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sábado, 31 de janeiro de 2015

Isaías 65:1-25 - DEUS CRIARÁ NOVOS CÉUS E NOVA TERRA.

Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 65 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
2. O arrependimento que leva à restauração (59:1-66:24).
b. Arrependimento e resposta 2 - 63:7-66:24.
Como já dissemos, a partir de 63:7 até 66:24 estaremos vendo o arrependimento e a resposta 2 e assim, concluindo o livro de Isaías. Nesse ponto, Isaías está repetindo o padrão básico de arrependimento e lamento seguido pela garantia de Deus de que ele restauraria o seu povo.
(2) A resposta de julgamento e salvação vindos de Deus - 65:1-66:24.
Nós acabamos de ver – 63:7 a 64:12 - a última oração do profeta, que se constituiu num lamento modelar para levar os exilados ao arrependimento.
Agora, entraremos na parte (2) que ocupará os últimos capítulos de Isaías, que abrangerá os capítulos de 65:1 a 66:24. Veremos a resposta de julgamento e salvação vindos de Deus.
Isaías explica a maneira pela qual Deus responderia ao clamor por socorro vindo dos exilados arrependidos.
Dividiremos esses capítulos em duas partes principais: (a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17) e (b) O novo mundo de bênçãos (66:18-24).
(a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17)
Estamos finalmente chegando ao final desse livro espetacular, principalmente por causa de suas profecias feitas tão remotamente, mas como se estivessem sendo feitas à época dos fatos, sendo o profeta um dos que presenciaram o futuro e tinha um excelente dom de redação. Se na sua época ele tivesse uma máquina fotográfica, seria capaz de tirar fotos do futuro, de tão incríveis que são suas profecias.
Deste verso primeiro deste capítulo, até o 17, do próximo, veremos o profeta falando do julgamento e da salvação futuros. A grande promessa de Deus é a de libertar o seu povo e destruir todos, de qualquer parte do mundo, que se opusessem a ele.
Nos primeiros sete versos deste, veremos a resposta de Deus de que os rebeldes são rejeitados; depois do oito ao 16, de que são salvos o restante fiel.
Em contraste com 64:7, onde ninguém havia que invocasse o Senhor, Deus foi achado por quem por ele não buscavam, nem por ele perguntavam. Fora achado por um povo que não se chamava pelo seu nome.
Sem dúvidas, essa é uma referência aos gentios (42:1; 49:6; 52:15; 66:8). O ministério de Paulo cumpriu essa profecia (Rm 10:20). Aqueles que anteriormente não eram povo de Deus, são hoje a sua nação santa (I Pe 2:9-10).
A essa nação que não se chamava pelo seu nome ele disse: “Eis-me aqui.” – vs. 2. Foi ela ainda repetida duas vezes com o propósito de ênfase. É a  presença de Deus que garante a salvação.
Deus estendia o dia todo as suas mãos a um povo rebelde e contradizente. Diferentemente do povo (1:15) cujas mãos estavam repletas de sangue e a procura por Deus era falsa, o Senhor buscava com avidez e amor o seu povo para com ele ter um relacionamento sério, maduro e produtivo.
O desejo deles era de apenas andarem segundo os seus próprios caminhos e pensamentos – vs. 2 – e de contínuo apenas provocavam o Senhor diante de sua face. O ímpio não escondia os seus atos religiosos ofensivos: sacrificando em jardins (uma referência às religiões de fertilidade) e queimando incenso sobre tijolos (uma prática de adoração pagã talvez associada ao culto à Rainha dos Céus - cf. Jr 44.17-19 – em altares de tijolos. Literalmente "sobre tijolos". Os babilônios ofereciam incenso a "todo o exército dos céus" (Jr 19:13) sobre tijolos ou nos telhados.
O problema de Israel vem desde a época de Josué, de juízes quando cobiçaram tremendamente um rei para a nação deles, não por que isso estaria sendo algo errado, mas por que eles queriam ser como as outras nações. O erro deles não era a monarquia, mas a monarquia como as nações tinham os seus reis. Israel invejou as nações e queria ser parecida com elas, por isso que rejeitaram o Senhor e o seu reino.
Os babilônios ofereciam os seus incensos nos telhados e Israel queria fazer o mesmo, sempre imitando e aprendendo o que não era bom para praticarem e provocarem à ira o Deus de Israel.
Entre as sepulturas e junto aos lugares secretos, eles passavam a noite com o propósito de consultar os espíritos dos mortos (8:19; 29:4) e assim provocarem ainda mais a ira de Deus. Também se deleitavam com práticas proibidas na lei de Moisés, como comer carne de porco (66:3,17; Lv 11:7-8; Dt 14:8). Deus estava descontente com os sacrifícios coletivos que eles faziam.
O objetivo deles era demonstrar um conhecimento oculto e desenvolverem uma espécie de aparência de santidade. Esses idólatras, tal qual os fariseus da época de Jesus, consideravam-se melhores que os outros (veja Lc 18.9-14). Jesus chamou os fariseus de filhos do diabo (Jo 8:44) e esses do que deveriam ser chamados também? Deus estava sendo provocado e eles eram como fumaça em seu nariz, como um fogo que ardia o dia todo, metáforas da provocação da ira de Deus.
Assim como as cortes reais mantinham registro de crimes não punidos, do mesmo modo o livro celestial registra o pecado (cf. Êx 32:32; Ml 3:16). O Senhor não se calaria, mas pagaria – vs. 6 – aplicando neles o princípio da retribuição (Ob 15; Cl 6:7; I Pe 1:17; Ap 20:12-13; 22:12).
Não se engane os homens que pensam que podem fazer qualquer coisa sem que haja consequências de seus atos. As iniquidades deles, dos pais estavam sendo medidas e Deus estaria esperando o tempo certo da retribuição. Não há escape para os rebeldes: seriam eles rejeitados!
Quanto ao restante fiel, a história seria outra. Do verso 8 ao 16, veremos a promessa da bênção de Deus sobre os seus servos e a garantia de julgamento do apóstata.
No verso 8, o vinho representa os servos fiéis do Senhor e o cacho de uvas representa os israelitas apóstatas. Os servos, os remanescente (1:2) e os estrangeiros (veja 56:6), somente esses não seriam destruídos.
A descendência de Jacó é produzida e selecionada apenas dos remanescentes. A descendência de Jacó é literalmente a "semente", uma forma coletiva singular (cf. Jr 31:36). A profecia encontra o seu cumprimento no remanescente que voltou do exílio, mas Cristo, e os batizados nele, são o seu cumprimento final (Cl 3:16,26-29). Serão estes, os eleitos, que possuirão e herdarão o reino (14:25; 57:13; Ob 19-21).
Sarom – vs. 10 - um vale viçoso, localizado próximo ao mar Mediterrâneo e a oeste do monte Carmelo, é uma metáfora da transformação da criação do Senhor.
A escolha é feita por Deus, somente os remanescentes é que seriam salvos e abençoados, tudo parece apontar unicamente para cima e para a soberania de Deus, mas repare que o verso 10 diz que as bênçãos são para o seu povo que o buscou.
E quanto aos que não buscaram, nem se arrependeram, os rebeldes? O povo que era rebelde (vs. 1-7) em lugar da verdadeira adoração do Senhor (2:2), eles se submetiam aos deuses do destino: à Fortuna, a falsa deusa da boa sorte e ao Destino, o falso deus do destino.
Em consequência, seriam eles destinados à espada, à matança, pois que houve tempos em que o Senhor os chamou e falou, mas seus corações estavam ocupados demais com as coisas malignas, ou seja, com o que era mau aos seus olhos e a escolha deles era para aquilo que Deus não tinha prazer.
O Senhor fala no verso 13 de que faria então distinção entre eles, de forma que os seus servos iriam se satisfazer, mas os rebeldes iriam padecer a ponto de deixarem os seus nomes para maldição.
Os eleitos (vs. 9) usarão os nomes dos apóstatas como uma fórmula de maldição ao invocar julgamento sobre outros.
Para os vencedores, o prêmio da salvação de Deus da verdade, literalmente, o "Deus do amém" (cf. II Co 1:20; Ap 3:14). O Senhor se mostrará fiel à sua palavra. Até as angústias passadas estarão escondidas aos seus olhos.
Há tantas promessas de Deus em Isaías! Há tantas palavras de julgamento em Isaías! Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito está a dizer nas Sagradas Letras e se converta e se arrependa enquando ainda dá tempo.
Os novos céus e a nova terra.
Do verso 17 ao 25 deste capítulo, veremos os novos céus e a nova terra! É Deus quem cria todas as coisas, inclusive novos céus e nova terra. O novo ato de Deus é experimentado agora em suas bênçãos. (42:9; 43:18-19; 48:6; 60:19-22; II Pe 3:13; Ap 21:1).
Das coisas passadas, das adversidades e desgraças, jamais haverá novamente memória delas. Isso não significa um apagão geral com perda de identidade e do senso de pertencimento ao mundo, a Deus e ao tempo.
Deus colocou no coração dos homens a eternidade, mas estamos presos, momentaneamente, no tempo e no espaço, assim, mesmo sabendo de que um dia morreremos, sabemos de alguma forma que seremos ressuscitados por ele, para vivermos eternamente com ele. É muita glória que apenas sentimos seu frescor de bem longe, mas é só por uns instantes...
Os santos, os eleitos, os remanescentes, os que o buscam, devem celebrar agora a vinda da salvação (66:10) e se alegrarem perpetuamente, pois que ele cria para Jerusalém motivos de exultação e para o povo, motivos de grande gozo – vs 18. Isaías faz alusão à linguagem de Gn 1:1 para atrair a atenção para a renovação radical do mundo que acontecerá quanto a restauração do seu povo for completada (Rm 8:18-25).
Deus exultará em Jerusalém e se alegrará no seu povo e doravante nunca mais se ouvirá voz de choro, nem de clamor – vs. 19; Ap 21:4.
O fato de não haver mais ali nem crianças, nem velhos, trata-se apenas de declarações poéticas que expressam a vida sem fim que chegará no clímax da restauração após o exílio. Elas prometem uma vida significativa e abençoada para todos, em contraste com a doença e a morte prematura que resultaram da maldição de Deus (Dt 28:20-22).
Por isso que edificarão casas e as habitarão e plantarão vinhas e comerão dos seus frutos, o que hodiernamente nem sempre é uma garantia. Nem todos os que constroem, nem os que plantam são os que desfrutam, por causa do pecado, da presença do mal e da morte no mundo, decorrentes das maldições de Deus.
Como é triste edificar para outros habitarem e plantar para outros desfrutarem. Isso terá um fim uma vez que os dias de cada um de nós será como o das árvores e os seus escolhidos poderão gozar por longo tempo das obras de suas mãos – vs. 22.
Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, pois que serão a descendência bendita do Senhor. O oposto do julgamento de Deus sobre a existência humana (Gn 3:16-18). Tanto eles quanto seus descendentes serão abençoados pelo Senhor (cf. 61:9).
Is 65:1 Tornei-me acessível aos que não perguntavam por mim;
fui achado daqueles que não me buscavam.
A uma nação que não se chamava do meu nome eu disse:
Eis-me aqui, eis-me aqui.
Is 65:2 Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde,
que anda por um caminho que não é bom,
após os seus próprios pensamentos;
Is 65:3 povo que de contínuo me provoca
diante da minha face, sacrificando em jardins
e queimando incenso sobre tijolos;
Is 65:4 que se assenta entre as sepulturas,
e passa as noites junto aos lugares secretos;
que come carne de porco,
 achando-se caldo de coisas abomináveis
nas suas vasilhas;
Is 65:5 e que dizem:
Retira-te, e não te chegues a mim,
porque sou mais santo do que tu.
Estes são fumaça no meu nariz, um fogo que arde o dia todo.
Is 65:6 Eis que está escrito diante de mim:
Não me calarei, mas eu pagarei, sim,
deitar-lhes-ei a recompensa no seu seio;
Is 65:7 as suas iniqüidades, e juntamente as iniqüidades
de seus pais, diz o Senhor,
os quais queimaram incenso nos montes,
e me afrontaram nos outeiros;
pelo que lhes tornarei a medir as suas obras
antigas no seu seio.
Is 65:8 Assim diz o Senhor:
Como quando se acha mosto num cacho de uvas, e se diz:
Não o desperdices, pois há bênção nele;
assim farei por amor de meus servos,
para que eu não os destrua a todos.
Is 65:9 E produzirei descendência a Jacó,
e a Judá um herdeiro dos meus montes;
e os meus escolhidos herdarão a terra
e os meus servos nela habitarão.
Is 65:10 E Sarom servirá de pasto de rebanhos,
e o vale de Acor de repouso de gado, para o meu povo,
que me buscou.
Is 65:11 Mas a vós, os que vos apartais do Senhor,
os que vos esqueceis do meu santo monte,
os que preparais uma mesa para a fortuna,
e que misturais vinho para o Destino
Is 65:12 também vos destinarei à espada,
e todos vos encurvareis à matança;
porque quando chamei, não respondestes;
quando falei, não ouvistes,
mas fizestes o que era mau aos meus olhos,
e escolhestes aquilo
em que eu não tinha prazer.
Is 65:13 Pelo que assim diz o Senhor Deus:
Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome;
eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede;
eis que os meus servos se alegrarão,
mas vós vos envergonhareis;
Is 65:14 eis que os meus servos cantarão pela alegria
de coração, mas vós chorareis pela tristeza
de coração, e uivareis pela angústia de espírito.
Is 65:15 E deixareis o vosso nome para maldição
aos meus escolhidos; e vos matará o Senhor Deus,
mas a seus servos chamará por outro nome.
Is 65:16 De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito
no Deus da verdade; e aquele que jurar na terra,
jurará pelo Deus da verdade;
porque já estão esquecidas as angústias passadas,
e estão escondidas dos meus olhos.
Is 65:17 Pois eis que eu crio novos céus e nova terra;
e não haverá lembrança das coisas passadas,
nem mais se recordarão:
Is 65:18 Mas alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente
no que eu crio; porque crio para Jerusalém
motivo de exultação e para o seu povo
motivo de gozo.
Is 65:19 E exultarei em Jerusalém, e folgarei no meu povo;
e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.
Is 65:20 Não haverá mais nela criança de poucos dias,
nem velho que não tenha cumprido os seus dias;
porque o menino morrerá de cem anos;
mas o pecador de cem anos será amaldiçoado.
Is 65:21 E eles edificarão casas, e as habitarão;
e plantarão vinhas, e comerão o fruto delas.
Is 65:22 Não edificarão para que outros habitem;
não plantarão para que outros comam;
porque os dias do meu povo serão
como os dias da árvore,
e os meus escolhidos gozarão por longo tempo
das obras das suas mãos:
Is 65:23 Não trabalharão debalde, nem terão filhos para calamidade;
porque serão a descendência dos benditos do Senhor,
e os seus descendentes estarão com eles.
Is 65:24 E acontecerá que, antes de clamarem eles, eu responderei;
e estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
Is 65:25 O lobo e o cordeiro juntos se apascentarão,
o leão comerá palha como o boi;
e pó será a comida da serpente.
Não farão mal nem dano algum
em todo o meu santo monte, diz o Senhor.
Assim, antes de clamarem e ainda estando eles falando, o Senhor já estaria vindo com a resposta e com a providência. Uma figura que significa que não haverá tempo para tristeza entre a oração e o louvor (30:19; 58:9). Hoje sofremos e padecemos em oração, muitas vezes sem entender porque o socorro tardou ou porque o Senhor não respondeu ou porque ainda fez outra coisa que não esperávamos. 
Nesse tempo, haverá paz na criação, paz para a comunidade redimida (11:6-9).  O pó será a comida da serpente, uma alusão a Gn 3:14. A maldição de Satanás será finalmente consumada. Nem mal nem dano algum se fará em todo santo monte. Significa ausência de toda desgraça e injúria para todo o sempre!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.