sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
sexta-feira, janeiro 30, 2015
Jamais Desista
Isaías 64:1-12 - DEUS É O OLEIRO E NÓS O BARRO.
Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 64 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e
restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração
(56:1 – 66:24).
2. O arrependimento que leva à
restauração (59:1-66:24).
b. Arrependimento e resposta 2 -
63:7-66:24.
Como já dissemos, a partir de 63:7 até
66:24 estaremos vendo o arrependimento e a resposta 2 e assim, concluindo o
livro de Isaías. Nesse ponto, Isaías está repetindo o padrão básico de
arrependimento e lamento seguido pela garantia de Deus de que ele restauraria o
seu povo.
(1) Lamento e arrependimento - 63:7-64:12 - continuação.
Desde o verso 7, do capítulo anterior até
ao final deste capítulo, estaremos vendo, em continuação, a última oração do
profeta, que se constitui num lamento modelar para levar os exilados ao
arrependimento.
Percebe-se no texto de Is 64 uma linguagem
nostálgica com saudosas lembranças de um tempo que parece ter acabado por causa
do momento pelo que passavam. O grande desejo era poder resgatar esse tempo.
No verso primeiro, ele parecesse
referenciar ao dia da manifestação gloriosa de Deus no Sinai quando o escritor
de Hebreus narrou sendo aquele dia um dia terrível em que os israelitas pediram
e Deus se agradou que jamais ele se manifestasse daquela forma teofânica
novamente – Hb 12:18-29.
O fogo é uma evidência da presença divina
(Êx 19:18; Hb 12:18), especialmente no julgamento (Hb 12:29). O desejo da
manifestação do Senhor ali, conforme o próprio verso bíblico, era para que Deus
fizesse notório o seu nome entre os seus adversários de modo que à presença de
Deus, as nações tremeriam.
Ele está se recordando e fazendo o povo
refletir sobre o êxodo (Dt 10:21; Sl 66:3-6; 106:22) e sobre um Deus poderoso e
imanente. Pelo fato de a humanidade depravada fabricar ídolos, surgem as
proibições religiosas (Êx 20:3), mas as declarações teológicas não reconhecem
outro deus verdadeiro além do Senhor (43:11; Dt 4:35).
Há nele o reconhecimento da soberania de
Deus e de sua imanência a qual tanto o povo desejava. Ele conhecia o Senhor
como aquele que opera a favor daqueles que nele esperam. Ou seja, no Senhor a
nossa esperança jamais será perdida. No tempo certo, mesmo que tudo pareça
contrário, Deus se manifestará ainda que de forma teofânica, se necessário.
Deus jamais iria desamparar aqueles que o
buscam, que amam a sua justiça, que se lembram dos seus caminhos – vs. 5. Por
isso que Deus mesmo sai ao encontro desses.
Ele procura fazer o povo reconhecer que o
seu estado atual é devido ao seu pecado e a sua insistente permanência nele,
apesar dos constantes avisos de Deus para abandonarem as transgressões e
praticarem a justiça. A pergunta difícil para ele era se ainda haveria
oportunidade para a salvação deles por causa disso tudo que estava ocorrendo –
“acaso seremos salvos?” – vs. 5.
Há confissões de todo o tipo nesse momento.
Confissão de rebelião (53.6) e de impureza (Lv 13.45; Ag 2.13-14). O profeta
procurava levá-los a sentirem o peso do pecado. Isaías ora, mas fala em nome do
povo e no seu lugar intercede. Estavam se achando imundos, ou seja, não se
encontravam numa situação adequada para receber a presença de Deus, embora a
desejassem muito.
Até as suas justiças eles a tinham como um trapo
da imundícia. O termo é singular. Algumas versões antigas entendiam a expressão
como uma referência aos panos manchados pelo sangue da menstruação. Se for esse
o caso, é um paralelo correto para o termo "imundo" (Lv 15:19-24; Ez
36:17).
Em consequência disso, eles se sentiam
murchos como as folhas e as suas iniquidades então seriam como um vento que os
arrebatavam para uma situação ainda pior e mais merecedora do juízo divino, do
justo julgamento de Deus (1:30; 40:7,24).
Estando assim, como invocariam a Deus? Como
se depertariam e como fariam para deterem a fúria de Deus? O fato de Deus
esconder o seu rosto deles, mais fazia eles serem consumidos por causa de suas
iniquidades – vs. 7. Era um ciclo vicioso: o pecado os afastava de Deus e
quanto mais afastados, mais pecavam.
Depois da confissão, o pedido de socorro,
como de um filho perdido ao seu Pai pedindo ajuda e socorro. Deus é o nosso Pai
tanto por criação, como, agora, em Cristo Jesus, por adoção. Eles pediam a ele
e novamente levantavam a figura do Deus soberano onde eles seriam o barro e
Deus o oleiro. Eles reconheciam que a vida deles era pura graça e misericórdia
de Deus criador e sustentador de toda a vida nessa terra.
O pedido deles, no verso 9, era para Deus
não se enfurecer tanto (com base na promessa de 54:7-8), a ponto de esquecê-los
perpetuamente por causa da iniquidade deles (com base na promessa de 43:25). Eles
pediam e faziam Deus se lembrar que eles eram o seu povo.
As cidades santas, faladas neste capítulo,
como cidades de Deus, se tornaram em deserto – “Sião está feita um ermo,
Jerusalém uma desolação” – vs. 10. Eles se lembravam do templo que já não mais
existia e que neles os seus pais o louvavam. Já havia se passado pelo menos uma
geração entre esses que falavam e a queda do templo em 586 a. Todos os lugares
aprazíveis tinham se tornado em ruínas – vs. 11.
e
os montes tremessem à tua presença,
Is
64:2 como quando o fogo pega em acendalhas,
e
o fogo faz ferver a água, para fazeres notório
o
teu nome aos teus adversários,
de
sorte que à tua presença tremam as nações!
Is
64:3 Quando fazias coisas terríveis, que não esperávamos,
descias,
e os montes tremiam à tua presença.
Is
64:4 Porque desde a antigüidade não se ouviu,
nem
com ouvidos se percebeu,
nem
com os olhos se viu um Deus além de ti,
que
opera a favor daquele que por ele espera.
Is
64:5 Tu sais ao encontro daquele que,
com
alegria, pratica a justiça,
daqueles
que se lembram de ti nos teus caminhos.
Eis
que te iraste, porque pecamos;
há
muito tempo temos estado em pecados;
acaso
seremos salvos?
Is
64:6 Pois todos nós somos como o imundo,
e
todas as nossas justiças como trapo da imundícia;
e
todos nós murchamos como a folha,
e
as nossas iniqüidades, como o vento, nos arrebatam.
Is
64:7 E não há quem invoque o teu nome, que desperte, e te detenha;
pois
escondeste de nós o teu rosto e nos consumiste,
por
causa das nossas iniqüidades.
Is
64:8 Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai;
nós
somos o barro, e tu o nosso oleiro;
e
todos nós obra das tuas mãos.
Is
64:9 Não te agastes tanto, ó Senhor,
nem
perpetuamente te lembres da iniqüidade;
olha,
pois, nós te pedimos,
todos
nós somos o teu povo.
Is
64:10 As tuas santas cidades se tornaram em deserto,
Sião
está feita um ermo, Jerusalém uma desolação.
Is
64:11 A nossa santa e gloriosa casa,
em
que te louvavam nossos pais, foi queimada a fogo;
e
todos os nossos lugares aprazíveis
se
tornaram em ruínas.
Is
64:12 Acaso conter-te-ás tu ainda sobre estas calamidades,
ó
Senhor? ficarás calado, e nos afligirás tanto?
O capítulo termina com um lamento e uma
provocação a Deus. Havia neles o reconhecimento de que a situação somente
poderia mudar se Deus agisse e por isso procuravam de todos os meios como que
despertá-lo a favor deles.
No entanto, não era Deus quem dormia, mas
eles que se encontravam bêbados do sono do pecado e da rejeição ao conhecimento
de Deus.
Isaías sabia disso e sofria, mas lutava em
oração pelo povo de Deus. Ele também sabia quem era o seu Deus e o quão
graciosos e misericordioso ele era.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.