quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
quarta-feira, janeiro 21, 2015
Jamais Desista
Isaías 55:1-13 - O CONVITE PARA COMPRAR SEM DINHEIRO...
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
2. O plano de Deus para o seu
servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos
de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a
estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão
da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3
– já vista; c. O salmo de confiança
do servo – 50:4 – 11 – já vista; d.
Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado
– 52:13 – 53:12 – já vista; g.
Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17 – já
vimos; h. O convite para ir – 55:1-13 –
veremos agora.
h. O convite para ir – 55:1-13.
Como no Salmo 23:1 está escrito que o
Senhor é meu pastor e ele não me faltará, isto é, ele será a minha bênção que
não me faltará (e não que porque ele é o meu Deus nada me faltará), à luz das
promessas reafirmadas anteriormente, Isaías relata que Deus estava chamando o
ser povo a encontrar a bênção nele.
Deus é a bênção do povo de Deus e nele
todas as coisas são benditas. Não são as coisas que importam, mas Deus que
torna as coisas importantes nele. Quem busca as coisas e não ele, logo o
imagina como um daqueles deuses das nações e não como o Senhor Deus, criador de
tudo e de todos.
A oferta gratuita do evangelho estende-se –
vs. 1 - a todos os que ouvem a palavra de salvação. A todos os que têm sede e
mesmo a todos os que não têm nem dinheiro para comprá-las. Ao necessitado, que
tem sede e fome do que o dinheiro não pode comprar (Dt 8:3; SI 42:2; 63:1; Pv 9:5-6;
Mt 5:6; Jo 4:10-11; 7:37-38; Ap 21:6; 22:17).
Isaías usa várias vezes a imagem da água
quando fala da era da salvação e do reino, bem como das bênçãos divinas após o
exílio. As águas aqui estão mais no sentido de fontes, no caso fontes de vida
para quem se encontra à morte.
A água tanto serve para aliviar a sede,
como para lubrificar nossas juntas e medulas. Ela também pode ter diversas
funções conforme a sua temperatura. Pode ser refrescante, quente, fria, morna,
é totalmente maleável e resiliente. Como não vivemos sem nosso precioso ar,
também não vivemos sem água. Três dias sem ela e as consequências poderão ser
fatais.
Comprar sem dinheiro é mesmo um paradoxo
que explica que a salvação é um dom gratuito para aqueles que a desejam (52:3;
Dt 8:3; Rm 6:23). Ai de nós se tivéssemos que pagar por ela, estaríamos todos
ainda perdidos. Já o vinho e leite, são símbolos de satisfação plena.
Quem nos convida nos conhece e sabe o que
andamos fazendo. Nosso dinheiro não pode ser empregado em qualquer coisa que
não satisfaz. Se trabalhamos, em primeiro lugar visamos nosso sustento e
satisfação. Onde encontrá-lo? Ele nos pede para ouvi-lo que ele tem o que é bom
para nos deleitarmos com o melhor dele – vs. 2.
Na aliança davídica, Deus prometeu a Davi
uma descendência, o trono e o reino eternos (II Sm 7:12-16; I Re 8:23-26; Sl 89:27-37;
Jr 31:21-22; cf: Gn 9:16; 17:7,13,19; Nm 18:19). A casa de Davi governaria
sobre as nações (cf. Zc 9:10). Essas promessas são cumpridas em Cristo (4:2; 7:14;
9:6; 11:1-3).
As promessas da aliança davídica são agora
estendidas a todos aqueles que "vão" – na verdade, ninguém vai a
Deus, antes Deus os atrai por sua graça - a Deus por meio de Cristo (At 13:34).
Especialmente ao ressuscitar Jesus Cristo,
da casa de Davi, de entre os mortos (43:10,12; 44:8; At 13:34), o Senhor o deu
como testemunha aos povos e como príncipe e governador de todos eles – 42:6; 59:6;
Dn 9:25; Hb 2:10; 12:2.
Nações que não o conheceram serão chamadas
e correrão ao seu encontro por amor do Senhor Deus, do Santo de Israel por causa
de sua obra na qual glorificou o seu filho em sua missão.
Assim, ele exorta a que o busquemos
enquanto ainda o podemos achar e que o invoquemos enquanto ainda está perto
para salvar, pois os tempos mudarão e já não haverá mais salvação e sim juízo.
O tempo da salvação é agora. Hoje ainda
vivemos o dia oportuno que pode mudar a vida e a história de qualquer um. Basta
que nos inclinemos, venhamos a ele, ouçamos sua mensagem e nossa alma viverá – vs.
3 – por causa de sua aliança para conosco na qual fará um pacto eterno,
conforme prometido a Davi.
Não vamos nos importar com os que querem
viver longe do Senhor, por isso que somos exortados a deixar o ímpio em sua
impiedade e o maligno com seus maus pensamentos. É como também podemos ver nos
conselhos de João no apocalipse para deixarmos cada um em seu caminho, mas nós
nos voltaremos ainda mais ao Senhor porquanto o dia se aproxima muito
velozmente – Ap 22:11.
Deus exige fé viva, o que inclui atos de
arrependimento. Apesar da exigência de arrependimento, a salvação é totalmente
um ato de misericórdia divina, à parte de qualquer mérito humano.
Dos versos de 8 a 11, Deus explica pelo
profeta que os seus caminhos e os seus pensamentos estão muito acima dos
humanos. Embora tenhamos sido criados à sua imagem e à sua semelhança, somos
apenas capazes de termos noções vagas e imprecisas de entendimento das coisas
celestes.
A sua palavra é explicada em termos de
agricultura envolvendo a terra, a chuva, as sementes e as estações próprias de
plantio e colheita.
Do mesmo modo, sua palavra entra em nossos
corações que são os terrenos preparados para recepcioná-las e cumprirem aquilo
pelo qual foram designadas.
Elas não somente não voltarão atrás, como
também cumprirão o que apraz ao Criador.
Seria com alegria que haveriam de sair da
Babilônia e levando presentes como foi quando saíram do Egito. Embora o êxodo
da Babilônia deu início à restauração do povo de Deus, o cumprimento da
libertação do exílio é somente realizado em Cristo (48:20-21; 52:11-12).
vinde
às águas,
e
os que não tendes dinheiro,
vinde,
comprai, e comei; sim,
vinde
e comprai, sem dinheiro e sem preço,
vinho
e leite.
Is
55:2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão!
e o produto do vosso trabalho
naquilo
que
não pode satisfazer?
ouvi-me
atentamente, e comei o que é bom,
e
deleitai-vos com a gordura.
Is
55:3 Inclinai os vossos ouvidos,
e
vinde a mim;
ouvi,
e
a vossa alma viverá;
porque
convosco farei um pacto perpétuo,
dando-vos
as firmes beneficências
prometidas
a Davi.
Is
55:4 Eis que eu o dei como testemunha aos povos,
como
príncipe e governador dos povos.
Is
55:5 Eis que chamarás a uma nação que não conheces,
e
uma nação que nunca te conheceu a ti correrá,
por
amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel;
porque
ele te glorificou.
Is
55:6 Buscai ao Senhor enquanto se pode achar,
invocai-o
enquanto está perto.
Is
55:7 Deixe o ímpio o seu caminho,
e
o homem maligno os seus pensamentos;
volte-se
ao Senhor, que se compadecerá dele;
e
para o nosso Deus,
porque
é generoso em perdoar.
Is
55:8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem
os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
Is
55:9 Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra,
assim
são os meus caminhos mais altos
do
que os vossos caminhos,
e
os meus pensamentos mais altos
do
que os vossos pensamentos.
Is
55:10 Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus
e
para lá não tornam, mas regam a terra,
e
a fazem produzir e brotar,
para
que dê semente ao semeador, e pão ao que come,
Is
55:11 assim será a palavra que sair da minha boca:
ela
não voltará para mim vazia,
antes
fará o que me apraz,
e
prosperará naquilo para que a enviei.
Is
55:12 Pois com alegria saireis,
e
em paz sereis guiados;
os
montes e os outeiros romperão em cânticos
diante
de vós,
e
todas as árvores de campo baterão palmas.
Is
55:13 Em lugar do espinheiro crescerá a faia,
e
em lugar da sarça crescerá a murta;
o
que será para o Senhor por nome,
por
sinal eterno,
que
nunca se apagará.
A alegria da criação diante dos atos
redentores de Deus (44.23; 49.13; SI 96.11-13) parece manifestar-se nos montes
e nos outeiros e em todas as árvores que se curvariam e bateriam palmas com
seus galhos, folhas e frutos.
Até no lugar do espinheiro, cresceria a
faia e no lugar da sarça, a murta. Essa forma de linguagem é uma ilustração da
substituição do julgamento pela salvação (5:6; 32:13; 41:19).
Na verdade, na verdade, são duas expressões
da natureza: alegria diante da salvação dos homens e pesar diante da condenação
dos outros homens, os quais a Bíblia chama de filhos do diabo.
Quando a restauração for completada na
volta de Cristo em glória, entre as bênçãos concedidas ao povo de Deus estará a
da renovação permanente da natureza nos novos céus e na nova terra (Ap 21:1).
Compare com o arco-íris (Gn 9:8-17).
...
3 comentários:
Ótimo estudo, vale mto p eu aprender mais um pouco a Palavra de Deus !
Ótimo estudo, vale mto p eu aprender mais um pouco a Palavra de Deus !
Vale. Otimo ensino
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.