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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Isaías 21:1-17 - CAIU, CAIU A GRANDE BABILÔNIA! PROFECIA DE ISAÍAS...

Estamos no capítulo 21/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista. b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista. c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista. d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – já vimos. f. Babilônia – 21:1-10 – veremos agora. g. Edom – 21:11-12 – veremos agora também. h. Arábia – 21:13-17 - veremos ainda este capítulo. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
f. Babilônia – 21:1-10.
Das dez nações/reinos, este é o sexto, contra o império da Babilônia.
A Babilônia foi derrotada pelos assírios em 689 a.C., mas a Babilônia por sua vez, derrotou Nínive (Assíria) em 612 a.C., antes de subjugar Judá. Por fim, a Babilônia caiu em outubro de 539 a.C. diante do Império Persa, com o rei Ciro, uma das personagens principais do livro de Esdras.
A luz do contexto dos outros oráculos próximos, parece mais provável que Isaías tenha predito a derrota da Babilônia pelos assírios em 689 a.C. para demonstrar a insensatez de confiar na ajuda da Babilônia contra a Assíria.
Ezequias buscou a ajuda dos babilônios contra a Assíria em 701 a.C., e Isaías o repreendeu severamente por sua falta de fé no Senhor (39.1-8).
O versículo 1 começa com o peso ou sentença do deserto do mar – tanto um como o outro são lugares desertos, mas completamente diferentes entre si, uma vez que um é cheio de pó e o outro cheio de água insalubre. No deserto não há água potável, também no mar não há.
A expressão deserto do mar é uma referência sarcástica à Babilônia. A região sul da Babilônia, no Golfo Pérsico, era conhecida como "a Terra do Mar", mas ela se tornaria um deserto e/ou mostraria ser um deserto a qualquer um que buscasse salvação naquele local.
Os seus tufões de ventos sul, ventos terríveis do deserto (vs 1; Os 13.15) tanto indicam sua ação destruidora e devastadora por onde passa, como também sua situação de desolação como um deserto tanto para si como também para todos que confiassem nela os quais cairiam juntamente.
Uma dura visão foi anunciada para o profeta onde o pérfido e o destruidor continuariam a agir perfidamente e destruindo aumentando destarte a medida da taça da ira de Deus sobre eles.
Veja como também é falado em Apocalipse quando, no último capítulo, é dito que não se selasse as palavras da profecia do apocalipse; porque próximo estaria o tempo. E, em consequência,   um anúncio para o profeta João onde quem é injusto, que faça injustiça ainda; e quem está sujo, que se suje ainda; e quem é justo, que faça justiça ainda; e quem é santo, que seja santificado ainda. (Ap 22:10,11).
Elão era uma região importante da Pérsia que aliou-se à Média – vs 2 - em 700 a.C. Talvez como uma parte do exército imperial assírio, essa aliança ajudou a derrotar a Babilônia em 689 a.C.
A ordem – vs 2 - era para que subisse Elão e que a Média sitiasse a cidade. Era uma ordem às nações para que atacassem a Babilônia, uma vez que já fizera Deus cessar todo gemido da Babilônia sob a Assíria.
Nos versos 3 e 4, a angústia e sofrimento do profeta (16:8-11; 22:4; cf. Dn 8:27; 10:16-17), pois. o relato da queda da Babilônia o perturbou e agora ninguém poderia livrar Judá da Assíria (Dn 8.27). Foi desse modo que Isaías contorceu-se e mesmo desfaleceu diante do que viu e ouviu a noite. O seu coração estava agitado, angustiado, em pavor pelo que aconteceria de noite e pelo que reservaria a luz da manhã. O profeta não sabia o que o novo dia poderia trazer.
No verso 5 uma palavra que poderia apontar para uma preparação para a batalha.  O dia amanheceu e a mesa está posta para o café da manhã, mas todos estão apostos e há sentinelas prontos para soarem o alarme. Eles comem e bebem, mas untam os seus escudos – vs 5 – para se prepararem para a guerra.
Não há paz ali, mas inquietação pelas coisas que em breve estariam acontecendo. Quando vissem um carro com um par de cavaleiros, um carro com jumentos e com camelos que os cuidados fosse redobrados, principalmente pelos sentinelas.
E soou o primeiro brado: um leão, meu Senhor! – vs 8.
Continuam a vigiar agora de dia e de noite todos apostos esperando os acontecimentos e foi visto então um carro com homens e um par de cavaleiros.
A resposta do que clamou “um leão, meu Senhor!” foi depois do que foi visto, em suas palavras: “Caída é Babilônia, caída é!” e assim todas as imagens de escultura se quebraram no chão. Era o fim de seu reinado.
Vejamos como João narra a queda da grande Babilônia que engana as nações com suas feitiçarias.
Apocalipse 14:8 Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.
Apocalipse 18:2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
Caiu a Babilônia!
A Babilônia sofreu derrota nas mãos dos assírios em 689 a.C. Mais tarde, João empregou essa linguagem como uma descrição da queda dos reinos malignos do mundo que se opõem a Deus e ao seu povo (Ap 14:8; 18:2), como citados acima.
O povo de Deus seria esmagado pelos assírios como um grão por um moedor (28:27-28; 41:15-16; Am 1:3). A Babilônia não poderia ajudar.
Isaías (veja com mais detalhes a BEG) não inventou essa predição do destino da Babilônia para apoiar a sua opinião sobre aqueles em Judá que poderiam buscar ajuda da Babilônia durante o julgamento assírio (39:1-8).
Ele, como profeta de Deus, simplesmente relatou o que ouvira de Deus – vs 10. É interessante a sua forma de se dirigir ao povo de Deus o chamando de sua malhada e trigo da sua eira! Ele, finalmente se justifica: O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, isso vos anunciei. E nós pregadores, poderíamos dizer igualmente àqueles que somos enviados a pregar: - O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, isso vos preguei.
g. Edom – 21:11-12.
Isaías anuncia alívio e problemas para Edom.
Dumá – vs 11 – é um oásis na interseção de duas estradas: uma levava do mar Vermelho a Palmira e outra ia do golfo Pérsico a Petra, em Seir ou Edom (34:5-17).
Os edomitas perguntaram ao profeta de maneira retórica o que o futuro lhes reservaria.
O fato é que os assírios haviam perturbado os edomitas e o futuro lhes reservava tanto esperança quanto julgamento. De certa forma, eles experimentariam algum alívio da Assíria, mas isso seria seguido por opressão da Babilônia.
h. Arábia – 21:13-17.
Com relação a Arábia, o profeta anunciava que a mesma sofreria nas mãos dos assírios.
Os assírios deram início a repetidos ataques contra os árabes em 732 a.C. onde eles levavam os bens do leste para o oeste e do norte para o sul.
Apesar de tudo, os árabes ajudavam aqueles que eram oprimidos pelos assírios que fugiam de diante das espadas, de diante do arco armado e do peso da guerra- vs 15.
A Arábia também sofreria a agressão assíria, juntamente com os muitos fugitivos que acorreriam àquela região.
Toda a glória de Quedar seria destruída em um ano de jornaleiro.  Quedar era o oásis dos beduínos na Arábia (Jr 49:28-29). No entanto, ainda assim não seriam de todo destruídos, mas haveria um restante, bem diminuto – vs 17.  Essa desolação da guerra afetaria toda a área central do deserto.
Is 21:1 Peso do deserto do mar.
                Como os tufões de vento do sul, que tudo assolam,
                               ele virá do deserto, de uma terra horrível.
                Is 21:2 Dura visão me foi anunciada:
                               o pérfido trata perfidamente, e o destruidor anda destruindo.
                                               Sobe, ó Elão, sitia, ó Média, que já fiz cessar todo
                                                               o seu gemido.
                Is 21:3 Por isso os meus lombos estão cheios de angústia;
                               dores se apoderam de mim como as dores daquela
                                               que dá à luz; fiquei abatido quando ouvi,
                                                               e desanimado vendo isso.
                Is 21:4 O meu coração se agita, o horror apavora-me;
                               a noite que desejava, se me tornou em temor.
                Is 21:5 Põem-se a mesa, estão de atalaia, comem, bebem;
                               levantai-vos, príncipes, e untai o escudo.
                Is 21:6 Porque assim me disse o Senhor:
                               Vai, põe uma sentinela, e ela que diga o que vir.
                Is 21:7 E quando vir um carro com um par de cavaleiros,
                               um carro com jumentos, e um carro com camelos,
                                               ela que observe atentamente com grande cuidado.
                Is 21:8 E clamou:
                               Um leão, meu Senhor!
                               Sobre a torre de vigia estou em pé continuamente de dia,
                                               e de guarda me ponho noites inteiras.
                Is 21:9 E eis agora vem um carro com homens,
                               e um par de cavaleiros.
                                               Então respondeu e disse:
                                                               Caída é Babilônia, caída é!
                                                               E todas as imagens de escultura dos seus
                                                                              deuses quebraram-se no chão.
                Is 21:10 Ah, malhada minha, e trigo da minha eira!
                               O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel,
                                               isso vos anunciei.
Is 21:11 Peso de Dumá.
                Gritam-me de Seir:
                               Guarda, que houve de noite? Guarda, que houve de noite?
                Is 21:12 E disse o guarda:
                               Vem a manhã, e também a noite; se quereis perguntar,
                                               perguntai; voltai, vinde.
Is 21:13 Peso contra Arábia.
                Nos bosques da Arábia passareis a noite, ó viandantes de Dedanim.
                Is 21:14 Saí com água ao encontro dos sedentos;
                               moradores da terra de Tema, saí com pão ao encontro
                                               dos fugitivos.
                Is 21:15 Porque fogem de diante das espadas,
                               de diante da espada desembainhada,
                               e de diante do arco armado,
                               e de diante do peso da guerra.
                Is 21:16 Porque assim me disse o Senhor:
                               Dentro de um ano, como os anos de jornaleiro,
                                               desaparecerá toda a glória de Quedar.
                Is 21:17 E os restantes do número dos flecheiros,
                               os poderosos dos filhos de Quedar, serão diminuídos,
                                               porque assim disse o SENHOR Deus de Israel.
Isso nos faz refletir nos juízos de Deus. Primeiro, ele nos adverte e envia os seus profetas e pede arrependimento e mudança de vida, mas ao invés, muitas vezes, de nos remendarmos, endurecemos os nossos corações e aí ficamos sem volta, pois assim como a misericórdia é certa, o juízo igualmente verdadeiro e justo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.