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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Jeremias 21:1-14 - ESCOLHA: o caminho da vida OU o caminho da morte.

Estamos iniciando a décima primeira parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 21.
XI. JULGAMENTO E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS DE JUDÁ (21.1-24.10).
Veremos nesta parte que ainda que alguns negassem a realidade, o julgamento de Judá seria inevitável. Esses capítulos irão narrar o fim da dinastia davídica, deixando claro que a calamidade e o exílio seriam o resultado do julgamento divino dos pecados dos reis, dos profetas e do povo de Judá. O julgamento é enfatizado, mas o tema de esperança de restauração futura também está presente.
Para melhor compreensão do assunto, dividimos esta parte em três seções: A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8) – veremos agora; B. Os falsos profetas (23.9-40); C. Uma distinção e a esperança futura (24.1-10).
A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8).
Na primeira parte que irá até o capítulo 23, veremos os governantes de Judá. Esses capítulos resumem o que Jeremias tinha a dizer acerca dos últimos anos da monarquia em Judá durante o reinado de Zedequias, antes da última Invasão babilônica e da destruição de Jerusalém em 586 a.C.
Esse material pode ser dividido em duas seções também: (1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2); e, (2) Palavras contrastantes de esperança quanto à continuidade da linhagem davídica depois do exílio (23.3-8).
(1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2).
Desde o primeiro verso até o segundo do capítulo 23, veremos a explicação do por que a linhagem real de Judá seria julgada com tamanha severidade pelo cativeiro babilônico.
Aqui temos, como já estamos cansados de ver, em quase todos os capítulos, que a palavra de Deus veio a Jeremias. Ela veio no momento da visita dos enviados do rei Zedequias, Pasur, filho de Malquias e Sofonias, filho de Maaséias, ambos sacerdotes.
O objetivo deles era uma consulta ao Senhor. É estranho que obedecendo ao rei, Pasur e Sofonias foram consultar alguém que sabiam ser do Senhor, mas que ao mesmo tempo preferiam o endurecimento de seus corações.
Zedequias, cujo nome significa "o Senhor é minha justiça", manteve uma dependência hesitante de Jeremias, mas faltava-lhe coragem moral para obedecer às advertências do profeta. (37.3,21; 38.3,14,19,24-26).
Repare que este Pasur, não é o mesmo homem do capítulo anterior,  pois aquele era filho do sacerdote Imer e este de Malquias - 20.1; 21:1. Também este Sofonias não era o profeta Sofonias (19.25,29; 37.3; 52.24).
Eles foram para perguntar e buscar orientações sobre Nabucodonosor e sua peleja contra eles. Zedequias era um títere de Nabucodonosor (37.1) que fazia dele o que bem entendia. Será a sua rebelião posterior que provocará o ataque impiedoso do rei babilónio. Nabucodonosor foi rei da Babilônia de 605 a 562 a.C.
Jeremias responde da parte do Senhor à consulta feita ao Senhor por seu intermédio. A resposta do verso 4 não é nada boa, antes muito dura. As suas próprias armas com que se defendiam ou usavam para atacar, elas se voltariam contra eles para os destruírem.
O Senhor mesmo diz que ele é quem irá pelejar contra eles. A linguagem usada nas guerras santas do Senhor se volta assustadoramente contra o seu próprio povo (Dt 4.34; 5.15; 7.19; Am 5.18).
Deus se mostra enérgico e decidido. Com ira, com indignação e com grande furor, ele pelejaria contra eles. (Dt 29.23. 21.8). E os ferirá de forma que nem os animais seriam poupados. Entram aqui os seus três terríveis castigos: a peste, a fome e a espada. O instrumento disso seria a Babilônia e outros inimigos que não teriam nada de piedade a favor deles.
No verso 8, um ato da graça de Deus aos que obedecerem a ele. Estariam diante deles dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. (Veja Dt 30.15,19.).
O caminho da morte e da destruição terrível aos que escolhessem ficar e lutar. Em sua graça, Deus ofereceu vida àqueles que abandonassem as garantias falsas que os profetas e reis mentirosos haviam dado ao povo em Jerusalém e no seu templo.
Seriam poupados os que se decidissem se entregar e se renderem aos Babilônios.
O Senhor tinha decidido assim, pois seu rosto estava contra a cidade para o mal e não para o bem, por causa do que fizeram.
Esta era a palavra que Jeremias tinha para Zedequias e seus enviados.
Era esperado de todos os reis de Judá que julgassem o povo com justiça, uma vez que eram corregentes do Senhor, o justo Rei do universo (23.5; 2Sm 8.15; lRs 3.28; Sl 72.1-2). Os que se esquecem da justiça, oprimem os povos e na ganância constroem suas vidas, estão entrando em juízo com o dono dessas terras que não terá piedade como não tiveram ao planejarem, intentarem e executarem suas ações malignas.
Jr 21:1 A palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor,
                quando o rei Zedequias lhe enviou Pasur, filho de Malquias,
                               e Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, dizendo:
                Jr21:2 Pergunta agora por nós ao Senhor, por que Nabucodonosor,
                               rei de Babilônia, guerreia contra nós;
                                               porventura o Senhor nos tratará segundo
                                                               todas as suas maravilhas,
                                                                              e fará que o rei se retire de nós.
Jr 21:3 Então Jeremias lhes respondeu:
                Assim direis a Zedequias:
                               Jr21:4 Assim diz o Senhor, o Deus de Israel:
                Eis que virarei contra vos as armas de guerra,
                               que estão nas vossas mãos, com que vós pelejais contra
                                               o rei de Babilônia e contra os caldeus,
                                                               que vos estão sitiando ao redor dos muros,
                                                               e ajuntá-los-ei no meio desta cidade.
                Jr 21:5 E eu mesmo pelejarei contra vós com mão estendida,
                               e com braço forte, e em ira, e em furor,
                                               e em grande indignação.
                Jr 21:6 E ferirei os habitantes desta cidade,
                               tanto os homens como os animais; de grande peste morrerão.
                Jr 21:7 E depois disso, diz o Senhor, entregarei Zedequias,
                               rei de Judá, e seus servos, e o povo,
                                               e os que desta cidade restarem
                                                               da peste, e da espada, e da fome,
                               sim entregá-los-ei na mão de Nabucodonosor,
                                               rei de Babilônia, e na mão de seus inimigos,
                                               e na mão dos que procuram tirar-lhes a vida;
                                                               e ele os passará ao fio da espada;
                               não os poupará, nem se compadecerá, nem terá misericórdia.
                Jr 21:8 E a este povo dirás:
                               Assim diz o Senhor:
                                               Eis que ponho diante de vós
                                                               o caminho da vida e o caminho da morte.
                               Jr 21:9 O que ficar nesta cidade há de morrer
                                               à espada, ou de fome, ou de peste;
                               mas o que sair, e se render aos caldeus, que vos cercam,
                                               viverá, e terá a sua vida por despojo.
                Jr 21:10 Porque pus o meu rosto contra esta cidade para mal,
                               e não para bem, diz o Senhor; na mão do rei de Babilônia
                                               se entregará, e ele a queimará a fogo.
                Jr 21:11 E à casa do rei de Judá dirás:
                               Ouvi a palavra do Senhor:
                                               Jr21:12 O casa de Davi, assim diz o Senhor:
                                Executai justiça pela manhã,
                                               e livrai o espoliado da mão do opressor,
                               para que não saia o meu furor como fogo, e se acenda,
                                               sem que haja quem o apague,
                                                               por causa da maldade de vossas ações.
                Jr 21:13 Eis que eu sou contra ti, ó moradora do vale,
                               ó rocha da campina, diz o Senhor; contra vós que dizeis:
                                               Quem descerá contra nós?
                                               ou: Quem entrará nas nossas moradas?
                Jr 21:14 E eu vos castigarei segundo o fruto das vossas ações,
                               diz o Senhor;
                                               e no seu bosque acenderei fogo
                                               que consumirá a tudo o que está em redor dela.
No verso 13, o Senhor adverte a moradora do vale que ousada se achava protegida pela sua geografia. A posição comparativamente bem fortificada de Jerusalém (protegida por vales em três lados, ainda que exposta do lado norte) poderia gerar uma falsa sensação de segurança (7.4).
Quem nos protege não é a segurança reforçada, mas o Senhor. Se desprezarmos isso, seremos desprezados ainda que classificados como segurança máxima. A confiança deles somente tinha um pé ou dois. Seria necessário um terceiro para garantir o equilíbrio.
O castigo viria – vs. 14 - segundo o fruto das ações deles. Apesar de serem extremamente severos, os julgamentos de Deus que estavam prestes a sobrevir contra Judá eram merecidos. Esse é um dos temas principais do livro de Jeremias.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.