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sábado, 14 de março de 2015

Jeremias 41:1-18 - A TOLA INOCÊNCIA DE GEDALIAS O LEVA À MORTE.

Estamos vendo a décima sexta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 41.
XVI. DEPOIS DA QUEDA (40.1-45.5) - continuação.
Como já dissemos, desde o capítulo 40 até ao capítulo 45, estaremos vendo uma sequência de acontecimentos importantes que ocorreram depois da queda de Jerusalém, onde três temas são focalizados de maneira específica e os usaremos como divisão proposta dessa parte: A. Acontecimentos associados a Gedalias (40.1-41.10) – em andamento; B. A fuga de Jeremias para o Egito (41.11-44.30) – iniciaremos agora; e, C. A promessa de Deus a Baruque (45.1-5).
A. Acontecimentos associados a Gedalias (40.1-41.10) - continuação.
Falamos que desde o verso primeiro, do capítulo anterior, até ao verso 10, deste, estaremos vendo o relato do governo de Gedalias e o seu assassinato.
Quase todos os eventos bíblicos são narrados precisamente quanto aos dias dos cumprimentos de seus feitos. Aqui, foi no sétimo mês, que veio Ismael, com dez de seus homens, como já previsto e previamente anunciado ao rei Gedalias, ter com o rei, mas com intenções malignas.
Com certeza, vieram saudando a paz e até comeram juntos. Esse detalhe – comeram pão juntos em Mizpá - enfatiza a traição de Ismael. O rei Gedalias nada percebeu, nem deu ouvidos ou se preveniu de um possível ataque, mas acreditou piamente em sua intuição.
Que perigo corremos ao confiarmos em nossos sentimentos! Eu não canso de ensinar aos meus filhos que no trem da vida, o primeiro vagão deve ser a palavra de Deus, em segundo lugar a nossa razão, o intelecto e, por último, nunca sozinho, os nossos sentimentos.
Também são assim os crédulos demais que “confiam” – entre aspas, porque isso não é confiar, mas negligenciar - tanto em Deus que chegam a ser tolos. Esse parecia ser mais o caso de Gedalias.
Ismael se levanta para sua ação e executa Gedalias, provavelmente quando ainda estavam à mesa, como bem faria um traidor covarde. Feriu-o à espada aquele que estava ali como representante do governador de Babilônia.
Ainda matou todos os judeus que estavam com eles, bem assim toda a guarda que ali se encontrava da parte de Nebuzaradão, chefe da guarda babilônica – vs. 3.
No dia seguinte, vieram de Siquém, de Siló e de Samaria, centros religiosos importantes do antigo Reino do Norte, destruídos em 722 a.C., homens que representavam claramente um remanescente da população israelita dessa região que costumava peregrinar a Jerusalém para as grandes festas (seguindo a instrução de Êx 23.14-17).
Era época (o "sétimo mês" – vs. 1) de comemorar a Festa dos Tabernáculos. Eles vinha com a barba rapada e o corpo retalhado, sinais claros de luto, sem dúvida pela queda de Jerusalém, para irem à Casa do SENHOR. Apesar de o templo ter sido destruído, o local ainda era considerado santo, como é até ao dia de hoje, em pleno século XXI.
Ismael, maligno, ia recebendo o povo e falsamente os conduzindo para o centro da cidade para, supostamente, verem o rei e chorarem juntos. No entanto, ao chegarem no centro da cidade, eram mortos à espada, sem piedade. Os seus corpos eram então jogados num poço. Provavelmente, era o mesmo que o rei Asa tinha feito - 38.6 – com trabalhos forçados - 1 Rs 15.22 – e que estavam cheios de lama, onde Jeremias também passou um grande apuro, sendo somente libertado após a intercessão de um estrangeiro etíope, Ebede-Meleque.
Dentre os que iam sendo mortos se acharam dez homens que negociaram as suas vidas com Ismael em troca de alimentos e tesouros escondidos que somente eles sabiam. Eles tinham trigo, cevada, azeite e mel. Por causa disso, não os matou.
Quanto ao restante do povo, Ismael os levou cativo dali, incluindo as filhas do rei, ou sejam, as mulheres que faziam parte da corte de Zedequias. Ele os levou aos filhos de Amom, isto é, uma parte da antiga coalizão contra a Babilônia (27.3). A própria ação dos amonitas estava sob o julgamento de Deus (27.8; 49.1-6).
O fato é que nem os pobres escaparam do juízo de Deus. Todos foram levados cativos, quer para a Babilônia, quer para Amom. Jerusalém, literalmente, estava um caos e os que passavam por ela, certamente meneavam a cabeça, dizendo o que teria feito essa grande cidade para estar nesse estado atual? As profecias estavam se cumprindo!
B. A fuga de Jeremias para o Egito (41.11-44.30).
Do verso 41.11 até o 44.30, estaremos vendo a fuga de Jeremias para o Egito. Jeremias é levado para o Egito por sobreviventes judaítas da região que fugiram para escapar de possíveis represálias dos babilônios. No Egito, Jeremias profetiza e transmite uma mensagem de julgamento contra o povo de Judá pelo seu repetido envolvimento com a idolatria durante esse período (44.1-30).
Aqui, para defenderem-se de Ismael, é levantado Joanã, filho de Careá que juntou forças e saíram em busca de vingança contra o destruidor de Amom. Eles o acharam ao pé das grandes águas que há em Gibeão.
O povo que estava cativo ao ver Joanã muito se alegraram e correram para o seu encontro, enquanto isso, Ismael e oito de seus homens trataram de fugir. Presume-se, pois, que dois de seus homens morreram no confronto (vs. 2 fala de Ismael com dez homens).
Jr 41:1 Sucedeu, porém, no mês sétimo, que veio Ismael,
filho de Netanias, filho de Elisama, de sangue real,
e um dos nobres do rei, e dez homens com ele,
a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá;
e eles comeram pão juntos ali em Mizpá.
Jr 41:2 E levantou-se Ismael, filho de Netanias,
com os dez homens que estavam com ele,
e feriram a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, à espada,
matando assim aquele que o rei de Babilônia
havia posto por governador sobre a terra.
Jr 41:3 Matou também Ismael a todos os judeus
que estavam com Gedalias, em Mizpá,
como também aos soldados caldeus que se achavam ali.
Jr 41:4 Sucedeu pois no dia seguinte,
depois que ele matara a Gedalias, sem ninguém o saber,
Jr 41:5 que vieram de Siquém, de Siló e de Samária,
oitenta homens, com a barba rapada, e os vestidos rasgados
e tendo as carnes retalhadas,
trazendo nas mãos ofertas de cereais e incenso,
para os levarem à casa do Senhor.
Jr 41:6 E, saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de Netanias,
desde Mizpá, ia chorando; e sucedeu que, encontrando-os,
lhes disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão.
Jr 41:7 Chegando eles, porém, até o meio da cidade,
Ismael, filho de Netanias, e os homens que estavam com ele
mataram-nos e os lançaram num poço.
Jr 41:8 Mas entre eles se acharam dez homens que disseram a Ismael:
Não nos mates a nós, porque temos escondidos no campo
depósitos de trigo, cevada, azeite e mel.
E ele por isso os deixou, e não os matou entre seus irmãos.
Jr 41:9 E o poço em que Ismael lançou todos os cadáveres dos homens
que matara por causa de Gedalias é o mesmo
que fez o rei Asa, por causa de Baasa, rei de Israel;
foi esse mesmo que Ismael, filho de Netanias,
encheu de mortos.
Jr 41:10 E Ismael levou cativo a todo o resto do povo
que estava em Mizpá:
as filhas do rei, e todo o povo que ficara em Mizpá,
que Nebuzaradão, capitão da guarda, havia confiado
a Gedalias, filho de Aicão;
e levou-os cativos Ismael, filho de Netanias,
e se foi para passar aos filhos de Amom.
Jr 41:11 Ouvindo, porém, Joanã, filho de Careá,
e todos os chefes das forças que estavam com ele,
todo o mal que havia feito Ismael, filho de Netanias,
Jr 41:12 tomaram todos os seus homens e foram pelejar
contra Ismael, filho de Netanias;
e o acharam ao pé das grandes águas
que há em Gibeão.
Jr 41:13 E todo o povo que estava com Ismael se alegrou
quando viu a Joanã, filho de Careá, e a todos os chefes
das forças, que vinham com ele.
Jr 41:14 E todo o povo que Ismael levara cativo de Mizpá
virou as costas, e voltou, e foi para Joanã, filho de Careá.
Jr 41:15 Mas Ismael, filho de Netanias, com oito homens,
escapou de Joanã e se foi para os filhos de Amom.
Jr 41:16 Então Joanã, filho de Careá, e todos os chefes das forças
que estavam com ele, tomaram a todo o resto do povo
que Ismael, filho de Netanias,
tinha levado cativo de Mizpá, depois que matara Gedalias,
filho de Aicão, a saber,
aos soldados, as mulheres, aos meninos e aos eunucos,
que Joanã havia recobrado de Gibeão,
Jr 41:17 e partiram, indo habitar Gerute-Quimã,
que está perto de Belém, para dali entrarem no Egito,
Jr 41:18 por causa dos caldeus; pois os temiam, por ter Ismael,
filho de Netanias, matado a Gedalias, filho de Aicão,
a quem o rei de Babilônia tinha posto
por governador sobre a terra.
Aqueles dez homens deveriam ser terríveis, pois mantinham presos e sob vigilância, soldados, mulheres, meninos e eunucos – vs. 16. De onde estavam, foram levados por Joanã para Gerute-Quimã, onde passaram a habitar, por medo dos caldeus.
Gerute-Quimã ficava perto de Belém. No extremo sul de Mispa, no caminho para o Egito. O temor deles se justificava porque haviam matado o rei Gedalias e guardas babilônicos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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