Senhor era que estava por trás de tudo aquilo e deles, depois, demandaria toda iniquidade. Nabucodonosor armou o cerco contra Jerusalém aproximadamente em Janeiro de 588 a.C. (v. 22).
A partir do vs. 28, Deus orienta o seu profeta a profetizar e dizer acerca dos filhos de Amon e do opróbrio deles que a espada, a espada (duplamente mencionada) estava desembainhada, polida para a matança, para o consumo e para ser como relâmpago.
Ez 21:1 Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 21:2 Filho do homem, dirige o teu rosto para Jerusalém,
e derrama as tuas palavras contra os santuários,
e profetiza contra a terra de Israel.
Ez 21:3 E dize à terra de Israel:
Assim diz o Senhor:
Eis que estou contra ti,
e tirarei a minha espada da bainha,
e exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio.
Ez 21:4 E, por isso que hei de exterminar do meio de ti
o justo e o ímpio, a minha espada sairá da bainha
contra toda a carne, desde o sul até o norte.
Ez 21:5 E saberá toda a carne que eu, o Senhor,
tirei a minha espada da bainha nunca mais voltará a ela.
Ez 21:6 Suspira, pois, ó filho do homem;
suspira à vista deles com quebrantamento dos teus lombos
e com amargura.
Ez 21:7 E será que, quando eles te disserem:
Por que suspiras tu dirás:
por causa das novas, porque vêm;
e todo coração desmaiará,
e todas as mãos se enfraquecerão,
e todo espírito se angustiará,
e todos os joelhos se desfarão em águas;
eis que vêm, e se realizarão, diz o Senhor Deus.
Ez 21:8 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 21:9 Filho do homem, profetiza, e dize:
Assim diz o Senhor; dize:
A espada, a espada está afiada e polida.
Ez 21:10 Para matar está afiada, para reluzir está polida.
Alegrar-nos-emos pois?
A vara de meu filho é que despreza todo o madeiro.
Ez 21:11 E foi dada a polir para ser manejada;
esta espada está afiada e polida,
para ser posta na mão do matador.
Ez 21:12 Grita e uiva, ó filho do homem,
porque ela será contra o meu povo,
contra todos os príncipes de Israel.
Estes juntamente com o meu povo estão entregues à espada;
bate pois na tua coxa.
Ez 21:13 Porque se faz uma prova;
e que será se não mais existir a vara desprezadora,
diz o Senhor Deus.
Ez 21:14 Tu pois, ó filho do homem, profetiza,
e bate com as mãos uma na outra;
e dobre-se a espada até a terceira vez,
a espada dos mortalmente feridos;
é a espada para a grande matança, a que os rodeia.
Ez 21:15 Para que se derreta o coração,
e se multipliquem os tropeços, é que contra todas as suas
portas pus a ponta da espada;
ah! ela foi feita como relâmpago,
e está aguçada para matar.
Ez 21:16 e espada, une as tuas forças, vira-te para a direita;
prepara-te, vira-te para a esquerda,
para onde quer que o teu rosto se dirigir.
Ez 21:17 Também eu baterei com as minhas mãos uma na outra,
e farei descansar a minha indignação;
eu, o Senhor, o disse.
Ez 21:18 De novo veio a mim a palavra de Senhor, dizendo:
Ez 21:19 Tu pois, ó filho do homem,
propõe-te dois caminhos,
por onde venha a espada do rei de Babilônia.
Ambos procederão de uma mesma terra;
e grava um marco,
grava-o no princípio do caminho da cidade.
Ez 21:20 Um caminho proporás,
por onde virá a espada contra Rabá dos filhos de Amom,
e contra Judá, em Jerusalém, a fortificada.
Ez 21:21 Pois o rei de Babilônia está parado na encruzilhada,
no princípio dos dois caminhos, para fazer adivinhações;
ele sacode as flechas,
consulta os terafins,
atenta para o fígado.
Ez 21:22 Na sua mão direita estava a adivinhação
sobre Jerusalém, para dispor os aríetes,
para abrir a boca,
ordenando a matança,
para levantar a voz com júbilo,
para pôr os aríetes contra as portas,
para levantar tranqueiras,
para edificar baluartes.
Ez 21:23 Isso será como adivinhação vã aos olhos
daqueles que lhes fizerem juramentos;
mas ele se lembrará da iniqüidade,
para que sejam apanhados.
Ez 21:24 Portanto assim diz o Senhor Deus:
Visto que fizestes ser lembrada a vossa iniqüidade,
descobrindo-se as vossas transgressões,
aparecendo os vossos pecados em todos os vossos atos;
visto que viestes em memória,
sereis apanhados com a mão.
Ez 21:25 E tu, ó profano e ímpio príncipe de Israel,
cujo dia é chegado no tempo da punição final;
Ez 21:26 assim diz o Senhor Deus:
Remove o diadema, e tira a coroa; esta não será a mesma:
exalta ao humilde, e humilha ao soberbo.
Ez 21:27 Ao revés, ao revés, ao revés o porei;
também o que é não continuará assim,
até que venha aquele a quem pertence de direito;
e lho darei a ele.
Ez 21:28 E tu, ó filho do homem, profetiza e dize:
Assim diz o Senhor Deus acerca dos filhos de Amom,
e acerca do opróbrio deles; dize pois:
A espada, a espada está desembainhada,
polida para a matança, para consumir,
para ser como relâmpago.
Ez 21:29 Enquanto eles têm visões vãs a teu respeito,
e adivinham mentiras a fim de que seja posta
no pescoço dos ímpios,
que estão mortalmente feridos,
cujo dia é chegado no tempo da punição final.
Ez 21:30 Torne a tua espada à sua bainha.
No lugar em que foste criado, na terra do teu nascimento,
eu te julgarei.
Ez 21:31 Derramarei sobre ti a minha indignação,
assoprarei contra ti o fogo do meu furor;
entregar-te-ei nas mãos dos homens brutais,
destros para destruírem.
Ez 21:32 Ao fogo servirás de pasto;
o teu sangue estará no meio da terra;
não serás mais lembrado;
porque eu, o Senhor, o disse.
Na seção anterior (vs. 18-23) parecia que os babilônios atacariam Jerusalém e poupariam Amom. Essa terceira e última canção da espada corrige esse mal-entendido, pois Amom também provaria a fúria de Deus por meio dos babilônios (Jr 25.21).
Amom havia se unido a Jerusalém e ao Egito contra os babilônios em 598 a.C. Entretanto, quando Jerusalém foi atacada, Amom havia tirado vantagem do seu antigo aliado (Jr 27.3; 40.11,14; 41.10,15; 42.2; cf. 2Rs 24.2).
Assim, Amon seria entregue ao fogo para servir de pasto e o seu sangue estaria no meio da terra para não ser mais lembrada, por causa da palavra do Senhor contra ela.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...

1 comentários:

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.