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domingo, 21 de dezembro de 2014

Isaías 24:1-23 - A TERRA PRANTEIA E SE MURCHA; O MUNDO ENFRAQUECE E SE MURCHA;

Estamos no capítulo 23/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
2. O objetivo do levante internacional – 24:1 ao 27:13
Estamos chegando ao final dessa parte III que fala da resposta de Isaías ao julgamento assírio, cujo objetivo principal seria chegar-se a uma elaborada descrição do julgamento que viria sobre Judá, Israel e sobre algumas nações, quando o povo de Deus seria então restaurado após o exílio.
Os capítulos 24 ao 27 fornecem um retrato em larga escala de como Deus vai lidar com o mundo atribulado no qual vive o seu povo.
Essa parte de nossa divisão, seguindo a proposta da BEG, é frequentemente chamado de "Pequeno Apocalipse" de Isaías porque descreve o futuro em termos universais e cósmicos, em vez de usar termos históricos e políticos. Isaías também é chamado de a pequena Bíblia pois tem 66 capítulos e nele podemos ainda dividi-los em duas partes como se fosse o AT e o NT.
Não há nenhuma nação que seja melhor do que qualquer outra, nem delas qualquer uma que seja privilegiada independentemente de sua conduta. Toda nação que se comportar e seguir as leis e os mandamentos de Deus será abençoada independentemente de qualquer coisa. No entanto, nenhuma nação obedecerá por causa da questão do pecado de Adão.
Por isso que o Dia do Senhor trará um julgamento devastador sobre todas as nações que se opõem a Deus e ao seu povo, e concederá um novo mundo ao povo de Deus fiel espalhado pelas nações, salientamos, por pura graça e misericórdia divina.
Esses capítulos resumem e combinam as descrições dos capítulos anteriores num retrato de grande significado cósmico do amplo julgamento assírio (13:1 - 23:18).
O fim do mal é esperado por todos os filhos de Deus que não o suportam e dirigem suas orações a Deus que pode todas as coisas. Saber que o mal terá um fim é um grande alívio!
Tudo aqui se resume nos propósitos de Deus que até no sofrimento ou no seu juízo, como aqui se utilizando de uma nação ímpia para castigar o seu povo, tem os seus objetivos maiores.
Quando tudo for restaurado, haverá também mudanças físicas globais, mas esse destino do cosmos será somente plenamente cumprido por Cristo quando ele retornar em glória.
Dividiremos essa subparte “2” em quatro:
a.         O profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do povo de Deus (24.1-23).
b.        O profeta oferece o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua fidelidade (25.1-8).
c.         O profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8).
d.       O profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13).
a. O profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do povo de Deus (24.1-23).
O profeta anuncia a futura e derradeira esperança para o povo de Deus ao resumir os retratos do julgamento encontrados nos capítulos anteriores (13:1 – 23:18). Apesar de seus sofrimentos atuais nas mãos de nações malignas, o futuro seria maravilhoso para Israel e Judá.
Esse material se divide em quatro seções:
(1)   O julgamento amplo (vs. 1-13).
(2)   A tensão entre a alegria do futuro e a dor do presente (vs. 14-16).
(3)   A resolução do julgamento futuro (vs. 17-20).
(4)   O estabelecimento do reino de Deus (vs. 21-23).
(1) O julgamento amplo (vs. 1-13).
O profeta descreve primeiramente o amplo alcance do julgamento de Deus.
Esvaziar a terra e a desolar, transtorná-la e dispersar os seus moradores, saqueá-la e a fazer prantear e até murchar e se enfraquecer são linguagens usadas pelo profeta. Com frequência, os profetas usavam essa linguagem do levante cósmico para descrever o significado dramático de um acontecimento histórico como o ataque de um exército como instrumento da ira de Deus (2:10,19,21; 5:25; 13:10; 14:18).  
Na verdade, na verdade, a própria natureza geme e a terra dá sinais de que está no seu limite ao suportar o mal e homem nela que não teme ao Senhor.
Isaías declara aqui que Deus lidaria com a rebelião do seu povo e com as nações ao redor dele. Essa descrição espetacular do julgamento divino foi cumprida nas campanhas militares da Assíria nos dias do Antigo Testamento, mas também aponta para a maneira como Deus vai finalmente julgar a impiedade e redimir o seu povo em Cristo.
No verso 2, tudo se sucederá a todos, independentemente de suas classes sociais. Elas não farão qualquer diferença e Deus julgará a todos sem exceção.
A natureza sofrerá como numa seca (vs 4; 1:30-31; 15:6; 34:4) mostrando que a ira de Deus tem o propósito de humilhar o provocador e o orgulhoso.
O julgamento de Deus é ocasionado pela corrupção humana de sua criação e a rebelião contra as ordenanças de sua criação. Todas as nações são responsáveis perante Deus pelo menos por meio de sua aliança com Noé (Gn 9:1-17), mas todas violaram flagrantemente os termos dessa aliança e, portanto, merecem o julgamento divino.
A maldição, por isso, tem consumido a terra e todos os que nela habitam. A rebelião humana trará julgamento internacional (13:9) fazendo com que poucos homens nela restem. Isso é o que nos indica a palavra hebraica também traduzida como "restante" ou "remanescente" (veja 1:9; 7:3; 10:20-21).
O profeta explica que haverá tristeza em vez de sorriso (vs. 8-11; 22:2,13). Os músicos pararão no meio de sua festividade (cf. 5:12). A cidade literalmente será a "cidade do caos" ( "sem forma" em Gn 1:2). As grandes cidades da civilização humana serão lançadas num pandemônio. As casas que normalmente são lugares de segurança particular e prazer na vida (3:7; 5:9; 6:11; 13:16,21; 31:2; 32:13) estarão fechadas e vazias. As ruas que são os lugares públicos nas cidades (5:25; 10:6; 15:3; 33:7; 42:2) estarão desertas. Nem o vinho, símbolo do prazer e do folguedo, haverá.  E tem mais ainda, pois o julgamento de Deus não ficará limitado a Judá e Israel, mas será espalhado.
É a sacudidura da oliveira – vs 13 – que deixa somente os rabiscos quando está acabada a vindima. Somente os remanescentes, por amor e misericórdia e graça do Senhor, ainda permanecerão.
(2) A tensão entre a alegria do futuro e a dor do presente (vs. 14-16).
O profeta descreve a alegria futura do povo redimido de Deus, como fez nos capítulos anteriores (14:1-21, 18:7; 19:19-25), mas reconhece que essa alegria não era uma realidade naquele momento.
O novo cântico do vs 14 é uma resposta ao ato de salvação de Deus (12:1-6; 35:6; 42:10-13; 44:23; 45:8; 49:13; 52:8-9; 54:1; 61:7; 65:14). Eles cantam a grandeza do Senhor, que é superior ao orgulho dos seres humanos.
As nações também se ajuntarão, com o profeta para ouvir cantarem glória ao Justo dos confins da terra, concedendo a Deus o reconhecimento que lhe é devido como o guerreiro divino (25:3; 43:20; Sl 22:23; Ap 4:8 – 5:13). 
Enquanto ansiava pela salvação de Deus, Isaías sentia-se apreensivo porque ele também observava a crescente corrupção ao seu redor. Ao olhar para o mundo de sua época, Isaías observa que a falsidade e o engano estavam em todo lugar. A alegria ainda não podia ser achada.
O pérfido continua a tratar perfidamente, sim o pérfido continua a agir perfidamente – vs 16. Repetidamente, ele proclama com dupla proclamação mostrando a teimosia dos corações resistentes às ministrações proféticas.
(3) A resolução do julgamento futuro (vs. 17-20).
Por causa dessa dureza dos corações pérfidos, a resolução do ai de Isaías sobre as condições de momento (vs. 16 “Emagreço, emagreço, ai de mim!”) será a dramática intervenção do julgamento de Deus contra todas as nações.
Temor ou terror, cova e laço estarão sendo destinados aos moradores da terra, de modo que não haverá salvação, uma vez que escapando de um, cairá em outro. A imagem de um terremoto, fenômeno terrível e natural que abala as estruturas da própria terra e de nossas habitações, é explanada nos vs 19-20 em conexão com o julgamento de Deus (Sl 18:7,15; 6:4; 13:13).
No verso 20, temos duas imagens da percepção humana de culpa – o ébrio e a rede ou a choça de noite -  quando confrontada com o dramático julgamento que Deus estava prestes a fazer.
(4) O estabelecimento do reino de Deus (vs. 21-23).
Que maravilhoso não será esse dia em que o Senhor finalmente estabelecer de fato o seu reino sobre a terra e os céus. Na verdade, ele já estabeleceu e reina absoluto, no entanto, vivemos o “ainda não” e o ”já”.
O profeta completa a descrição do julgamento de Deus sobre todo o mundo como o meio pelo qual Deus estabeleceria o seu reino glorioso. Foi em Jesus que isso aconteceu e ele agora tem todo o poder tanto nos céus como na terra. O pleroma de Deus está nele, a plenitude da divindade habita corporalmente nele.
Todas as hostes de Satanás, assim como os pervertidos poderes humanos (Ef 6:11-12) estão destinados à punição e serão tirados da presença de Deus (II Pe 2:4; Ap 9:2,11; 11:7;17:8) para sempre e sempre.
Is 24:1 Eis que o SENHOR
                esvazia a terra, e a desola, e transtorna a sua superfície,
                               e dispersa os seus moradores.
                Is 24:2 E o que suceder ao povo, assim sucederá ao sacerdote;
                               ao servo, como ao seu senhor; à serva, como à sua senhora;
                               ao comprador, como ao vendedor; ao que empresta,
                                               como ao que toma emprestado;
                               ao que dá usura, como ao que paga usura.
                Is 24:3 De todo se esvaziará a terra, e de todo será saqueada,
                               porque o SENHOR pronunciou esta palavra.
                Is 24:4 A terra pranteia e se murcha;
                               o mundo enfraquece e se murcha;
                                               enfraquecem os mais altos do povo da terra.
                Is 24:5 Na verdade a terra está contaminada
                               por causa dos seus moradores;
                                               porquanto têm transgredido as leis,
                                               mudado os estatutos,
                                               e quebrado a aliança eterna.
                Is 24:6 Por isso a maldição tem consumido a terra;
                               e os que habitam nela são desolados;
                por isso são queimados os moradores da terra,
                               e poucos homens restam.
                Is 24:7 Pranteia o mosto, enfraquece a vide;
                               e suspiram todos os alegres de coração.
                Is 24:8 Cessa o folguedo dos tamboris, acaba o ruído dos que exultam,                             
                              e cessa a alegria da harpa.
                Is 24:9 Com canções não beberão vinho;
                               a bebida forte será amarga para os que a beberem.
                Is 24:10 Demolida está a cidade vazia, todas as casas fecharam,
                               ninguém pode entrar.
                Is 24:11 Há lastimoso clamor nas ruas por falta do vinho;
                               toda a alegria se escureceu, desterrou-se o gozo da terra.
                Is 24:12 Na cidade só ficou a desolação,
                               a porta ficou reduzida a ruínas.
                Is 24:13 Porque assim será no interior da terra,
                               e no meio destes povos, como a sacudidura da oliveira,
                                               e como os rabiscos, quando está acabada a vindima.
                Is 24:14 Estes alçarão a sua voz, e cantarão com alegria;
                               e por causa da glória do SENHOR exultarão desde o mar.
                Is 24:15 Por isso glorificai ao SENHOR no oriente,
                               e nas ilhas do mar, ao nome do SENHOR Deus de Israel.
                Is 24:16 Dos confins da terra ouvimos cantar:
                               Glória ao justo.
                Mas eu disse:
                               Emagreço, emagreço, ai de mim!
                               Os pérfidos têm tratado perfidamente; sim, os pérfidos
                                               têm tratado perfidamente.
                Is 24:17 O temor, e a cova, e o laço vêm sobre ti,
                               ó morador da terra.
                Is 24:18 E será que aquele que fugir da voz de temor cairá na cova,
                               e o que subir da cova o laço o prenderá;
                                               porque as janelas do alto estão abertas,
                                                               e os fundamentos da terra tremem.
                Is 24:19 De todo está quebrantada a terra,
                de todo está rompida a terra,
                e de todo é movida a terra.
                Is 24:20 De todo cambaleará a terra como o ébrio,
                               e será movida e removida como a choça de noite;
                                               e a sua transgressão se agravará sobre ela, e cairá,
                                                               e nunca mais se levantará.
                Is 24:21 E será que naquele dia o SENHOR castigará
                               os exércitos do alto nas alturas, e os reis da terra
                                               sobre a terra.
                Is 24:22 E serão ajuntados como presos numa masmorra,
                               e serão encerrados num cárcere; e outra vez serão castigados
                                               depois de muitos dias.
                Is 24:23 E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá
                               quando o SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião
                                               e em Jerusalém,
                                                               e perante os seus anciãos gloriosamente.
Por enquanto - “ainda não” - ele pode até prender alguns de nós na tentativa de barrar o evangelho, mas jamais poderá prender a mensagem do evangelho.
Nenhuma nação pode impedir a mensagem do evangelho, nenhum reino desse mundo pode barrar a palavra da pregação do evangelho.
O evangelho somente não produz resultado quando, por algum motivo não for proclamado. Imagine o pior lugar do mundo para proclamar o evangelho e ali, naquele meio, o Senhor reina absoluto e sua mensagem não pode ser barrada.
Somente Deus será rei quando restaurar o seu povo do exílio e conquistar todos os seus inimigos (32:1; 33:17,22; 41:21; 43:21; 44:6: 52:7; I Co 15:24; Ap 4:1 - 5:14). Na cruz do calvário, ele fez tudo isso e prendeu o valente.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.