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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Jeremias 5:1-31 - OS PECADOS DE JERUSALÉM E DE JUDÁ OS DESTRUIAM.



Estamos trabalhando na quarta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 5.
IV. OS PECADOS E JULGAMENTOS DE JUDÁ (3.6-6.30) - continuação.
Como já dissemos, nós já vimos os pecados repetidos de Judá (2.1-3.5) que levaram aos julgamentos divinos e, agora, em consequência os pecados que os levaram à invasão estrangeira (3.6-6.30).
Também havíamos dividido essa parte “4” como segue:: A. Judá é pior do que Israel - 3.6-4.4 – já vimos; B. O julgamento por meio da invasão - 4.5-31 – já vimos; C. A cidade pecaminosa de Jerusalém - 5.1-13 – veremos agora; D. O julgamento por meio da destruição de Jerusalém - 5.14-19 - veremos agora; E. Os pecados de Judá - 5.20-31 - veremos agora; F. O julgamento por meio do exílio – 6:1-30.
C. A cidade pecaminosa de Jerusalém - 5.1-13.
Até ao verso 13, veremos Jeremias falando dessa cidade pecaminosa de Jerusalém. O profeta volta ao tema do pecado, concentrando-se especialmente na perversidade em Jerusalém.
No verso primeiro a busca por um homem, um único representante dos homens que pratique a justiça e busque a verdade e se houvesse esse homem, provavelmente uma alusão à oração de Abraão em favor de Sodoma (Gn 18.22-32) e uma resposta implícita à petição de Jeremias em favor da cidade (recusada posteriormente em 7.16). a situação de Jerusalém era tão deplorável que não foi possível encontrar uma única pessoa honesta.
Com engano serviam e juravam ao Senhor dizendo “vive o Senhor!”.  Eles endureceram o rosto mais do que uma rocha. A maior frustração do profeta é a determinação do povo de não se arrepender (cf. Ez 3.7-9).
O Senhor os feriu e até os consumiu, mas eles resistiram e preferiram o pecado, a mentira e a ilusão.
O Senhor depois de tanto provar o povo, voltou-se para os grandes, os líderes que provavelmente saberiam os caminhos do Senhor e a justiça do seu Deus, mas de comum acordo quebraram o jugo e romperam as ataduras.
A maldição então é decorrente. Essa violação da aliança com o Senhor traria suas maldições sobre o povo (lv 26.22).
No verso 7, uma pergunta muito interessante: como poderia Deus perdoá-los? Essa pergunta dá continuidade ao assunto do vs. 1. depois de eu os ter fartado, adulteraram. O povo buscava os falsos deuses na ilusão de que estes tinham poder de tornar a terra fértil. O Senhor afirma que também é soberano nesse âmbito (Os 2.8-9). Eles haviam se prostituido nessas casas de meretrizes, nessas casas que eram usadas especificamente para a prostituição religiosa.
A prostituição religiosa se transforma em adultério explícito. Como os cavalos e éguas no cio, totalmente absortos em seus desejos, eles se envolviam de forma profunda maculando ainda mais sua alma e se comprometendo com a mentira.
O Senhor jamais os deixaria desse jeito. A metáfora do tribunal volta a ser usada mediante um apelo implícito a testemunhas. O Senhor executaria a sua justiça contra povos que se corrompiam.
Essa indicação de que o castigo não seria definitivo é uma dentre várias desse tipo no início do livro (cf. 12.14-17; 16.14-15; 23.3). As gravinhas, e não toda a vinha, é que não são do SENHOR – como na parábola do joio e do trigo – Mt 13:25. Ao mesmo tempo, a situação pactual de Judá é revogada (Os 1.9). Fica clara aqui a necessidade aparentemente irreconciliável de julgamento e salvação.
Aleivosamente, talvez por causa das gravinhas/joio, se houveram contra o Senhor e o negaram – vs 12 - ou, "Mentiram a respeito do SENHOR". A crença equivocada acerca de Deus estava relacionada à falsidade em todas as partes da sociedade (cf. 9.3-6). Não é ele. Ou, "Ele não vai fazer nada!", ou seja, Deus não se importa, não é imanente, mas tão somente transcendente. Essa era a mensagem dos falsos profetas (cf. 28.2-4).
Havia, com exceção de alguns, entre eles Jeremias, muitos dos falsos profetas que predominavam nessa época – vs. 13.
D. O julgamento por meio da destruição de Jerusalém - 5.14-19.
Até ao verso 19, estaremos vendo o julgamento por meio da destruição de Jerusalém. Em resposta à corrupção de Jerusalém, Deus trairia invasores que atacariam a cidade e a destruiriam.
Deus promete dar ao profeta Jeremias uma palavra que sairia de sua boca como fogo sendo eles os gravetos que se inflamariam com as chamas.
Uma nação de longe traria o Senhor. Essa nação seriam os babilônios. Um povo diferente, de longe, antigo, de linguagem diferente, onde os seus guerreiros são valentes e trazem flechas certeiras de morte, que comerão toda a colheita e todo pão que seriam destinados par ao povo e ainda comerão dos rebanhos e do gado, dos frutos da vide e da figueira e as cidades fortificadas em que Jerusalém se fiava seriam abatidas à espada.
O exército invasor seria absolutamente cruel. Suas atrocidades seriam a antítese das bênçãos da aliança. Para a promessa das coisas que nesse momento eram consumidas, veja Dt 7.13.
Essa destruição terrível, no entanto, não seria final, mas seria certa. Não adiantaria focos de resistência ou levantes patrióticos. Jeremias explicou por que enfatizava o anúncio do julgamento contra Judá: ele queria que os exilados lessem o seu livro e discernissem como deveriam reagir. Eles tinham de entender que Deus havia mandado esse terrível castigo a eles por causa da idolatria.
E. Os pecados de Judá - 5.20-31.
Até ao verso 31, novamente são demonstrados os pecados de Judá. Jeremias volta a citar os pecados do povo de Deus em Judá para explicar por que o exílio aconteceria.
O apelo profético era para os que tinham olhos, mas não viam e ouvidos, mas não ouviam, daí o serem chamados de insensatos. Não temereis a mim? Jeremias argumenta com base no poder de Deus na criação (cf. Jó 38 - 41; Rm 1.18-20).
Apesar dos argumentos, o verso 23 esclarece a razão de eles verem, mas não verem e ouvirem, mas não ouvirem. Os seus corações estavam sobrecarregados. Por isso que eram obstinados e rebeldes, por isso rebelaram-se e se foram.
O profeta relembra a eles as bênçãos da aliança com seu Deus ("para o nosso perpétuo bem" [Dt 6.24). e foram as suas iniquidades que desviaram o bem e os seus pecados que os destruíram – vs. 25.
E inerente à perversidade seduzir até mesmo os inocentes com seus ardis. Assim, os ímpios, no meio do povo, o joio maldito, as gravinhas terríveis, com as suas palavras lisonjeiras em Pv 2.12-19 estavam desviando todo o povo e os conduzindo a um desfecho terrível.
Jeremias passa da discussão do pecado de caráter especificamente religioso para o âmbito ético (ainda que ambos sejam intimamente relacionados). Engordam, tornam-se nédios, numa ilustração da prosperidade egoísta (SI 73.7) e maldita. Esquecem-se de praticarem a justiça, o amor, a verdade e a misericórdia.
Deus não gosta, não aprova que os homens vivam tão terrivelmente distantes a ponto de se tornarem monstros egoístas e gananciosos, cujo Deus é o ventre e o fim o lago de fogo e enxofre para todo o sempre.
Jr 5:1 Dai voltas às ruas de Jerusalém,
e vede agora, e informai-vos, e buscai pelas suas praças
a ver se podeis achar um homem,
se há alguém que pratique a justiça, que busque a verdade;
e eu lhe perdoarei a ela.
Jr 5:2 E ainda que digam:
Vive o Senhor; de certo falsamente juram.
Jr 5:3 Ó Senhor, acaso não atentam os teus olhos para a verdade?
feriste-os, porém não lhes doeu;
consumiste-os, porém recusaram receber a correção;
endureceram as suas faces mais do que uma rocha;
recusaram-se a voltar.
Jr 5:4 Então disse eu:
Deveras eles são uns pobres; são insensatos,
pois não sabem o caminho do Senhor,
nem a justiça do seu Deus.
Jr 5:5 Irei aos grandes, e falarei com eles;
porque eles sabem o caminho do Senhor,
e a justiça do seu Deus;
mas aqueles de comum acordo quebraram o jugo,
e romperam as ataduras.
Jr 5:6 Por isso um leão do bosque os matará,
um lobo dos desertos os destruirá;
um leopardo vigia contra as suas cidades;
todo aquele que delas sair será despedaçado;
porque são muitas as suas transgressões,
 e multiplicadas as suas apostasias.
Jr 5:7 Como poderei perdoar-te?
pois teus filhos me abandonaram a mim,
e juraram pelos que não são deuses;
quando eu os tinha fartado, adulteraram,
e em casa de meretrizes se ajuntaram em bandos.
Jr 5:8 Como cavalos de lançamento bem nutridos,
andavam rinchando cada um à mulher do seu próximo.
Jr 5:9 Acaso não hei de castigá-los por causa destas coisas?
diz o Senhor; ou não hei de vingar-me
de uma nação como esta?
Jr 5:10 Subi aos seus muros, e destruí-os;
não façais, porém, uma destruição final;
tirai os seus ramos; porque não são do Senhor.
Jr 5:11 Porque aleivosissimamente se houveram contra mim
a casa de Israel e a casa de Judá, diz o Senhor.
Jr 5:12 Negaram ao Senhor, e disseram:
Não é ele; nenhum mal nos sobrevirá;
nem veremos espada nem fome.
Jr 5:13 E até os profetas se farão como vento,
e a palavra não está com eles; assim se lhes fará.
Jr 5:14 Portanto assim diz o Senhor, o Deus dos exércitos:
Porquanto proferis tal palavra,
eis que converterei em fogo as minhas palavras
na tua boca, e este povo em lenha,
de modo que o fogo o consumirá.
Jr 5:15 Eis que trago sobre vós uma nação de longe,
ó casa de Israel, diz o Senhor;
é uma nação durável, uma nação antiga,
uma nação cuja língua ignoras,
e não entenderás o que ela falar.
Jr 5:16 A sua aljava é como uma sepultura aberta;
todos eles são valentes.
Jr 5:17 E comerão a tua sega e o teu pão,
que teus filhos e tuas filhas haviam de comer;
comerão os teus rebanhos e o teu gado;
comerão a tua vide e a tua figueira;
as tuas cidades fortificadas, em que confias,
abatê-las-ão à espada.
Jr 5:18 Contudo, ainda naqueles dias, diz o Senhor,
não farei de vós uma destruição final.
Jr 5:19 E quando disserdes:
Por que nos fez o Senhor nosso Deus todas estas coisas?
então lhes dirás:
Como vós me deixastes, e servistes deuses estranhos
na vossa terra, assim servireis estrangeiros,
em terra que não e vossa.
Jr 5:20 Anunciai isto na casa de Jacó,
e proclamai-o em Judá, dizendo:
Jr 5:21 Ouvi agora isto, ó povo insensato e sem entendimento,
que tendes olhos e não vedes,
que tendes ouvidos e não ouvis:
Jr 5:22 Não me temeis a mim? diz o Senhor;
não tremeis diante de mim, que pus a areia por limite ao mar,
por ordenança eterna, que ele não pode passar?
Ainda que se levantem as suas ondas,
não podem prevalecer;
ainda que bramem,
não a podem traspassar.
Jr 5:23 Mas este povo é de coração obstinado e rebelde;
rebelaram-se e foram-se.
Jr 5:24 E não dizem no seu coração:
Temamos agora ao Senhor nosso Deus,
que dá chuva, tanto a temporã como a tardia,
a seu tempo, e nos conserva as semanas
determinadas da sega.
Jr 5:25 As vossas iniquidades desviaram estas coisas,
e os vossos pecados apartaram de vos o bem.
Jr 5:26 Porque ímpios se acham entre o meu povo;
andam espiando, como espreitam os passarinheiros.
Armam laços, apanham os homens.
Jr 5:27 Qual gaiola cheia de pássaros,
assim as suas casas estão cheias de dolo;
por isso se engrandeceram, e enriqueceram.
Jr 5:28 Engordaram-se, estão nédios;
também excedem o limite da maldade;
não julgam com justiça a causa dos órfãos,
para que prospere, nem defendem
o direito dos necessitados.
Jr 5:29 Acaso não hei de trazer o castigo por causa destas coisas?
diz o senhor;
ou não hei de vingar-me de uma nação como esta?
30 Coisa espantosa e horrenda tem-se feito na terra:
31 os profetas profetizam falsamente,
e os sacerdotes dominam por intermédio deles;
e o meu povo assim o deseja.
Mas que fareis no fim disso?
Não é à toa que o profeta exclama o quão espantoso e horrendo é o terem feito na terra tais coisas – vs. 30.
Esse mal também era o desejo do próprio povo – vs. 31. É o que deseja o meu povo: não apenas os ofícios de profeta e sacerdote se encontravam corrompidos, como também o povo de Judá se agradava disso e não desejava que a situação mudasse.
Parece até algo semelhante com nosso país, o Brasil, aqui nos idos de 2015. Temo por isso as consequências que poderão advir, como veio a eles naqueles tempos. O confortável é que o Senhor os amou e ainda os orientou como deveriam viver no cativeiro até que o juízo se concluísse (70 anos, uma geração!) e somente sobrassem depois os remanescentes.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.