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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Jeremias 27: 1-22 - CORREIAS E CANZIS NO PESCOÇO DO PROFETA.

Estamos na décima segunda parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 27.
XII. A SEVERIDADE E DURAÇÃO DO EXÍLIO (25.1-29.32) - continuação.
Como já dissemos, aqui, nesta parte, Jeremias prenunciou um exílio longo de setenta anos como punição pelo seu pecado persistente e adverte que a destruição seria quase total, uma ideia rejeitada pelos falsos profetas. Sua mensagem continua sofrendo a oposição dos falsos profetas, dos sacerdotes e do povo (26.1-29.32).
Também dividimos esta parte XII, em 5 seções para facilitar nossa compreensão do assunto: A. A predição de setenta anos de exílio (25.1-38) – já vista; B. A reação à predição do exílio (26.1-24) – já vista; C. A rejeição das falsas profecias (27.1-22) – veremos agora; D. O confronto com Hananias (28.1-17); E. Uma carta aos exilados sobre falsas profecias (29.1-32).
C. A rejeição das falsas profecias (27.1-22).
No princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, filho de Josias, em, aproximadamente, 593 a.C., veio a Jeremias uma nova palavra do Senhor para ele, desta vez, fazer brochas e uns canzis simbólicos para serem colocados em seu pescoço.
Depois disso, ele deveria enviá-los aos reis das nações de Edom, Moabe, Amon, Tiro, Sidom, pelas mãos dos mensageiros que vinham deles a Jerusalém a terem com Zedequias. Jeremias era, afinal de contas, "profeta às nações" (1.5). Essas eram cidades - 25.21-22 - que também estavam sob o julgamento de Deus.
Essas nações eram aliadas do Egito e, muito provavelmente estariam ali para discutir a possibilidade de uma rebelião contra Nabucodonosor, em contrariedade ao que o Senhor tinha falado e advertido.
A vida simplesmente tomava o seu curso e era natural que as coisas aconteceriam conforme se vai andando e jogando o jogo da vida. Na mente deles uma aliança e uma resistência seria algo muito valoroso e ainda iriam buscar a bênção de Deus, mas, como ter o apoio de quem já não daria o apoio?
Como é importante conhecer ao Senhor e com ele estar aliado e unido em propósitos. Como é desastroso ir contra ele, o Senhor e quantas das vezes não fazemos justamente isso, pensando estar agradando?
Deus é soberano na criação, uma vez que tanto a terra quando os seus moradores e todo reino físico do universo a ele pertence unicamente. Ele fez a terra e a dá àqueles a quem for justo, de sua parte. Obviamente que sendo justo à sua parte, quem poderá demandá-lo quanto ao direito e à justiça, quando ele mesmo é a própria justiça?
Deus é soberano na providência, isto é na história dos homens concedendo bênçãos e maldições àqueles que observam ou não as suas palavras e instruções, aos seus mandamentos e aos seus mandatos, cultural, social e espiritual.
Deus é soberano na graça, concedendo sua salvação aos que creem e aos que o buscam e ouvem e invocam ao Senhor.
Usando um argumento da criação, o Senhor declara seus direitos sobre todas as nações - Dn 2.38; 4.25. E entregou a Nabucodonosor, rei da Babilônia, seu servo, todas as terras e os animais do campo para que o sirvam.
Todas as nações deveriam servi-lo, tanto a ele quanto ao seu filho e ainda ao filho de seu filho, isto é, até que o próprio tempo da sua própria terra tenha chegado.
De nada adiantava se oporem a ele, pois que Deus o estava ajudando e ele abateria todos os que contra ele se levantassem. O melhor caminho seria a oração e o arrependimento, mas quando escolheríamos tal caminho, acostumados que estamos a tomarmos as coisas pelas armas e pela violência e rebelião?
Quem não servisse ao rei da Babilônia e não se colocasse debaixo de seu jugo seriam punidos e aqui novamente a tríplice série de juízos de Deus: a espada, a fome e a peste – vs. 8 - que os abateria até consumi-los a todos
Todos eles, os profetas, os adivinhadores, os agoureiros, encantadores, sonhadores – vs. 9 - estavam errados, uma vez que serviam apenas para apoiar o sistema político nesse caso, com a exortação para não se sujeitar à Babilônia. Alguns destes (adivinhos, médiuns, encantadores), no entanto, eram expressamente proibidos em Israel, quer dissessem a verdade ou não (14.14, Lv 19.26; Dt 18.10-11).
Eles simplesmente profetizavam mentiras cuja finalidade maior era lançar sobre eles mais cadeias que significasse maior juízo. Repare o dilema, você resiste e oferece resistência e isso serve apenas para firmar ainda mais o objetivo que você queria evitar. Qual seria então a saída inteligente para não ser o caso de se estar remando contra a maré, como eles faziam? Renderem-se aos pés do Senhor!
Parem de lutar contra Deus e se rendam! Aos que se rendessem, a promessa seria boa, o Senhor os deixaria em sua terra. Para os vizinhos de Judá, a submissão à Babilônia não implicaria exílio.
Jeremias mostra, a partir do vs. 12, ao rei e aos sacerdotes e a todo o povo que o exílio fazia parte do plano de Deus para a salvação final de Judá (24.5) e que servir o rei da Babilônia era mesmo plano de Deus.
Ele insiste com eles para não darem ouvidos aos profetas que falavam de resistências, pois seria o caso de estarem indo contra o próprio Deus que lhes falara para não resistirem.
Deus mesmo fala que não tinha enviado ninguém para falar a eles de resistência e que estariam sendo mentirosos e falsamente estavam falando em nome do Senhor.
Até os utensílios tinham sido levados, mas tais profetas falavam que eles voltariam em breve (uma referência à mensagem de Hananias em 28.1-3) ao templo por causa do poder de Deus que estava com eles e com o templo, mas os utensílios, dizia Jeremias da parte de Deus, não voltariam de jeito algum.
Jr 27:1 No princípio do reinado de Zedequias, filho de Josias, rei de Judá,
veio esta palavra a Jeremias da parte do Senhor, dizendo:
Jr 27:2 Assim me disse o Senhor:
Faze-te brochas e canzis e põe-nos ao teu pescoço.
Jr 27:3 Depois envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe,
e ao rei dos filhos de Amom, e ao rei de Tiro,
e ao rei de Sidom,
pela mão dos mensageiros que são vindos a Jerusalém
a ter com zedequias, rei de Judá;
Jr 27:4 e lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo:
Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Assim direis a vossos senhores:
Jr 27:5 Sou eu que, com o meu grande poder e o meu braço estendido,
fiz a terra com os homens e os animais que estão
sobre a face da terra; e a dou a quem me apraz.
Jr 27:6 E agora eu entreguei todas estas terras
na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo;
e ainda até os animais do campo lhe dei,
para que o sirvam.
Jr 27:7 Todas as nações o servirão a ele, e a seu filho,
e ao filho de seu filho, até que venha o tempo
da sua própria terra; e então muitas nações
e grandes reis se servirão dele.
Jr 27:8 A nação e o reino que não servirem a Nabucodonosor,
rei de Babilônia, e que não puserem o seu pescoço
debaixo do jugo do rei de Babilônia,
punirei com a espada, com a fome, e com a peste
a essa nação, diz o Senhor, até que eu os tenha
consumido pela mão dele.
Jr 27:9 Não deis ouvidos, pois, aos vossos profetas,
e aos vossos adivinhadores, e aos vossos sonhos,
e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores,
que vos dizem:
Não servireis o rei de Babilônia;
Jr 27:10 porque vos profetizam a mentira, para serdes removidos
para longe da vossa terra, e eu vos expulsarei dela,
e vós perecereis.
Jr 27:11 Mas a nação que meter o seu pescoço sob o jugo
do rei de Babilônia, e o servir, eu a deixarei na sua terra,
diz o Senhor; e lavrá-la-á e habitará nela.
Jr 27:12 E falei com Zedequias, rei de Judá,
conforme todas estas palavras:
Metei os vossos pescoços no jugo do rei
de Babilônia, e servi-o, a ele e ao seu povo, e vivei.
Jr 27:13 Por que morrereis tu e o teu povo,
à espada, de fome, e de peste, como o Senhor disse
acerca da nação que não servir ao rei de Babilônia?
Jr 27:14 Não deis ouvidos às palavras dos profetas que vos dizem:
Não servireis ao rei de Babilônia;
porque vos profetizam a mentira.
Jr 27:15 Pois não os enviei, diz o Senhor, mas eles profetizam
falsamente em meu nome; para que eu vos lance fora,
e venhais a perecer, vós e os profetas que vos profetizam.
Jr 27:16 Então falei aos sacerdotes, e a todo este povo, dizendo:
Assim diz o Senhor:
Não deis ouvidos às palavras dos vossos profetas,
que vos profetizam dizendo:
Eis que os utensílios da casa do senhor cedo
voltarão de Babilônia; pois eles vos profetizam a mentira.
Jr 27:17 Não lhes deis ouvidos; servi ao rei de Babilônia, e vivei.
Por que se tornaria esta cidade em assolação?
Jr 27:18 Se, porém, são profetas, e se está com eles
a palavra do Senhor, intercedam agora junto
ao Senhor dos exércitos, para que os utensílios
que ficaram na casa do Senhor,
e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém,
não vão para Babilônia.
Jr 27:19 Pois assim diz o Senhor dos exércitos acerca das colunas,
e do mar, e das bases, e dos demais utensílios
que ficaram na cidade,
Jr 27:20 os quais Nabucodonosor, rei de Babilônia,
não levou, quando transportou de Jerusalém
para Babilônia a Jeconias, filho de Jeoiaquim,
rei de Judá, como também a todos os nobres
de Judá e de Jerusalém;
Jr 27:21 assim pois diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel,
acerca dos utensílios que ficaram na casa do Senhor,
e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém:
Jr 27:22 Para Babilônia serão levados, e ali ficarão
até o dia em que eu os visitar, diz o Senhor;
então os farei subir, e os restituirei a este lugar.
Alguns desses utensílios foram levados embora em 605 a.C. (Dn 1.1-2) e outros em 597 a.C. (2Rs 24.13).  
No verso 22, a perspectiva de um exílio de duração definida (25.11; 27.7) é aplicada ao destino dos utensílios do templo, onde eles estariam depositando a sua falsa esperança, mas a palavra era muito dura: os utensílios não voltariam e ali ficariam até ao dia que ele, o Senhor, os visitasse, quando aí sim, os faria subir e seriam restituídos ao seu devido lugar, no templo do Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.