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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Isaías 14:1-32 - ISAÍAS CONTINUA SEUS ORÁCULOS CONTRAS AS NAÇÕES

Estamos no capítulo 14/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
Como já falamos, essa parte “B” se refere às contendas internacionais que Deus provocaria por meio do ataque assírio, com os seguintes objetivos: no presente, despertar a confiança; no futuro, a esperança da restauração.  
A parte “B” foi dividida em duas grandes subpartes. 1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18 – estamos vendo. 2. O objetivo do levante internacional – 24:1 ao 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18 - continuação.
Nessa seção estamos apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 – estamos vendo agora. b. Filístia – 14:28 – 32 – também veremos agora. c. Moabe – 15:1 – 16:14. d. Damasco – 17:1-14. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 - continuação.
O profeta começou com uma proclamação de severo julgamento por vir à Babilônia ou, como as evidências de fato sugerem, sobre a Assíria.
Nos dois primeiros versos deste capítulo, a compaixão de Deus seria mostrada a todo o povo de Deus, a Jacó e a Israel. A destruição da Assíria estava ligada ao ato de Deus soberano de escolher - eleição pactual ou nacional - Israel mais uma vez.
Por meio do exílio, Deus purificaria Israel por causa da disseminação do pecado, mas o escolheria outra vez – os remanescentes da purificação - para receber as bênçãos da restauração (41:8-9; 43:10,20; 44:1-2; 45:4; 49 7; 65:9; Ex 19:6; Dt 7:6; 14:2,21; 26:19; cf: Rm 9-11). Até os estrangeiros - gentios na nação (2:1-5) - que se ajuntarem e se chegarem a Jacó – vs. 1 – seriam assimilados.
A promessa de restauração de Israel – vs. 2 – é grande, mas condicional ao seu comportamento e obediência à sua aliança com Deus. Se a nação de Israel soubesse os benefícios dessa união com o Senhor! Ou mesmo, nós, aqui no século XXI, se soubéssemos! No entanto, vivemos a mendigar e a sofrer por que queremos ser como Israel que invejava as outras nações maiores do que ele.
A partir do verso 3 até ao 21, Isaías escarnece contra o rei da Babilônia (Assíria).
O provérbio ou o motejo citado no verso 4 era comum entre os vitoriosos que frequentemente cantavam músicas de zombaria contra os inimigos vencidos (vs. 7; 12:1; Êx 15:1). Aqui, no caso, contra o rei da Babilônia, ou seja, o rei da Assíria.
Com a frase “Como cessou o opressor!” tem-se o início da primeira estrofe dessa zombaria (14:9-11,12-15,16-21). Já foram quebrados o seu bastão e o seu cetro, pois já não mais dominariam sobre os povos.
Assim, no verso 7, exultam de júbilo com um novo cântico de vitória que seria ouvido em resposta ao julgamento e à libertação vindos de Deus (12:6; 24:14,16; 25:5; 26:1,19; 44:23; 49:13; 54:1).
A própria natureza responde aos atos divinos de julgamento e restauração  (41:19; 55:13; 60:13; compare com 2:1; 9:10; 37:24; 44:14), pois que ninguém mais já subia contra elas para as cortarem. Em seus anais, os reis assírios se gabavam das magnificas árvores que retiravam das terras pilhadas.
Isso me faz lembrar da natureza que geme aguardando com expectativa a manifestação da revelação da glória dos filhos de Deus que o apóstolo Paulo cita em Rm 8:19. Ela, a natureza, parece sentir quando o homem se afasta de Deus, e quando este mesmo homem está ocupando lugar em seu habitat.
A segunda estrofe vai dos versos 9  ao 11 e descreve a surpresa diante da queda da Assíria.
Conforme a BEG, os espíritos dos reis mortos pelos assírios se preparavam para receber os reis da Assíria na sepultura. O inferno, os mortos, os vermes, os bichos – vs. 9 ao 11 - estarão a sua espera para saírem ao encontro dela que se achava tão soberba e inatingível.
Parece até uma comitiva do inferno celebrando por mais uma alma soberba entre eles.
Já a terceira estrofe, ocupa os versos de 12 ao 15 e revelam a justificativa da queda da Assíria. Ela começa sua queda do céu! Obviamente, uma hipérbole pelo fato de ela ser derrubada de uma posição política elevada (Lm 2:1; Lc 4:6; 10:15).
Parece-nos incorreta – posição defendida pela BEG - a antiga interpretação dessa passagem que a considera uma referência à queda de Satanás. O contexto indica que Isaías estava falando do rei da Assíria. O mesmo também pode ser dito de Ez 28 quando faz uma descrição semelhante do rei Tiro. O máximo que poderíamos ter aqui sobre Satanás seria o fato deles serem tipos representativos, mas nesse ponto as Escrituras não são claras, por isso a existência de tantas controvérsias.
Também, os reis assírios declaravam possuir tronos no reino celestial onde subiriam acima das estrelas de Deus, exaltando o seu trono e se assentando no monte da congregação. No entanto, quem é que é retratado aqui é o do Deus de Israel que está reinando supremo sobre os poderes angelicais na sua corte celestial, que é simbolizada pelo monte Sião (Sl 48:1-2).
Quanto aos reis assírios ou ao tipo que parecem indicar, seriam levados ao inferno e ao mais profundo do abismo – vs. 15.
Na quarta estrofe, dos versos 16 ao 21, ocorre a descrição do fim da Assíria.
Isaías zomba dos reis da Assíria ao comparar a antiga glória deles com sua condição futura, uma vez que Deus trouxe julgamento contra eles. Eles pareciam invencíveis, mas não eram.
No verso 19, um contraste terrível entre os renovos ou os remanescentes, sendo que o Renovo real da casa de Davi cresceria e governaria em benefício do povo de Deus (11:1) ao passo que eles seriam abomináveis como as vestes dos que foram mortos à espada e como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado – vs. 19.
Ninguém se lembraria do rei da Assíria porque ele não teria um sepultamento decente (vs. 18-20) e não deixaria descendência. Assim será também com toda a descendência dos ímpios quando o Senhor vier julgar a terra e os seus moradores.
Os salmos não se cansam de predizer o fim dos ímpios, por isso nos pede paciência e tolerância até que todos os propósitos santos de Deus seja cumpridos e todas as justiças sejam feitas e apaziguadas.
O Senhor está por vir e com ele virá o fim para o perdido e o começo para os seus eleitos, escolhidos desde a fundação dos mundos.
Diferentemente de Israel e Judá, como já falamos, a Assíria não tinha um remanescente santo a ser abençoado por Deus (vs. 30; 15:9; 17:.3). A conquista da Assíria pela Babilônia (612 a.C.) deu início à sua destruição, mas essa predição terá o seu cumprimento definitivo no julgamento da segunda vinda de Cristo.
b. Filístia – 14:28 – 32.
Nos versos de 28 a 32, Isaías descreve, no ano em que morreu o perverso rei Acaz, de que maneira Deus usaria os assírios – que seriam igualmente julgados - para julgar os filisteus. É possível que esse oráculo seja uma referência aos ataques de Tiglate-Pileser III sobre os filisteus em 727 a.C., assim como aos ataques de Sargão II em 716/15 a.C.
A Filístia não tinha mesmo do que se alegrar, embora houvesse um lapso temporário na dominação da Assíria que ocorreu entre os reinados de Tiglate-Pileser III e Sargão II, Deus continuaria a usar os assírios para punir os filisteus. O ataque assírio viria do norte. A fumaça - vs. 31 - seria uma referência à poeira que se levantaria pelo movimento dos invasores assírios que atacariam os filisteus.
Deus não estava contra "os aflitos do seu povo" (vs. 32), mas contra os orgulhosos sobreviventes.  
Is 14:1 Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó,
                e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra;
                               e ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros,
                                               e se achegarão à casa de Jacó.
                Is 14:2 E os povos os receberão, e os levarão aos seus lugares,
                               e a casa de Israel os possuirá por servos, e por servas,
                                               na terra do SENHOR;
                               e cativarão aqueles que os cativaram,
                                               e dominarão sobre os seus opressores.
                Is 14:3 E acontecerá que no dia em que o SENHOR
                               vier a dar-te descanso do teu sofrimento, e do teu pavor,
                                               e da dura servidão com que te fizeram servir,
                Is 14:4 Então proferirás este provérbio contra o rei de Babilônia,
                               e dirás:
                                               Como já cessou o opressor,
                                               como já cessou a cidade dourada!
                Is 14:5 Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios
                               e o cetro dos dominadores.
                Is 14:6 Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes,
                               e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido,
                                               sem que alguém o possa impedir.
                Is 14:7 Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.
                Is 14:8 Até as faias se alegram sobre ti,
                               e os cedros do Líbano, dizendo:
                                               Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós
                                                               para nos cortar.
                Is 14:9 O inferno desde o profundo se turbou por ti,
                               para te sair ao encontro na tua vinda;
                                               despertou por ti os mortos,
                                                               e todos os chefes da terra,
                               e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações.
                Is 14:10 Estes todos responderão, e te dirão:
                               Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.
                Is 14:11 Já foi derrubada na sepultura a tua soberba
                               com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti
                               se estenderão, e os bichos te cobrirão.
                Is 14:12 Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva!
                               Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
                Is 14:13 E tu dizias no teu coração:
                               Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus
                                               exaltarei o meu trono, e no monte da congregação
                                                               me assentarei, aos lados do norte.
                Is 14:14 Subirei sobre as alturas das nuvens,
                               e serei semelhante ao Altíssimo.
                Is 14:15 E contudo levado serás ao inferno,
                               ao mais profundo do abismo.
                Is 14:16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão:
                               É este o homem que fazia estremecer a terra
                                               e que fazia tremer os reinos?
                                Is 14:17 Que punha o mundo como o deserto,
                                                e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de
                                                               seus cativos?
                Is 14:18 Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra,
                               cada um na sua morada.
                Is 14:19 Porém tu és lançado da tua sepultura,
                               como um renovo abominável, como as vestes dos que foram
                                               mortos atravessados à espada, como os que descem
                                               ao covil de pedras, como um cadáver pisado.
                Is 14:20 Com eles não te reunirás na sepultura;
                               porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo;
                                               a descendência dos malignos
                                                               não será jamais nomeada.
                Is 14:21 Preparai a matança para os seus filhos
                               por causa da maldade de seus pais, para que
                                               não se levantem, e nem possuam a terra,
                                                               e encham a face do mundo de cidades.
                Is 14:22 Porque me levantarei contra eles,
                               diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de Babilônia
                                               o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto,
                                                               diz o SENHOR.
                Is 14:23 E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas;
                               e varrê-la-ei com vassoura de perdição,
                                               diz o SENHOR dos Exércitos.
                Is 14:24 O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo:
                               Como pensei, assim sucederá,
                               e como determinei, assim se efetuará.
                Is 14:25 Quebrantarei a Assíria na minha terra,
                               e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo
                                               se aparte deles e a sua carga se desvie
                                                               dos seus ombros.
                Is 14:26 Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra;
                               e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.
                Is 14:27 Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou;
                               quem o invalidará? E a sua mão está estendida;
                                               quem pois a fará voltar atrás?
                Is 14:28 No ano em que morreu o rei Acaz, foi dada esta sentença.
                               Is 14:29 Não te alegres, tu, toda a Filístia,
                                               por estar quebrada a vara que te feria;
                                                               porque da raiz da cobra sairá um basilisco,
                                               e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora.
                Is 14:30 E os primogênitos dos pobres serão apascentados,
                               e os necessitados se deitarão seguros;
                                               porém farei morrer de fome a tua raiz,
                                                               e ele matará os teus sobreviventes.
                Is 14:31 Dá uivos, ó porta, grita, ó cidade; tu, ó Filístia,
                               estás toda derretida; porque do norte vem uma fumaça,
                                               e não haverá quem fique sozinho
                                                               nas suas convocações.
                Is 14:32 Que se responderá, pois, aos mensageiros da nação?
                               Que o SENHOR fundou a Sião,
                                               para que os opressos do seu povo
                                                               nela encontrem refúgio.
Embora os filisteus procurassem criar uma coalizão com Judá e outras nações contra os assírios, o povo de Deus deveria confiar nele durante esse tempo de ameaça, em vez de formar essa aliança já derrotada com a Filístia.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.