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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Isaías 66:1-24 - O SENHOR VEM E COM ELE A SALVAÇÃO E O JUÍZO!



Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui, no último capítulo do livro de Isaías, capítulo 66 e nas seguintes partes, nesse momento concluindo-as:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
2. O arrependimento que leva à restauração (59:1-66:24).
b. Arrependimento e resposta 2 - 63:7-66:24.
Como já dissemos, a partir de 63:7 até 66:24 estamos vendo o arrependimento e a resposta 2 e assim, concluindo o livro de Isaías. Nesse ponto, Isaías está repetindo o padrão básico de arrependimento e lamento seguido pela garantia de Deus de que ele restauraria o seu povo.
(2) A resposta de julgamento e salvação vindos de Deus - 65:1-66:24 - continuação.
Como já dissemos, estamos finalizando essa parte (2) onde Isaías explica a maneira pela qual Deus responderia ao clamor por socorro vindo dos exilados arrependidos.
Ela foi dividida em duas partes principais: (a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17) – já iniciamos, mas concluiremos agora; e (b) O novo mundo de bênçãos (66:18-24) – veremos e concluiremos agora.
(a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17) – continuação.
Já falamos que de 65:1 a 66:17 estaremos vendo o profeta falando do julgamento e da salvação futuros. A grande promessa de Deus é a de libertar o seu povo e destruir todos, de qualquer parte do mundo, que se opuserem a ele.
Uma vez que o novo cosmos, em sua totalidade, é o templo de Deus, e a terra é parte desse templo cósmico (60:13), não há necessidade de um templo construído por homens na terra. Que casa poderia ser edificada pelos homens a Deus? Como poderíamos dar-lhe lugar de descanso?
Todas as coisas, inclusive os céus e a terra, foram feitas por ele mesmo e se não é ele, nenhuma delas pode subsistir, pois ele a criou e ele a sustenta com seu poder. Até o fôlego dos homens que lhe permite à vida é pertencente a Deus. No entanto, apesar disso tudo, de sua grandeza e de sua transcendência, ele diz que habita com o humilde e com o contrito de espírito que teme e que treme de sua palavra.
Essa terminologia do abatido e que treme é encontrada também em Ed 9:4; 10:13. Ela equivale aos adoradores de Deus que devem adorá-lo de verdade, ou seja "em espírito e em verdade" (Jo 4:24; Fp 2:12; I Jo 2:17).
Há um cuidado especial por parte de Deus para com os verdadeiros homens que o buscam e se incomodam com a sua situação atual de pecado em que vivem.
Nos vs. 3 e 4, o Senhor deixa claro que detesta expressões religiosas vazias, bem como o paganismo (1:11-14; 65:3-5) que apenas são caminhos do homem para tentar enganá-lo como se isso fosse mesmo possível.
Embora oferecessem bois, cordeiros e grãos, o sacrifício não era feito com um coração contrito. A escolha deles não era nunca, jamais, o Senhor , mas os seus próprios caminhos reprováveis.
O Senhor está falando aos que tremem da palavra de Deus para que prestem atenção a seus irmãos que os odeiam e que para longe os lançam por causa do nome do Senhor.
Mas é o Senhor -  vs. 6 – que dá o pago aos seus inimigos. Essa profecia contra os idólatras hipócritas em Israel e que perseguiam os servos de Deus encontrou cumprimento pelos séculos durante os quais Israel foi oprimido por poderes estrangeiros. A queda do templo em 70 d.C. (Mt 24:1-2) e a volta de Cristo também cumprem esse julgamento (II Ts 1:7-10).
No vs. 7, o nascimento de uma nova comunidade viria de maneira tão rápida e dramática que seria indolor (65:25). Muitos a aplicam essa passagem a restauração de Israel em 14/05/1948, quando se tornou novamente em estado reconhecido internacionalmente pela ONU.
Seria Deus quem faria nascer a nação. Como ele é o Senhor da história e das nações, ele é quem governa todas as coisas.
A ordem era para se regozijar com Jerusalém e se alegrar com ela e de fato, todos os que a amam se alegraram muito com ela sendo restaurada. O mesmo também se deu na época de Esdras e Neemias que fizeram com que ela, que se encontrava em ruínas, fosse reerguida para a glória de Deus.
Jerusalém é personificada como a mãe do povo de Deus (vs. 8,10) que traz em seus seios o alimento aos seus filhos, o cuidado e a proteção materna, bem assim suas consolações de forma que a vida flua renovando e fazendo crescer e se desenvolver os que dela se nutrem. A paz transbordará dela como um rio e os seus filhos, os verdadeiros adoradores e sua descendência (vs. 22), estarão diante do Senhor para sempre.
O Senhor compara o seu terno amor com o de uma mãe que está a consolar os seus filhos. Será em Jerusalém que eles, os filhos, serão consolados.
Ao ver isso os fiéis muito se alegrarão e se renovarão para uma nova e vívida esperança baseada na palavra do Senhor que os renovará, mas que será um terror para todos os seus inimigos – vs. 14.
O Senhor virá com fogo – vs 15. Luz e nuvens de tempestade, respectivamente (Dt 33:26; Sl 18:10; 63:18), sendo ambos símbolos comuns da vinda de Deus em julgamento (10:17-18; 29:6; 30:27-28; 64:1-3). Isaías orou para que Deus interviesse em tal julgamento e salvação (64:1-3).
Com fogo e com espada – o Senhor é o Guerreiro Divino (27:1; 31:8; 34:5; Ap 19:11-18) - virá o Senhor em juízo contra toda a carne - todos os homens, os falsos adoradores (veja o contraste com o vs. 23; veja também Jr 9:2) -, como um torvelinho, ou seja, com a rapidez e a truculência de uma tempestade (Jr 4:13).
Serão consumidos todos os que aborrecendo ao Senhor, escolhem os seus caminhos em práticas que o Senhor detesta.
(b) O novo mundo de bênçãos (66:18-24).
Agora, Isaías, nos últimos versículos falará do glorioso novo mundo. Isaías encerra o seu livro com uma profecia que descreve o clímax do julgamento e da salvação de Deus: os novos céus e a nova terra.
Somente Deus conhece as nossas obras e os nossos pensamentos a ponto de saber dos atos corretos e do verdadeiro espírito dos adoradores aceitáveis. Deus usa esses santos para evangelizar o mundo (vs. 19) e cumprir a palavra da pregação. Ele ainda ajuntará todas as nações e línguas para verem a sua glória e nele se alegrarem sobremaneira. (Zc 8:23; Ap 7:9).
Os atos de julgamento do Senhor serão sobre os falsos adoradores e a libertação concedida pertencerá aos verdadeiros adoradores. Os que sobreviverem à perseguição (vs. 5; Mt 24:9-14) levarão a glória de Deus às nações (vs. 18) e farão nascer o novo tempo (vs. 7-11). Quão formosos são os pés dos que anunciam as boas novas, que faz ouvir a salvação – Is 52:7; Rm 10:15; Ef 6:15.
As nações se submeterão ao Senhor e se alegrarão pelos seus atos poderosos. Elas levantarão a voz e cantarão com alegria, por causa da glória do Senhor - 24:14-16. Provavelmente os gentios – vs. 20 - trarão os israelitas dispersos de volta ao templo (43:5; 60:4,9, Rm 11:13) da mesma forma que os filhos de Israel traziam as suas ofertas em vasos limpos à casa do Senhor. Ou seja, os trarão salvos e libertos pela palavra da pregação do evangelho a todos os povos.
Alguns deles serão tomados para sacerdotes e levitas, diz o Senhor no vs. 21. O fato que em Cristo Jesus agora o sacerdócio é universal e aplicável a todos os crentes.
Is 66:1 Assim diz o Senhor:
O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés.
Que casa me edificaríeis vós?
e que lugar seria o do meu descanso?
Is 66:2 A minha mão fez todas essas coisas,
e assim todas elas vieram a existir, diz o Senhor;
mas eis para quem olharei:
para o humilde e contrito de espírito,
que treme da minha palavra.
Is 66:3 Quem mata um boi é como o que tira a vida a um homem;
quem sacrifica um cordeiro,
como o que quebra o pescoço a um cão;
quem oferece uma oblação,
como o que oferece sangue de porco;
quem queima incenso,
como o que bendiz a um ídolo.
Porquanto eles escolheram os seus próprios caminhos,
e tomam prazer nas suas abominações,
Is 66:4 também eu escolherei as suas aflições,
farei vir sobre eles aquilo que temiam;
porque quando clamei, ninguém respondeu;
quando falei, eles não escutaram,
mas fizeram o que era mau aos meus olhos,
e escolheram aquilo em que eu não tinha prazer.
Is 66:5 Ouvi a palavra do Senhor, os que tremeis da sua palavra:
Vossos irmãos, que vos odeiam e que para longe vos lançam
por causa do meu nome, disseram:
Seja glorificado o Senhor, para que vejamos a vossa alegria;
mas eles serão confundidos.
Is 66:6 uma voz de grande tumulto vem da cidade,
uma voz do templo, ei-la, a voz do Senhor,
que dá a recompensa aos seus inimigos.
Is 66:7 Antes que estivesse de parto, deu à luz;
antes que lhe viessem as dores, deu à luz um filho.
Is 66:8 Quem jamais ouviu tal coisa? quem viu coisas semelhantes?
Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia?
nasceria uma nação de uma só vez?
Mas logo que Sião esteve de parto, deu à luz seus filhos.
Is 66:9 Acaso farei eu abrir a madre, e não farei nascer?
diz o Senhor. Acaso eu que faço nascer, fecharei a madre?
diz o teu Deus.
Is 66:10 Regozijai-vos com Jerusalém, e alegrai-vos por ela,
vós todos os que a amais; enchei-vos por ela de alegria,
todos os que por ela pranteastes;
Is 66:11 para que mameis e vos farteis dos peitos
das suas consolações; para que sugueis,
e vos deleiteis com a abundância
da sua glória.
Is 66:12 Pois assim diz o Senhor:
Eis que estenderei sobre ela a paz como um rio,
e a glória das nações como um ribeiro que trasborda;
então mamareis, ao colo vos trarão,
e sobre os joelhos vos afagarão.
Is 66:13 Como alguém a quem consola sua mãe,
assim eu vos consolarei;
e em Jerusalém vós sereis consolados.
Is 66:14 Isso vereis e alegrar-se-á o vosso coração,
e os vossos ossos reverdecerão como a erva tenra;
então a mão do Senhor será notória aos seus servos,
e ele se indignará contra os seus inimigos.
Is 66:15 Pois, eis que o Senhor virá com fogo,
e os seus carros serão como o torvelinho,
para retribuir a sua ira com furor,
e a sua repreensão com chamas de fogo.
Is 66:16 Porque com fogo e com a sua espada entrará o Senhor
em juízo com toda a carne; e os que forem mortos
pelo Senhor serão muitos.
Is 66:17 Os que se santificam, e se purificam para entrar nos jardins
após uma deusa que está no meio,
os que comem da carne de porco, e da abominação,
e do rato, esses todos serão consumidos,
diz o Senhor.
Is 66:18 Pois eu conheço as suas obras e os seus pensamentos;
vem o dia em que ajuntarei todas as nações e línguas;
e elas virão, e verão a minha glória.
Is 66:19 Porei entre elas um sinal, e os que dali escaparem,
eu os enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude,
povos que atiram com o arco, a Tubal e Javã,
até as ilhas de mais longe, que não ouviram
a minha fama, nem viram a minha glória;
e eles anunciarão entre as nações a minha glória.
Is 66:20 E trarão todos os vossos irmãos, dentre todas as nações,
como oblação ao Senhor; sobre cavalos, e em carros,
e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários,
os trarão ao meu santo monte, a Jerusalém,
diz o Senhor,
como os filhos de Israel trazem as suas ofertas
em vasos limpos à casa do Senhor.
Is 66:21 E também deles tomarei alguns para sacerdotes
e para levitas, diz o Senhor.
Is 66:22 Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer,
durarão diante de mim, diz o Senhor,
assim durará a vossa posteridade e o vosso nome.
Is 66:23 E acontecerá que desde uma lua nova até a outra,
e desde um sábado até o outro, virá toda a carne
a adorar perante mim, diz o Senhor.
Is 66:24 E sairão, e verão os cadáveres dos homens
que transgrediram contra mim;
porque o seu verme nunca morrerá,
nem o seu fogo se apagará;
e eles serão um horror para toda a carne.
O Senhor promete fazer novos céus e nova terra e assim, como é certo isso pois sua boca o disse, assim, dessa forma, ele diz que estarão diante dele a nossa posteridade e o nosso nome. Essa é uma promessa de continuidade do povo de Deus (65:18-19; Jr 31:35-36) que em Cristo é perpetuada na família divina – Jo 1:12. Nesse novo tempo, a adoração será universal a Deus nos momentos determinados por ele (Zc 14:16).
Já o vs 24, o último desse livro espetacular, é bastante aterrador, uma vez que surge a imagem dum campo onde os corpos impuros serão queimados tornando-se símbolo da punição e da angústia eternas (48:22; 57:20; Mc 9:47-48) onde o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo apagará.

 Estamos satisfeitos com o resultado alcançado se bem que, com certeza, ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele cumprirá todas elas!
A palavra de Deus foi anunciada em cada um dos sessenta e seis dias que duraram nossas reflexões sobre a história de vida desse profeta messiânico Isaías que nos ensinou grandes lições.
Neste profeta, homem de Deus, temos visto uma grande devoção e temor a Deus que o fazia buscar ao Senhor e se humilhar diante dele com a fé e a certeza de que os seus clamores não seriam em vão.
Ele viveu em Judá, casou-se pelo menos uma vez e teve pelo menos dois filhos. Varias tradições sugerem que ele tenha sido martirizado durante o reinado de Manassés – 697-642 a.C.
O destaque não é, nem deve ser o profeta, mas Deus e a sua glória que está abençoando o seu povo. Os maiores líderes de Deus em todos os tempos se ofereceram à morte para que o povo fosse poupado, ou mesmo enfrentaram grandes desafios a favor do povo de Deus.
Não há como não percebermos que do início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo.
Percebe-se assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes por ele escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de Isaías para proclamar a sua palavra profética em tempos bem difíceis na nação de Israel e de Judá.
Do Senhor sempre veio a ordem e a organização; os líderes e os mandamentos; os símbolos e suas representações; os artífices e ourives que tudo fizeram de acordo com o modelo que lhes fora mostrado; a vitória e as guerras; a força e a coragem para lutar e vencer e sair vencedor; a paz e a prosperidade; a proteção e o abrigo contra as intempéries do mundo; o caminho, a verdade e a vida para que seguissem; o filho de Deus, o Messias esperado que ali estava sendo preservado com os descendentes messiânicos.
Para finalizarmos, busquemos a face de Deus e nos convertamos de nossos maus caminhos, pois assim, e somente assim, abriremos caminho para derramar as numerosas bênçãos resultantes do poder e dos milagres de que precisamos para nossa vida! Aleluias!
Não é hora de desanimar, embora tantas não foram as vezes que pensei em parar, principalmente ao tirar os olhos do Senhor para colocá-los em alvos terrestres, mas o Senhor teve misericórdias de mim.
Que eu seja testemunha do poder que existe somente em ti. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, meu Senhor e Salvador. Amém e amém!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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3 comentários:

um capitulo 66 e muito complexo e tem que saber dividi-lo contudo essa forma de ver essa profecia de Israel em 1948 esta totalmente errada,pois a capital não é Jerusalém e sim telAviv e a e o templo nao esta la.Crismacleiton

Crismacleiton, obrigado por seu comentário.

Apesar disso, não deixa de ser igualmente incrível a restauração do estado de Israel, ainda que sua capital seja TelAvivi.

Há quem afirme também que o Templo será restaurado e que ele servirá para receber o antiCristo que seria o messias esperado, conforme os judeus.

Uma coisa é certa: quando Jesus voltar isso será esclarecido e veremos com nossos olhos que a palavra de Deus estará cabalmente cumprida para a glória de Deus. Por hora, especulamos, levantamos teorias, perscrutamos tudo e sabemos que há algo por vir (Dt 29.29; I Co 2.10). Um estudo interessante seria avaliar/correlacionar as profecias já cumpridas e as suas previsões e expectativas geradas às suas épocas. Abcs.

Deus seja louvado por sua vida irmão, muto edificante esses estudos.

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.