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terça-feira, 10 de março de 2015

Jeremias 37:1-21 - ZEDEQUIAS, O REI DIVIDIDO QUE TEMIA MAIS OS HOMENS DO QUE A DEUS.

Começaremos a décima quinta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 37.
XV. OS ENCONTROS FINAIS E A QUEDA DE JERUSALÉM (37.1-39.18).
Jeremias teve vários encontros com o rei e seus príncipes pouco antes da queda de Jerusalém.
Deste capítulo até o 39.18, veremos os últimos encontros e a queda de Jerusalém. Esses capítulos relatam os últimos dias do ministério de Jeremias antes da queda de Jerusalém e seus períodos de encarceramento devido à sua mensagem impopular. Seu conselho repetido para que Judá se entregasse aos babilônios é ignorado e ele permanece preso até o fim do cerco.
Essa passagem é dividida em quatro seções: A. Os encontros de Jeremias com Zedequias (37.1-21) – veremos agora; B. Jeremias e os príncipes (38.1-13); C. Jeremias e Zedequias com seus príncipes (38.14-28); e, finalmente, D. A queda de Jerusalém (39.1-18).
A. Os encontros de Jeremias com Zedequias (37.1-21).
O resumo da mensagem deste capítulo é a rejeição do rei Zedequias às palavras proféticas de Jeremias e, obviamente, daquele que o enviou a pregar, Deus. O rei Zedequias rejeitou a mensagem do profeta e o lançou na prisão.
Zedequias foi constituído rei no lugar de Conias, filho de Jeoiaquim, por Nabucodonosor - 2Rs 24.17-18. Isso ocorreu em 597 a.C. Ele era filho de Josias.
No entanto, diz a palavra de Deus – vs. 2 -, nem ele, nem os seus servos, nem o próprio povo da terra ouviram a palavra do Senhor, isto é, deram atenção ao que Deus dizia. A escolha deles foi não obedecer, isto é, endurecer seus corações.
Apesar disso, fizeram algo contraditório, pois foram rogar o favor de Deus por intermédio de Jeremias ao qual haviam rejeitado. Zedequias enviou a Jeucal, filho de Selemias e a Sofonias – não o Sofonias profeta -, filho de Maaséias, o sacerdote.
Eles endureceram o coração após a pregação de Jeremias, mas tiveram a ousadia de rogarem os favores de Deus àquele que tinham rejeitado. Isso já é uma prova de que eles conheciam a vontade certa de Deus, mas que a ela estavam resistindo, trazendo sobre si mesmo as consequências devidas da rejeição de Deus.
Jeremias nesse interim andava tranquilo e solto pelas ruas da cidade com acesso livre a qualquer lugar.
Havia, à época, o cerco dos babilônios com a ameaça constante de invasão e havia também uma esperança ligada aos egípcios que poderiam vir e socorrer os judeus.
O Egito e a Babilônia (os caldeus) estavam disputando a região de Judá. Muitos do povo de Judá esperavam o apoio do Egito (24.8), pois os babilônios teriam levantado o cerco a Jerusalém para lidar com a ameaça dos egípcios.
Os babilônios ouvindo que vinham os egípcios, estrategicamente, se retiraram dali e nisso o rei enviou aqueles dois de seus súditos para consultarem ao Senhor, por Jeremias. Havia no ar uma falsa esperança de que os caldeus se retirariam dali.
E a palavra do Senhor veio a Jeremias que respondeu ao rei para que tirassem a esperança no socorro do Egito, pois eles voltariam por onde vieram e os babilônios atacariam aquela cidade, conforme já falado.
Ainda que todo o exército dos babilônios fosse derrotado e sobrassem somente os mutilados, eles, os mutilados, haveriam de por fogo à cidade de Jerusalém, conforme já anunciado profeticamente – vs. 10.
Foi naquele momento estratégico dos caldeus que se retiraram do cerco por um tempo que Jeremias em suas missões – iria receber a sua parte na terra de Benjamim - acabou sendo confundido como desertor que estaria fugindo para os caldeus e acabou sendo preso injustamente.
Quem prendeu a Jeremias foi Jurias, filho de Selemias, filho de Hananias que acabou levando ele aos príncipes que ficaram muito irados e decepcionados com ele de sorte que o açoitaram e o meteram no cárcere, na casa de Jônatas, o escrivão, porquanto a tinham transformado em cárcere – vs. 15. Jeremias foi açoitado pela segunda vez (20.2). Também permaneceu preso numa série de locais até a queda de Jerusalém (38.28).
Uma vez preso, é esquecido na prisão, mas o rei Zedequias mandou soltá-lo para lhe perguntar em segredo se havia da parte do Senhor alguma palavra para ele.
É muito estranho o comportamento do rei Zedequias diante do profeta do Senhor. Por um lado, o rejeitava, por outro, queria ouvi-lo. O fato era que mais temia Zedequias aos homens do que a Deus e a sua escolha era sufocada pela vontade dos homens.
Viver dividido como Zedequias é um terror. Ou somos do Senhor e com ele estamos contra todos, ou somos dos homens e contra o Senhor. Ficar em cima do muro querendo comer e beber das duas fontes é tão maligno como ser inimigo declarado.
Jeremias respondeu claramente que havia sim uma palavra do Senhor para ele: nas mãos do rei da Babilônia serás entregue! Em seguida, se defende e clama por sua vida de que ali estaria de forma injusta. Também chama a atenção do rei para aqueles seus profetas que profetizavam a paz, onde estariam eles agora? Eram todos falsos profetas!
Jr 37:1 E Zedequias, filho de Josias,
a quem Nabucodonosor, rei de Babilônia,
constituiu rei na terra de Judá,
reinou em lugar de Conias, filho de Jeoiaquim.
Jr 37:2 Mas nem ele, nem os seus servos, nem o povo da terra
escutaram as palavras do Senhor
que este falou por intermédio de Jeremias o profeta.
Jr 37:3 Contudo mandou o rei Zedequias a Jeucal filho de Selemias,
e a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote,
ao profeta Jeremias, para lhe dizerem:
Roga agora por nós ao Senhor nosso Deus,
Jr 37:4 Ora, Jeremias entrava e saía entre o povo;
pois ainda não o tinham encerrado na prisão.
Jr 37:5 E o exército de Faraó saíra do Egito;
quando, pois, os caldeus que estavam sitiando Jerusalém,
ouviram esta notícia, retiraram-se de Jerusalém.
Jr 37:6 Então veio a Jeremias, o profeta,
a palavra do Senhor, dizendo:
Jr 37:7 Assim diz o Senhor, Deus de Israel:
Assim direis ao rei de Judá, que vos enviou a mim, para me consultar:
Eis que o exército de Faraó, que saiu em vosso socorro,
voltará para a sua terra no Egito.
Jr 37:8 E voltarão os caldeus, e pelejarão contra esta cidade,
e a tomarão, e a queimarão a fogo.
Jr 37:9 Assim diz o Senhor:
Não vos enganeis a vós mesmos, dizendo:
Sem dúvida os caldeus se retirarão de nós;
pois não se retirarão.
Jr 37:10 Porque ainda que derrotásseis a todo o exército dos caldeus
que peleja contra vós, e entre eles só ficassem
homens feridos, contudo se levantariam,
cada um na sua tenda, e queimariam a fogo esta cidade.
Jr 37:11 Ora, quando se retirou de Jerusalém o exército dos caldeus,
por causa do exército de Iearaó,
Jr 37:12 saiu Jeremias de Jerusalém,
a fim de ir à terra de Benjamim,
para receber ali a sua parte no meio do povo.
Jr 37:13 E quando ele estava à porta de Benjamim,
achava-se ali um capitão da guarda, cujo nome era Jurias,
filho de Selemias, filho de Hananias,
o qual prendeu a Jeremias, o profeta, dizendo:
Tu estás desertando para os caldeus.
Jr 37:14 E Jeremias disse:
Isso é falso, não estou desertando para os caldeus.
Mas ele não lhe deu ouvidos, de modo que prendeu
a Jeremias e o levou aos príncipes.
Jr 37:15 E os príncipes ficaram muito irados contra Jeremias,
de sorte que o açoitaram e o meteram no cárcere,
na casa de Jônatas, o escrivão, porquanto a tinham
transformado em cárcere.
Jr 37:16 Tendo Jeremias entrado nas celas do calabouço,
e havendo ficado ali muitos dias,
Jr 37:17 o rei Zedequias mandou soltá-lo
e lhe perguntou em sua casa, em segredo:
Há alguma palavra da parte do Senhor?
Respondeu Jeremias:
Há. E acrescentou:
Na mão do rei de Babilônia serás entregue.
Jr 37:18 Disse mais Jeremias ao rei Zedequias:
Em que tenho pecado contra ti, e contra os teus servos,
e contra este povo, para que me pusésseis na prisão?
Jr 37:19 Onde estão agora os vossos profetas que vos profetizavam,
dizendo: O rei de Babilônia não virá contra vós
nem contra esta terra?
Jr 37:20 Ora, pois, ouve agora, ó rei, meu senhor:
seja aceita agora a minha súplica diante de ti;
não me faças tornar à casa de Jônatas, o escriba,
para que eu não venha a morrer ali.
Jr 37:21 Então ordenou o rei Zedequias que pusessem a Jeremias
no átrio da guarda; e deram-lhe um bolo de pão cada dia,
da rua dos padeiros, até que se gastou
todo o pão da cidade.
Assim ficou Jeremias no átrio da guarda.
Jeremias, finalmente, pede por sua vida para que o rei não o devolva para a casa de Jônatas, o escriba, para ali não morrer.
O rei atende ao seu pedido parcialmente e o coloca preso no átrio da guarda, onde a cada dia seria alimentado com um bolo de pão da rua dos padeiros, até que se esgotou todo o pão da cidade. O átrio da guarda – vs. 21 - era menos desagradável que o "calabouço" (v. 16; 32.2). Finalmente, mais pela graça divina mesmo e não pelo bom coração do rei maligno, Zedequias demonstra algum respeito pelo profeta de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.