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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Isaías 36:1-22 - UMA GRANDE AMEAÇA, UMA GRANDE TENTAÇÃO - O QUE FAZER?

Estamos no capítulo 36/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá. Veja nosso mapinha de nossas reflexões:
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
b. A invasão e seus desdobramentos (36.1-39.8).
Estaremos vendo, nesses capítulos de ligação, o relato da invasão de Senaqueribe pela ótica de Isaías. Esses capítulos apresentam um relato da invasão de Judá promovida por Senaqueribe em 601 a.C.
Grande parte do material presente aqui, conforme nossa BEG, é paralelo a II Re 18:13 a 20:19 e essas duas passagens formam uma ponte histórica entre os blocos compostos pelos caps. 1 a 35, aos quais acabamos de ver, e do bloco do capítulo 40 ao 66, qua ainda veremos. Ligando esses dois blocos temos essa invasão de Senaqueribe que ocupa os capítulos de 36 ao 39.
A presente seção será dividida em três partes para nossa melhor compreensão: (1) O primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8). (2) O segundo encontro (37:9 - 38) e (3) O resultado da escolha fatal de Ezequias (38:1 a 39:8).
(1) O primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8).
A partir do verso primeiro deste capítulo, até o final do próximo – 36:1 ao 37:8 -, estaremos vendo como foi esse primeiro encontro.
Também dividiremos esta parte em 4 para melhor compreensão do assunto dessa invasão interessante e do desfecho que Deus proveu por pura graça ao povo de Jerusalém.
O profeta descreve o primeiro estágio da crise provocada pela invasão da Assíria registrando: (a) O sucesso assírio (36:1-3); (b) O desafio do comandante de campo (36:4-20);  (c) As reações ao desafio (36:21 ao 37:7);  e (d) A partida do exército assírio (37:8).
(a) O sucesso assírio (36:1-3).
Os assírios foram vitoriosos nessa campanha militar, especialmente conquistado a maior parte de Judá, depois disso, passaram a ameaçar, como se era de esperar, a própria Jerusalém.
Foi no ano décimo quarto, 701 a.C.,  do reinado independente de Ezequias, que Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra todas as cidades foritificadas de Judá e as tomou – vs. 1. O décimo quarto ano pode ser considerado, se levarmos em conta que Ezequias governou de forma independente, pois ele tinha sido corregente juntamente com seu pai, Acaz (729-715 a.C.), e, depois ele governou sozinho (715-686 a.C.).
Senaqueribe foi rei da Assíria (705-681 a.C.). É fato histórico que ele tomou as cidades fortificadas registrando quarenta e seis delas em seus anais (II Re 18:14).
No verso 2, Isaías nos fala que ele enviou a Rabsaqué, seu conselheiro real, de Laquis – Uma cidade fortificada em Sefelá, na planície ocidental, que guardava uma importante estrada que levava às montanhas ao sul de Jerusalém (cf. Jr 34:7).- até Jerusalém. De acordo com II Re 18:17, o rei também enviou Tartã ("general", cf. Is 20:1) e Rabe-Saris ("oficial principal"), juntamente com um grande exército de mais de cento e oitenta e cinco mil soldados (veja 3736).
Rabsaqué foi e parou junto ao aqueduto do açude superior, o mesmo lugar em que anteriormente Isaías tinha encontrado Acaz (7:3).
Quem saiu a mando do rei a encontrá-lo – vs. 3 - foi Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, juntamente com Joá, filho de Asafe, o cronista, um importante funcionário público.
Israel já não mais existia e Judá tinha sido toda conquistada, Jerusalém parecia mais como um simples  formigueiro diante do grande enxame de tamanduás.
(b) O desafio do comandante de campo (36:4-20). 
Dos versos de 4 ao 20, veremos o grande desafio de Rabsaqué, o comandante de campo. O comandante do exército assírio faz pronunciamentos aos líderes e ao povo de Jerusalém numa tentativa de persuadi-los a se renderem.
Isto nos lembra também outro grande desafiador de Israel à época, Golias, que por 40 dias perturbou os exércitos de Israel levando pânico e terror, até que Deus levantou um simples jovem, Davi, cuidador de ovelhas para o abater.
Ai dos que se levantam contra Deus achando que pelo seu poder e força podem fazer o que quiser.
Rabsaqué dá iníco ao seu discurso intimidador falando em nome do sumo ou grande rei – vs. 4:  -  Que confiança é esta, em que esperas? Diante de quem Jerusalém, afinal seria fiel? A outras nações?
À Assíria que os pressionava contantemente e os deixava sem saída ou escolha, como era o presente caso deste cerco com mais de 185.000 homens armados e prontos para guerra?
A Deus, o Senhor, cujo seu profeta Isaías estva entregando sua palavra para Ezequias?
O desafio de determinar a quem seria dada lealdade - à Assíria, a outros poderes ou ao Senhor - é a mensagem central nessa porção do livro de Isaías.
Lembramos que Ezequias havia confiado no apoio do Egito (20:1-6; 28:1-33:24; 30:26-7,13,15; 31:1,3; 32:2) mas, como Isaías dissera por meio de revelação, o Egito, também debaixo de julgamento divino, jamais poderia livrar Judá (19:1-15: 30:3,7; 31:3).
Ezequias havia feito uma pequena reforma e retirado muitos locais pagãos e idólatras de Judá (II Re 18:4; II Cr 31:1), sem dúvida para desalento e ira de seus muios habitantes que haviam misturado sua fé com outras religiões.
Assim é o que acontece nos dias atuais onde a liberdade religiosa permitiu a expansão cada vez maior de seitas e heresias que somente levam o homem mais para o fundo do poço do que verdadeiramente o salvar. Pior ainda do que essa liberdade, seria a tirania de governos que proíbem qualquer outra religião de ser disseminada em seus condões.
Os assírios presumiram que essa ação também havia irritado o Senhor porque muitos dos altares sincréticos eram feitos em seu nome.
Ezequias havia retirado os outros altares porque Deus havia ordenado que a adoração fosse feita exclusivamente no templo que Salomão havia construído.
Os assírios dispunham de forças sofisticadas e superiores contra Judá. A lógica e a estratégia da Assíria se opunham à sabedoria de Deus. Rabsaqué até zomba de Ezequias prometendo a ele dar-lhe doiz mil cavalos para ele montar neles 2000 soldados, mas teria Ezequias soldados suficientes para isso? Como poderiam então querer enfrentar o exército deles? Não fazia sentido naquela mente essa lógica.
Depois disso, Rabsaqué, no verso 10, faz um apelo ao povo religioso de Judá, alegando que ele tinha subido contra eles com a ajuda do Senhor e como poderiam eles agoar querer enfrentá-los?
Nesse momento, os enviados do rei Ezequias, lhe pedem encarecidamente que não falassem em aramaico, a qual era a língua internacional para a diplomacia e o comércio, mas em siríaco que eles entenderiam muito bem.
Rabsaqué então zoa deles e diz que seu discurso não é para uns poucos mas para todo o povo a fim mesmo de amedrontá-los. Com mais ousadia então ele fala em judaico e se refere ao seu rei como o grande rei. Em contraste com a ênfase colocada na realeza de Senaqueribe, Ezequias é citado sem qualquer título.
Ele procura mesmo desqualificar o rei Ezequias dizendo ao povo que não confiassem nele porque ele não poderia livrá-los. Ele pede a eles para fazerem as pazes com a Assíria – vs. 16. Literalmente "fazer uma bênção". A qual se tratava de um apelo à renovação da aliança com a Assíria.
Os assírios projetavam uma vida ideal e feliz, se eles o obedecessem. Aqui a pressão psicológica era muito forte e suas palavras poderiam desastibilizar toda a Jerusalém que estava toda acoada. No entanto, somente o Senhor estava em posição de cumprir o que eles estavam prometendo.
Os assírios haviam desenvolvido o plano de ação de retirar os povos rebeldes de sua terra natal (cf. II Re 15:29) e quase que imitando o Senhor queria Jerusalém como sua obediente e serva fiel.
Insistia Rabsaqué contra Ezequias e contra toda pregação da palavra de Deus anunciando livramento da parte do Senhor – vs. 18 ao 20. O comandante de campo estava desinformado sobre os elos históricos e religiosos entre Samaria e Jerusalém.
Is 36:1 E aconteceu no ano décimo quarto do rei Ezequias,
               que Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra todas as cidades
                              fortificadas de Judá, e as tomou.
               Is 36:2 Então o rei da Assíria enviou a Rabsaqué, de Laquis
                              a Jerusalém, ao rei Ezequias com um grande exército,
                                            e ele parou junto ao aqueduto do açude superior,
                                                           junto ao caminho do campo do lavandeiro.
               Is 36:3 Então sairam a ter com ele Eliaquim, filho de Hilquias,
                              o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe,
                                            o cronista.
               Is 36:4 E Rabsaqué lhes disse:
                              Ora dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria:
                                            Que confiança é esta, em que esperas?
                              Is 36:5 Bem posso eu dizer:
                                            Teu conselho e poder para a guerra são apenas
                                                           vãs palavras; em quem, pois, agora confias,
                                                                          que contra mim te rebelas?
                              Is 36:6 Eis que confias no Egito, aquele bordão de cana
                                            quebrada, o qual, se alguém se apoiar nele lhe
                                            entrará pela mão, e a furará; assim é Faraó,
                                            rei do Egito, para com todos os que nele confiam.
                              Is 36:7 Porém se me disseres:
                                            No SENHOR, nosso Deus, confiamos; porventura
                                            não é este aquele cujos altos e altares Ezequias
                                                           tirou, e disse a Judá e a Jerusalém:
                                                                          Perante este altar adorareis?
                              Is 36:8 Ora, pois, empenha-te com meu senhor,
                                            o rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos,
                                                           se tu puderes dar cavaleiros para eles.
                              Is 36:9 Como, pois, poderás repelir a um só capitão
                                            dos menores servos do meu senhor,
                                                           quando confias no Egito, por causa dos
                                                                          carros e cavaleiros?
                              Is 36:10 Agora, pois, subi eu sem o SENHOR
                                            contra esta terra, para destruí-la?
                                                           O SENHOR mesmo me disse:
                                                                          Sobe contra esta terra, e destrói-a.
               Is 36:11 Então disseram Eliaquim, Sebna e Joá a Rabsaqué:
                              Pedimos-te que fales aos teus servos em siríaco,
                                            porque bem o entendemos, e não nos fales
                                                           em judaico, aos ouvidos do povo que está
                                                                          sobre o muro.
               Is 36:12 Rabsaqué, porém, disse:
                              Porventura mandou-me o meu senhor ao teu senhor e a ti,
                                            para dizer estas palavras e não antes aos homens
                                            que estão assentados sobre o muro, para que comam
                                            convosco o seu esterco, e bebam a sua urina?
               Is 36:13 Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz
                              em judaico, e disse:
                                            Ouvi as palavras do grande rei, do rei da Assíria.
               Is 36:14 Assim diz o rei:
                              Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar.
               Is 36:15 Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no SENHOR,
                              dizendo: Infalivelmente nos livrará o SENHOR,
                                            e esta cidade não será entregue
                                                           nas mãos do rei da Assíria.
               Is 36:16 Não deis ouvidos a Ezequias;
                              porque assim diz o rei da Assíria:
                                            Aliai-vos comigo, e saí a mim, e coma cada um da
                                            sua vide, e da sua figueira, e beba cada um da água
                                                           da sua cisterna;
               Is 36:17 Até que eu venha, e vos leve para uma terra como a vossa;
                              terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas.
               Is 36:18 Não vos engane Ezequias, dizendo:
                              O SENHOR nos livrará. Porventura os deuses das nações
                                            livraram cada um a sua terra das mãos
                                                           do rei da Assíria?
               Is 36:19 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade?
               Onde estão os deuses de Sefarvaim?
                              Porventura livraram a Samaria da minha mão?
                              Is 36:20 Quais dentre todos os deuses destes países livraram
                                            a sua terra das minhas mãos, para que o SENHOR
                                                           livrasse a Jerusalém das minhas mãos?
               Is 36:21 Eles, porém, se calaram, e não lhe responderam
                              palavra alguma; porque havia mandado do rei, dizendo:
                                            Não lhe respondereis.
               Is 36:22 Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna,
                              o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista,
                                            vieram a Ezequias, com as vestes rasgadas,
                                            e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.
O que acontece em seguida é algo incrível. Todos ouviram e foram desafiados com uma super proposta tentadora de se aliar ao mais forte e poderoso, pelo menos ali, nas aparências. No entanto, se calaram, não lhes responderam nada, nenhuma palavra disseram, como tinha mandado o rei ao seu povo.
(c) As reações ao desafio (36:21 ao 37:7).
Foi feito um grande desafio ao povo de Jerusalém que se via totalmente acuado por todos os lados e cercado por um exército gigantesco que a qualquer momento poderiam destruir inteiramente a cidade santa.
Nesse momento de tensão, de expectativas, e de espera da resposta à Assíria, que Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram a Ezequias, com as vestes rasgadas, e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.
A orientação geral era para que não dissessem nada e se calassem, diante da tentadora oferta deles, por que o rei assim os tinha instruído. O profeta relata a resposta do povo e da corte real.
Tão terrível é quando estamos assim acuados por todos os lados e vemos que chegou o nosso fim, a não ser que algo inusitado aconteça.
Não foi assim que o povo de Deus se sentiu diante do mar vermelho, tendo na sua retaguarda o exército egípcio todo armado até os dentes e prontos para devorá-los? O Senhor fez o mar se abrir e eles passaram por ele a pés enxuto. Tentando fazerem o mesmo, os egípcios foram tragados vidos pelas poderosas águas do mar.

É de Deus que vem a saída diante dos impossíveis de nossas vidas e ali era algo que era impossível, mas Deus haveria de mostrar-lhes uma saída inusitada, espetacular e terrível.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.