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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Isaías 4:1-6 - A SALVAÇÃO POR MEIO DO DESCENDENTE DO SENHOR NAQUELE DIA

Estamos no livro de Isaías e já estamos no capítulo 4, na parte II. Nós nos encontramos aqui:
Parte II – A MENSAGEM DE JULGAMENTO E RESTAURAÇÃO PREGADA POR ISAÍAS – 1:2 a 6:13.
Como já falamos, esses capítulos – do 1 ao 6 - fornecem um resumo das profecias de Isaías. Ele proferiu palavras de julgamento contra Israel e Judá, mas também forneceu a esperança de restauração após o exílio.
Também já dividimos essa segunda parte em três blocos:
A.      Julgamento e restauração à retidão e à justiça (1:2-2.5) – com suas subdivisões: 1. Demanda contra a impiedade e a injustiça (1.2-31) – já vista. 2. A justiça e a retidão futuras de Sião (2.1-5) – já vista
B.      Julgamento e restauração naquele dia (2.6-4.6) – com suas subdivisões:  1. Orgulho e sincretismo naquele dia (2.6-22) – já vista. 2. Os lideres de Jerusalém naquele dia (3.1-15) – já vista. 3. As mulheres altivas naquele dia (3.16-4.1) – continuaremos a ver agora.4. O Renovo do Senhor naquele dia (4.2-6) – veremos agora.
C.      Julgamento que leva à restauração (5.1-6.13) – com suas subdivisões:  1. O cântico da vinha (5.1-7) 2. Os ais contra o povo de Deus (5.8-30) 3. A missão de Isaías de julgamento e restauração (6.1-13)
B. Julgamento e restauração naquele dia (2.6-4.6) – continuação.
Como já dissemos, essa porção do resumo da mensagem de Isaías consiste de oráculos reunidos pelo tema "naquele dia" (2.11,17,20; 3.7,18; 4.1-2), isto é, o "Dia do SENHOR" (13.6,9). Esse será um dia de julgamento severo (2.6-4.1), mas também trará imensuráveis bênçãos para o povo de Deus (4.2-6).
3. As mulheres altivas naquele dia (3.16-4.1) – continuação.
Nós tínhamos falado que toda temática por enquanto tem sido feita com relação ao “naquele dia” e aqui, a partir do vs. 3:16 até 4:1, estamos vendo as mulheres sendo citadas, numa geração de líderes e de homens corrompidos.
Dissemos também, finalizando o capítulo 3, que o Senhor traria terríveis desgraças a essas mulheres (vs. 3:24). No dia do Senhor, as mulheres seriam privadas de recursos e ficariam sujeitas a horrores. Até mesmo as portas de Jerusalém serão personificadas – chorarão e estarão de luto - como se juntando ao lamento pelo seu julgamento iminente (cf. 3:26; SI 24.7).
O verso primeiro do capítulo 4 fala do desespero delas, das mulheres, que sete delas lançarão mão de um só homem para se lhe retirar-lhes o opróbrio. A explicação para a raridade dos homens está no capítulo anterior no verso 25 – “os teus homens cairão à espada, e os teus valentes na guerra”.
Se os homens e os valentes cairão, quem ficará para que sete delas o procurem numa proporção assustadora?
4. O Renovo do Senhor naquele dia (4.2-6).
Dos versos de 2 a 6, vemos que Isaías procurou dar equilíbrio às suas duras palavras proféticas de julgamento pronunciadas no capítulo 2:6-4.1, com o modo como a salvação deveria vir ao povo de Deus num dia, no futuro, conhecido como dia do Senhor, por meio do Renovo, o grande filho de Davi.
Este renovo – o descendente - vem sendo acompanhado desde Gênesis até chegarmos a ele, o Cristo, no Novo Testamento. Conforme o evangelho de Lucas, são 77 gerações, que compreendem aproximadamente uns 4.000 anos de história humana.

É com a frase “Naquele dia” que se inicia o verso 2, que do 2 ao 6, irá falar do Renovo do Senhor:
Renovo é um título metafórico para o filho de Davi, o Messias, que promoveria a restauração do povo de Deus que voltaria do exílio (veja 11:1-5; 53:2).
De Zorobabel, inclusive, até Jesus Cristo, inclusive, são 21 gerações, desde o pós-exílio, passando pelos aproximadamente 400 anos proféticos, até se chegar em Cristo. Veja o quadro acima.
O Novo Testamento explica que Jesus é o filho de Davi que traz salvação eterna àqueles que têm fé nele (veja Jr 23:5; Zc 3:8; Jo 15:1-8).
Toda a Bíblia é cristocêntrica e o que vemos é a serpente perseguindo a semente da mulher em todas as gerações desde Abel e Caim até chegar-se em Cristo, quando os filhos de Raquel, em Ramá, morreram por ordem de Herodes que, sendo do diabo, perseguia o Messias: “Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem.” - Mt 2:18; Jr 31:15.
A glória de Deus é a mostra do seu brilho e maravilha em sua providência geral e redenção: O Messias seria a mostra inicial de sua glória (3:8; 4:5; 6:3, 11:10; 40:5; 42:8,12; 43:7; 48:11; 58:8; 59:19; 66:18,19) para os que seriam salvos, e fogo eterno de juízo para os demais.
O remanescente fiel sobreviveria ao exílio e voltaria para a Terra Prometida: Os que voltassem seriam consagrados a Deus, o Santo de Israel, que estabeleceria a sua santa morada entre o seu povo (57:15) na nova terra (11:9; 27:13; 65:25; 66:20):
- Os nomes daquele que entram nesse novo mundo estavam escritos no livro da vida e jamais seriam apagados (Ex 32:32-33; SI 69:28; Dn 12:1; MI 3:16; Ap 20:12):
O Senhor limpará as filhas de Sião e Jerusalém da culpa de sangue no meio dela com seu Espírito de justiça e com o seu Espírito purificador, ou, literalmente "que queima". Trata-se de uma metáfora do julgamento de Deus (1:31; 10:17; 30:27; 42:25) que consome o rebelde e purifica o fiel. O mesmo se dá com a pregação do evangelho que é para o eleito salvação, mas para o perdido, condenação, pois ele a rejeita sempre.
E quem são os eleitos e quem são os perdidos? A execução da justiça de Deus é prerrogativa dele que será justo e jamais se contraditará. O fato é que no final, quando tudo estiver consumado, teremos os salvos – eleitos – e os perdidos.
Quem foi salvo? – os salvos! Quem se perdeu? – os perdidos! O salvo se perdeu? – não! O perdido se salvou – não! Deus executou justiça na terra e seu nome foi glorificado? Com certeza!
Daí, se haverá perdidos, onde eles se encontram agora mesmo? Ora, vivendo entre nós, como na parábola do joio e do trigo, sendo os perdidos o joio.
Quais foram as expectativas de João Batista com relação ao Espírito Santo no batismo de Jesus? Muitas, como se vê nos evangelhos.
Por exemplo, em Lc 3:16,17, ele, João, disse, em Lucas que na verdade ele estava batizando com água, mas que ali, estava aquele que era mais poderoso do que ele, do qual não seria digno de desatar a correia das suas alparcas. Sobre ele, João ainda disse: esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. E ainda mais: ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
A redenção futura é uma recriação na qual todas as coisas no céu e na terra (40:26; 42:5; 45:12,18; 57:16) serão renovadas:
O processo de redenção recriativa – ver BEG - teve início com a restauração do exílio, mas chega aos estágios finais na obra de Cristo (Jo 1:1-3; 2Co 4:6; 5:17) - especialmente nos novos céus e na nova terra nos quais todos os redimidos um dia se juntarão à nova Jerusalém (Ap 3:12; 21:1-3):
A nuvem e o fogo aqui lembrados são símbolos da presença protetora de Deus para os seus eleitos, como no mar Vermelho (Êx 13:20-22), no tabernáculo (Êx 40:34-38) e no deserto (Nm 9:15-23). Aqui ela simboliza a cobertura protetora de Deus sobre o monte Sião restaurado e santificado - 2:2.
Já, o fogo, vs. 4, pode ser usado como uma expressão do julgamento de Deus (1:7,31; 5:24; 26:11; 33:11,14; 47:14; 64:2; 65:5; 66:15-16,24) em contraste com o símbolo de sua bendita presença (v: 5; 43 2; cf: Êx 24:17; Dt 4:24; 9:3; 2Sm 22:9; SI 18:8; Hb 12:29), como também, pode significar proteção, calor e conforto diante das trevas e do frio da noite.
Is 4:1 E sete mulheres
                naquele dia
                              lançarão mão de um homem, dizendo:
                                            Nós comeremos do nosso pão,
                                                           e nos vestiremos do que é nosso;
                                            tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome;
                                                           tira o nosso opróbrio.
               Is 4:2 Naquele dia
                              o renovo do SENHOR será cheio de beleza e de glória;
                                            e o fruto da terra excelente e formoso
                                                           para os que escaparem de Israel.
               Is 4:3 E será que aquele que for deixado em Sião,
                              e ficar em Jerusalém, será chamado santo;
                                            todo aquele que estiver inscrito
                                                           entre os viventes em Jerusalém;
               Is 4:4 Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião,
                              e limpar o sangue de Jerusalém, do meio dela,
                                            com o espírito de justiça, e com o espírito de ardor.
               Is 4:5 E criará o SENHOR sobre todo o lugar do monte de Sião,
                              e sobre as suas assembleias,
                                            uma nuvem de dia e uma fumaça,
                                            e um resplendor de fogo flamejante de noite;
                                                           porque sobre toda a glória haverá proteção.
               Is 4:6 E haverá um tabernáculo
                              para sombra contra o calor do dia;
                              e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e a chuva.
Em Cristo Jesus, essa nuvem de dia e fumaça e resplendor de fogo chamejante de noite se cumprem na sua pessoa, por meio do Santo Espírito Santo que ele nos concedeu até a sua volta.
Em contraste com as fraudes humanas (28:15,17), o Senhor já providencia, por meio do Espírito de Deus, para todo o seu povo proteção duradoura contra todo perigo, quer seja de dia, quer seja de noite.

Cristo não nos trouxe proteção parcial, mas completa se bem que vivemos a fase do “ainda não” e andamos por fé e não por vista, durante o “já”. A segurança, que já é completa em nós por Cristo, atingirá a plenitude – não mais dependerá da fé - quando Cristo voltar em glória (25:4; cf: SI 14:6; 46:1; 62:7, 94 22).  Ele é o esconderijo e a proteção permanente, em contraste com qualquer abrigo temporário que possa existir (1:8; cf: SI 31:20).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdetehttp://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.